domingo, 26 de maio de 2019

Viajando pelas Séries #014 - The Society



Imagine uma série que mistura Lost com O Senhor das Moscas. Então, é dessa forma que The Society pode ser descrita. A série nova que a Netflix está estreando nessa semana traz, por trás de sua cara de produção teen, uma discussão sobre moralidade que é bem interessante.

Para quem não conhece a história desse livro, que já foi adaptado duas vezes para o cinema, presta atenção: Depois de um acidente de avião, um grupo de estudantes chega a uma ilha. Eles acabam se dividindo em dois grupos. Enquanto um é organizado, o outro recorre à selvageria e usa o medo do desconhecido para controlar os outros.

Em The Society, a premissa é praticamente a mesma. Um grupo de jovens sai para viajar, e quando volta, descobre que os adultos desapareceram da cidade. E as coisas ainda pioram. A partir do momento em que entraram na cidade, não conseguem mais sair.

A partir daí, em um primeiro momento todo mundo aproveita a liberdade proporcionada pela falta da supervisão dos adultos. Só que, com o passar do tempo, eles vão ficando desesperados, e isso vai mexendo com o emocional deles. Por outro lado, também mexe com a própria noção de moralidade, justiça, democracia… Enfim, entre outras coisas que a gente sabe que existem em uma sociedade comum.

The Society, então, tem a sua dose de distopia futurista, aliada a um drama político e sentimental. Além, como fica óbvio, de proporcionar também um baita exame existencial. Assistindo aos dez episódios da série, a gente percebe que, mesmo com os problemas típicos de nossa sociedade, é importante mantê-la. Isso porque, na falta de uma organização bem definida, o caos e a barbárie acabam sempre predominando.


The Society série com grandes ambições


É uma série ambiciosa, sem dúvida. A história que ela apresenta aqui nessa primeira temporada deixa mesmo um espaço para uma segunda, terceira, quarta temporada, e assim por diante. Só que de nada ia adiantar se não tivesse um elenco de primeira. Boa parte da história gira em torno de Allie, que é interpretada por Kathryn Newton, uma garota que vivia na sombra de sua irmã até perceber que precisa se virar por conta própria. Ela segura bem as pontas mostrando todas as nuances que sua personagem precisa.

Mas não só ela tem seus momentos. The Society permite que os coadjuvantes também brilhem. Destaque para o atleta Grizz, papel de Jack Mulhern, que tem ótimas cenas dramáticas que precisam mesmo ser citadas. Também dá pra citar a personagem Becca, interpretada por Gideon Adlon, que se revela mais complexa do que parece no decorrer da série, e que tem uma boa amizade com Sam, interpretado por Sean Berdy, que é seu melhor amigo, e apesar de ser surdo e gay, se oferece para ajudar quando ela mais precisa.

Em suma: The Society é uma série interessante, que prende a atenção de uma forma intensa e que, no fim, deixa a gente intrigado. Para uma série teen, é bem interessante.



Fonte: Maze


segunda-feira, 13 de maio de 2019

Livro Prisioneiros da Mente - Augusto Cury.


Um magnata poderoso. Um império tecnológico. E uma família dilacerada. Theo Fester conseguiu vencer uma infância de pobreza e bullying para se tornar um empreendedor mundialmente conhecido. Sua vida pessoal, entretanto, não seguiu o mesmo caminho: ele e seus filhos vivem uma farsa, se digladiando por poder e atenção. Ao se dar conta de que sua família está aprisionada por cárceres mentais, Theo precisará se reinventar mais uma vez e mudar radicalmente seus relacionamentos, antes que seja tarde demais.

domingo, 5 de maio de 2019

Livro A Elite do Atraso: Da Escravidão a Bolsonaro por Jessé Souza.


Quem é a elite do atraso?

Como pensa e age essa parcela da população que controla grande parte da riqueza do Brasil?

Onde está a verdadeira e monumental corrupção, tanto ilegal quanto “legalizada”, que esfola tanto a classe média quanto as classes populares?

A elite do atraso se tornou um clássico contemporâneo da sociologia brasileira, um livro fundamental de Jessé Souza, o sociólogo que ousou colocar na berlinda as obras que eram consideradas essenciais para se entender o Brasil.

Por meio de uma linguagem fluente, irônica e ousada, Jessé apresenta uma nova visão sobre as causas da desigualdade que marca nosso país e reescreve a história da nossa sociedade. Mas não a do patrimonialismo, nossa suposta herança de corrupção trazida pelos portugueses, tese utilizada tanto à esquerda quanto à direita para explicar o Brasil. Muito menos a do brasileiro cordial, ambíguo e sentimental.

No âmago da interpretação de Jessé não está a corrupção política. Para ele, a questão a partir da qual se deve explicar a história passada e atual do Brasil – e de suas classes, portanto – não é outra senão a escravidão.

Sob uma perspectiva inédita, ele revela fatos cruciais sobre a vida nacional, demonstrando como funcionam as estruturas ocultas que movem as engrenagens do poder e de que maneira a elite do dinheiro exerce sua força invisível e manipula a sociedade – com o respaldo das narrativas da mídia, do judiciário e de seu combate seletivo à corrupção.


Um dos maiores best-sellers da atualidade, agora em edição revista e atualizada, este livivro é um novo clássico do pensamento brasileiro. A elite do atraso apresenta uma interpretação abrangente, inovadora e ousada da sociedade brasileira que a cada dia ganha novos adeptos.