domingo, 30 de abril de 2023

Cine Pipoca #027


Olá pensadores, na coluna de hoje selecionei alguns dos melhores longas que prometem estourar as bilheterias e outros recordes. Veja!



Cavaleiros do Zodíaco traz a saga de Saint Seiya para a tela grande em live-action pela primeira vez. Seiya, um obstinado adolescente de rua, passa seu tempo lutando por dinheiro enquanto procura por sua irmã sequestrada. Quando uma de suas lutas displicentemente explora poderes místicos que ele nunca soube que tinha, Seiya se vê lançado em um mundo de santos guerreiros, treinamento mágico antigo e uma deusa reencarnada que precisa de sua proteção. Se ele quiser sobreviver, precisará abraçar seu destino e sacrificar tudo para ocupar seu lugar de direito entre os Cavaleiros do Zodíaco.



Uma nova versão do clássico filme de Alexandre Dumas, em que o jovem D'Artagnan sonha em se tornar um mosqueteiro. Para alcançar seu objetivo, ele tem a ajuda de Athos, Porthos e Aramis, que, juntos, farão de tudo para defender o trono francês.



O famoso grupo de desajustados está bastante diferente nos dias de hoje. Peter Quill, que ainda está a recuperar da perda de Gamora, tem que reunir a sua equipa para defender o universo e proteger um dos seus. Uma missão que, se não for concluída com sucesso, pode levar ao fim dos Guardiões como os conhecemos. Um filme de James Gunn.

 

Dom Toretto e sua família devem lidar com o adversário mais letal que já enfrentaram. Alimentada pela vingança, uma ameaça terrível emerge das sombras do passado para destruir o mundo de Dom e todos que ele ama.



Ariel é uma sereia princesa de dezesseis anos de idade insatisfeita com a vida no fundo do mar e curiosa sobre o mundo na terra. Ela se apaixona por um príncipe humano e faz um acordo com a bruxa do mar para transformar-se em humana.

Você também poderá gostar de: Cine Pipoca 26.

domingo, 23 de abril de 2023

Joana D'arc: Garota, guerreira, herege e santa - Katherine J. Chen


Um épico emocionante, triunfo da ficção histórica, releitura feminista de uma mulher notável ― e extraordinariamente real ―, que deixou uma marca profunda na História.

1421. A França parece prestes a perder a guerra contra a Inglaterra. Enquanto o país se afunda na lama de batalhas sangrentas, o povo passa fome... e o rei permanece escondido.

Desse caos surge uma jovem capaz de mudar o rumo da guerra e liderar os franceses à vitória. E o nome dessa garota imprudente, obstinada e brilhante – uma heroína improvável – ecoará através dos séculos: a guerreira, a herética, a santa Joana D’Arc.

Nas mãos de Katherine J. Chen, o mito e a lenda de Joana D’Arc ganham vida neste romance fruto de meticulosa pesquisa. Sua vida é narrada, com maestria, desde a infância repleta tanto de alegria quanto de violência até a ascensão meteórica ao posto de líder do exército francês no fim da Guerra de Cem Anos, em meio aos perigos nos campos de batalha e às ainda mais traiçoeiras intrigas da corte.

“A Joana D’Arc de Katherine J. Chen não é uma donzela piedosa, mas uma guerreira forte, mestre em estratégia e logística de guerra; e, sim, ela realmente arrancou uma flecha do próprio pescoço.” – Margaret Atwood, autora de O conto da Aia

“Um romance glorioso e arrebatador... Ricamente imaginado, comovente e inspirador.” – Jennifer Saint, autora de Ariadne

“Uma releitura pagã e uma celebração feminista da vida de Joana D’Arc, transformando a lendária santa em uma jovem imperfeita, mas justamente por isso verdadeira.” – USA Today

Autora

Katherine J. Chen é uma escritora norte-americana. Possui trabalhos publicados em meios como The New York Times, Los Angeles Review of Books e Literary Hub, além da coletânea de ficção científica Stories from Suffragette City. É autora do best-seller Mary B. É mestre em Belas-Artes pela universidade de Boston, nos EUA, onde também trabalhou como professora e pesquisadora, recebendo o Florence Engel Randall Fiction Prize.

domingo, 16 de abril de 2023

O Hacker de Hong Kong - Chan Ho-kei

Após uma infância difícil, a bibliotecária Nga-Yee teve de aprender a enfrentar a vida ao lado da irmã mais nova, Siu-Man. Pela primeira vez desde a morte dos pais, elas começam a viver com certa estabilidade. Certo dia, ao voltar do trabalho, Nga-Yee se depara com uma multidão diante de seu prédio, e nada poderia tê-la preparado para aquela cena: cercado pela polícia e pelos pedestres, está o corpo de Siu-Man. A jovem pulou do vigésimo segundo andar. Sem conseguir acreditar na hipótese de suicídio, Nga-Yee se lança em uma perturbadora investigação pelo submundo de Hong Kong. Aos poucos, algumas peças vão se encaixando para explicar a tragédia, enquanto outros mistérios despontam: viagens de metrô, acusações na internet, cyberbullying. E é esse caminho tortuoso que leva Nga-Yee a N, um homem sombrio que pode ser a peça-chave em sua busca por respostas ― e também sua única chance de fazer justiça.

Opinião

A obra traz uma miscelânea de temas que vão se interligando para formar um intrincado e ágil suspense desses pra devorar as páginas – e o livro é um belo calhamaço de quase quinhentas páginas. Mas isso pouco importa. A partir do momento em que o jogo de vingança dessa história prender a sua atenção, você nem vai se dar conta da quantidade de páginas lidas.

A primeira grande característica dessa obra é o bom uso da tecnologia para a construção do suspense. O hacker que dá título ao livro, conhecido como N, é um personagem incomum, meio anti-herói, mas detentor de conhecimentos que acessam qualquer dispositivo em qualquer lugar. Ao longo da história vamos acompanhar diferentes tecnologias e macetes para hackear, se infiltrar, roubar dados, filmar ambientes e empurrar personagens para as mais diferentes reações.

Outro ponto é que o livro tem uma narrativa muito ágil, fazendo jus à classificação de thriller de ação. Nós somos jogados em uma brincadeira de gato e rato para desvendar um mistério e depois colocar em jogo um plano de vingança. Isso acontece em duas tramas aparentemente distintas, mas que lá na etapa final vão se unir e trazer um belo de um plot twist desses que deixam os leitores entusiasmados com o quanto foram enganados. Chan Ho-Kei soube trabalhar suas histórias de um jeito que não conseguimos em nenhum momento captar a menor sombra de onde é que elas vão se unir.

Chan Ho-Kei vai esfregar na cara dos leitores o quanto o comportamento protegido por trás das telas pode alterar fatos e destruir vidas. A manipulação que a internet permite é algo que talvez nenhum de nós faça a menor ideia do quão grande e perigoso é. As cenas que se passam a partir de fóruns em um site facilmente vão nos lembrar o que vemos dia a dia no Twitter, por exemplo. Há personagens prontos para julgar, emitir opiniões ou instigar os outros a qualquer coisa. Até mesmo renunciar à vida.

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Onde Estão as Flores? - Ilko Minev


Licco Razan é um velho vivido que quer contar a sua história para que a família entenda toda uma trajetória que começou na distante Bulgária, passou pela Turquia e foi se enraizar na Amazônia.

Ilko Minev, um imigrante que foi exilado político na Bélgica antes de vir para o Brasil e que sentiu na pele a ação terrível de um regime totalitário, além das dificuldades de fazer sua uma terra com hábitos e costumes tão diferentes, utiliza-se de uma mistura de elementos históricos com uma narrativa muito rica e fluida para criar Onde estão as flores?

Traçando um panorama histórico da Europa, neste livro Minev descreve o até então inédito salvamento dos 50 mil judeus búlgaros, dando detalhes do fluxo migratório dos judeus para a pouco habitada Região Norte do Brasil e defendendo sem ideologismo um mundo sem guerras.

O título do livro é inspirado na canção “Where have all the flowers gone?”, eternizada por Marlene Dietrich e que se tornou uma espécie de hino contra as guerras.

Também poderá gostar de: Nas Pegadas da Alemoa - Ilko Minev.

domingo, 2 de abril de 2023

Sussurros: A vida privada na Rússia de Stalin - Orlando Figes


O livro conta os bastidores de um dos mais importantes momentos políticos dos tempos modernos. E entra no território inexplorado das vidas privadas durante aqueles anos terríveis.

Sussurros revela as histórias ocultas de famílias soviéticas comuns que viveram sob a tirania de Stalin. Muitos livros descrevem os aspectos externos desse período - as prisões e os julgamentos, as escravizações e os assassinatos no Gulag -, mas este é o primeiro a explorar com profundidade sua influência na vida de quem sofreu as opressões stalinistas. 

Como o povo soviético conduzia sua vida privada durante o governo de Stalin? O que as pessoas realmente pensavam e sentiam? Que tipo de cotidiano era possível nos apartamentos comunais abarrotados, onde quartos eram divididos por uma família inteira - às vezes até por mais de uma - e as conversas podiam ser ouvidas no cômodo ao lado? O que significava a vida privada quando o Estado controlava quase todos os aspectos dela por meio da legislação, da vigilância e da ideologia?

A esfera moral familiar é o principal território de Orlando Figes. O autor explora como esses núcleos reagiam às várias pressões do regime soviético. E não foram poucos os afetados pelo terror: estimativas mostram que cerca de 25 milhões de pessoas foram reprimidas pelo regime soviético entre 1928, quando Stalin assumiu a liderança do partido, e 1953, ano da morte do ditador e do fim de seu reino de horror.

A obra é fundamentado em centenas de documentos (cartas, diários, documentos pessoais, memórias, fotografias e objetos) escondidos até recentemente por sobreviventes do terror de Stalin em gavetas e sob colchões em casas espalhadas pela Rússia. Em cada família, foram feitas longas entrevistas com os parentes mais velhos, capazes de explicar o contexto dos documentos e situá-los na história não contada. Esses materiais foram reunidos em um arquivo especial, que representa uma das maiores coleções de documentos sobre a vida privada no período de Stalin.

Um vasto retrato panorâmico de uma sociedade em que todos falavam em sussurros - seja para proteger suas famílias e amigos, ou para informá-los -, Sussurros é um relato emocionante sobre vidas vividas em tempos impossíveis.