domingo, 20 de dezembro de 2020
Filmes para Assistir nas Férias 8
domingo, 13 de dezembro de 2020
Retrospectiva dos Melhores post de 2020
domingo, 6 de dezembro de 2020
O Que Rolou na CCXP Worlds
Sejam bemvindos a CCXPWorls, que este ano foi totalmente online, (porque né essa tal de pandemia), esse festival geek/nerd onde voçê fica sabendo dos projetos de e bastidores do mundo do entretenimento. O evento acontece nos dias 4, 5 e 6 de dezembro.
No primeiro dia o destaque foi Neil Gaiman
Neil Gaiman tem uma bela relação com o Brasil. Embora tenha um público fiel e seja o principal personagem de uma curiosa lenda urbana no país, o relacionamento do escritor com seus leitores brasileiros começou pouco depois de Sandman ser publicado pela primeira vez, em 1989. “Naquela época, a DC Comics me enviava as edições estrangeiras dos meus quadrinhos à medida que eles eram lançados”, lembra o autor, que se mostrou impressionado com a versão lançada no Brasil. “As edições brasileiras eram melhores que as norte-americanas, elas tinham versões mais detalhadas das artes ao invés de anúncios na contracapa, artigos explicando e expandindo [a história] no interior”.
Homenageado durante a CCXP Worlds, Gaiman não escondeu seu desejo de poder comparecer à versão física da convenção e lembrou de suas visitas ao país. “A primeira vez que fui para o Brasil, acho que era 1998, eu fui muito bem recebido. Eu estava em um lugar que eu queria estar, eu estava animado de estar aí. Eu fui, conheci pessoas e voltei em 2002, para bienal".
A longa jornada de Sandman para a TV
Apesar de estar perto de completar 32 anos e já ter tido um de seus derivados – Lucifer – adaptado para a televisão, Sandman precisou percorrer um longo caminho antes de chegar à Netflix - com estreia esperada para 2021. Falando sobre essa trajetória, Gaiman lembrou de uma reunião no começo dos anos 2000, em que tentou convencer produtores da Warner a adaptar a obra. Ao fim da apresentação, um dos executivos de alto escalão que ouvia o autor e sua equipe afirmou que as franquias de maior sucesso na época, Harry Potter e Senhor dos Anéis, tinham “vilões bem definidos”. “[Ele perguntou] ‘Sandman tem um vilão bem definido?’ E eu disse ‘não mesmo’. E me responderam ‘bom, foi ótimo te ver, muito obrigado por vir’”. Ao longo dos anos, outras adaptações do quadrinho seriam idealizadas e abandonadas pelo caminho.
A inexperiência de Gaiman nos bastidores de produção também afetou a chegada de Sonho às telas. Segundo o autor, ele costumava apenas aceitar quando produtores e executivos afirmavam que determinadas cenas não poderiam ser gravadas por causa de orçamento. As coisas mudaram, no entanto, após receber um conselho de Steven Moffat, de Doctor Who e Sherlock. “Ele disse que quando precisa cortar uma cena e escrever uma nova por problemas orçamentais, ele tenta escrever uma cena ainda melhor. ‘Tento fazer uma tão boa que agora aparecerá nas coletâneas de YouTube”.
Gaiman pôde colocar a dica do amigo em prática quando assumiu o posto de showrunner de Belas Maldições, série do Amazon Studios que adaptou o livro homônimo que escreveu com Terry Pratchett. Em determinado momento, os personagens de Michael Sheen e David Tennant presenciariam a estreia de Hamlet, clássico de William Shakespeare. O alto número de figurantes com trajes vitorianos elevou o preço da cena, que precisou ser substituída. “Minha reação foi ‘ótimo, transformo [a peça] em um ensaio ou em um desastre’ e Douglas [Mackinnon], o diretor, disse ‘faça ser um desastre’ (...) Então eu escrevi uma cena melhor”.
Por enquanto, a série de Sandman não precisou passar por cortes. Ainda no processo de gravar o piloto para a Netflix, a produção teve mais “problemas relacionados à Covid” do que empecilhos causados pelo orçamento. Além disso, a plataforma de streaming parece estar dando a liberdade que Gaiman não encontrou em outros estúdios para levar Sonho, Morte e os outros Perpétuos para as telas. “Nós estamos fazendo a série de Sandman. Não é ‘tipo Sandman’, não é ‘parecido com Sandman’, não é ‘quase Sandman’, não é nada disso. É Sandman. Estamos mesmo fazendo isso”.
32 ano depois de se tornar um ídolo no Brasil e no mundo, Neil Gaiman mantém Sandman firme e forte no imaginário popular. Com a promessa de uma adaptação fiel de sua obra prima, o escritor deixou a CCXP Worlds encantada com seu já conhecido charme e o otimismo de uma série que pode entrar para a história, junto com os gibis lançados pela Vertigo há mais de três décadas.
O tema da representatividade é altamente discutido em 2020, mas não era uma realidade tão grande em 2004, ano de lançamento da primeira temporada de Battlestar Galactica. Katee Sackhoff, intérprete da Tenente Starbuck na série, esteve em um painel na CCXP Worlds e falou sobre o tema:
“Eu acho que se o programa fosse feito hoje, o público ia perguntar por que não tem mais mulheres! Eu acho que avançamos muito no cinema pra ter representação para todos e isso é algo que se tornou mais comum. Eu acho que vamos ver mais disso no futuro e é algo muito bom”, afirmou a atriz, que faz uma personagem interpretada originalmente por um homem na série clássica.
Sackhoff falou também da importância de ter referências femininas no cinema e na TV, algo que não era tão comum há algumas décadas: “Um dos motivos pro Bruce Willis ser tão influente na minha infância, é porque não haviam muitas mulheres fortes e atléticas em diferentes gêneros enquanto eu crescia. Nós tínhamos Sigourney Weaver, Linda Hamilton e Lucy Lawless, mas nós não tínhamos um grande número dessas mulheres na televisão e essa representação é algo tão importante, por tantos motivos diferentes”, disse a atriz, completando ainda que, nos bastidores de Battlestar Galactica, nunca houve realmente uma discussão sobre a mudança de gênero da personagem. “Nós nunca validamos as escolhas ou existência da Starbuck e nem as falhas dela por ela ser mulher. Era simplesmente quem ela era e eu acho que esse é o motivo pra personagem ser tão importante e continuar sendo importante para mulheres e garotas”.
Presente atualmente na série da Netflix Outra Vida (Another Life), a atriz deu uma prévia do que os fãs podem esperar: “Essa temporada é tão louca quanto a anterior. É uma viagem louca a partir do momento que você começa a ver o episódio 1. Haverão várias mudanças. No final da temporada anterior, minha personagem Niko tomou uma decisão que ela achou que seria a melhor, mas o resultado não foi exatamente o que ela imaginou. Então a encontramos nesta temporada realmente em conflito sobre como ser uma boa líder, mas também completar sua missão e o que ela está disposta a sacrificar”.
domingo, 29 de novembro de 2020
Uma Terra Prometida - Barack Obama
Obama conduz os leitores através de uma jornada cativante, que inclui suas primeiras aspirações políticas, a vitória crucial nas primárias de Iowa, na qual se demonstrou a força do ativismo popular, e a noite decisiva de 4 de novembro de 2008, quando foi eleito 44º presidente dos Estados Unidos, o primeiro afro-americano a ocupar o cargo mais alto do país.
Ao refletir sobre a presidência, ele faz uma análise singular e cuidadosa do alcance e das limitações do Poder Executivo, além de oferecer pontos de vista surpreendentes sobre a dinâmica da política partidária dos Estados Unidos e da diplomacia internacional. Obama leva os leitores para dentro do Salão Oval e da Sala de Situação da Casa Branca, e também em viagens a Moscou, Cairo e Pequim, entre outros lugares.
Acompanhamos de perto seus pensamentos enquanto monta o gabinete, enfrenta uma crise financeira global, avalia a figura de Vladímir Pútin, supera dificuldades que pareciam insuperáveis para aprovar a Lei de Assistência Acessível (Affordable Care Act), bate de frente com generais sobre a estratégia militar dos Estados Unidos no Afeganistão, trata da reforma de Wall Street, reage à devastadora explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon e autoriza a Operação Lança de Netuno, que culmina com a morte de Osama bin Laden.
Uma terra prometida é extraordinariamente pessoal e introspectivo ― o relato da aposta de um homem na história, da fé de um líder comunitário posta à prova no palco mundial. Obama fala com sinceridade sobre os obstáculos de concorrer a um cargo eletivo sendo um americano negro, sobre corresponder às expectativas de uma geração inspirada por mensagens de "esperança e mudança" e sobre lidar com os desafios morais das decisões de alto risco. É honesto sobre as forças que se opuseram a ele dentro e fora do país, franco sobre os efeitos da vida na Casa Branca em sua esposa e em suas filhas e audacioso ao confessar suas dúvidas e desilusões. Jamais duvida, porém, de que no grande e incessante experimento americano o progresso é sempre possível.
Brilhantemente escrito e poderoso, este livro demonstra a convicção de Barack Obama de que a democracia não é uma benção divina, mas algo fundado na empatia e no entendimento comum e construído em conjunto, todos os dias.
domingo, 22 de novembro de 2020
Comentando Sobre o Filme 'High Life - Uma nova vida' e 'Por lugares Incríveis'
Olá pensadores, essa semana assisti e analisei a duas obras cinematográficas que traz uma reflexão sobre tabus e crises existenciais. Curiosos?
High Life - Uma nova vida
Há um certo clima de horror inerente em High Life. Logo na primeira cena, em uma conversa de Monte (Robert Pattinson) com sua filha, a câmera de Claire Denis parece gerar uma expectativa. A relação entre os ambientes, a perda de uma ferramenta, os computadores apitando. Tudo nessa relação espacial gera uma correlação meio tensa, nervosa de um universo destroçado. A vista do mesmo personagem a outras pessoas mortas dão ainda mais uma certeza de um medo. Mas o que e qual seria esse medo afinal? Bom, o terror provocado aqui é relacionado a nossa memória, ao passado de forma a gerar um fardo para os personagens.
No presente, o filme acompanha a história de Monte no espaço, mas também lembrando os acontecimentos que o levaram até ali. Sua ida para o espaço se deve a um programa do governo de levar criminosos para fora da Terra, com objetivo de realizarem uma missão. No comando de todos, Dibs (Juliette Binoche) passa o tempo tentando entender e perceber os instintos selvagens de cada um.
Esse horror toma conta de cada relação, cada conversa presente. Existe até um grande nível de estresse pelo lugar causado aos personagens – salientado pelos big closes em mãos, testas, olhos -, passado ao público. Tudo parece estar a um ponto de explodir nesse passado, algo salientado ainda mais por um presente complexo.
Entretanto, ao alcançar o futuro, o peso dessas escolhas e decisões deixam o personagem principal um pouco refém do tempo. Claire Denis foca, inclusive, em um lado mais observativo de Pattinson, ao parecer se questionar do que realmente aconteceu e de seu papel nisso tudo. Existe também um laço de falar sobre paternidade. Todavia, tais fatos acabam sendo mais passáveis adiante por causa de um conceito maior desse tempo sendo um fardo. Os relances anteriores acabam se potencializado no presente.
A tentativa de um debate mais aprofundado filosoficamente traz a história um elemento meio confuso. Quando se deixar tudo acontecer quase em preceitos aleatórios (algo muito presente no segundo ato) ocorre uma maior funcionalidade e naturalidade narrativa. Todavia, principalmente próximo ao fim, há uma tentativa de rememorar ‘Solaris’, de 1972, ao trazer quase uma eventualidade da morte e da loucura. É um caminho quase genérico, acontecido de maneira meio despretensiosa.
Enfim, “High Life” é confuso, (tanto pelo seu enredo complexo, quanto seus acontecimentos não lineares), mas talvez ainda mais intenso que esse sentimento, é a tristeza avassaladora que acompanha a sua odisseia espacial. Este é um estudo sobre aqueles que estão radicalmente sozinhos no mundo e acaba por se transmutar em algo maior e mais complicado, um grito gutural de reprodução em harmonia com um poema épico sobre o mergulho da Humanidade no ominoso desconhecido. Nas palavras da realizadora, é também um filme sobre ternura no espaço, sobre fidelidade, sinceridade e confiança. É um retrato do laço que une o pai e uma filha, o afeto e o amor que sobrevivem e perduram mesmo por entre a brutalidade de que o ser humano é capaz. Pode ser difícil encarar os seus mistérios, mas há glória cinematográfica à espera dos espectadores que aguentarem e foram generosos o suficiente. No final, a Terra está longe, talvez não exista, talvez tudo tenha morrido. No fim, só existe um pai, uma filha, e uma linha amarela. O infinito, o desconhecido abre seus braços negros e abraça-nos no reconforto do seu horror e da sua maravilha. Deixemo-nos ser abraçados.
Durante uma de suas corridas matinais pela cidade, Finch se depara com Violet em cima de uma ponte. A jovem perdeu a irmã e ainda não aprendeu a lidar com a ausência. Seus amigos não entendem a duração do luto e a própria Violet prefere se afastar até das atividades escolares. A relação entre ela e Finch se fortalece quando eles precisam fazer um trabalho em dupla sobre os "lugares incríveis" de Indiana.
A amizade dos dois cresce, Finch quebra a casca criada por Violet para se proteger apenas por saber ouvir e tentar se colocar no lugar dela. "Por Lugares Incríveis" é um filme sobre empatia, sobre se enxergar nos outros, mas também é um filme sobre saúde mental e doenças sociais.
Enquanto Violet é transparente em sua dor, Finch esconde a sua atrás de citações inteligentes e tiradas espertas. Aos poucos vamos, juntamente com Violet, conhecendo o personagem. O contraste entre eles é curioso e confere profundidade à trama. Algumas descobertas parecem repentinas, mas talvez seja assim que a vida funcione nesses casos; é aquela velha história de que a depressão não tem rosto e pode estar escondida por trás de sorrisos e piadas.
No início o longa é dinâmico e de cara fala para que veio, conforme a trama vai passando a história vai se arrastando até chegar ao final quase previsível. Enquanto Violet vesti uma couraça para o mundo exterior, Finch tem um olhar sofrido como se já tivesse vivido tempo demais.
Jennifer Niven cria ótimos personagens, complexos e encantadores, para mostrar ao mundo que os dramas adolescentes vão além da popularidade na escola. É também um alerta que nunca houve tantos problemas a serem enfrentados pelos jovens como há atualmente.
"Por Lugares Incríveis" é divertido, adorável, mas também é pesado sem se tornar explícito. O filme, assim como o livro, mostra que nunca se sabe pelo que o outro está passando, qual a dor de cada um.
Obs:Tenho que parabenizar a Netflix por estar fazendo filmes cada vez mais com uma pegada psicológica seja com temas clichês ou conceituais.
sábado, 14 de novembro de 2020
Mais esperto que o Diabo - Napoleon Hill
Você vai descobrir, após 75 anos de segredo, por meio dessa entrevista exclusiva que Napoleon Hill fez, quebrando o código secreto da mente do Diabo: Quem é o Diabo? Onde ele habita? Quais suas principais armas mentais? Quem são os alienados e de que forma eles ou elas se alienam? De que forma o Diabo influencia a nossa vida do dia a dia? Como a sua dominação influencia nossas atitudes? O que é o medo? Como nossos líderes religiosos e nossos professores são afetados pelo Diabo? Quais as armas que nós, seres humanos, possuímos para combater a dominação do Diabo? Qual a visão do Diabo sobre a energia sexual? Como buscar uma vida cheia de realizações, valorizando a felicidade e a liberdade? Essas perguntas e muitas outras são respondidas pelo próprio Diabo, que se autodenomina "Sua Majestade", de acordo com Napoleon Hill. O seu propósito, escrito com suas próprias palavras, é ajudar o ser humano a descobrir o seu real potencial, desvendando as armadilhas mentais que os homens e as mulheres deste mundo criam para si mesmos, sabotando a sua própria liberdade e o seu próprio direito de viver uma vida cheia de desafios, alegria e liberdade. Escrito em 1938, após uma das maiores crises econômicas, e precedendo a Segunda Guerra Mundial, este livro não somente é uma fonte de inspiração e coragem, mas deve ser considerado um manual para todas aquelas pessoas que desejam.
domingo, 8 de novembro de 2020
Com Sangue - Stephen King
Esta é uma história sobre amor, amizade, talento e justiça... em suas formas mais deturpadas. Em Com sangue, Stephen King reúne quatro contos com protagonistas inteligentes e complexos, que têm sua vida comum transformada por algum elemento inexplicável.
Brilhante em narrativas curtas, King já escreveu alguns contos que viraram sucesso em todo o mundo, como as histórias que inspiraram os filmes Conta comigo e Um sonho de liberdade. Neste livro, assim como em Quatro estações e Escuridão total sem estrelas, ele cria uma coleção única e emocionante, demonstrando mais uma vez por que é considerado um dos maiores contadores de histórias de todos os tempos.
"Claro que King ainda é o melhor quando falamos de terror, mas nesta coletânea o leitor se verá envolvido em quatro histórias sobre nossos maiores sonhos e vulnerabilidades." -- USA Today
"King continua produzindo histórias ricas e variadas, e seu trabalho permanece profundamente sensível e envolvente." -- The Washington Post
"Stephen King obviamente ama seus personagens, e o cuidado com que ele desenvolve suas personalidades atrai o leitor para experiências perturbadoras." -- Publishers Weekly
domingo, 1 de novembro de 2020
Filmes e Séries para Assistir nas Férias 7
domingo, 25 de outubro de 2020
Vida Após Suicídio - Jennifer Ashton, M.D
O suicídio é um fenômeno devastador que afeta milhões de pessoas. É relatado em todas as faixas etárias e representa hoje a segunda causa de mortes entre adolescentes e adultos jovens dos 15 aos 29 anos. É um mal silencioso e ao mesmo tempo um trauma pessoal de difícil abordagem, pois o tabu social, o preconceito e a falta de conhecimento sobre o suicídio, e também a depressão, ainda afastam o assunto de nossos pensamentos, conversas e debates em busca de medidas preventivas e educacionais.
Jennifer Ashton, a autora, é médica, mãe e testemunha em primeira mão do impacto do suicídio de um ente querido. Quando seu ex-marido Rob, pai dos seus 2 filhos, se matou em fevereiro de 2017, logo após o divórcio, seu mundo e de toda sua família foram destruídos. Neste livro emocionante sobre a perda pessoal e as etapas da sua recuperação, a Dra. Ashton faz uso da coletividade e do diálogo para elucidar o processo do luto e encontrar a paz após o suicídio. A obra é tanto um livro de memórias quanto um guia prático para ajudar outras pessoas durante uma tragédia parecida. “VIDA APÓS SUICÍDIO” é um olhar honesto e perspicaz de como lidar com a perda de um ente querido e sobre como encontrar a coragem para seguir depois de uma perda inconcebível. O relato de Ashton é uma janela para um mundo o qual todos nós precisamos começar a conhecer, sem vergonha, estigma ou preconceito.
domingo, 18 de outubro de 2020
O Grande Sucessor: o Destino Divinamente Perfeito do Brilhante Camarada Kim Jong Un
Desde que nasceu, em 1984, Kim Jong Un esteve envolto em mitos e propaganda, da mais absurda ― em que supostamente sabia dirigir um carro aos três anos ― às histórias mais sombrias e sangrentas de familiares que morreram por ordens suas. Anna Fifield reconstrói o passado e o presente de Kim com acesso exclusivo a fontes próximas a ele e nos traz uma visão única para explicar a missão dinástica da família Kim na Coreia do Norte. A noção arcaica de governo dessa família de déspotas combina com as dificuldades quase medievais que o país enfrenta sob seu domínio. Poucos achavam que um jovem fanático por basquete, educado na Suíça, nada saudável e sem experiência conseguiria manter de pé um país que deveria ter ruído há muitos anos. Mas Kim Jong Un não apenas sobreviveu, ele prosperou, auxiliado pela aprovação de Donald Trump e pelo bromance mais bizarro da diplomacia.
Cética, mas perspicaz, Fifield cria um retrato cativante do regime político mais estranho e secreto do mundo ― isolado, porém internacionalmente relevante, falido, mas de posse de armas nucleares ― e seu regente, o autoproclamado Amado e Respeitado Líder, Kim Jong Un.
domingo, 11 de outubro de 2020
O Crepúsculo e a Aurora - Ken Follett
‘O crepúsculo e a aurora’ nos leva em uma jornada épica ao fim da Idade das Trevas para contar a história de guerra, rivalidade, amor e ódio que antecede a saga de ‘Os pilares da Terra’ e marca a criação da cidade de Kingsbridge.
Em 997 d.C., a Inglaterra enfrenta ataques dos galeses de um lado e dos vikings do outro. Os homens que estão no poder fazem justiça de acordo com os próprios interesses, ignorando o povo e muitas vezes desafiando o próprio rei. Na falta de uma legislação clara, o caos reina absoluto.
Nesse
cenário de selvageria, a vida de três jovens se entrelaça de
maneira brutal. Um construtor de barcos vê sua terra ser dilacerada
pelos vikings e é forçado a se mudar com a família para um povoado
inóspito.
Uma nobre normanda desafia os pais para se casar com o homem que ama e, assim que chega à Inglaterra, se vê envolvida em uma constante e violenta disputa pela autoridade em que qualquer passo em falso pode ser catastrófico.
Um
monge sonha em transformar sua humilde abadia em um centro de estudos
conhecido na Europa inteira.
Todos eles lutam por um mundo mais justo, próspero e livre. E todos cruzam o caminho de um bispo inteligente e cruel que vai fazer o que for preciso para aumentar sua influência e sua fortuna.
Com uma trama elaborada que une um extenso trabalho de pesquisa histórica a uma criatividade extraordinária, O crepúsculo e a aurora é um presente tanto para os leitores veteranos de Ken Follett quanto para quem deseja conhecê-lo.
“Ken
Follett tem um grande tema em sua obra, não importa o tempo que
ele está retratando ou os fatos históricos em que se baseia: a luta
de pessoas comuns por algum tipo de liberdade.” – Maria Fernanda
Rodrigues, O Estado de São Paulo
“O crepúsculo e a aurora tem de tudo: romance, traição, dados históricos... É o tipo de livro que você não consegue deixar de lado.” – Windy City Reader
Você também poderá gostar de: Coluna de Fogo - Ken Follett.
domingo, 4 de outubro de 2020
Cine Pipoca #018
Olá pensadores, na coluna de hoje selecionei alguns dos melhores longas que assisti do início do semestre até a data atual. Vamos lá!
domingo, 27 de setembro de 2020
Blogueira de 90 anos ensina idosos a escrever sua história
“Na minha idade, o importante é compartilhar o que sei”, resume Neuza Guerreiro de Carvalho. Conhecida como vovó Neuza, em 2004 criou o curso “Resgate de memória autobiográfica”, na USP Aberta à Terceira Idade. A cada semestre, oito ou nove alunos aprendiam a contar sua trajetória. Por alto, calcula que mais de 150 idosos passaram por esses “bancos escolares”. “É muito bom para a autoestima deles, que se tornam protagonistas da própria história. Certa vez uma aluna me disse: ‘antes eu era sempre algo de alguém, como mãe, filha, namorada, esposa. Agora sou eu mesma’”. No começo do ano, a pandemia inviabilizou os encontros, que, depois de um período de adaptação, passaram a ser on-line. Foi quando Neuza decidiu que poderia se valer da internet para ampliar o trabalho. Enxugou o programa – “com certa dor no coração”, reconhece – que passou de 16 para oito aulas. No novo formato, a primeira turma começou no dia 1º. com 17 participantes. Entre eles, apenas um homem, ou “menino”, como a professora gosta de chamá-lo, apesar de ter 99 anos. “É a primeira vez que não sou a mais velha da classe. Ele não tem intimidade com computadores, mas já se ofereceram para digitar seus textos”, afirma.
A próxima turma começa no dia 22 de setembro e as inscrições podem ser feitas aqui. São dois módulos que cobrem cronologicamente a trajetória dos participantes. O primeiro abre como “a família que recebi”, para que resgatem a história de seus pais e avós. Em seguida vêm: infância, escolas e juventude. O segundo módulo compreende a vida afetiva, “a família que constituí”, espaços de vivência – as casas e cidades onde as pessoas moraram – e se encerra com a período atual. Ela conta com a ajuda de uma assistente e utiliza trechos de autores consagrados, como Graciliano Ramos e Gabriel García Márquez, para ilustrar como a literatura trata temas que serão abordados nos relatos. Os alunos escrevem seus textos no computador, digitalizam as fotos que consideram relevantes e o resultado pode ser impresso ou virar um pendrive de presente para a família. “Há sempre muita ansiedade para falar”, avalia Neuza, que foi professora de biologia, formada em 1951 no extinto curso de História Natural da USP. Aposentou-se em 1980 e, durante os 15 anos seguintes, dedicou-se à família, mas, em 2005, começou a fazer diversos cursos da Universidade Aberta à Terceira Idade: “foram uns 50 até 2015”, diz.
domingo, 20 de setembro de 2020
Comentando Sobre o filme "O Dilema das Redes"
Existem apenas duas indústrias que chamam seus clientes de usuários: a de drogas e a de software. Citada no filme "O Dilema das Redes", da Netflix, a sentença do professor da Universidade de Yale Edward Tufte leva o usuário a se reconhecer como personagem, e não mero espectador, do documentário sobre os impasses de uma era de vícios tecnológicos.
Quem acompanha notícias e pesquisas recentes sobre os impasses do mundo atual —polarização, ansiedade, depressão, desconexão com a realidade, fake news— pode imaginar que se trata do remake de algum filme de suspense. O problema é que o final desta história está em aberto. E o que se anuncia não é nada promissor.
Quem diz isso não são apenas os profetas do apocalipse avessos a mudanças, mas os próprios engenheiros deste novo mundo que nos reconfigurou. Fazem parte do elenco, entre outros, Tristan Harris, ex-designer ético do Google; Tim Kendal, ex-presidente do Pinterest; Justin Rosenstein, ex-engenheiro do Facebook; Roger McNamee, investidor em tecnologia, e Jaron Lanier, cientista da computação e autor de "Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais". Eles dividem suas análises sobre a tecnologia com nomes como Arthur C. Clarke e Sófocles, de quem é a frase de abertura do documentário: "Nada grandioso entra nas vidas dos mortais sem uma maldição".
A maldição do século 21 transformou nossa atenção no objeto mais cobiçado das grandes corporações.
Somos, em outras palavras, o que foi o petróleo para o século 20 e a extração de minérios, como ferro e ouro, nos séculos passados.
A ideia básica, como mostra Tristan Harris, hoje um militante contra o vício das redes, é que se você não está pagando pelo produto, você é o produto. Criadas para facilitar conexões e aprofundar laços entre pessoas que curtiam e compartilhavam coisas em comum, essas plataformas logo descobriram a fórmula de fazer dinheiro. Para isso era preciso transformar seres sociáveis em seres manipuláveis. Aqui mora o dilema.
O filme mostra como isso já está acontecendo, mesmo para quem garante só usar as redes para fins recreativos, todos os dias, todas as horas do dia e jura nunca ter se viciado.
Dopamina e algoritmos
A premissa básica é que temos uma necessidade biológica básica de nos conectar com outras pessoas. Desde sempre. Isso afeta diretamente a liberação de dopamina como recompensa. As redes otimizam essa conexão e criam um potencial viciante. Querem que passemos cada vez mais tempo conectados e expostos a mensagens e ofertas de todo tipo. Até aí, tudo pode ser assustador, mas não exatamente uma novidade desde que levamos os aparelhos ao banheiro pela primeira vez. O problema é que, ao longo dos anos, essas grandes empresas reuniram um arsenal de informações sobre nossos comportamentos e passaram a nos conhecer melhor do que qualquer outra pessoa, inclusive nós mesmos.Isso significa não só que eles sabem como está nossos humores e nossa saúde mental em determinada fase da vida, mas o que este estado alterado nos leva a fazer.
Os sistemas são capazes de antecipar tendências. Prever comportamentos por modelos de algoritmos. E vender esta tendência para quem quer saber como nos acessar quando estivermos propensos a compulsões. Podem, com isso, moldar e mudar nossos comportamentos conforme descobrem o que nos engaja e mobiliza.
As redes sociais, como mostra um dos entrevistados, é nossa chupeta quando nos sentimos desconfortáveis, solitários, com medo. Elas atrofiam nossa habilidade de lidar com problemas reais e diversos. A questão é que estaremos sempre desconfortáveis, solitários e com medo diante de padrões de beleza e comportamento que só quem seguimos parecem alcançar. E nos deprimimos e passamos mais tempo nas redes para compensar a frustração.
Tudo já seria preocupante o suficiente se esse ciclo vicioso fosse manipulado apenas para vender batata frita ou calça jeans.
Os manipuladores das redes sabem onde estão as maiores propensões às teorias da conspiração; pior, sabem que estes espaços se tornaram terreno propício para colher engajamento, o santo graal da vida em rede.
A sofisticação das redes, mostra o psicólogo social Jonathan Haidt em certo momento do filme, está relacionada ao aumento gigantesco da depressão, da ansiedade, do suicídio e da internação por autoflagelo entre adolescentes nos EUA. Essa geração, que começou a usar redes sociais durante a pré-adolescência, está mais frágil e se arrisca menos na vida. O índice dos que já saíram em um encontro ou tiveram qualquer interação romântica tem caído rapidamente conforme cresce o uso das plataformas digitais.
A
explicação é que nosso cérebro não evoluiu conforme o poder de
processamento dessas máquinas desde a sua invenção. Podemos
administrar amigos e amores em comunidade. Mas numa comunidade de
milhares de seguidores, o bug é iminente.
Desde o começo de século, a polarização política e a intransigência dentro das bolhas não têm sido
só consequência da vida em rede, mas a sua condição de existência. Se não tivermos a quem odiar, não entregaremos aos donos do negócio o engajamento que eles mais desejam. Por isso clicamos e navegamos como coelhos em busca de cenoura estrategicamente penduradas em anzóis à frente do nosso nariz.
No filme, as referências a distopias recentes, como "Matrix" e "O Show de Truman" estão ali para mostrar que este processo já está em curso e desativá-lo não vai ser nada fácil. Antes é preciso nos reconhecer dentro da matrix.
Ao fim do documentário, os entrevistados dão breves e preciosas dicas de como conseguiram, eles mesmos, diminuir os danos do uso das plataformas que ajudaram a criar. E deixam dicas preciosas, a maior delas é “não deixem seus filhos conectados por muito tempo, pois o cérebro deles ainda está em formação”.
Fonte: Uol.
Você poderá gostar de: Comentando sobre a série Chernobyl da HBO
domingo, 13 de setembro de 2020
A Vida Mentirosa do Adultos - Elena Ferrante
O livro narra o crescimento de Giovanna, uma jovem moradora de um respeitável bairro de classe média de Nápoles, no período de seus 12 a 16 anos. Ambientado na década de 1990, A vida mentirosa dos adultos se inicia com um comentário do pai de Giovanna, que compara a falta de beleza da filha com a de Vittoria, tia da menina, sua irmã. Figura lendária na família e afastada do convívio de seu núcleo por motivos incertos, Vittoria desperta a curiosidade de Giovanna, que hesita entre considerar o comentário um insulto, uma condenação ou uma profecia. Explorando as periferias de Nápoles, ela parte em busca dessa mulher misteriosa.
Leia um trecho:
“Dois anos antes de sair de casa, meu pai disse à minha mãe que eu era muito feia. A frase foi proferida entre sussurros, no apartamento que os dois, recém-casados, haviam comprado em Rione Alto, no início da Via San Giacomo dei Capri. Tudo ― as ruas de Nápoles, a luz azul de um fevereiro muito frio, aquelas palavras ― permanece inalterado. Mas eu escapei, ainda estou escapando, através destas linhas cuja intenção é delinear a minha história, mesmo que na verdade eu não seja nada, nada que me pertença, nada que tenha começado de verdade ou sido levado a cabo: apenas um nó cego, e que ninguém, nem mesmo a pessoa que neste momento escreve, saiba dizer se esse nó contém o fio certo para guiar uma história ou se não passa de uma confusão embolada de sofrimentos, sem redenção.”
Na trama, acompanhamos Giovanna percorrer a transição crucial entre a juventude e a vida adulta, quando verdades e lições de vida são evidenciadas, algumas vezes de forma dolorosa. A vida mentirosa dos adultos é uma cativante história sobre o que ganhamos e perdemos com a passagem do tempo.
domingo, 30 de agosto de 2020
A Morte é um dia que Vale a pena Viver - Ana Claudia Quintana Arantes
UM LIVRO QUE PROPÕE UM NOVO OLHAR PARA A VIDA. Em "A morte é um dia que vale a pena viver", Ana Claudia tem a coragem de lidar com um tema que é ainda um tabu. Em toda a sua vida profissional, a médica enfrentou dificuldades para ser compreendida, para convencer que o paciente merece atenção mesmo quando não há mais chances de cura. Após toda a luta, agora os Cuidados Paliativos têm status de política pública, recebendo do Estado a atenção que ela sempre sonhou. Sobre a arte de ganhar existem muitas lições, mas e sobre a arte de perder? Ninguém quer falar a respeito disso, mas a verdade é que passamos muito tempo da nossa vida em grande sofrimento quando perdemos bens, pessoas, realidades, sonhos. Saber perder é a arte de quem conseguiu viver plenamente o que ganhou um dia. Em 2012, Ana Claudia Quintana Arantes deu uma palestra ao TED que rapidamente viralizou, ultrapassando a marca de 1,7 milhão de visualizações. A última fala do vídeo, “A morte é um dia que vale a pena viver”, se tornou o título do livro que, desde seu lançamento em 2016, vem conquistando um público cada vez maior. Uma das maiores referências sobre Cuidados Paliativos no Brasil, a autora aborda o tema da finitude sob um ângulo surpreendente. Segundo ela, o que deveria nos assustar não é a morte em si, mas a possibilidade de chegarmos ao fim da vida sem aproveitá-la, de não usarmos nosso tempo da maneira que gostaríamos. Invertendo a perspectiva do senso comum, somos levados a repensar nossa própria existência e a oferecer às pessoas ao redor a oportunidade de viverem bem até o dia de sua partida. Em vez de medo e angústia, devemos aceitar nossa essência para que o fim seja apenas o término natural de uma caminhada. Completamente revista e ampliada, esta edição é uma bela ode à vida e à humanidade.
domingo, 23 de agosto de 2020
Bitcoin Blockchain e Muito Dinheiro - D.S.c Christian Aranha
o sucesso do halving, sai o primeiro livro brasileiro sobre bitcoin e blockchain. Referência inédita editorial no país, Bitcoin, Blockchain e Muito Dinheiro traz uma narrativa sobre a moeda virtual que pretende ser o dinheiro do mundo inteiro.
A obra consolida todos os conhecimentos adquiridos na trajetória de Christian Aranha desde que teve contato com o sistema em 2012, passando pela evolução da tecnologia, o conceito de blockchain, ICOs e crises financeiras. Com linguagem acessível e didática, o livro surge como fundamental relevância para interessados em conhecer e se aprofundar neste tema que impacta todos nós.
O autor é Christian Aranha, entusiasta da área e um dos primeiros a prestar atenção em criptomoedas no Brasil. Christian é doutor em inteligência artificial e desde que conheceu o bitcoin, vem pesquisando e proferindo palestras sobre o tema.
Christian promoveu a criação do curso de Bitcoin da PUC-Rio que é sucesso de público até hoje. Depois de inúmeras palestras e cursos decidiu compilar todas as informações produzidas nesse tempo em um único produto para se dedicar a novos projetos de blockchain como Ethereum, EOS e Hathor que são explicados rapidamente no último capítulo.
O livro pode ser um divisor de águas, porque no Brasil não há muito material sobre os fundamentos das criptomoedas para uso da academia e a demanda pela disciplina não para de aumentar. É indicado para profissionais de todas as áreas, porque além da tecnologia, tem os impactos econômicos, financeiros, sociais e políticos que já vivemos hoje.
Você poderá também de: O futuro do dinheiro: Apenda a investir sem medo.
domingo, 16 de agosto de 2020
Cine Pipoca #017
Olá caros pensadores, com os cinemas fechados ficamos refém de Netflix, Amazon, canais a cabo da vida... Então fiz uma lista de filmes para ajudar a passar o tempo com o pouco mais de qualidade. Vamos la!
sábado, 8 de agosto de 2020
Sol da Meia-Noite (Midnight sun) - Stephenie Meyer
Até agora, os leitores conheceram essa trama inesquecível apenas pelos olhos de Bella. No aguardado Sol da meia-noite, vamos testemunhar o nascimento desse amor pelo olhar de Edward, mergulhando em um universo novo, sombrio e surpreendente, cheio de revelações.
Conhecer Bella foi o que aconteceu de mais irritante e instigante em todos os anos de Edward como vampiro. À medida que conhecemos detalhes sobre seu passado e a complexidade de seus pensamentos, conseguimos entender por que Bella se tornou o eixo central de uma batalha decisiva em sua vida. Como Edward poderia seguir seu coração se isso significava colocar a amada em perigo? Do que ele seria capaz de abrir mão?
Em Sol da meia-noite, Stephenie Meyer faz um retorno triunfal ao universo de Crepúsculo e nos transporta mais uma vez para Forks, convidando-nos a revisitar cada detalhe dessa história que conquistou milhões de fãs em todo o mundo. Em meio a uma paixão cercada de perigos sobrenaturais, vamos descobrir como Edward encara seus prazeres mais profundos e as consequências devastadoras de um amor proibido e imortal.
domingo, 2 de agosto de 2020
Prazer em Queimar: Histórias de Fahrenheit 451 - Ray Bradbury
Autor do clássico Fahrenheit 451, Ray Bradbury tinha quinze anos quando Hitler mandava queimar livros em praça pública, na Alemanha. Foi ali que ele percebeu que os livros que tanto amava estavam em perigo. Anos depois, este luto se transformou em uma ideia: escrever sobre uma sociedade em que os livros fossem proibidos, e os bombeiros, em vez de apagar o fogo, recebessem a missão de queimá-los.
Prazer em queimar: histórias de Fahrenheit 451 é leitura obrigatória para os fãs da clássica distopia. Neste livro estão reunidos dezesseis contos: treze que foram escritos antes de Fahrenheit 451 e mais três histórias escritas depois. Observador sagaz dos tempos obscuros que sucederam a Segunda Guerra Mundial, Bradbury canalizava sua criatividade escrevendo contos críticos a tudo que via e sentia. Há contos sobre queima de livros, morte, liberdade, arte, policiamento nas ruas etc.
O último desses contos chama-se “O bombeiro”. Publicado inicialmente em uma revista literária, este texto chamou a atenção de seu editor que, deslumbrado com a história, desafiou o jovem Bradbury a ampliá-lo, prometendo que aquele texto seria publicado como um romance se ele conseguisse dobrá-lo de tamanho. Bradbury trancou-se na biblioteca da universidade, alugou uma máquina de escrever e só saiu de lá quando conseguiu atender ao pedido de seu editor. Nascia, então, a ficção científica Fahrenheit 451.
Leitura indispensável para os fãs da distopia best-seller Fahrenheit 451.
domingo, 26 de julho de 2020
O Mundo Pós-Pandemia - Reflexões Sobre Uma Nova Vida
Já não há dúvidas: nosso tempo se dividirá entre o antes e o depois da Covid-19. De fato, dificilmente houve acontecimento tão determinante neste século quanto a pandemia, e as consequências das recentes ações políticas, sanitárias e econômicas ainda mal começaram a ser vislumbradas. O que, portanto, devemos esperar para nosso futuro e o futuro das próximas gerações? Uma transformação drástica em tudo o que é humano? Ou apenas o retorno do mundo tal como ele sempre foi? O que se sabe é que uma previsão bem fundamentada não pode passar ao largo deste livro. Afinal, nomes de peso aqui se reúnem para opinar sobre as principais esferas da atuação humana, levando em consideração cada uma de suas complexidades e dilemas.
Transitando da arte e do humor ao poder judiciário e à economia, estas páginas constituem o que há de mais qualificado a respeito do mundo que nos espera.
Comentando
Recém-lançado, o livro "O mundo pós-pandemia" compila textos de profissionais de diversas áreas com debates sobre o futuro após a pandemia da Covid-19.
A obra é organizada pelo escritor e advogado José Roberto de Castro Neves, com 50 textos. Os temas e formatos são variados.
O livro trata de assuntos como arte, humor, poder judiciário e economia. Segundo a editora Nova Fronteira, responsável pelo lançamento, "O mundo pós-pandemia" é um "esforço para entender como o Brasil e o mundo reagirão a esse evento histórico".
Ainda segundo a editora, as personalidades foram reunidas para "inspirar novos debates, ajudar a repensar valores e auxiliar em tomadas de decisões que serão definitivas".
O comediante Marcelo Adnet, por exemplo, usa o humor para falar sobre o mundo digital. O técnico Bernardinho escreve sobre o futuro dos esportes. Com um conto, a atriz e escritora Fernanda Torres trata de possíveis dilemas do setor artístico.
Na introdução, Castro Neves comenta que as perspectivas do futuro dependem das escolhas feitas agora. "Não se pode qualificar uma escolha da sociedade como evolução, pois essa ciranda da civilização humana tem por característica ir e voltar — num caminho tão ilógico quanto misterioso (que o digam Hegel e Marx)", escreve ele.
"Mas há, de toda sorte, um conforto em verificar, no episódio histórico a que assistimos hoje, a força dada à vida humana, a dimensão do comportamento solidário nessas horas em que a praga deixa de ser somente metafórica. Possivelmente, o Terceiro Milênio começa agora. Um momento — e, ao mesmo tempo, uma oportunidade — de construir", completa Castro Neves.
domingo, 19 de julho de 2020
Romanceiro da Inconfidência - Cecília de Meireles
Uma coletânea de poemas da escritora brasileira Cecília Meireles, publicada em 1953, que conta a História de Minas dos inícios da colonização no século XVII até a Inconfidência Mineira, revolta ocorrida em fins do século XVIII na então Capitania de Minas Gerais.
Em 85 "romances", mais quatro "cenários" e outros de prólogo e êxodo, Cecília evoca primeiro a escravidão dos africanos na região central do planalto em episódios da exploração do ouro e dos diamantes no século 18; logo o centro da coletânea é dedicado ao destino dos heróis da chamada "Inconfidência Mineira" – Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, Tomás Antônio Gonzaga, sua noiva e amada Marília de Dirceu bem como de outras figuras históricas implicadas no acontecimento, como D. Maria I a louca, na altura Rainha de Portugal.
Mais lírica do que narrativa, a obra assume o lado dos derrotados (transformados depois em heróis da Independência do Brasil) denunciando o sistema colonial que favorece a exploração dos desvalidos:
-
A terra tão rica
e – ó almas inertes! –
o povo tão pobre...
Ninguém que proteste! (…) (in: Do animoso Alferes, Romance XXVII)
- Estes branquinhos do Reino
nos querem tomar a terra:
porém, mais tarde ou mais cedo,
os deitamos fora dela.(in: 'Do sapateiro Romance XLII)
- A nova interpretação da história serve no entanto de ponto de partida para uma reflexão filosófica e metafísica sobre a condição humana. Surgindo Tiradentes como um avatar de Cristo e sofrendo o sacrifício do bode expiatório, ele se torna num redentor do Brasil, que abriria a nova era da liberdade. "Construindo com o Romanceiro da inconfidência um mosaico em que cristalizariam vibrações captadas na terceira margem da memória coletiva, Cecília consolidava uma teia de mitos suscetíveis de fortalecer o sentimento da identidade brasileira"
domingo, 12 de julho de 2020
Coraline - Neil Gaiman
Clássico de Neil Gaiman que mistura terror e conto de fadas ganha edição especial
Certas portas não devem ser abertas. E Coraline descobre isso pouco tempo depois de chegar com os pais à sua nova casa, um apartamento em um casarão antigo ocupado por vizinhos excêntricos e envolto por uma névoa insistente, um mundo de estranhezas e magia, o tipo de universo que apenas Neil Gaiman pode criar.
Ao abrir uma porta misteriosa na sala de casa, a menina se depara com um lugar macabro e fascinante. Ali, naquele outro mundo, seus outros pais são criaturas muito pálidas, com botões negros no lugar dos olhos, sempre dispostos a lhe dar atenção, fazer suas comidas preferidas e mostrar os brinquedos mais divertidos. Coraline enfim se sente... em casa. Mas essa sensação logo desaparece, quando ela descobre que o lugar guarda mistérios e perigos, e a menina se dá conta de que voltar para sua verdadeira casa vai ser muito mais difícil ― e assustador ― do que imaginava.
Publicado pela primeira vez em 2002, Coraline foi o primeiro livro de Neil Gaiman para o público infantojuvenil e se tornou uma das obras mais emblemáticas do escritor. Repleta de elementos ao mesmo tempo sombrios e lúdicos, a história conquistou crianças e adultos em todo o mundo e, em 2009, ganhou as telas de cinema em uma animação dirigida por Henry Selick, de O estranho mundo de Jack. Nesta edição especial em capa dura, com introdução do autor e projeto gráfico exclusivo, coube ao renomado ilustrador Chris Riddell dar vida ao universo mágico e aterrorizante criado por Neil Gaiman.
domingo, 5 de julho de 2020
Resumo do livro: O Silêncio dos Livros - Fausto Luciano Panicacci
Ter Livros é Crime. Denuncie.
Tudo aconteceu em segundos, logo ouvira alguém berrando um aterrorizante “não”, a seguir a pele sendo rasgada. O homem da mesa ao lado estava se esvaindo em sangue. Hilário pena, tinha nas mãos uma garrafa quebrada.
Acordara numa cela com uma ressaca monstruosa e sem realmente lembra do ocorrido. Todas as suas memórias estavam envoltas em névoas. Tentara lembrar de como foi parar ali sozinho, pois segundo ele só defendera o amigo. No dia seguinte recebeu seu advogado, Carlos Castelo, que era do Estado. Até então Hilário, pensara era um advogado da parte de seu mentor senhor Andrada. Pois ele veio se informou do caso e pedira para nunca mais ser incomodado e saiu sem vê-lo. Os amigos dele deram depoimento alegando que, depois da confusão fora Hilário que quebrou a garrafa e fincou no pescoço do homem. Ao saber dos depoimentos dos até então ‘amigos’, ficara em completa fúria, ele acreditava cegamente que fora um ato de defesa nada mais que do que isso.
Na sala além do advogado haviam dois agentes alegando que fizeram exames genéticos para testar sua tendência criminosa. Por os testes acusarem negativos para o gene-C, ele escapara da pena de morte, mas ficaria preso até os testes serem mais conclusivos. Fora o único no sistema de criminologia a dar negativos. Estava completamente só, em uma prisão de estrangeiros de nome Babel. O advogado dissera que naquela penitenciária havia uma biblioteca, mas essa era um lugar em que Hilário passaria longe
Meses depois chegara o primeiro julgamento. Não havia nenhuma testemunha para ajudá-lo além do advogado do Estado. O mesmo incentivara a tentar sensibilizar o júri. O julgamento foi adiado por um documento do Grupo Especial de Trabalho da Comissão.
Semanas se passavam e Hilário e o advogado exausto, tentava achar uma brecha plausível. Explicara que o Ministério da Polícia Criminal tinha solução para quem fosse preso sem o tal gene-C. Havia as mais diversas teorias, mas na falta de provas continuaria preso.
Tempos depois houve o segundo julgamento. Fora interrogado duramente, mas mais insistira que fora somente para defender seu amigo. Quando passou para seu advogado que expôs todas as suas mazelas perguntara se estava arrependido Hilário, respondera que não e era uma questão de honra. A seguir vieram várias testemunhas alegando que Hilário tinha um comportamento estranho e seria capaz de matar. Sem chances de dar sua versão, Hilário fora condenado até que os exames apontassem que ele possuía o tal gene-C, e seria executado. Saíra do tribunal direto para a penitenciária Babel, sem compreender como ele foi parar nessa situação.
Uma nova avaliação foi realizada. Em uma sala macabra onde os agentes digitalizaram suas impressões digitais, respondera uma série de perguntas e colocara seu número de presidiário. Concluído o teste Hilário vira na tela a palavra “negado”. E na semana seguinte o mesmo. Dessa vez ficara extremamente arrasado. Em pleno desespero cortara o cobertor em tira amarrara no pescoço e saltou.
O tempo passara com uma certa leveza.
Hilário renascera através dos livros.
Enfim chegara o dia da reinauguração da biblioteca, que não teve nenhum tipo de festejo, com só uma nota interna dizendo haveria livros disponíveis. Demorou um cerco tempo para haver algum leitor.
A noite Hilário recebera um caderninho que Antônio encomendara ao seu advogado e contara da dificuldade em obter esse item praticamente proibido.
Antônio fora solto, mas antes de sair entregara para seu amigo uma coordenada para quando ele sair, algum dia, se dirigisse a tal local. Hilário continuava em sua missão na biblioteca que tinha cada vez adeptos. Começara a ler os livros não catalogados, obras raríssimas, os livros tornaram seus aliados contra o tempo e solidão. Nisto passam-se mais quatro anos, Hilário Pena agora tinha quarenta e dois anos, e mais exame a fazer. Desta vez, só havia um agente na sala, e o resultado apontou “negado” novamente. Em poucos dias retornou a sua rotina e percebera que levaria mais de uma vida para ler todos os livros que listara. Longe da civilização caótica onde proibia-se livros, em Babel, o silêncio dos livros reinava como música a cada virada de página e cochichos. Assim, passara dois anos.
Ruas desertas, lixo, fedor, indivíduos voltados para seus eletrônicos. Ao olhar ao redor sentia que o tempo roubara-o a jovialidade, o viço. Observara as pessoas como um verdadeiro sociólogo, um filósofo. Flagrara-se constantemente comparando sua juventude interrompida com os novos tempos.
Na semana seguinte, Santiago fora recebido pela mãe da menina toda insinuante na casa dos Crástinos. A menina achara o comportamento da mãe muito estranho na época. Santiago contara que os policiais foram na casa dele revirou-a por inteira. Eles nunca entenderiam o esforço do vizinho com os livros. E a menina ganhara mais uma história de seu avô de letrinhas.
Mais tarde o pai tivera uma enxaqueca terrível depois que fora imprensado por Beatriz, e dissera para Louise suspender suspender os jantares com Santiago.
Passara uns dias, a mãe comunicara que iria a praia com as meninas, principalmente por Beatriz aceitar e convidara Santiago.
Obs: Este resumo está em partes como no livro. A obra não conta a história de forma linear.