domingo, 17 de março de 2024

O engenheiro da morte: A participação da elite alemã no Holocausto - Marcio Pitliuk


A ambição e a corrupção no interior do regime nazista em um romance que revela as várias faces da natureza humana.

Em 1942, Hitler avança na conquista da Europa. Crescem os campos de trabalho forçado e extermínio, que passam a escravizar e matar, de forma sistemática, quem não tem utilidade para o Terceiro Reich – aqueles considerados inferiores, que não se enquadram nos critérios definidos pela ideologia nazista. Mas a indústria da morte custa caro, e a Alemanha ainda não se recuperou dos prejuízos da Primeira Guerra. É preciso encontrar, e rápido, uma solução econômica de grande escala para um problema crescente.

Carl Farben costumava ser um simples engenheiro químico em uma grande empresa alemã. Ambicioso e com sede de poder, ele não hesita em aceitar a oportunidade de desenvolver um produto que permitirá liquidar milhões de pessoas a um baixo custo para o Reich, mas com lucros imensos para os empresários.

Martina Kaufmann era uma jovem judia alemã estudiosa, que sonhava em seguir uma carreira promissora, como o pai. Mas, com a implementação das leis antissemitas e a perseguição crescente aos judeus, ela passa a viver escondida, conseguindo, a duras penas, sobreviver à guerra. Agora, Martina é uma mulher que anseia por justiça, e o passado baterá à porta daqueles que colaboraram com o genocídio de milhões de vítimas.

Eletrizante e perturbador, O engenheiro da morte é uma denúncia histórica, ambientada em fatos documentados, da participação de grandes indústrias na disseminação da ideologia nazista e um lembrete pungente de que as memórias da guerra não devem ser esquecidas.

Sobre o autor

Marcio Pitliuk é um dos maiores especialistas brasileiros no Holocausto e, desde 2008, se dedica a divulgar o que é considerado o maior crime da Humanidade. É diretor no Brasil do Yad Vashem, o mais importante centro de pesquisas e ensino do Holocausto, sediado em Jerusalém, além de curador do Museu da Imigração Judaica e Memorial do Holocausto de São Paulo. Sobre esse tema, faz palestras, realizou três longas-metragens e escreveu quatro livros. Este é o segundo publicado pela Editora Vestígio, o primeiro foi O homem que venceu Hitler.

domingo, 10 de março de 2024

Os delírios das multidões: Porque as pessoas enlouquecem em grupos - William J. Bernstein


Inspirado no clássico do século XIX de Charles Mackay, A História das Ilusões e Loucuras das Massas, Bernstein se envolve com a ilusão em massa com a mesma curiosidade e paixão, mas armado com as pesquisas científicas mais recentes que explicam as raízes biológicas, evolucionárias e psicossociais da irracionalidade humana. Bernstein conta as histórias de histerias dramáticas, religiosas e financeiras, na sociedade ocidental nos últimos 500 anos — da Loucura Anabatista que afligiu os Países Baixos na década de 1530 às perigosas crenças do fim dos tempos que incitam o Estado Islâmico e permeiam a polarização dos Estados Unidos de hoje; e da bolha da Mares do Sul ao escândalo da Enron e às bolhas pontocom dos últimos anos. Por meio da prosa maleável de Bernstein, os participantes são tão exuberantes quanto sua motivação, invariavelmente “o desejo de melhorar o bem-estar de alguém nesta vida".

“Uma intrigante atualização contemporânea do clássico de Charles Mackay de 1841, A História das Ilusões e Loucuras das Massas. Os leitores vão estremecer com a histeria frequentemente sangrenta que acompanhou a Reforma, revirar os olhos em nossa incapacidade de resistir aos esquemas de enriquecimento rápido e rir do movimento norte-americano que aguardava o fim do mundo em 1843 ― tudo isso torna esta leitura fascinante e perturbadora. Uma contribuição bem pesquisada, abrangente e desencorajadora no gênero por-que-as-pessoas-fazem-coisas-estúpidas.” ― Kirkus Reviews

Fragmento do livro.

Uma fascinante nova história sobre histerias religiosas e financeiras dos últimos cinco séculos.

“Nós somos os primatas que contam histórias”, escreve William Bernstein. “E não importa quão enganosa seja a narrativa, se for convincente o suficiente quase sempre superará os fatos.” Como Bernstein mostra em seu novo, eloquente e persuasivo livro, Os Delírios das Multidões, ao longo da trajetória humana, histórias convincentes catalisaram a disseminação de narrativas contagiosas por meio de grupos suscetíveis ― com severas e muitas vezes desastrosas consequências.

As crônicas de Bernstein, tão reveladoras da natureza humana quanto historicamente significativas, revelam o alto custo e as implicações alarmantes das histerias em massa como, por exemplo, a forma pela qual a crença na época do fim dos tempos afetou profundamente a política dos Estados Unidos em relação ao Oriente Médio. Bernstein observa que, se pudermos absorver a história e a biologia da ilusão de massa, podemos reconhecê-la mais prontamente em nosso próprio tempo e evitar seu impacto frequentemente terrível.

Sobre o autor

William J. Bernstein é neurologista, teórico financeiro e historiador cujos livros incluem Uma Troca Esplêndida, Masters of the Word, Uma Breve História da Riqueza e The Four Pillars of Investing. É cofundador da empresa de gestão de investimentos Efficient Frontier Advisors e escreveu para publicações como o Wall Street Journal e a revista Money. Foi o vencedor do Prêmio James R. Vertin 2017 do CFA Institute. Atualmente Bernstein mora no Oregon, Estados Unidos.

domingo, 3 de março de 2024

A polícia da memoria - Yoko Ogawa.


Neste romance, em prosa ao mesmo tempo estranho e sensível, o leitor é conduzido ao mundo das memórias perdidas. Uma ilha é vigiada pela “polícia secreta”, que busca e elimina vestígios de lembranças. Objetos, espécies e até famílias inteiras somem sem deixar rastros, sem que as pessoas sequer se atentem, ou percebam os desaparecimentos, pois as recordações furtivamente também já se foram. Na trama, uma escritora tenta manter intactos resquícios de histórias, de algo que possa permanecer. Não é fácil, já que tudo ao redor desaparece, e ela não pode contar sequer com a própria memória. O leitor é convidado, instintivamente, a acessar o seu próprio arcabouço de lembranças e percorre uma jornada de recordações que também gostaria de preservar. Algo que tem se tornado familiar na atualidade, e a todos que têm criado um novo mundo, já que o anterior, pré-pandemia, não  existe mais, e nunca será como antes. Acessar as memórias é acessar, também, o que criamos e o que se mistura ao real. E ler A polícia da memória é embarcar no mais profundo do ser. Há uma pergunta que circunda toda a narrativa: se pudesse, o que você preservaria intacto, e não perderia da memória?

Ogawa traz com maestria uma obra rompe barreiras e obrigatória, ainda mais em tempos sombrios e incertos. Nos deixa a sensação de que somos roubados diariamente e não nos damos conta disto. São pequenos furtos, aqui é acolá, que vão destruindo nossas histórias, patrimônios e essência como ser humano. Vivemos um processo de desintegração. Excelente narrativa e leitura obrigatória.

Sobre o Autor

Sua vocação foi despertada precocemente por clássicos infantis, graças a um sistema de assinatura de livros de que a família dispunha. Gosta de citar O diário de Anne Frank como uma referência decisiva para perceber a escrita como via possível e necessária de autoexpressão. Estudou escrita criativa e publicou diversos livros, entre ficção e não ficção. A autora vive atualmente em Ashiya, província de Hyogo ― nas proximidades de Kyoto. Arrebatou todos os prêmios referenciais do meio literário japonês.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Babel: Ou a necessidade de violência - R. F. Kuang.


Em 1828, um menino se torna órfão pelo rastro do cólera em Cantão, na China. Sob o nome de Robin Swift, ele é levado a Londres pelo misterioso professor Lovell e por anos se dedica ao estudo de diversos idiomas, como latim e grego antigo, preparando-se para um dia ingressar no prestigiado Real Instituto de Tradução da Universidade de Oxford, conhecido como Babel.

Com sua torre imponente que guarda segredos inimagináveis, Babel é o centro mundial do saber. No Instituto, Robin descobre que aprender a traduzir é também aprender a dominar a magia. Através de barras de prata encantadas, é possível manifestar as nuances e os significados perdidos na tradução ― e essa arte trouxe aos britânicos uma dominância sem precedentes. Para Robin, Babel é uma utopia dedicada à busca do conhecimento. Mas o conhecimento obedece ao poder...

Chinês criado na Grã-Bretanha, o jovem começa a se questionar se servir a Babel significa trair sua pátria e se vê dividido entre a Instituição e uma obscura organização destinada a impedir a expansão colonialista. Quando a Grã-Bretanha vislumbra entrar em guerra com a China motivada por prata e ópio, Robin vai precisar escolher um lado. Afinal, será possível mudar as instituições por dentro ou a violência é inerente à revolução?

Em uma narrativa brilhante, visceral e sombria, R.F. Kuang ― autora da aclamada trilogia A Guerra da Papoula e um dos maiores nomes da fantasia atualmente ― revisita e reescreve a Revolução Industrial na Inglaterra e a história colonial da China na década de 1830. Vencedor dos prêmios Nebula e Locus, Babel ou a necessidade de violência é ao mesmo tempo uma carta de amor e uma declaração de guerra, abordando temas como revoluções estudantis, resistência colonial e o uso da linguagem e da tradução como ferramenta dominante do império britânico.

Sobre o autor

R.F. Kuang é escritora, tradutora de mandarim e bolsista da Marshall Scholarship. Mestra em Filosofia na área de Estudos Chineses por Cambridge e em Estudos Chineses Contemporâneos por Oxford, atualmente cursa o doutorado em Literatura e Línguas do Leste da Ásia em Yale. Vencedora dos prêmios Nebula e Locus por Babel ou a necessidade de violência, Kuang também é autora da trilogia best-seller A Guerra da Papoula ― que foi indicada a diversos prêmios, incluindo o Hugo ― e de Yellowface.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Cine Pipoca nº 029 - Edição especial.


Caia na folia no seu sofa!
Para esse feriadão temos filmes leves e outros nem tanto. Como no caso de "Meu malvado favorito 4", para assistir em família. Já "Belfast" é um filme mais denso e também temos Henry Cavill, (superman), em "Argylle: O superespião" e muito mais. Vamos conferir!


Elly Conway escreve romances sobre um agente secreto que tem a missão de desvendar um sindicato global de espionagem. No entanto, quando seus livros começam a refletir as ações secretas de uma organização de espionagem da vida real, a linha entre a ficção e a realidade começa a ficar confusa.



Super poderes pode ser o desejo de muitos, mas no filme Code 8 - Renegados, ter poderes torna os poderosos à margem de tudo. No universo criado por Chris Pare e pelo diretor Jeff Chan, 4% da população desenvolveu habilidades especiais. Entre eles está um jovem que tem poderes surpreendentes, mas que passou a vida toda escondendo na busca de ser uma pessoa normal. Sem emprego e com a mãe doente, ele passou a fazer de tudo para salvá-la.



Um jovem rapaz de nove anos terá de encontrar o seu caminho num mundo que, subitamente, se virou do avesso. A sua comunidade estável e carinhosa, e tudo o que ele aprendera sobre a vida, transformara-se para sempre; mas a alegria, o riso, a música e a magia inerente ao cinema permaneceram... Escrito e realizado pelo ator e realizador já nomeado para os Oscar®, Kenneth Branagh, "Belfast" é a história tumultuosa, terna e intensamente pessoal da infância de um rapaz, durante o agitado do final dos anos 60 na cidade de Belfast.


Ana (Camila Mendes) é uma estagiária de arte que é convidada para uma viagem de trabalho para Londres, pela sua super chefe. No entanto, o destino a coloca na primeira classe do avião, ocasionando um encontro com o jovem William (Archie Renaux), um belo rapaz de família rica que vai mudar sua história!



Gru enfrenta um novo inimigo na nova sequência, Maxime Le Mal e sua namorada Valentina. Diante do risco eminente, a família é forçada a fugir — mas não sem lutar, descobrindo que o novo e pequeno membro da família pode ter herdado certas habilidades do pai.

Você também pode gostar de: Cine pipoca 028.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

A biblioteca dos sonhos secretos - Michiko Aoyama.


Uma história sobre a magia dos livros e seu poder de conectar pessoas.

O que você procura?

Essa é a pergunta que a enigmática Sayuri Komachi faz a quem visita a biblioteca do Centro Comunitário de Tóquio em busca de ajuda.

A lista de livros que ela recomenda sempre contém um título inusitado que se torna o agente de uma mudança.

Em cinco histórias independentes que se entrelaçam de maneira sutil, você conhecerá pessoas que estão em momentos diferentes da vida, lidando com situações como a frustração no trabalho, a falta de oportunidades, o medo do fracasso e a vontade de começar de novo.

A Sra. Komachi tem o dom de saber exatamente de qual livro cada visitante precisa para mudar de perspectiva e voltar a alimentar seus sonhos.

Às vezes, as mudanças mais transformadoras não são as mais grandiosas: são aquelas que nos fazem ver a vida – e suas infinitas possibilidades – de uma maneira inteiramente nova.

E você? O que está procurando?

Opinião

A estrutura do livro é interessante: são pequenos contos, focalizando, cada um, uma personagem principal que está vivenciando um momento chave, e há duas personagens comuns a cada um deles, justamente a bibliotecária e a sua estagiária, consultadas a cada história.

O que mais chama a atenção é o ritmo calmo e lento em que o enredo se desenvolve, acredito que representando a principal diferença cultural entre nosso país jovem e ocidental, comparado ao Japão milenar.

domingo, 28 de janeiro de 2024

Novo livro de Yuval Harari terá lançamento simultâneo internacional e no Brasil.


A nova obra Harari será publicada mundialmente em 10 de setembro de 2024, como anunciou nesta semana a editora Penguin Randon. No Brasil, será publicado pela editora Companhia das Letras, que terá lançamento simultâneo.

Segundo a editora, o novo livro examina como o fluxo de informações definiu o mundo e nossa própria história. Com exemplos que vão desde a Idade da Pedra, passando pela Bíblia, pela caça às bruxas do começo da Idade Moderna, pelo stalinismo, pelo nazismo até chegar ao ressurgimento do populismo contemporâneo, Harari oferece um arcabouço conceitual, que permite analisar as relações entre informação e verdade, burocracia e mitologia, sabedoria e poder. O autor ainda investiga como diferentes sociedades e sistemas políticos utilizaram a informação a seu favor para alcançar seus objetivos e estabelecer a ordem — para o bem e para o mal —, e avalia as opções diante de uma inteligência tecnológica que ameaça a existência humana.

“Estamos vivendo a mais profunda revolução da informação da história humana, mas só conseguiremos apreendê-la entendendo o que a precedeu. A história, afinal, não é o estudo do passado — é o estudo das mudanças, ensinando-nos o que permanece igual, o que muda, e como. No entanto, a história não é determinista, e Nexus não afirma que entender o passado possibilita prever o futuro. Meu objetivo é mostrar que, ao fazer escolhas conscientes, podemos evitar os desfechos mais desastrosos. Afinal, se não pudermos mudar o futuro, por que vamos perder tempo discutindo-o?”, diz Harari em nota da editora.

Mais sobre Harari: clique aqui.

Fonte: Publishnews.

domingo, 21 de janeiro de 2024

Stalingrado - um romance de Vassili Grosman


Considerado um dos grandes romancistas do século XX, Vassili Grossman transforma o terror da guerra em arte. Stalingrado é o primeiro volume que se estabeleceu como um dos maiores clássicos mundiais da literatura de guerra. Junto com Vida e destino, é considerado o Guerra e paz do século XX.

Em abril de 1942, Hitler e Mussolini se encontram em Salzburgo, onde decidem atacar novamente a União Soviética. A investida logo se intensifica, e o Exército Vermelho é obrigado a regressar ao centro industrial de Stalingrado. Nas ruínas da cidade devastada, as forças soviéticas se preparam para uma última resistência.

A trama de Stalingrado se desenrola na Rússia e na Europa, e seus personagens são conhecidas figuras históricas, mas também
 mães, filhos, maridos, enfermeiras, soldados, trabalhadores e ativistas políticos. No centro do romance está a família Chápochnikova, cuja matriarca se recusa a deixar Stalingrado, mesmo com o rápido avanço das tropas alemãs. Enquanto isso, Liudmila, sua filha, se vê frustrada e infeliz no casamento com o físico Viktor Chtrum. A pesquisa que Viktor desenvolve pode ser crucial para os militares, mas seu pensamento está voltado para a mãe na Ucrânia, perdida atrás das linhas inimigas.
Com profunda compaixão e potência, Vassili Grossman narra em Stalingrado a crueldade de um regime opressor e os horrores da guerra sem jamais perder de vista a essência fugaz e delicada da existência humana.

A guerra consumirá a vida de um enorme elenco de personagens — vidas que expressam os grandes temas de Grossman sobre a nação e o indivíduo, a beleza da natureza e a crueldade da guerra, o amor e a separação.

Durante meses, as forças soviéticas são inevitavelmente repelidas pelo avanço alemão em direção ao leste e, por fim, Stalingrado é tudo o que resta entre os invasores e a vitória. A cidade fica no topo de um penhasco às margens do rio Volga. A batalha por Stalingrado — um turbilhão de violência e poder de fogo — a reduzirá a ruínas. Mas ela também será o berço de um novo senso de esperança.

Grossman é tido como um dos mais formidáveis romancistas do século XX.

"Vassili completou Vida e destino quase quinze anos depois de ter começado a trabalhar em Stalingrado. O livro é, entre outras coisas, uma ponderada declaração de sua filosofia moral e política — uma meditação sobre a natureza do totalitarismo, o perigo apresentado mesmo pela mais aparentemente benigna das ideologias e a responsabilidade moral de cada indivíduo por suas próprias ações. Foi essa profundidade filosófica que levou muitos leitores a falarem do romance como uma obra que mudou suas vidas. Stalingrado, por sua vez, é menos filosófico, porém mais imediato; apresenta-nos uma história humana mais rica e variada." — Trecho da introdução
“Desde Homero, poucas obras literárias conseguiram se igualar ao olhar preciso e profundamente humano que Grossman lança à face devastadora da guerra.” ―The Economist.

Autor

VASSILI GROSSMAN nasceu em Berdítchev, na atual Ucrânia, em 1905. Foi correspondente durante a Segunda Guerra Mundial e cobriu a defesa de Stalingrado e a queda de Berlim. O manuscrito de Vida e destino, sua obra mais conhecida, foi confiscado e proibido pela KGB em 1960. Contrabandeado para fora da União Soviética uma década depois, o romance foi por fim publicado na Europa e nos Estados Unidos no início dos anos 1980, vindo a ser lançado na Rússia apenas em 1988. Grossman, que faleceu em 1964, não viveu a tempo de vê-lo publicado.

domingo, 14 de janeiro de 2024

Oito dias em Yalta: Como Churchill, Roosevelt e Stalin redefiniram o mundo pós-Segunda Guerra - Diana Preston.


No último inverno da Segunda Guerra Mundial, enquanto os destinos não só das nações envolvidas, mas de todo o mundo eram definidos, o presidente dos Estados Unidos Franklin Roosevelt e os primeiros-ministros Winston Churchill, da Inglaterra, e Josef Stalin, da União Soviética ― os chamados "Três Grandes" ― se reuniram em Yalta, na Crimeia. Juntos, eles decidiram quais seriam os últimos atos do conflito contra a Alemanha e como o país perdedor seria governado; o que os soviéticos receberiam por terem participado dos combates no Pacífico; as leis que regeriam a recém-criada Organização das Nações Unidas e as fronteiras da Europa.

domingo, 7 de janeiro de 2024

África - Sebastião Salgado - Amostras de fotografias.


Africa... Terra-mãe... Povo em sua maioria sofrido, mas de beleza incomparáveis.

As imagens de África a preto e branco de Sebastião Salgado juntam-se nesta notável colecção fotográfica, filmada ao longo de 30 anos. Essas imagens contam a história de um continente devastado por problemas, mas imensamente rico em história e cultura. Com humildade e perspicácia, Salgado nos atrai para múltiplas e diversas regiões que sobrevivem diante de crises ambientais e humanitárias.

Empatia e êxtase

Uma homenagem ao povo e à vida selvagem da África
Sebastião Salgado é um dos fotojornalistas mais respeitados da atualidade, sua reputação forjada por décadas de dedicação e poderosas imagens em preto e branco de pessoas despossuídas e angustiadas, tiradas em lugares onde a maioria não ousaria ir. Embora tenha fotografado em toda a América do Sul e em todo o mundo, seu trabalho se concentra principalmente na África, onde fotografou mais de 40 trabalhos de reportagem em um período de 30 anos. Das tribos Dinka no Sudão e Himba na Namíbia aos gorilas e vulcões na região dos lagos e povos deslocados em todo o continente, Salgado nos mostra todas as facetas da vida africana hoje. Seja documentando refugiados ou vastas paisagens, Salgado sabe exatamente como captar a essência de um momento para que, ao ver suas imagens, seja involuntariamente atraído para elas. Suas imagens artisticamente nos ensinam os efeitos desastrosos da guerra, pobreza, doença e condições climáticas hostis.

Este livro reúne as fotos de África de Salgado em três partes. A primeira concentra-se na parte sul do continente (Moçambique, Malawi, Angola, Zimbabué, África do Sul, Namíbia), a segunda na região dos Grandes Lagos (Congo, Ruanda, Burundi, Uganda, Tanzânia, Quénia) e a terceira na região a região subsaariana (Burkina Faso, Mali, Sudão, Somália, Chade, Mauritânia, Senegal, Etiópia). Os textos são fornecidos pelo renomado romancista moçambicano Mia Couto, que descreve como a África de hoje reflete os efeitos da colonização, bem como as consequências das crises econômicas, sociais e ambientais.

Este livro impressionante não é apenas um documento abrangente da África, mas uma homenagem à história, às pessoas e aos fenômenos naturais do continente.

Fotografo

Sebastião Salgado começou sua carreira como fotógrafo profissional em Paris em 1973 e posteriormente trabalhou com as agências de fotografia Sygma, Gamma e Magnum Photos. Em 1994, ele e sua esposa Lélia Wanick Salgado criaram a Amazonas Images, que é hoje seu ateliê, e cuida exclusivamente de seu trabalho. Os projetos fotográficos de Salgado foram apresentados em muitas exposições e livros, incluindo Sahel. L'Homme en détresse (1986), Other Americas (1986), Workers (1993), Terra (1997), Migrations (2000), The Children (2000), Africa (2007), Genesis (2013), The Scent of a Sonho (2015), Kuwait. Um Deserto em Chamas (2016) e Ouro (2019).


Autor

Traduzido em mais de 20 línguas, Mia Couto é o autor mais célebre de Moçambique. Seu primeiro romance, Sleepwalking Land, foi escolhido por um júri internacional como um dos doze melhores livros africanos publicados no século XX. Vive em Maputo, Moçambique e trabalha como ecologista. 




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