Neste livro o mestre do suspense Raphael Montes desbrava as tensões das relações familiares e do mundo de aparências de um condomínio perfeito, em uma trama complexa sobre infância e maternidade.
Eva tem a vida perfeita. Seu marido é um jovem advogado em ascensão. Suas filhas gêmeas são lindas, inteligentes e saudáveis. Seu trabalho, a arte reborn, é um sucesso na internet. À sua volta, tudo está à mão: o Blue Paradise, condomínio fechado de classe média-alta na Barra da Tijuca, oferece todo tipo de serviço para que ela não precise sair do conforto de seu lar. Eva tem a vida perfeita ― até descobrir que está grávida e seu mundo virar de cabeça para baixo.
Conhecido por seus suspenses de tirar o fôlego, com mais de 500 mil exemplares vendidos, Raphael Montes inova ao começar este thriller psicológico pelo último capítulo. Assim, como uma bomba-relógio prestes a detonar, acompanhamos os caminhos surpreendentes e as tensões que levam essa família feliz a um final avassalador.
Filme
Eva está grávida e, para quem vê de fora, tem uma vida perfeita ao lado de Vicente e de duas filhas. Os problemas começam a aparecer gradativamente e se acentuam quando, em meio à aparente depressão pós-parto da protagonista, o recém-nascido surge com sinais de agressão pelo corpo.
A tensão está presente desde as primeiras cenas, firmada principalmente na ótima atuação de Grazi Massafera. É pelas expressões da atriz, aflita e assustada mesmo em meio à comemoração do aniversário das filhas, que notamos algo de inquietante no dia a dia supostamente pacato de Eva.
Da direção de arte à trilha sonora, passando pela fotografia e os cenários, tudo ali opera para criar um contexto horripilante em torno da protagonista. Uma boa sacada foi cercá-la de bonecos, pavorosos, confeccionados pela própria personagem, que trabalha criando bebês reborn.
Na trama aparecem questões referentes à maternidade, ao puerpério e ao machismo. O filme também evoca outras temáticas, como o abuso sexual, mas todas elas eclodem na parte final da história, quando o suspense se esvazia e a verdade se revela.
O longa mantém um bom suspense por quase duas horas, mas derrapa no desfecho.
O gênero thriller ainda é raro no cinema brasileiro. Contudo, são cada vez mais explorado ainda com poucos títulos por aqui.
O grande mérito da produção é a capacidade de manter os olhos vidrados da audiência por quase duas horas, sem perder sua atenção em qualquer cena. O dissabor fica mesmo para o desfecho, desenvolvido em cerca de 5 minutos, muito aquém da expectativa gerada e do nível apresentado até ali.
A premissa que o autor pareceu querer desenvolver desde o início – a história original do filme rendeu um livro com o mesmo título, também escrito por ele – precisava de um cuidado maior na adaptação.
Uma Família Feliz leva o suspense ao ápice e dá ao público um leque de possibilidades sobre o mistério que envolve aqueles personagens. O plot twist pode não surpreender o espectador mais atento, e a resolução poderia ser mais criativa.
Elenco:
Grazi Massafera
Reynaldo Gianecchini
Luiza Antunes
Juliana Bim
Assista o trailer:
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