sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A Origem da lenda vampírica.

A palavra Vampiro surgiu por volta do século XVIII. Tem origem no idioma sérvio como Vampir, e a sua forma básica é invariável nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro.

Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, estabelecem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos. Sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Sendo que suas vítimas também se tornavam vampiros após a morte. As civilizações da Assíria e Babilônia, também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se "mortos-vivos'' vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertassem. Crianças não batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.

O lendário Livro de Nod narra à origem dos vampiros. Além de "A Crônica das Sombras" revelando os ensinamentos ocultos de Caim; e "A Crônica dos Segredos" que revela os mistérios vampíricos.

A tradição judaico-cristã, prega a origem dos vampiros associada aos personagens bíblicos Caim e Abel. Como é descrito no Livro de Nod, Caim foi amaldiçoado por Deus pelo assassinato de seu irmão Abel. Os Anjos do Criador foram até Caim exigir que ele se redimisse. Caim orgulhoso recusou-se, e aceitou as punições impostas pelos Anjos. A partir deste momento, Caim via-se condenado á solidão e vida eterna, temendo o fogo e a luz longe do convívio dos mortais.

Caim foi anistiado por Deus após sofrer durante uma era inteira. De volta ao mundo terreno dos homens, fundou e fez-se rei da primeira cidade chamada Enoque. Mas Caim ainda temia a luz, o fogo, e a solidão da eternidade.

Passando-se muitos anos de prosperidade em Enoque, Caim ainda sentia-se só devido a sua imortalidade. Abatido e desmotivado, acabou por cometer outro grande erro: gerou três filhos, que posteriormente geraram outros. Seguiram-se tempos de paz em Enoque, até que chegou o grande dilúvio e lavou toda a Terra. Na cidade de Enoque sobreviveram apenas Caim, seus filhos, netos e uns poucos mortais. Caim recusou-se a reconstruir a cidade, pois considerava o dilúvio um castigo enviado por Deus, por ter subvertido as leis naturais e gerado seres amaldiçoados como ele. Assim, a prole de Caim reergueu Enoque e assumiu o poder perante os mortais.

Após um tempo de paz e prosperidade, os sucessores de Caim passaram a travar batalhas entre si. A autoridade dos governantes foi revogada, e tanto os mortais como os membros da prole sentiam-se livres para fundar outras cidades e tornar seu próprio rei. Dessa forma, os imortais ascendentes de Caim, espalharam-se por toda a Terra.

Nesta versão da origem dos vampiros, vimos que tudo teve início com uma maldição divina atribuída a Caim, e depois herdada por sua prole. Porém, torna-se muito difícil estabelecer um limite entre os fatos e as lendas que circundam o mito vampírico, já que boa parte destas informações confundem-se entre os relatos, e pesquisas históricas coerentes, com a ficção dos filmes e RPG’s.

Na lenda de Caim, a conotação do termo ''Vampiro'' ainda está ligada apenas ao sentido de imortalidade, solidão e aversão a luz. A relação estabelecida entre a longevidade e a sede pelo sangue (que caracteriza a imagem mais comum dos vampiros), deve-se possivelmente, a personagens lendários que viviam anos incalculáveis alimentando-se de sangue humano, após terem firmado supostos pactos com entidades malignas. Outras versões são encontradas em diferentes culturas, e todas combinam fatos históricos com a crendice regional. Portanto, todas as civilizações possuem uma entidade sobrenatural que se alimenta de sangue, é imortal e considerada maldita. O mito do vampiro é um ponto comum entre vários povos desde a antiguidade.

Uma das maiores referências do mito vampírico é o sanguinário Vlad Tepes (ou Vlad III), que existiu realmente no século XV na Transilvânia. Porém, ele governou apenas a Valáquia, que era uma região vizinha. Apesar da crueldade extrema com os inimigos, Vlad III não possuía nenhuma ligação com os vampiros. O termo Drácula ("Dracul" originalmente significa "Dragão") foi herdado de seu pai, Vlad II que foi cavaleiro da Ordem do Dragão. A confusão se deu através da semelhança entre os termos "Drache" que era o título de nobreza atribuído à Vlad II, e "Drac" que significa "diabo".

A relação entre Vlad III e o mito vampírico foi dada pelo escritor Bram Stocker. O autor de "Drácula" inspirou-se (provavelmente) nas atrocidades cometidas por Vlad III, e as incorporou em seu personagem principal. A partir deste momento, Vampiro e Drácula são praticamente sinônimos na literatura e nas crenças populares.

No Brasil também se encontra mitos relacionados aos vampiros e outros seres semelhantes. Neste caso, os registros entrelaçam-se com o rico folclore das várias regiões do país. Desde os centros urbanos, até as áreas menos desenvolvidas do Brasil, é comum ouvir-se relatos dos ataques sanguinários de criaturas que perambulam pelas madrugadas. Na maioria das vezes, essas histórias assemelham-se muito com as lendas europeias.

Na mitologia indígena existe o Cupendipe, que apesar de não possuir a sede de sangue caracterizada pelos vampiros, possui asas de morcego, sai de sua gruta apenas durante a noite e ataca as pessoas usando um machado.

No nordeste brasileiro conta-se a historia do Encourado. Um homem de hábitos noturnos, que usa trajes de couro preto, exalando um odor de sangria. O Encourado ataca animais e seres humanos para sugar-lhes o sangue. Prefere as pessoas que não frequentam igrejas. Porém, os habitantes da cidade por onde o Encourado passa, oferecem-lhe o sacrifício de criminosos, crianças ou animais de pequeno porte.

Em Manaus, há relatos da presença de uma vampira que atacava os moradores, sugando o sangue através da jugular e deixando marcas de dentes em suas vítimas, exatamente como é contada nos cinemas. Após os ataques, a vampira corria em direção ao mar e transformava-se em sereia, desaparecendo na água. A ‘‘Vampira do Amazonas” possui a capacidade de transmutar-se e força física descomunal.

Em Maio de 1973 no município paulista de Guarulhos, foi encontrado o corpo de um rapaz com as perfurações características em seu pescoço. Esse é apenas um exemplo da hipotética ação de vampiros em zonas urbanas. Neste caso, os relatos transcendem a fronteira da boataria e do folclore.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Livro dos Mortos - Necronomicon.

O Necronomicon (Livro de Nomes Mortos) também conhecido por Al Azif (Uivo dos Demônios Noturnos), foi escrito por Abdul Alhazred por volta de 730 d.C. em Damasco. Ao contrário do que se pensa, não se trata somente de um compilado de rituais e encantos, e sim de uma narrativa dividida em sete volumes numa linguagem obscura e abstrata. Alguns trechos isolados descrevem rituais e fórmulas mágicas, de forma que o iniciado tenha uma ideia mais clara dos métodos de evocações utilizados. Além de abordar também as civilizações antediluvianas e mitologia antiga, tendo sua provável base no Gênese, no Apocalipse de São João e no apócrifo Livro de Enoch. Reúne um alfabeto de 21 letras, dezenove "chaves" (invocações) em linguagem enochiana, mais de l00 quadros mágicos compostos de até 240 caracteres, além de grande conhecimento oculto.

Segundo o Necronomicon, muitas espécies além do gênero humano habitaram a Terra. Estes seres denominados "Antigos" vieram de outras esferas semelhantes ao Sistema Solar. São sobre-humanos detentores de poderes devastadores, e sua evocação só é possível através de rituais específicos descritos no Livro. Até mesmo a palavra árabe para designar “antigo’’, é derivado do verbo hebreu “cair’’, portanto seriam “Anjos Caídos”.

O autor do Necronomicon Abdul Alhazred, nasceu em Sanna no Iêmen. Em busca de sabedoria, vagou de Alexandria ao Pundjab passando muitos anos no deserto despovoado do sul da Arábia. Alhazred dominava vários idiomas e era um excelente tradutor. Possuía também habilidades como poeta, o que proporcionava um aspecto dispersivo em suas obras, incluindo o Necronomicon. Abdul Alhazred era familiarizado com a filosofia do grego Proclos, além de matemática, astronomia, metafísica e na cultura de povos pré-cristãos como os egípcios e os caldeus. Durante suas sessões de estudo, o sábio acendia um incenso que combinava várias ervas, entre elas o ópio e o haxixe.

Alhazred adaptou a interpretação de alguns neoplatonistas sobre o Necronomicon. Um grupo de anjos enviado para proteger a Terra tomou as mulheres humanas como suas esposas, procriando e gerando uma raça de gigantes que se pôs a pecar contra a natureza, caçando aves, peixes, répteis e todas as bestas da Terra, comendo a carne e bebendo o sangue uns dos outros. Os anjos caídos lhes ensinaram a confeccionar jóias, armas de guerra e cosméticos; além de encantos, astrologia e outros segredos.

Existe uma grande semelhança dos personagens e enredos das narrações do Necronomicon em diversas culturas. O mito escandinavo do Apocalipse Ragnarok é sugerido em certas passagens do Livro; além dos Djins Árabes e Anjos Hebraicos que seriam versões dos Deuses Escandinavos citados. Este conceito também é análogo a tradição judaica dos Nephilins.

Uma tradução latina do Necronomicon foi feita em 1487 pelo padre alemão Olaus Wormius, que era secretário do inquisidor-mor da Espanha Miguel Tomás de Torquemada. É provável que Wormius tenha obtido o manuscrito durante a perseguição aos mouros. O Necronomicon deve ter exercido grande fascínio sobre Wormius, para levá-lo a arriscar-se em traduzi-lo numa época e lugar tão perigosos. Uma cópia do livro foi enviada ao abade de Spanhein João Tritêmius, acompanhada de uma carta que continha uma versão blasfema de certas passagens do Gênese. Por sua ousadia, Wormius foi acusado de heresia e queimado juntamente com as cópias de sua tradução. Porém, especula-se que uma cópia teria sobrevivido à inquisição, conservada e guardada no Vaticano.

O percurso histórico do Necronomicon continua em 1586, quando o mago e erudito, Jonh Dee anuncia a intenção de traduzi-lo para o idioma inglês, tendo como base a versão latina de Wormius. No entanto, o trabalho de Dee nunca foi impresso mas chegou até as mãos de Elias Ashmole (1617-1692), estudioso que os reescreveu para a biblioteca de Bodleian, em Oxford. Assim, os escritos de Ashmole ficaram esquecidos por aproximadamente 250 anos, quando o mago britânico Aleister Crowley (1875-1947), fundador da seita religiosa “Thelema” os encontrou em Bodleian. A Thelema é regida pelo “Livro da Lei”, poema dividido em três capítulos onde fica evidente o plagio da obra de Jonh Dee. No ano de 1918, Crowley conhece a modista Sônia Greene e passa alguns meses em sua companhia.

Sônia Greene conhece o escritor Howard Phillip Lovecraft em 1921, e casam-se em 1924. Neste período o autor lança o romance “A Cidade Sem Nome” e o conto “O Cão de Caça”, onde menciona Abdul Alhazred e o Necronomicon. Em 1926, um trecho da obra “O Chamado de C`Thullu” menciona partes do “Livro da Lei” de Crowley. Portanto, o ressurgimento contemporâneo do Necronomicon deve-se a H. P. Lovecraft, apesar de não haverem evidências de que o escritor tivesse acesso ao Livro dos Nomes Mortos.

Outras suposições aludem á outras cópias, que teriam sido roubadas pelos nazistas na década de 30. Ainda nesta hipótese, haveria uma cópia do manuscrito original feita com pele e sangue dos prisioneiros dos campos de concentração, que na 2ª Guerra foi escondida em Osterhorn, uma região montanhosa localizada próxima a Salzburgo.

Atualmente, não é provável que ainda exista um manuscrito árabe do Necronomicon. Uma grande investigação levou à uma busca na Índia, no Egito e na biblioteca de Mecca, mas sem sucesso.




quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Evanescence esta gravando seu novo disco, que será lançado em outubro.



O Evanescence faz os últimos preprativos do novo álbum,o primeiro trabalho do grupo desde os últimos cincos anos. Segundo o site oficial da banda,o álbum deve estrear no dia 10 de outubro. Amy Lee diz ter colocado um pouco de ritmo latino nas suas musicas.

"What You Want", apresentada no mes de agosto, é o primeiro singe do novo disco.
A vocalista, ainda revelou n últma quinta-feira, que a canção inacabada, "Never Go Back", foi inspirada na tragédia do Japão. A banda se apresentara no brasil no Rock in Rio.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Destrichando o clipe "ingenua".

Primeiro capítulo do livro que inicia a escola literária Realista no Brasil, Memórias Póstumas de Brás Cubas, do escritor Machado de Assis, intitula-se “Ao Leitor”. Nele o protagonista, Brás Cubas, um defunto-autor, diz que a narrativa de sua vida “fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião”. Graves ou frívolos, o que vou salientar aqui é a importância das metáforas no novo clipe da cantora mexicana (ex-RBD) Dulce María. Diferente de qualquer outro documento visual do antigo grupo, hoje a maioria segue carreira solo, o clipe “Ingenua” é uma verdadeira síntese da movimentação de um ser inócuo à maturidade emocional. Estágio este alcançado com a experiência, musa máxima do fazer crescer.

Para começo de história, não discuto aqui a música. Ou melhor, não só a música. Ou ainda mais, não só a letra da canção. E pensar em música é perceber a letra, que por si já tem ritmo, sons, imagens, mas também a melodia. Eis aqui dois fatores a serem examinados. A esta função talvez dedique outra postagem; mas o que interessa nesse texto não é a música, mas o clipe Ingenua, por mais que a consulte quando necessário. Se somente a canção leva em conta, para sua interpretação holística, letra e melodia, o clipe vai mais além. Letra, melodia, vídeo. Fusão de dois sentidos: visão e audição. Uma verdadeira vitamina de linguagem.
Sem malícia; pureza; em que há inocência. Estas são algumas das definições para a palavra “Ingênua” segundo o professor Aurélio Buarque de Holanda. Mas, como já indicavam os filósofos gregos, uma pessoa não se banha num mesmo rio por duas vezes. Na segunda nem o rio é o mesmo, já que a água não para de ser renovada, nem a pessoa é a mesma, dada a experiência adquirida. O ser humano é feito de mudanças. “Mudam-se os tempos / mudam-se as vontades” já indicou no século XV o poeta português Luiz de Camões. O clipe “Ingenua” trata exatamente deste fenômeno inato ao ser humano, a mudança. De alguém já modificado, a letra da música trata desta pessoa (eu lírico) que reflete um passado de frustração, mas sem o qual não existiria essa reflexão no presente. A primeira imagem do vídeo desta música já revela algo que se mostrará de maneira “estranha” no meio do clipe, a imagem da tampa de um bueiro. Tampa molhada pela chuva, porém que lacra por completo a sujeira e imundice do líquido que ele cobre. Bueiro no chão, sujo, inferior. Isso destoará do eu lírico contrário, no plano superior e limpo. Essa limpeza é importante dado os momentos que este ficará sujo (ainda em urdimento com o simbolismo do esgoto tampado – tampado hoje, não ontem).
Chuva de um passado “gris”, de um ontem “desierto”. Cinza é cor do vídeo até seus últimos segundos. Imagens que nos remetem a um passado amoroso infantil, não na concepção de idade, mas na de ingenuidade. E por falar em infância, eis aqui uma das grandes metáforas destas imagens: a criança. Mas a infante não aparece sem que antes o eu lírico se mostre muito bem protegido por um guarda-chuva, também metáfora do início da proteção atual anti aquele passado. Recorro aqui, novamente, a Aurélio Buarque quando este descreve criança como: “pessoa ingênua, infantil, imatura”. É exatamente isso que representa a imagem infantil no clipe. A criança que amarra o coração com uma corda, ligada que está a um amor tão imaturo quanto aquela que costura o tal órgão, não é a mesma que aparece em seguida. Mas aqui existe uma das maiores poesia do vídeo. Assim como o bueiro (baixo, sujo) é o seu contrário um eu lírico alto, limpo, contrário ao vídeo; A criança que amarra não é a mesma que desamarra, esta última já devidamente imunizada, crescida, madura. O olhar da menina segue em direção à mulher. Duas imagens distintas representam isso. Já que são tão diferentes entre si. Uma a metáfora da ingenuidade, outra a maturidade amorosa. Por fim, as mãos vazias, livres do peso subjetivo daquele amor.
Hora de dizer como funcionaram os dias de ontem. Nestes, amante iludida de um homem casado. Suja (bueiro não tampado do passado?) numa relação adúltera onde o eu lírico não era a primeira pessoa, mas uma segunda. Entretanto hora de colocar a verdade deste passado em imagem. Mulher pequena, coração maior, superior, e num plano alto. Brilhantemente registrado no clipe. Depois, sujeira, arrependimento e a ilusão de um casamento (representado pelo vestido) tão segundo quanto o relacionamento deste casal. Somente o coração e uma fumaça contrastam com a pouca cor do clipe com o vermelho (paixão, amor, morte) destes dois.
Já que a vida é feita de mudanças e a experiência é como um carro com os faróis de trás acesos, vamos crescer, aprender, sair da ingenuidade, da infantilidade, desinstalar-se. Hora de sair do casulo. Sair da ilusão para o que ela me deu de verdade humana. Nada disso acontece como um relâmpago, porém, passo por passo. Primeiro isso, depois aquilo, em seguida aquilo outro. Primeiro guarda-chuva ( que protege da chuva de um passado), no entanto, esse passado, como o próprio sentido da palavra diz, passa, que nem uma chuva sede lugar ao sol. Tiremos as proteções do frio. Momento do sol, da cor e das asas para voar – última imagem do clipe- contrária ao bueiro introdutório. Livre de um passado “gris”, tem-se agora a liberdade, cor e vôo.

Grave ou frívolo, pilares da opinião segundo Brás Cubas, o que não se pode negar, caso deixado de lado os preconceitos musicais, é que o clipe da música “Ingenua” trás um degrau a mais para clipes pop’s tão sem sentido nos últimos tempos. Brás Cubas um defunto autor e não um autor defunto. O eu lírico do clipe não mais ingênuo, porém maduro de maneira que a música e o clipe desenlaçam as mãos e cada um segue com seu sentido. “Ingenua” no cd tem um valor, no clipe, outro.


 Fonte:Isaac Mello

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Livro - Harry Potter, Harry Christ de Derek Murphy.

 Ele é do bem e foi morto por seus inimigos em um ritual de sacrifício, mas ressuscitou para salvar o mundo porque, afinal, a luz sempre vence as trevas, conforme se acredita. Ele é Jesus Cristo, que possui milhões de seguidores, mas também pode ser Harry Potter, que tem tantos devotos quanto o cristianismo.
O livro "Jesus Potter, Harry Christ” se propõe a mostrar semelhanças como essas entre o Jesus literário e o personagem da saga da escritora britânica J.K. Rowling.
O ateu Derek Murphy, autor do livro, destacou que a maior semelhança, a mãe de todas as demais, é que Cristo e Potter são construções literárias, ficção.
Em recente entrevista, Murphy apontou uma ironia: quando o primeiro livro de Potter se tornou best-seller, a Igreja Católica acusou Rowling de estar incutindo nos jovens a feitiçaria e o satanismo, mas o próprio cristianismo bebeu nessas fontes.
Críticos literários escreveram em tom de brincadeira que os cristãos deveriam ir à Justiça contra Rowling por plágio: a morte e a ressurreição de Potter lembram as de Jesus.
Mas Murphy, no livro, escreveu que o cristianismo já tem muito de plagio em sua formação porque se inspirou em mitos pagãos como Isis, Sarapis, Hórus e Apolo. “Jesus é um amálgama dos melhores mitos”, disse.
O livro acaba sendo na verdade – avisaram os editores -- não uma comparação entre dois personagens, mas um relato da história da cristandade, apontando, por exemplo, os empréstimos que a crença fez da mitologia e do simbolismo esotérico.
Murphy é um ex-seminarista de Portland, Oregon (EUA). Estudou teologia, filosofia e línguas clássicas. Seus editores informaram que a paixão dele pela história religiosa o levou a mais de 30 países, onde participou de rituais e teve contatos com padre, monges, xamãs e curandeiros.
Como era de se esperar, cristãos acusam o livro de ser uma blasfêmia, mas nele, a rigor, não há nada que já não tenha sido publicado em uma farta literatura e ensaios sobre o tema.
O que talvez esteja incomodando os religiosos, além do oportunismo do lançamento do livro junto com o fim da saga, seja o tom provocador de Murphy. Ele vem dizendo, por exemplo, não entender como um personagem de ficção como Jesus Cristo possa ser levado a sério, como se fosse histórico.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

RAÇA ARIANA: verdade ou mito?

Bom aí está o documentário completo sobre a possível raça ariana (eu chamo de delirios de Hitler), que teve um excelente timing para testar a tese.