domingo, 12 de maio de 2024

1942 : O Brasil e sua guerra quase desconhecida - João Barone.


Passados mais de setenta anos, a Segunda Guerra Mundial ainda é um assunto que fascina milhares de pessoas ao redor do mundo. O Brasil não é diferente. Por isso mesmo pode ser surpreendente que a participação do país no conflito seja ignorada pela maior parte da população. 

É para preencher essas lacunas na história brasileira que João Barone, consagrado baterista da banda Os Paralamas do Sucesso, apresenta 1942 – O Brasil e sua guerra quase desconhecida. Nesta nova edição ampliada, Barone, cujo próprio pai foi um pracinha, traz textos e fotos extras que iluminam ainda mais o passado da Força Expedicionária Brasileira e fazem do seu livro um documento indispensável para entender a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

"1942 é fundamental para quem quiser conhecer o assunto." - Jô Soares

"Barone oferta aos leitores esse livro repleto de aventura, ação e reflexão, num momento em que o país pegou em armas e lutou do lado certo." Eduardo Bueno, Peninha , jornalista e historiador 

"João Barone realiza um trabalho de relevo no resgate da memória dos pracinhas, sensível aos anônimos e mais vulneráveis que se tornaram heróis numa guerra assimétrica e cruel." - Marco Lucchesi , presidente da ABL

"O que se narra aqui não é apenas o relato da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Apesar de o livro servir também como narrativa histórica impecável – e os historiadores que se cuidem, pois um baterista da linha de frente do rock brasileiro decidiu se entrincheirar pelo território inconstante da História –, o que se revela é a odisseia particular de um filho em busca do pai." - Tony Bellotto , músico e escritor

"Faça como o João Barone, não esqueça a Segunda Guerra Mundial. Somos filhos dela, independente de nossas idades." - Alberto Dines , jornalista e escritor

"Este livro se ergue, como filho nos ombros do pai, contra um inimigo abominável – oponente mais letal que o chumbo, mais destrutivo que a pólvora, mais humilhante que a derrota, mais ultrajante que a mentira, mais injusto que a ingratidão, mais irremediável que a morte –, este livro se ergue, memória de um pai nos ombros do filho, e diz não ao mais vil dos demônios: esquecimento. Depois de vencer o nazifascismo, a guerra não acabou para os pracinhas brasileiros – seus descendentes travam a luta contra as trevas do oblívio." - Pedro Bial

"Explicar a importância e o sacrifício dos soldados brasileiros durante a Segunda Guerra não é tarefa simples. Com clareza e conhecimento transmitidos em narrativa envolvente, Barone consegue cumprir a missão." - Marina Amaral , colorista de fotos.

domingo, 5 de maio de 2024

Os afegãos: Três vidas de um país marcado pelo Talibã - Åsne Seierstad


Mergulhe na intricada do história do Afeganistão. A partir de três histórias individuais, conhecemos as fraturas políticas e sociais de um país marcado pelo extremismo e pela luta pela liberdade.

Conhecida por seu estrondoso best-seller O livreiro de Cabul, de 2002, Seierstad retorna ao território afegão duas décadas depois, esmiuçando a tumultuada relação entre o país e o Talibã, grupo fundamentalista islâmico que voltou ao poder em 2021. Com Os afegãos, a jornalista norueguesa elabora uma investigação histórica e, ao mesmo tempo, constrói o complexo retrato de uma nação a partir de três vidas, três gerações que representam pontos de vista únicos.

Através de entrevistas e testemunhos coletados pela autora, conhecemos as histórias que personificam os últimos cinquenta anos do Afeganistão: Jamila compreendeu desde a infância que precisaria arriscar tudo para garantir seu direito de estudar. A partir de uma interpretação própria do Alcorão, tornou-se uma proeminente ativista dos direitos das mulheres, sobretudo na área da educação. Bashir fugiu de casa aos 12 anos com o sonho de se tornar um combatente do jihad (a guerra santa). Já adulto e um comandante respeitado, ele era uma das principais lideranças talibãs quando o mundo testemunhou, em 2021, a Queda de Cabul. Ariana, uma jovem dos anos 2000 que cresceu em plena abertura democrática, era uma estudante de Direito prestes a se graduar quando o Talibã retomou o poder e começou a mitigar, de maneira ostensiva, a educação das meninas e mulheres.

Jamila e Ariana testemunham, em primeira mão, a fragilidade dos direitos das mulheres em regimes autocráticos. Não é por acaso que a opressão das mulheres, a religião e o feminismo são temas centrais em Os afegãos, e que estes sejam os primeiros pontos combatidos pelo novo regime.

Através desse retrato cindido, complexo e multifacetado, Os afegãos apresenta a história recente do Afeganistão, encarnada nas vivências, crenças e lutas individuais de seu povo, até os dias atuais.

Resenha

A obra mergulha nas profundezas da história recente do Afeganistão, oferecendo uma visão íntima e complexa através das vidas de três indivíduos distintos. A autora explora a intrincada relação entre o país e o Talibã, destacando a tumultuada trajetória marcada por conflitos e mudanças políticas.

O livro se desenrola por meio das experiências de Jamila, Bashir e Ariana, três personagens que representam diferentes gerações e perspectivas dentro do contexto afegão. Jamila, uma ativista dos direitos das mulheres desde a infância, personifica a luta pela educação e pela igualdade em meio à opressão do regime talibã. Bashir, que fugiu de casa aos 12 anos para se tornar um combatente do jihad, ascendeu a uma posição de liderança dentro do próprio Talibã, testemunhando de perto os eventos que levaram à queda de Cabul em 2021. Enquanto isso, Ariana, uma jovem estudante de Direito, enfrenta os desafios impostos pelo retorno do Talibã ao poder, confrontando diretamente a crescente repressão contra as mulheres e a educação feminina.

Seierstad habilmente entrelaça essas narrativas pessoais com a história política e social do Afeganistão, oferecendo ao leitor uma compreensão mais profunda das complexidades do país e das lutas enfrentadas por seu povo ao longo das últimas décadas. O tema da opressão das mulheres, a religião e o feminismo emergem como pontos cruciais, refletindo não apenas as experiências individuais dos personagens, mas também as questões mais amplas que permeiam a sociedade afegã.

"Os Afegãos" é mais do que uma simples investigação histórica; é um retrato vívido e multifacetado de uma nação em constante transformação, visto através das vidas e das lutas de seus habitantes. Seierstad oferece uma reflexão perspicaz sobre os desafios enfrentados pelo Afeganistão até os dias atuais, convidando os leitores a imersão nas histórias de Jamila, Bashir e Ariana para compreenderem verdadeiramente a complexidade e a resiliência do povo afegão.