domingo, 24 de dezembro de 2023

As melhores adaptações literárias para as telas 2023.



Este ano tivemos grandes produções baseadas em obras literárias. Algumas marcantes como foi o caso de oppenheimer, já outras nem tanto. Veja abaixo:

Oppenheimer

foi o brilhante e carismático físico que liderou os esforços para desenvolver uma arma nuclear em favor de seu país durante a guerra. Logo após o bombardeamento de Hiroshima, tornou-se o cientista mais famoso de sua geração ― uma das figuras icônicas do século XX, a personificação do homem moderno que enfrenta as consequências do progresso científico.

No entanto, Oppenheimer em seguida se opôs ao uso de bombas nucleares e, em especial, da bomba de hidrogênio. Na hoje quase esquecida histeria do início dos anos 1950, as ideias dele contrariaram poderosos defensores de um avanço nuclear maciço, e, como consequência, foi considerado indigno de confiança para lidar com os segredos do governo dos Estados Unidos.

Este livro narra a vida de Oppenheimer em detalhes reveladores e sem precedentes. Construído após numerosas pesquisas, baseou-se em milhares de registros e cartas encontrados em arquivos nos Estados Unidos e no exterior, em extensos relatórios do FBI e em cerca de uma centena de entrevistas com amigos, parentes e colegas de Oppie. Ao longo das páginas, acompanhamos os primeiros anos escolares dele; a ida para Berkeley, Califórnia, onde estabeleceu, durante a década de 1930, a principal escola norte-americana de física teórica e se envolveu profundamente com causas de justiça social e muitos adeptos do comunismo; o período em Los Alamos, Novo México, onde transformou um ermo planalto escarpado no laboratório de armas nucleares mais potente do mundo ― e onde ele próprio foi transformado.

Oppenheimer é uma rica evocação dos Estados Unidos de meados do século XX, um retrato novo e atraente de um homem notável, ambicioso, complexo e imperfeito cuja história conecta-se profundamente aos principais acontecimentos de seu tempo: a Depressão, a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria. Uma perfeita combinação de biografia e história, é um livro essencial para compreendermos nosso passado recente ― e as escolhas que temos com relação ao futuro.



A queda da casa de Usher


Bem vindo a mansão gótica está em ruínas e aos poucos afunda no pântano sob ela. Seus moradores estão doentes e deslizando para o mundo da loucura. E se você ouvir com atenção, poderá escutar o som da hera subindo pelas paredes, o vento sussurrando seu nome e as árvores estalando quando esticam seus galhos para recebê-lo. Por favor, tente aproveitar sua estada.



Drácula

Uma das mais famosas e horripilantes histórias de terror de todos os tempos. Drácula é uma história de vampiros e de mortos-vivos baseada no folclore da Transilvânia e em um personagem real (o voivoda Vlad, o Empalador). Bram Stoker construíu um romance epistolar que marcou gerações consecutivas de leitores, transformando-se em um ícone adaptado para o cinema, quadrinhos e TV. Na história, um casal e seus amigos são atormentados por Conde Drácula, uma entidade sobrenatural e sanguinária que, presa em uma maldição contagiosa, pretende se mudar de seu recluso castelo na Transilvânia para a efervescente Londres do século XIX. Com a ajuda do professor Van Helsing, o grupo de amigos pretende enfrentar o morto-vivo, mesmo com todos os perigos que a ofensiva trará.
No filme Drácula: a última viajem de Demeter é sobre a viagem em que fez para Londres. Obra muito fiel ao livro.



The Power

Em The Power, o mundo é um lugar reconhecível: há um garoto nigeriano rico que descansa na piscina da família; um filho adotivo cujos pais religiosos escondem a sua verdadeira natureza; um ambicioso político americano; uma garota durona de Londres de uma família complicada. Mas então uma nova força vital cria raízes e floresce, fazendo com que as suas vidas convirjam com efeitos devastadores.

As adolescentes agora têm um imenso poder físico: podem causar dores agonizantes e até a morte. E, com esta pequena reviravolta da natureza, o mundo se reinicia drasticamente. Da premiada autora Naomi Alderman, The Power é ficção especulativa em sua forma mais ambiciosa e provocativa, ao mesmo tempo que nos leva a uma jornada emocionante para uma realidade alternativa e expõe nosso próprio mundo de maneiras ousadas e surpreendentes.

A série é instigante e provocativa.


Jogos Vorazes - A cantiga dos pássaros e das serpentes

Nessa prequel é a manhã do dia da colheita que iniciará a décima edição dos Jogos Vorazes. Na Capital, o jovem de dezoito anos Coriolanus Snow se prepara para sua oportunidade de glória como um mentor dos Jogos. A outrora importante casa Snow passa por tempos difíceis e o destino dela depende da pequena chance de Coriolanus ser capaz de encantar, enganar e manipular seus colegas estudantes para conseguir mentorar o tributo vencedor. A sorte não está a favor dele. A ele foi dada a tarefa humilhante de mentorar a garota tributo do Distrito 12, o pior dos piores. 

Os destinos dos dois estão agora interligados – toda escolha que Coriolanus fizer pode significar sucesso ou fracasso, triunfo ou ruína. Na arena, a batalha será mortal. Fora da arena, Coriolanus começa a se apegar a já condenada garota tributo... e deverá pesar a necessidade de seguir as regras e o desejo de sobreviver custe o que custar.

AMBIÇÃO O ALIMENTARÁ. COMPETIÇÃO O CONDUZIRÁ. MAS O PODER TEM O SEU PREÇO.



E aí, o que acharam?

Também poderá gostar de: Filmes e séries para assistir nas férias.

domingo, 10 de dezembro de 2023

1177 A.C. - O ano em que a civilização entrou em colapso: O ano em que a civilização entrou em colapso - Eric H. Cline


Com esta obra, você fará uma viagem no tempo até o final do segundo milênio antes da era cristã: um período de grande prosperidade e desenvolvimento para as civilizações da Idade do Bronze, mas que chegou a um fim abrupto e desastroso em 1177 a.C., quando os misteriosos e temíveis “Povos do Mar” invadiram o Egito. 

Embora o exército e a marinha egípcios tenham conseguido derrotá-los, a vitória foi apenas o começo do fim para o mundo civilizado da Idade do Bronze. Os reinos caíram como dominós, e em poucas décadas, não havia mais minoanos, micênicos, troianos, hititas ou babilônios. 

As culturas, economias e povos prósperos que antes existiam, desapareceram junto com seus sistemas de escrita, desenvolvimento e arquitetura monumental. Mas como isso foi possível? Como uma única invasão destruiu toda uma era de progresso e desenvolvimento? 

Eric Cline conta a emocionante história das múltiplas falhas interconectadas que levaram ao colapso da Idade do Bronze, incluindo invasões, revoltas, terremotos, secas e bloqueios no comércio internacional. Com uma narrativa envolvente, o autor traz à vida o vibrante mundo multicultural dessas grandes civilizações, revelando que foi a própria interdependência que levou ao seu dramático colapso. 

Em 1177 a.C, Cline descreve em detalhes os laços complexos que deram origem e, finalmente, destruíram as civilizações desenvolvidas da Idade do Bronze, preparando o terreno para o surgimento da Grécia clássica. Com este livro fascinante, você mergulhará em uma era de grande prosperidade da história humana, mas também testemunhará o seu dramático fim. Prepare-se para uma narrativa cheia de reviravoltas sobre os surpreendentes eventos que culminaram com o fim da Idade do Bronze.

domingo, 3 de dezembro de 2023

Jane Austen e a arte das palavras - Catherine Bell


"Minha coragem cresce, a cada tentativa para me intimidar."Jane Austen

A brilhante filha do vigário, Jane, só quer uma coisa: escrever. Com tinta manchando suas mãos, ela fica acordada durante as noites entrando no mundo das suas heroínas. Mas sua irmã Cass está noiva e Jane está prestes a descobrir que sua mãe tem planos muito semelhantes para ela. Para Jane, os jovens do lugar não despertam entusiasmo, até que o charmoso Tom Lefroy aparece. O coração de Jane, no entanto, precisará se manter firme para suportar as intempéries da vida. E permanecer na luta incansável pelo seu maior sonho: publicar um romance.

trecho do livro

Steventon, dezembro de 1795: quase tudo está quieto na casa dos Austen quando o ano chega ao fim. A jovem Jane de vinte anos sente falta de sua irmã Cass, acima de tudo, que está passando as férias com o noivo. Jane, por outro lado, não quer nada menos do que isso: entrar em um casamento. Ela prefere dançar nos bailes em Hampshire ou ficar sentada em sua mesa para escrever sobre todas as histórias e figuras que surgem dia e noite em sua mente.

Porém, por mais que sua família a apoie, nenhum editor se interessa por seus textos. Enquanto passa seus dias escrevendo e dançando, Jane pensa que talvez fosse mais sensato buscar por um marido, no entanto, não há nenhum rapaz que lhe desperte o interesse. Até o seu encontro com o carismático estudante Tom Lefroy, sobrinho de sua amiga. Será que finalmente havia encontrado o amor? Será que o casamento acabaria de vez com as suas chances de virar escritora? Será que era correspondida?

Apesar dessas dúvidas, Jane parte em sua busca com determinação e não se desencoraja na busca pela liberdade. Porque uma coisa que ela quer, absolutamente, é publicar um romance.

Sobre a autora

Catherine Bell é o pseudônimo da autora e jornalista Kerstin Sgonina que investiga a vida de mulheres interessantes. É apaixonada por Jane Austen desde que devorou suas obras completas no calor do início do verão em uma varanda em Berlim sem nem mesmo perceber o ar abafado, o barulho do metrô e o tráfego que passava. Hoje, ela mora com sua família em Brandemburgo e tenta cultivar um jardim inglês todos os anos — com um sucesso modesto.

domingo, 26 de novembro de 2023

A História de Shuggie Bain - Douglas Stuart


Glasgow, 1981. A cidade está morrendo. A pobreza, aumentando. A esperança, desaparecendo. Agnes Bain sempre esperou por mais. Ela sonhava com coisas grandiosas: uma casa com entrada particular, uma vida confortável. Quando seu segundo marido, um taxista mulherengo, sai de casa, ela e os três filhos se veem presos em uma cidade mineradora dizimada pela política da então primeira-ministra Margaret Thatcher. Enquanto Agnes se entrega cada vez mais ao álcool em busca de conforto, seus filhos tentam salvá-la. Porém, um a um, vão desistindo porque precisam salvar a si mesmos.

Mesmo com os próprios problemas, o único que não cede é Shuggie. Apesar de suas tentativas de ser um “menino normal”, todos acham que há “algo de errado” com ele. Agnes quer apoiar e proteger o filho, mas a força de seu vício é tamanha que eclipsa todos ao seu redor, inclusive seu amado Shuggie, que acaba sendo vítima de abuso sexual sem ter a menor ideia de que está sofrendo uma violência.

A crueldade da pobreza, os limites do amor, o vazio do orgulho, a violência dos vícios, a dor da perda e da autodescoberta. Tudo isso está em A história de Shuggie Bain, um livro de estreia comovente sobre o amor irrestrito e inexplicável que somente as crianças sentem por seus pais.

Sobre o autor

Douglas Stuart nasceu e cresceu em Glasgow. Depois de se formar no Royal College of Art, em Londres, começou uma carreira em design de moda. Seu trabalho já foi publicado na New Yorker e na LitHub. A história de Shuggie Bain é seu primeiro livro.

domingo, 19 de novembro de 2023

Homens Comuns - O Batalhão de Polícia da Reversa 101 e a Solução Final na Polônia - Christopher Browning.


Ele descreve a transformação de um batalhão da polícia alemã, composto por homens da classe média burguesa. Eram, essencialmente, policiais comuns, educados antes da Juventude Hitlerista, e que, portanto, não haviam sido doutrinados quando jovens. Foram enviados à Polônia para “estabelecer a paz” — para arrumar a bagunça depois que os alemães a haviam invadido. 

Começaram prendendo todos os homens judeus entre 18 e 65 anos, reunindo-os em estádios e depois embarcando-os em trens. Mas este não foi o fim da história. Eles chegaram a um lugar muito, muito sombrio. Ora, no final do treinamento, esses homens iam mato adentro com mulheres grávidas nuas para dar-lhes um tiro na nuca. O mais horrível neste livro é que o autor detalha as etapas pelas quais isso ocorreu. O comandante da unidade dissera aos homens que eles teriam de fazer coisas terríveis, mas que poderiam voltar para casa se quisessem — portanto este não é um daqueles casos de pessoas apenas seguindo ordens. 

Há muitas razões para eles não terem ido embora, mas uma delas é que não seria “camarada”, por assim dizer, deixar os colegas fazerem todo o trabalho sujo enquanto eles davam o fora; seria covardia. E assim, as exigências para suas ações horríveis continuavam aumentando. A cada vez que aceitavam a exigência de fazer algo horrível, a probabilidade de aceitarem a próxima exigência aumentava. Um passo de cada vez. Esses homens estavam sofrendo terrivelmente; estavam fisicamente doentes, vomitando, e se despedaçando psicologicamente — mas não voltaram atrás. A questão é que acaba-se chegando a lugares muito ruins andando um passo de cada vez. Por isso, atenção a cada passo. Se você quer entender como se pode seguir um caminho terrível, é este o livro que você deve ler. São pessoas comuns que participam dessas coisas, e este é um pensamento muito, muito assustador.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Filho do Hamas: Um relato impressionante sobre terrorismo, traição, intrigas políticas e escolhas impensáveis - Mosab Hassan Yousef

A história real de um filho do Hamas que se tornou espião israelense, se converteu ao cristianismo e ajudou a combater uma das maiores organizações terroristas do mundo.

Desde a infância, Mosab Hassan Yousef viveu nos bastidores do grupo fundamentalista islâmico Hamas e testemunhou as manobras políticas e militares que contribuíram para acirrar a sangrenta disputa no Oriente Médio. Por ser o filho mais velho do xeique Hassan Yousef, um dos fundadores da organização, todos acreditavam que ele seguiria os passos do pai.

Às vésperas de completar 18 anos, movido pela raiva e pelo desejo de vingança, Mosab decide assumir um papel mais ativo no combate a seus opressores e acaba sendo preso e levado para o mais terrível centro de interrogatórios israelense.

Depois de dias sob tortura, ele recebe uma proposta do Shin Bet, o serviço de segurança interna de Israel: sua liberdade em troca de colaboração para identificar os líderes do Hamas responsáveis por ataques terroristas. A princípio, Mosab considera a oferta absurda. Afinal, como poderia trair sua religião e seu povo e ajudar seus inimigos?

Filho do Hamas é o relato impressionante do caminho inesperado que Mosab resolve seguir ao questionar o sentido de um conflito que só traz sofrimento para os inocentes, sejam eles palestinos ou israelenses.

No livro, ele revela como se tornou espião do Shin Bet, narra passagens da vida dupla que levou durante 10 anos e fala das escolhas arriscadas que fez para conter a violência de uma das organizações terroristas mais perigosas do mundo.

Esta é também uma história de transformação pessoal, uma jornada de redescoberta espiritual que começa com a participação de Mosab num grupo de estudos bíblicos e culmina na sua conversão ao cristianismo e na crença de que “amar seus inimigos” é o único caminho para a paz no Oriente Médio.

Sobe o autor

Mosab Hassan Yousef nasceu em 1978 na Cisjordânia. É filho do xeique Hassan Yousef, um dos líderes fundadores do Hamas, organização fundamentalista islâmica responsável por inúmeros atentados a bomba e outros ataques mortais contra Israel. A atuação de Mosab como espião ajudou a desmantelar a ala militar do Hamas, ameaçou sua família e pôs em risco sua própria vida. Em 2007, já convertido ao cristianismo, ele procurou asilo político nos Estados Unidos.

Ron Brackin fez diversas viagens ao Oriente Médio como jornalista investigativo. Esteve em Belém, Ramallah, Gaza e Jerusalém durante a Intifada Al-Aqsa. Seus artigos já foram publicados no USA Today e no Washington Times, entre outros veículos de renome.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Viajando pelas Séries #025 - Fundação

Introdução

A série Fundação é uma obra de ficção científica escrita por Isaac Asimov que descreve em detalhes a história de um futuro distante e de como o destino de seus habitantes é influenciado por uma instituição chamada Fundação Enciclopédica. Ao escrever em forma de uma saga científica e enfatizar a procura da sabedoria, o objetivo de Asimov no primeiro livro da série era descrever em detalhes a queda de um Império Galático - o qual, segundo a maioria dos críticos de sua obra, não é nada além do mundo em que ele viveu, um mundo cheio de contradições – e o surgimento de um mundo científico, orientado pela verdade, sem subterfúgios ou "golpes baixos". Asimov tomou como inspiração a queda do Império Romano.

O personagem central da série chama-se Hari Seldon, que, embora só apareça pessoalmente em três dos livros, influencia toda as obras da série através da ciência que desenvolveu: a Psico-história, com a informática e o computador.

A Psico-história seria um misto de sociologia e matemática. Aplicando fórmulas matemáticas a acontecimentos de seu presente, Seldon conseguia calcular acontecimentos futuros e assim permitir ou tentar evitar que viessem a se confirmar.

As previsões feitas por Seldon eram todas baseadas em estatísticas e probabilidades. A Psico-história usava desses elementos matemáticos aplicados às massas. Funcionava apenas para sociedades inteiras. Para uma elaboração matemática precisa, era necessário que fosse feita a avaliação sociológica, cultural e econômica de sociedades com muitos milhões, ou bilhões de indivíduos. Era totalmente ineficaz a tentativa de aplicar a Psico-história a indivíduos, porque o indivíduo é imprevisível.

Os seguintes livros formam a série de Fundação, em ordem cronológica:

  • Prelúdio à Fundação

  • Origens da Fundação (título no Brasil. Originalmente lançado pela editora Hemus como "Crônicas da Fundação", no original chama-se Forward the Foundation)

  • Fundação

  • Fundação e Império

  • Segunda Fundação

  • Limites da Fundação (segundo título no Brasil, pela editora Hemus "Fundação II" e no original chama-se Foundation's Edge)

  • Fundação e Terra

Inspirações e Publicação

Fundação era originalmente uma série de oito pequenas histórias publicadas na Astounding Magazine entre Maio de 1942 e Janeiro de 1950. De acordo com Asimov, a premissa foi baseada em ideias colocadas pelo livro de Edward Gibbon, "História do Declínio e Queda do Império Romano", e foi inventada espontaneamente no caminho para um encontro com o editor John W. Campbell, com quem ele desenvolveu o conceito.

Trilogia original

As primeiras quatro histórias foram reunidas, junto a uma outra história tomando lugar antes das outras, em um volume único publicado pela Gnome Press nos Estados Unidos em 1951 como Fundação. O resto das histórias foi publicado em pares pela Gnome como Fundação e Império (1952) e Segunda Fundação (1953), resultando na "Trilogia da Fundação", como a série ficou conhecida por décadas.

Continuações

Em 1981, após a série ter sido considerada um dos trabalhos mais importantes da ficção científica moderna, Asimov foi convencido por seus leitores a escrever um quarto livro, que se tornou Limites da Fundação (1982).

Quatro anos depois, Asimov continuou com outra sequência, Fundação e Terra (1986), que mais tarde foi acompanhada por dois livros cronologicamente anteriores à trilogia, Prelúdio para Fundação (1988) e Origens da Fundação (1993). Durante o hiato entre escrever as sequências, Asimov interligou na sua série vários outros trabalhos, criando um universo ficcional unificado. Um elo básico é mencionado pela primeira vez em Limites da Fundação: uma história obscura a respeito de uma primeira onda de colonização com robôs e mais tarde uma segunda sem eles.

A história nos livros

Prelúdio à Fundação

Prelúdio para Fundação começa em Trantor, o planeta capital do Império Galáctico, no dia após o discurso do matemático Hari Seldon em uma conferência. Vários partidos se tornaram conscientes do conteúdo de seu discurso e artigo, a respeito do uso de técnicas matemáticas que tornariam possível uma predição do futuro da história humana, a ciência conhecida como psicohistória. Seldon é convocado pelo Imperador, onde admite que a técnica não passa de uma mera possibilidade teórica.

A despeito disso, o Império pretende lhe forçar a exílio, onde trabalharia em constante vigilância para estarem sempre cientes do desenvolvimento de sua ciência. Durante o enredo, Seldon e Dors Venabili, uma companhia feminina, são levados de um lado para o outro por um ajudante, Chetter Hummin, que tenta mantê-los longe das garras do Imperador para o desenvolvimento saudável da psicohistória.

Durante as aventuras por Trantor, Seldon continuamente nega a praticidade da psicohistória. Argumenta que mesmo que fosse possível, levaria décadas para ser desenvolvida. Hummin, no entanto, está convencido de que Seldon sabe de alguma coisa e, como resultado, continua a pressioná-lo para que trabalhe em um ponto inicial para o desenvolvimento da ciência.

Após viagens e introduções a diversas culturas em Trantor, Seldon percebe que usando a Galáxia inteira como um modelo de início é uma tarefa muito complicada, e decide portanto em utilizar Trantor como seu modelo, devido a sua complexidade e variedade cultural que serviria como modelo representativo de todo o Império. Começa portanto a trabalhar na ciência, com o objetivo de usá-la para impedir o declínio e queda da civilização humana.

Origens da Fundação

Oito anos após os eventos de Prelúdio, Seldon já conseguiu desenvolver alguns pontos da ciência psico histórica e está gradativamente aplicando-a em escala galáctica. Sua notabilidade e fama aumentam com os anos, culminando com sua promoção a Primeiro

Ministro do Imperador. Conforme o livro progride, Seldon, através de várias tramas políticas, problemas com o Império e seus governos e partidos dissidentes, perde aqueles mais próximos a ele, incluindo sua própria ele, Dors Venabili. Sua saúde deteriora-se com a idade avançada. Tendo trabalhado sua vida inteira para entender a psicohistórica, ele instrui sua neta, Wanda, que possui o toque mental, à criação da Segunda Fundação.

Fundação

Chamado para responder a julgamento em Trantor por acusações de traição -- por prever a queda do Império Galáctico - Seldon explica que a sua ciência de psicohistória pode ver várias alternativas, todas que terminam com a eventual queda do Império. Se a humanidade seguir naturalmente este caminho, o governo cairia e trinta mil anos de conflitos iriam afligir a espécie humana antes da criação de um Segundo Império.

Entretanto, um caminho alternativo diminuiria este período de hiato em apenas mil, se Seldon fosse permitido a reunir as pessoas mais inteligentes do planeta e criar um compêndio de todo o conhecimento humano, a Enciclopédia Galáctica. A banca permite a reunião de Seldon, com a condição de que eles fossem exilados para o longínquo planeta de Terminus. Seldon concorda e reúne sua coleção de Enciclopedistas, e cria as duas Fundações em "extremos opostos" da Galáxia.

Em Terminus, os seus habitantes enfrentam calamidades. Quatro planetas recém declarados independentes estão ao seu redor, e os Enciclopedistas não tem defesas além de sua própria inteligência. O Prefeito da Cidade de Terminus, Salvor Hardin, propõe jogar os planetas uns contra os outros. O seu plano é um sucesso, e a Fundação se mantém intocada. Hardin é promovido e declarado Prefeito de toda Terminus.

Enquanto isso, as mentes da Fundação continuam a desenvolver tecnologias novas e melhores do que as contrapartes imperiais. Usando sua vantagem científica, Terminus desenvolve rotas de comércio com os planetas próximos, eventualmente os conquistando quando sua tecnologia se transforma em uma comodidade essencial para a manutenção de suas vidas.

Comerciantes interplanetários, mercadores, eventualmente se tornam os novos diplomatas em outros planetas. Um dos mercadores, Hober Mallow, torna-se poderoso o suficiente para desafiar e ganhar o governo, tornando-se Prefeito da Fundação. Cortando suprimentos de outros planetas de uma região, consegue ganhar cada vez mais mundos para o alcance fundacional.

Fundação e Império

O Imperador atual percebe a Fundação como uma ameaça crescente e ordena que seja atacada, utilizando a ainda grande tropa imperial. Entretanto, convencido depois que seu poder seria mais vulnerável do que o de seu general caso ele obtivesse sucesso (uma possível analogia com o Império Romano), o imperador acaba por remover sua tropa do ataque. Apesar de sua inferioridade militar a Fundação emerge portanto como a vitoriosa, e o próprio Império é derrotado.

Enquanto isso um estrangeiro desconhecido conhecido apenas como "O Mulo" começa a conquistar planetas pertencentes à Fundação em ritmo veloz. Torna-se conhecido que o Mulo é, na verdade, um mutante que mantém uma habilidade de alterar psiquicamente as emoções daqueles com quem entra em contato. Usando este poder para sua vantagem, o Mulo conquista planetas apenas visitando-os com seu próprio exército, deixando os habitantes com medo, e mais tarde lealdade para com ele. Quando a Fundação percebe que o Mulo não foi previsto pelo plano psicohistórico de Hari Seldon, e que não há um modo planejado de derrotá-lo, Torã e Bayta Darell, acompanhados por Ebling Mis - o maior psicólogo atual da Galáxia - e um palhaço chamado Magnífico (que eles concordam em proteger, como a sua vida está sob a ameaça do próprio Mulo), saem para descobrir a localização da Segunda Fundação, que poderia trazer o fim ao reinado do Mulo.

Trabalhando na ainda funcional Biblioteca Galáctica de Trantor, Mis descobre a localização da Segunda Fundação. Entretanto, descobrindo que o Mulo também está tentando descobrir esta localização, Bayta mata Mis antes que ele possa revelar a localização da Segunda Fundação. Bayta então explica que ela se arrepende de suas ações, mas o segredo deveria ser mantido longe do Mulo a qualquer custo. Descobre-se então que o palhaço Magnífico na verdade é o Mulo, confirmando as suspeitas de Bayta, e que ele estava de fato buscando o controle da Segunda Fundação assim como já mantinha o da primeira. Ele então deixa Trantor para governar os seus planetas conquistados enquanto continua a sua própria busca.

Segunda Fundação

Conforme o Mulo chega perto de descobri-la, a Segunda Fundação sai brevemente de seu esconderijo para encarar a ameaça diretamente. É revelado que a Segunda Fundação é uma coleção dos seres humanos mais inteligentes da galáxia. Enquanto a primeira Fundação desenvolveu-se com base nas ciências físicas, a Segunda Fundação vinha desenvolvendo as ciências mentais. Usando o poder de suas fortes mentes, a Segunda Fundação eventualmente derrota o Mulo. Sua atitude destrutiva é ajustada para uma benevolente. Ele retorna para governar o seu reino pacificamente pelo resto de sua vida, com nenhum pensamento subsequente de derrotar a Segunda Fundação.

A Primeira Fundação, entendendo as implicações de uma Segunda que será a real herdeira do futuro Império prometido por Seldon, ressente-a fortemente e busca destruí-la, acreditando que podem sobreviver sem ela. Após algumas tentativas para decifrar a única pista que Seldon deu a respeito de sua localização ("no outro extremo da Galáxia"), a Fundação é levada a acreditar por saltos de lógica que a Segunda Fundação é localizada em Terminus.

Desenvolvendo uma tecnologia que causa grande dor a telepatas, a Fundação descobre um grupo de aproximadamente cinquenta segundo-fundacionistas e os executa, acreditando que tinham vencido. Apesar de tudo, a Segunda Fundação havia planejado esta eventualidade e mandado cinquenta de seus membros para suas mortes como mártires em ordem de reconquistar sua anônimidade.

Fundação II (Limites da Fundação)

Ao contrário dos anteriores, Limites da Fundação não se trata de uma série de histórias, mas uma única.

Aos quinhentos anos da Fundação, Golan Trevize, um conselheiro de Terminus, cai em desgraça e é exilado pela Prefeita. É exilado por um suposto discurso subversivo de acreditar ainda na existência e sobrevivência da Segunda Fundação. Dão-lhe uma nave e uma missão: procurar pela tal Segunda Fundação, só podendo voltar caso a encontrasse. Como disfarce, leva um historiador, Janov Pelorat, obcecado pela procura do planeta original da humanidade, a Terra, que desde o final do império não se sabe a localização. Oficialmente, Trevize e Pelorat saem à procura da Terra, e no seu caminho passam em muitos planetas, inclusive Trantor e Comporellon.

Ao mesmo tempo, é contada a história de Stor Gendibal, um membro proeminente da Segunda Fundação, que descobre uma nativa do planeta que sofreu uma pequena alteração mental. A alteração em sua mente é mais delicada do que qualquer toque possível pela Segunda Fundação, de forma que se cria a suspeita que algum tipo de mentálicos mais poderosos está agindo através da galáxia. Suspeitando das ações tomadas por Trevize até então, é enviado si mesmo em uma missão de observar suas ações, em busca de encontrar seja lá que força superior está interferindo com mentes na galáxia.

Trevize e Pelorat acabam encontrando Gaia, o planeta vivo, onde todos os seres vivos e até os inanimados compartilham uma consciência, com poderes suficientes para alterar a mente de qualquer ser humano. No clímax do livro, Trevize, encurralado pela Prefeita da Fundação e Gendibal, é chamado a escolher entre a Fundação, a Segunda Fundação e Gaia, como modelos para o futuro da humanidade.

Fundação e Terra

Ainda incerto sobre a decisão que tomou, Trevize continua por sua busca à Terra com Pelorat e uma habitante de Gaia, acreditando que encontrará no planeta de origem a resposta que buscava. Eventualmente eles acham uma lista de planetas que poderiam se tratar do planeta lendário, e descobrem Aurora, Solaria e Melpomenia, planetas fora dos mapas, mas não encontra a resposta para seus dilemas em nenhum deles.

Aurora e Melpomenia estavam desertos há muito tempo, mas Solaria contém uma pequena população extremamente avançada na área de mentálica. Quando sua vida é ameaçada, Bliss -- a mulher de Gaia -- usa suas habilidades para destruir um solariano prestes a matá-los. Descobrindo que ele havia deixado para trás uma criança pequena que seria exterminada caso deixada sozinha, Bliss convence os outros a levá-la consigo.

Eventualmente Trevize descobre a Terra mas, de novo, não há nenhuma satisfação para seu dilema. Apesar disso, Trevize percebe que a resposta pode não estar na Terra, mas em seu satélite: a Lua. Ao chegar no astro, eles são recebidos em seu núcleo por um robô conhecido como R. Daneel Olivaw. Olivaw explica que ele vem guiando a história humana por milhares de anos, e que esta é a razão que o plano de Seldon vem mantendo-se em curso, apesar das intervenções feitas pelo Mulo. Olivaw também afirma que ele está no fim de sua vida e que, apesar de ter reposto suas partes e seu cérebro cada vez mais complexo -- que contém vinte mil anos de memórias -- ele está para morrer brevemente.

Também explica que nenhum cérebro robótico desenvolvido é complexo o bastante para substituir o seu atual e que para continuar guiando os passos da humanidade -- que pode acabar sob ataque de outros seres de além da galáxia -- ele precisa fundir sua mente com a de um intelecto orgânico.

Mais uma vez, Trevize é colocado na escolha de deixar Olivaw fundir seu cérebro com o da mente superior da criança solariana, e se isso seria o melhor para o bem estar da Galáxia.

Edições no Brasil

Em Junho de 2009 até 2010, a Editora Aleph relançou a Trilogia, reeditada e com nova tradução em diversas edições. Foi lançado em formato box, com os três livros em separado.

Em 2012, a Aleph lança Limites da Fundação, que havia sido publicado nos anos 80 pela extinta Editora Hemus sob o título "Fundação II" e em 2013 lançou também "Fundação e Terra" (antes intitulado "Fundação e A Terra").

Ainda em 2013, a mesma editora lançou a obra complementar Prelúdio á Fundação, (antes chamada de Prelúdio Para Fundação) 6º livro da série, e finalmente em 2014, Origens da Fundação, (antes publicada como "Crônicas da Fundação"), 7º e último livro da série original, completando assim toda obra da Fundação de Asimov de volta as livrarias brasileiras.

A série ganha vida nas telas

Estreou em 24 de setembro em 2021, pela Apple TV+. Uma produção de aproximadamente $50 milhões de dólares.

Primeira temporada

Logo nos primeiros episódios, vemos que o cientista Hari Seldon convoca a matemática Gaal Dornick para lhe auxiliar nos estudos de psico-história sobre a futura queda do Império Galácticos. Vinda de um planeta rural, Gaal rapidamente se vê envolvida na trama política perigosa idealizada pelos Irmãos Dia, Alvorada e Crepúsculo.

Os dois chegam a ser presos, mas são perdoados pelo Irmão Dia, com a condição de migrarem para um novo planeta chamado Terminus. Lá, a dupla, junto com Raych, filho adotivo de Hari, devem fundar um novo repositório de conhecimento chamado Fundação. O intuito é fazer com que o colapso do Império Galáctico previsto por Hari e Gaal seja encurtado. No entanto, uma tragédia ocorre contra Hari e Gaal se vê sozinha para tentar salvar o futuro da galáxia.

Segunda temporada

Quando o revolucionário Dr. Hari Seldon prevê a queda iminente do Império, ele e um grupo de seguidores leais se aventuram nos confins da galáxia para estabelecer a Fundação em uma tentativa de reconstruir e preservar o futuro da civilização. Enfurecidos pelas alegações de Hari, os governantes Cleons — uma longa linhagem de clones imperadores — temem que seu domínio sobre a galáxia possa estar enfraquecendo, pois são forçados a contar com a realidade potencial de perder seu legado para sempre.

Terceira temporada

Em produção. David S. Goyer, o criador, esta animado pela continuação da série e sobre o futuro dos personagens. E vai toda sobre o Mulo, um mutante capaz de manipular as emoções dos outros. Ele também é um estrategista militar brilhante e representa uma grande ameaça para a Fundação.


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domingo, 29 de outubro de 2023

A Armadura de Luz - Ken Follett


Em Kingsbridge, o progresso entra em choque com a tradição, as lutas de classe eclodem em todas as camadas e a guerra com a França impõe restrições quando Napoleão tenta se tornar imperador do mundo.

A revolução está no ar.

Em 1770, a invenção da máquina de fiar inaugura uma nova era na indústria da tecelagem. Na Inglaterra, um governo despótico está determinado a fazer do país um poderoso império comercial.

No entanto, ao mesmo tempo que a capacidade de produção se multiplica, os perigosos equipamentos recém-inventados tornam alguns empregos obsoletos e destroem famílias.

Em Kingsbridge, as mudanças históricas se entrelaçam às sagas pessoais: um camponês é morto em um acidente de trabalho por negligência do patrão. Uma jovem luta para financiar uma escola para crianças pobres. Um rapaz ingênuo e apaixonado herda um negócio falido. Um tirano chega às últimas consequências para proteger sua riqueza.

Na França, Napoleão Bonaparte começa sua ascensão ao poder e os países vizinhos se põem em alerta máximo. À medida que o conflito se aproxima, instituições são desafiadas – e derrubadas – e a luta de um pequeno grupo de pessoas definirá a busca de toda uma geração por um futuro livre de opressão.

Por meio de personagens cativantes, Ken Follett apresenta uma nova perspectiva sobre as mudanças fundamentais que ocorreram na Europa no fim do século XVIII e início do XIX, e que revolucionaram o mundo.

Opinião

Nesse livro, o autor ambienta a história durante a revolução industrial, a revolução francesa, a batalha de Waterloo, período super empolgante do mundo. O mundo pode ser dividido entre tudo que aconteceu até esse período, e o resto dos tempos até hoje. Até essa época, pra quem gosta e defende a igualdade, o mundo era igual, mas igualmente pobre.

Após a revolução industrial, o mundo conheceu a riqueza e hoje uma pessoa pobre ou de classe média baixa, vive melhor que os reis daquela época. Ken Follett em seu quinto livro, da série Kingsbridge, relata o que se fazia pra poder simplesmente comer alguma coisa.

Seria interessante se ele escrevesse mais um livro desse período até 1820 mais ou menos, para alcançar a outra trilogia - O Século.

domingo, 22 de outubro de 2023

As Origens do Totalitarismo - Hannah Arendt


As origens do totalitarismo tornou-se um clássico logo depois de sua publicação, e até hoje a obra é considerada a história definitiva dos movimentos políticos totalitários. Hannah Arendt primeiro elucida o crescimento do antissemitismo na Europa Central e Ocidental nos anos 1800 e prossegue com a análise do imperialismo colonial europeu desde 1884 até a deflagração da Primeira Guerra Mundial. 

A última seção discute as instituições e operações desses movimentos, centrando-se nos dois principais regimes totalitários da nossa era: a Alemanha nazista e a Rússia stalinista. Arendt considera a transformação de classes em massas, o papel da propaganda para lidar com o mundo não totalitário e o uso do terror como fatores essenciais para o funcionamento desse tipo de regime. 

E no brilhante capítulo de conclusão, ela avalia a natureza de isolamento e solidão como precondições da dominação total. “Um formidável instrumento de análise, aqui e agora, para desvendar os elementos de autoritarismo, de opressão, que sobrevivem no liberalismo dos regimes democráticos ou no socialismo que se liberaliza.” - Paulo Sérgio Pinheiro “A incisiva e inesgotável sugestividade do abrangente pensamento de Hannah Arendt torna este livro [...] ponto de referência indispensável para a reflexão político-filosófica no mundo

Como tudo que Hannah Arendt escreveu este livro é uma obra prima. Ela nos coloca a pensar e a repensar sobre as origens do totalitarismo. Não apenas como ele surge, mas também como ele floresce.

domingo, 15 de outubro de 2023

Terra Negra - Timothy Snyder

Em Terra Negra, Timothy Snyder apresenta uma nova explicação para a grande atrocidade do século XX, revelando os riscos que corremos no século XXI. Tendo como base novas fontes de informação vindas a Europa do Leste e testemunhos esquecidos de sobreviventes judeus, Terra Negra reconta o genocídio dos judeus como um acontecimento que ainda nos é próximo, mais compreensível do que gostaríamos de admitir e, desse modo, ainda mais assustador. Ao tornarmos as lições do Holocausto numa nota de rodapé, falhamos em compreender a modernidade, colocando o futuro em risco.

O início do século XXI começa a assemelhar-se com o início do século passado, à medida que a preocupação com comida e água acompanha os novos desafios ideológicos que se colocam globalmente. O nosso mundo está mais próximo do de Hitler do que gostaríamos de admitir e, para salvá-lo, é necessário encarar honestamente o Holocausto e nós mesmo, como somos. Original e profundamente fascinante, Terra Negra demonstra que o Holocausto não é apenas História - é, também, um aviso.

O historiador nos mostra que estamos criando as mesmas condições objetivas para que novos autoritarismos e horrores possam acontecer. É preciso estar vigilante para que as liberdades e o respeito à diversidade estejam em nosso cotidiano.
 

domingo, 8 de outubro de 2023

Cine Pipoca #028


 A indústria do cinematográfica está a todo vapor mesmo a com greve dos roteiristas. Se o público foi ao delírio com Oppenheimer, agora com Som da liberdade atingiram o nirvana com essa obra prima. Veja os filmes mais cotados do cinema!



O filme se desenrola em um cenário distópico, onde o mundo está imerso em uma batalha feroz entre os seres humanos e a inteligência artificial.
A trama gira em torno do ex-agente Joshua, interpretado por John David Washington, que é recrutado para uma missão aparentemente impossível: encontrar e eliminar o “Criador”, um misterioso arquiteto por trás de uma arma devastadora capaz de extinguir a humanidade e encerrar o conflito.
A equipe de Joshua parte para um território sombrio controlado pelas máquinas, mas o que eles descobrem é totalmente surpreendente.
A arma que deveriam destruir não é uma arma convencional, mas sim uma inteligência artificial em forma de criança, uma revelação que coloca em cheque a moralidade da missão e questiona a linha tênue entre a tecnologia e a humanidade.



É baseado na história real de um ex-agente do governo americano responsável por uma missão de resgate de centenas de crianças vítimas do tráfico sexual na Colômbia. Na trama, depois de resgatar um garotinho, descobre que a irmã do menino também está sendo mantida como refém. Então começa saga de Tim pela selva colombiana. 

Opnião

Som da liberdade, é um choque de realidade, um soco no estômago, mas necessário para abrir os olhos. 
O submundo dos cartéis e do crime organizado, não pode sair impune. Não podemos nos deixar levar, normalizar tudo.
Obra incrível, que lança uma luz sobre o tema tão sensível que é abuso infantil e tráfico humano. 
Desde quando a escravidão não era crime, não se transportavam tantos indivíduos ilegalmente como hoje. 
Trilha sonora impecável e com timing preciso em cada cena. Precisamos de mais filmes como esse.



As origens do comandante militar Napoleão á sua rápida ascensão. Uma visão através do prisma de seu relacionamento e muitas vezes volátil com sua esposa e por ser amor verdadeiro, Josephine.



A polícia investiga um atirador de elite que mata sem deixar nenhum vestígio. Eleanor, uma agente antissocial e problemática é uma das grandes esperanças da operação para resolver o caso. Graças a sua psique conturbada, ela pode ser a única capaz de entender mente do assassino.



Anos antes de se tornar o presidente tirânico de Panem, Coriolanus Snow, de 18 anos, vê uma chance de mudar sua sorte quando se torna o mentor de Lucy Gray Baird, o tributo feminino do Distrito 12.

Veja também: Cine pipoca #027.

domingo, 1 de outubro de 2023

Livro: Correntes - Olga Tokarczuk


Lançado antes no Brasil com o título "Os vagantes".
Trata-se de uma narrativa fragmentária, pois a realidade do pós guerra perdeu a linearidade. Mas a literatura também conseguiu acompanhar essa alteração do formato de estar no mundo. Já não somos os mesmos leitores, temos de ler conforme o mundo e a narrativa a se apresentam. Obra prima incontestável.

Sinopse:

"Minha energia vem do movimento ― do chacoalhar dos ônibus, do barulho dos aviões, do balançar das balsas e dos trens", escreve a narradora deste livro único, que investiga as possibilidades do gênero romanesco para falar sobre o corpo, o mundo e as estratégias sempre insuficientes com as quais tentamos mapeá-los. Inquieto como ela, Correntes não para nem por um segundo: de ônibus, avião, trem e barco, o texto a acompanha em saltos de país em país, de tempos a tempos, de história a história, compondo um panorama do nomadismo moderno. E são os vestígios da nossa batalha com o tempo que a autora observa nos quatro cantos do mundo: das figuras de cera dos museus de anatomia aos meandros da internet, passando por mapas e planos de fuga. Correntes mobiliza e encena nossas grandes inquietudes, como a história de Kunicki, que, durante as férias, é obrigado a enfrentar o desaparecimento da esposa e do filho, assim como seu reaparecimento enigmático e enlouquecedor. Ou o da bióloga que retorna ao seu país para se reconectar com seu primeiro amor, agora nas últimas. Esta obra atesta, mais uma vez, a maestria da autora polonesa em criar personagens e situações que encantam, assustam e fazem pensar. O resultado é um livro irresistível e iluminador a cada página.

domingo, 24 de setembro de 2023

A inquilina silenciosa - Clemence Michallon


Um dos romances mais esperados do ano – um thriller psicológico narrado pelas pessoas mais próximas de um serial killer: sua filha de 13 anos, sua namorada e a única vítima a escapar de suas garras.

“Ousado, satisfação completa; um romance único, triunfo da arte de contar histórias.” – James Patterson

Aidan Thomas é considerado um homem de família exemplar. Querido por todos na pequena cidade em que vive, é aquele tipo de vizinho que sempre parece disposto a oferecer ajuda, uma palavra amiga ou uma xícara de açúcar.

Mas o que mesmo os mais próximos dele não sabem é que Aidan esconde um segredo sombrio: ele é um serial killer. Oito mulheres já morreram em suas mãos, e agora chegou a vez de sua nova vítima, Rachel, presa em um galpão no quintal.

É então que algo inesperado acontece, e a esposa de Aidan falece. Forçado a se mudar da casa onde mora, Aidan apresenta Rachel à filha como inquilina, “uma amiga que precisa de lugar para ficar”. Ele confia que, após cinco anos de cativeiro, submetida aos abusos mais terríveis, Rachel está amedrontada demais para fugir – ou mesmo para desmentir qualquer história que ele invente.

Rachel, no entanto, ainda não desistiu de lutar, e enxerga na jovem Cecilia uma chance única de escapar de seu destino terrível.

Thriller intenso e irresistível, A inquilina silenciosa é um romance psicológico que explora o impacto das ações de um serial killer violento e calculista na vida de três mulheres – e os laços que as unem e enfim lhes trazem a força necessária para revidar.

Sobre a autora


Clemence Michallon nasceu e foi criada na França, em uma cidade perto de Paris. Estudou jornalismo na City University de Londres, tem mestrado em Jornalismo pela Columbia University e escreve para o jornal The Independent desde 2018. Seus ensaios e matérias cobrem temas relacionados a true crime, cultura das celebridades e literatura. Em 2014, ela se mudou para a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, e se tornou cidadã americana. Atualmente divide seu tempo entre a cidade e Rhinebeck, também no estado de Nova York.

domingo, 17 de setembro de 2023

Livro Trinta Segundos Sem Pensar no Medo - Pedro Pacífico.


Como os livros podem nos ensinar sobre o mundo, as pessoas que estão à nossa volta e sobre nós mesmos? Como eles são capazes de nos resgatar de momentos difíceis? Ao combinar memórias pessoais e reflexões sobre suas leituras, Pedro Pacífico conta como os livros tiveram papel crucial na construção de sua identidade. Referência entre os produtores de conteúdo literário nas redes sociais, com quase meio milhão de seguidores no Instagram, Pedro, também conhecido como Bookster, demonstra ainda como o hábito de leitura é uma boa ferramenta para lidar com a ansiedade e a nossa dependência pouco saudável da internet.

De um jeito honesto e direto, Pedro compartilha experiências e curiosidades sobre sua vida. Sua trajetória desde criança, seus primeiros passos como leitor, o processo de criação do perfil nas redes sociais, sua relação com a família e os amigos. Além disso, o autor revela em detalhes como as pressões para que se enquadrasse em um modelo de vida que não lhe cabia acabaram desencadeando um quadro de sofrimento e ansiedade, posteriormente aplacado, entre outros cuidados, pela literatura e pelo exercício de alteridade que ela proporciona. Contador de histórias nato, ele entremeia relatos de como conseguiu se sentir mais confortável com sua sexualidade com observações perspicazes sobre algumas das obras com as quais teve contato ao longo desse caminho. De Gabriel García Márquez a Lemony Snicket, compartilha opiniões e indicações literárias, mostra como a literatura pode e deve ser acessível a todos e dá dicas de como torná-la um hábito prazeroso.

Trinta segundos sem pensar no medo é uma história emocionante e inteligente sobre um processo longo e doloroso de autoaceitação, permeado em grande parte pela relação do autor com a literatura. A obra de Pedro Pacífico também prova que livros e redes sociais, comumente compreendidos como extremos, podem dialogar. E não só. Têm tudo para ser um par perfeito!

Sobre o autor




Pedro Pacífico nasceu em São Paulo, onde atua como advogado, com formação pela USP e mestrado em Nova York. Além disso, também é conhecido por Bookster, em virtude de seu trabalho de incentivo a leituras nas redes sociais (@book.ster), onde é diariamente acompanhado por milhares de leitores. Comanda o podcast “Daria um livro”, em que cada episódio recebe um entrevistado para falar sobre leitura. Trinta segundos sem pensar no medo é seu primeiro livro.

domingo, 10 de setembro de 2023

O espião e o traidor - Ben Macintyre


Uma trama de traição, duplicidade e coragem que mudou o curso da história.

Seguindo os passos do pai e do irmão, Oleg Gordievsky se tornou oficial da KGB após frequentar as melhores instituições soviéticas. Porém, ao contrário deles, nutria uma secreta aversão pelo regime da URSS.

Ele resolveu assumir seu primeiro posto da inteligência russa em 1966. Em 1974, tornou-se agente duplo do MI6, o serviço de inteligência britânico, e dez anos depois era o homem mais importante da União Soviética em Londres.

Gordievsky ajudou o Ocidente a virar o jogo contra a KGB na Guerra Fria, expondo espiões russos, fornecendo informações de extrema relevância e frustrando incontáveis planos de espionagem. Ele foi fundamental para distensionar a relação com a liderança soviética, que estava cada vez mais paranoica com a possibilidade de um ataque nuclear dos Estados Unidos.

O MI6 tentou ao máximo proteger seu espião, nunca revelando o nome de Oleg para seus colegas da CIA. Só que a agência americana estava determinada a descobrir a identidade da fonte britânica privilegiada.

Essa obsessão acabou condenando Gordievsky: o homem designado para identificá-lo era ninguém menos que Aldrich Ames, que se tornaria famoso por espionar secretamente para os soviéticos. Agora o russo estava em perigo.

Com base em diversas entrevistas com ex-membros do MI6, da KGB e da CIA, Ben Macintyre entremeia a vida de Gordievsky e Ames, apresentando um dos episódios mais extraordinários da espionagem mundial.

Opinião

Imagina um homem que acompanhou acontecimentos como: a construção do Muro de Berlim e o ataque da União Soviética à Tchecoslováquia, e que nutria uma secreta aversão pelo regime da URSS.

Gordievsky ajudou o Ocidente com informações valiosas, expondo espiões russos, correndo riscos que nem sua família tinha conhecimento. 

Uma vida dupla repleta de coragem, tensão e articulações.Mesmo com todo cuidado e proteção do MI6, Oleg passou a correr mais riscos, principalmente quando um agente da CIA chamado Aldrich Ames, passou a espionar secretamente para os soviéticos e teria desmascarado o russo.

Adivinhem por qual motivação? Dinheiro.

Ler esse livro fez-me compreender bastante sobre a Guerra Fria, os conflitos, os interesses, algumas questões políticas e a ganância do ser humano. 

Atualmente passamos por uma situação mundial delicada, onde mais uma vez os olhos estão atentos à Rússia. 

E infelizmente, cada país que envolve-se nessa “briga”, é exclusivamente para defender seus interesses políticos e econômicos. Verdade seja dita!
Gostei e recomendo.

domingo, 3 de setembro de 2023

O que rolou no segundo dia de Bienal do livro.


Ah bienal, uma celebração a cultura! Evento esse que foi promovido a Patrimônio Cultural Imaterial pela cidade do Rio de Janeiro. Festa literária que traz as mais relevantes discussões sobre temas contemporâneos que inspirou sua realização. Estima-se que 600 mil pessoas circulem entre os dias 1 á 10 de setembro.

O que rolou no segundo dia de bienal.



Logo a primeira atração foi uma entrevista com Cassandra Clare, autora de 'instrumentos mortais', que deixou os fãs muito empolgados. Também teve Tahereh Mafi, autora de 'estilhaça-me'.


O quadro que teve maior fluidez, ao meu ver, foi o icônico 'café literário' com a participação do best-seller Itamar Vieira Júnior, autor de ‘Torto Arado’ e ‘Salvar o Fogo’, e do ator, roteirista e apresentador de TV Aldri Anunciação. Os dois dividiram o palco com a escritora pernambucana Micheliny Verunschk e a mediadora da mesa, a jornalista Manya Millen. Revelaram foi o processo de escrita e como chegaram na tal verdade do personagem.

Com o tema ‘Novos centros, novas vozes’, o encontro colocou em pauta a produção literária contemporânea, que convida a pensar diferentes experiências de ser brasileiro, se relacionar com a terra e contar histórias.

Itamar Vieira Júnior ressaltou as peculiaridades e semelhanças entre “Salvar o Fogo’ e o livro “Caminhando com os Mortos’, de autoria de Verunschk.

“Quando eu li o livro dela, pensei: ‘nossa, que espaço é esse?’. Micheliny é pernambucana mas vive em São Paulo há muito tempo, e eu na Bahia. E a gente conversa, eventualmente, sobre outras coisas, mas não sobre o que estávamos escrevendo. E os nossos livros saíram quase ao mesmo tempo. Encontrei tantas referências no livro dela, e havia falado para ela que iam nos chamar para muitas mesas juntos, porque neste espaço sagrado e mágico da literatura, nos encontramos sem querer”, afirma.

domingo, 27 de agosto de 2023

Nação Dopamina - Dra. Anna Lembke


Este livro é sobre bem estar. É também sobre sofrimento. Mas mais importante, é um livro que trata de como encontrar o delicado equilíbrio entre os dois, e por que hoje em dia, mais do que nunca, encontrar o equilíbrio é essencial. Estamos vivendo em uma época de excessos, de acesso sem precedentes a estímulos de alta recompensa e alta dopamina: drogas, comida, notícias, jogos, compras, redes sociais. A variedade e a potência desses estímulos são impressionantes – assim como seu poder viciante. Nossos telefones celulares oferecem dopamina digital 24 horas por dia, 7 dias por semana, para uma sociedade ao mesmo tempo conectada e alheia do que acontece ao redor. Estamos todos vulneráveis ao consumo excessivo e à compulsão.

Em Nação dopamina, Dra. Anna Lembke, psiquiatra e professora da Escola de Medicina da renomada Universidade Stanford, explora as novas e empolgantes descobertas científicas que explicam por que a busca incansável do prazer gera mais sofrimento do que felicidade – e o que podemos fazer a respeito.

Traduzindo a complexidade da neurociência para metáforas fáceis de entender, a Dra. Anna mostra que o caminho para manter a dopamina sob controle é encontrar contentamento nas pequenas coisas e nos conectar com as pessoas queridas. Como prova disso, a autora compartilha diversas experiências vividas por seus pacientes em trechos muito emocionantes. São histórias fascinantes de sofrimento e redenção que nos dão a esperança de que é possível transformar a nossa vida. Nestas páginas, Nação dopamina mostra que o segredo para encontrar o equilíbrio é combinar a ciência do desejo com a sabedoria da recuperação.

"Anna Lembke compreende profundamente algo que percebo com frequência nos meus pacientes: a conexão entre os vícios modernos e nosso cérebro primitivo. As histórias das pessoas que ela ajudou a encontrar um equilíbrio saudável entre prazer e dor têm o poder de transformar a nossa vida." - Lori Gottlieb, autora do best-seller do NY Times Talvez você deva conversar com alguém.

"Quando a gente acha que já sabe tudo o que precisava saber sobre a crise dos vícios, vem a Dra. Anna Lembke com seu segundo livro brilhante sobre o assunto – este não sobre uma droga, mas sobre o produto químico mais poderoso de todos: a dopamina, que governa os centros de dor e bem estar da nossa mente. Em uma era de consumo excessivo e gratificação instantânea, Nação dopamina explica o preço pessoal e social de ser governado pela próxima dose – e como gerenciá-la. Não importa qual seja o exagero – internet, comida, trabalho, sexo -, este livro é fascinante, assustador e convincente. Lembke combina histórias de pacientes com pesquisa, em uma voz tão empática quanto lúcida." - Beth Macy, autora do bestseller do New York Times Dopesick

"Todos nós desejamos uma pausa na rotina e nas coisas que nos incomodam. E se, em vez de tentar escapar, aprendermos a alcançar uma harmonia pacífica com nós mesmos e com as pessoas com quem compartilhamos a vida? Lembke escreveu um livro que muda radicalmente a maneira como pensamos sobre doença mental, prazer, dor, recompensa e estresse. Abrace este livro. Você vai ficar feliz por isso." - Daniel Levitin, autor do best-seller do bestseller do New York Times A mente organizada

Sobre a autora


Anna Lembke é professora de Psiquiatria e Medicina de Adicção na Stanford University School of Medicine, e chefe da Stanford Addiction Medicine Dual Diagnosis Clinic. Foi ganhadora de inúmeros prêmios pela excepcional pesquisa em doença mental, pela excelência no ensino, e por inovação clínica em tratamento. Acadêmica em medicina, publicou mais de 100 estudos revisados por pares, capítulos de livros, e comentários em prestigiosos meios, tais como o New England Journal of Medicine e o Journal of the American Medical Association. É autora de um livro sobre a epidemia de prescrição de remédios: Drug Dealer, MD: How Doctors Were Duped, Patients Got Hooked, and Why It’ So Hard to Stop. Faz parte do conselho de várias organizações estaduais e nacionais voltadas para adicção, testemunhou em vários comitês na Camara dos Deputados e nos Senado dos Estados Unidos, mantém uma ativa agenda de palestras, e exerce uma prática clínica de sucesso.