domingo, 25 de dezembro de 2022

Filmes para Assistir nas Férias 9.



Olá pessoal, para esse fim de ano 2022 e começo de 2023, selecionei os melhores filmes. Vamos conferir!


Após formar uma família, Jake Sully e Ney'tiri fazem de tudo para ficarem juntos. No entanto, eles devem sair de casa e explorar as regiões de Pandora quando uma antiga ameaça ressurge, e Jake deve travar uma guerra difícil contra os humanos.


O mundo quer que ela seja quieta e obediente, mas Emily Brontë tem uma imaginação forte e uma voz que anseia por ser ouvida. Enquanto se recusa a fazer o que esperam dela, Emily vive um amor doloroso e proibido com Weightman e mostra que pode até ser estranha e rebelde, mas é também genial. A história da mente por trás de "O Morro dos Ventos Uivantes", um dos maiores clássicos da literatura mundial.


Após se tornar um grande super-herói com os poderes de Shazam, o adolescente Billy Batson (Asher Angel) conta com a sua família adotiva para proteger o mundo de diferentes ameaças, incluindo a fúria dos deuses que acreditam que eles não merecem ter superpoderes.



Um astronauta cai em um planeta desconhecido, mas descobre que não está sozinho.


O Gato de Botas descobre que sua paixão pela aventura cobrou seu preço: ele já gastou oito de suas nove vidas. Ele então parte em uma jornada épica para encontrar o mítico Último Desejo e restaurar suas nove vidas.

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Aqueles que deveríamos encontrar: Uma distopia científica em um mundo pós-crise climática - Joan He


Um futuro apocalíptico, a ligação entre duas irmãs e um amor sentido por uma humanidade que, talvez, não o mereça.

Ambientado em um futuro devastado pelas mudanças climáticas, Aqueles Que Deveríamos Encontrar apresenta a história de duas irmãs separadas por um oceano que tentam desesperadamente encontrar uma à outra. Um dos livros mais surpreendentes e empolgantes que você vai ler.

Cee está presa em uma ilha abandonada há três anos sem qualquer lembrança de como chegou lá ou memórias de sua vida antes disso. Tudo que ela sabe é que em algum lugar lá fora, além do horizonte, ela tem uma irmã chamada Kay. Cabe a Cee atravessar o oceano e encontrá-la.

A um mundo de distância, a genial Kasey Mizuhara, de dezesseis anos, vive em uma ecocidade construída para pessoas que protegeram o planeta ― e agora precisam ser protegidas dele. Com o crescimento de desastres naturais causados por mudanças climáticas, as ecocidades fornecem abrigo, ar e água limpo. Em troca, seus moradores devem passar ao menos um terço de seu tempo em cápsulas de estase, realizando tarefas de forma virtual sempre que possível para reduzir seu impacto ambiental. Embora Kasey, uma garota introvertida e solitária, não se incomodasse com esse estilo de vida, sua irmã Celia preferia o mundo externo. Mas ninguém poderia ter previsto que Celia tomaria um barco rumo ao oceano para nunca mais retornar.

Agora, faz três meses que Celia desapareceu, e Kasey já perdeu as esperanças. A irmã deve estar morta. Mesmo assim, ela decide refazer os últimos passos de Celia. Para onde eles vão levá-la, ela não sabe. A irmã era cheia de segredos. Mas Kasey também tem o seu.

“Me apaixonei por este mundo futurista e assombroso e pelas irmãs que procuram uma pela outra dentro dele. As palavras de Joan He permanecerão com você por muito tempo depois da última página.”― Marie Lu, Autora de Skyhunter best-seller nº 1 do New York Times.

Lançamento: 15/12/2022.

domingo, 4 de dezembro de 2022

Viajando pelas Séries #024 - A Casa do Dragão

 
Baseada no livro Fogo & Sangue de George R. R. Martin, A Casa do Dragão é um spin-off de Game of Thrones que narra a história de conquista de terras em Westeros, mais conhecida como a Dança dos Dragões. Situada mais de 200 anos antes dos eventos da série original, acompanhamos a guerra civil que acontece enquanto os meio-irmãos Aegon II e Rhaenyra almejam o trono após a morte do pai Viserys I. Rhaenyra é a filha mais velha, contudo, Aegon é o filho homem de um segundo casamento, o que acaba gerando uma crescente tensão entre dois clãs Targaryen sobre quem tem o verdadeiro direito ao trono. Como descrito em Game of Thrones, no tempo em que a família Targaryen dominava os 7 reinos, a casa era conhecida por seus imponentes dragões, que assim como a família, acabaram praticamente extintos após o conflito interno.

A série foi filmada em diversos lugares da Europa, entre eles estão: a Cornualha, Peak District e Hertfordshire na Inglaterra; Monsanto em Portugal; e cidades espanholas como Cáceres, Trujillo, Granada e Lloret de Mar.

A estreia da série foi assistida por mais de 10 milhões de espectadores, a maior da história da HBO. A segunda temporada será em 2024.

O final da 1ª temporada de ‘A Casa do Dragão’ trouxe grandes números de streaming, de acordo com o relatório mais recente da Nielsen.
Conforme medido pelo site no período de 17 a 23 de outubro, a série superou a marca de 1 bilhão de minutos visualizados, em todos seus 10 episódios.

O escritor George R. R. Martin recebeu o crédito de co-criador da série e produtor executivo ao lado de Condal, Sapochnik, Vince Gerardis e Casey Bloys. Martin está envolvido na criação da estrutura da história que para a adaptação, além de ajudar Condal na escrita do episódio piloto. Sobre o desenvolvimento de House of the Dragon, Martin disse que Ryan J. Condal e Miguel Sapochnik realizaram um "trabalho incrível". Comentando em uma publicação de seu blog, ele afirmou: "Assim como em Game of Thrones, a maioria dos espectadores terá apenas ouvido falar de alguns dos nomes, mas você vai se apaixonar por muitos deles. Apenas para ter o coração partido mais tarde, quando... não, isso seria dizer demais", disse Martin.

Roteiristas

George R. R. Martin explicou em uma postagem em seu blog em 20 de fevereiro de 2022, como a série foi desenvolvida desde a concepção até a atribuição de roteiros específicos para a primeira temporada. Na fase inicial de produção, o próprio Martin colaborou com Ryan Condal em um roteiro piloto para o primeiro episódio. Quando o piloto da prequela sobre a Longa Noite chamado Bloodmoon de Jane Goldman foi repentinamente rejeitada em outubro de 2019, a HBO deu luz verde para uma primeira temporada completa de House of the Dragon – pulando apenas o piloto – surpreendendo até mesmo Condal.

"Foi um desafio, houve muito mais criação de mundo porque ela [Jane] definiu o dela 8.000 anos antes do show [a série principal], então exigia muito. Uma das coisas sobre House of Dragons é que há um texto, há um livro, o que tornou um pouco mais parecido com um roteiro para uma série." — Casey Bloys para a Deadline Hollywood sobre o motivo do cancelamento de Bloodmoon e o interesse em House of the Dragon.

Nos estágios iniciais e imaginando a série como um todo além da primeira temporada, Condal e Martin tiveram uma "mini sala de roteiristas" com os roteiristas Claire Kiechel, Wes Tooke e Ti Mikkel. Todos os três contribuíram com ideias para a série como um todo, mas Kiechel e Tooke partiram para outros projetos antes que o processo de escrita em roteiros específicos da primeira temporada começasse (portanto, eles não faziam parte das reuniões da mesa redonda da "sala dos roteiristas" na primeira temporada). Ti Mikkel, no entanto, é uma assistente de escrita de Martin, e permaneceu como parte das reuniões da sala de roteiristas para a primeira temporada (embora ela não seja creditada por escrever um episódio específico, Martin a menciona ao lado dos outros como parte da equipe de redação da primeira temporada).

Conteúdo

O livro ‘Fogo e Sangue’ foi lançado em 2018 e se passa 300 anos antes de A Game of Thrones, primeiro livro da saga As Crônicas de Gelo e Fogo, que inspirou o desenvolvimento de Game of Thrones. O livro contém a origem da Casa Targaryen, uma casa nobre e eventualmente a principal dinastia dos Sete Reinos do continente de Westeros. Fogo e sague aborda os primeiros 150 anos de dinastia que foram marcados por grandes batalhas. Apesar de ser baseado nesse livro, ‘A Casa do Dragão’ não aborda o conteúdo completo do enredo do romance e apenas adapta os eventos ocorridos antes e durante a guerra civil conhecida como "A Dança dos Dragões", uma série de conflitos iniciada por integrantes da Casa Targaryen. Os principais beligerantes da Dança dos Dragões são Rhaenyra Targaryen e seu meio-irmão Aegon II, ambos filhos do rei Viserys I, que após a morte deste último dividem a família e casas vassalas em duas facções predominantes conhecidas como "Os Negros" e "Os Verdes", a fim de conquistar o trono. Esses conflitos também são mencionados nos contos de Martin, The Princess and the Queen e The Rogue Prince, onde cada um foi lançado em um livro de antologia de contos, sendo eles Dangerous Women (2013) e Rogue (2014), respectivamente. Os eventos de The Rogue Prince antecedem a guerra civil narrada em The Princess and the Queen e tem como protagonista o príncipe Daemon Targaryen, que de acordo com quem narrada a história, ele tem um temperamento forte e ao mesmo tempo charmoso, sendo conhecido como um príncipe malandro ("the rogue prince").



2ª Temporada.
Após os conflitos do fim da primeira temporada, marcados pela coroação de Aegon II Targaryen e pela trágica morte do filho de Rhaenyra Targaryen, Lucerys Velaryon, a segunda parte da série House of The Dragon, adaptação da obra de George R.R Martin, "Fogo e Sangue" (Fire & Blood), seguirá o início de uma possível guerra civil Targaryen. O conflito se dá entre a Casa Velaryon, possuidora da maior marinha de Westeros e de mais de uma dúzia de dragões, e a ascensão do manipulador rei Aegon II.


domingo, 27 de novembro de 2022

O Fantasma de Kiev - R. N. King


Durante a invasão da Ucrânia pela Rússia, o presidente ucraniano é sequestrado por mercenários contratados pelo Kremlin. Os EUA, pressionados pela comunidade internacional, enviam um agente para o libertar.

Será o suficiente para salvar o presidente e libertar o país?

KIEV. Russell Born foi nota máxima em todos os cursos da CIA, sendo um expert em terrorismo internacional, foi escolha óbvia quando os aliados NATO pediram aos EUA o envio de uma equipe de topo que pudesse agir em segredo para tirar o presidente da Ucrânia das garras da Rússia. Considerado morto por aqueles que o conheciam, Born atua agora nas sombras e é o melhor naquilo que faz. Mas quando salva um membro das forças especiais ucranianas, Born descobre que algo está errado.

Enquanto procura descobrir a verdade, Born luta para se proteger a si e ao seu misterioso companheiro, enquanto são perseguidos por traidores com a intenção de matar os dois e evitar que a verdade se descubra. A dupla é a única solução para neutralizar uma guerra nuclear oculta que está prestes a explodir.

O Fantasma de Kiev é o primeiro thriller repleto de ação da impressionante série de espionagem Russell Born. Se gosta de ação constante, intrigas políticas, histórias emocionantes, personagens cativantes e histórias cheias de suspense de roer as unhas, então vai adorar a adrenalina desta obra de estreia.

Lançamento: 23/03/2023.

domingo, 20 de novembro de 2022

Viajando pelas Séries #023 - Os Anéis de Poder - Senhor dos Anéis.



Os anéis de poder é uma série americana produzida pela Amazon Prime Video. Foi desenvolvida com base na história de fantasia ’O Senhor dos Anéis’ e seus apêndices de J. R. R. Tolkien. A série se passa na Segunda Era da Terra-média antes dos acontecimentos do romance e dos filmes de ‘O Senhor dos Anéis’.

A primeira temporada de oito episódios estreou no Prime Video em 1 de setembro de 2022. A série recebeu resenhas geralmente positivas da crítica, com elogios particularmente para a sua cinematografia, visual e trilha sonora, mas algumas críticas foram direcionadas ao ritmo e caracterização. Uma segunda temporada foi confirmada.

Veja abaixo a cronologia da Terra – Média.



Produção

A série ficou conhecida como ‘a série mais cara já produzida’, com um orçamento bilionário. A Amazon não poupou esforços a abriu os cofres, para enfim poder executar o acordo pelos direitos desde 2017.

Ao levar a série derivada do Senhor dos Anéis para o streaming, o Prime Video abriu as portas para explorar a Terra-Média sem pressa. Durante os capítulos, o serviço viaja pelo mundo de anões, elfos e humanos para mostrar diferentes aspectos da mitologia de Tolkien. O que traz uma leveza e impõe um ritmo arrastado à atração.

Mas o ápice de Os Anéis de Poder é a beleza da Nova Zelândia. A plataforma da Amazon consegue honrar o melhor aspecto de O Senhor dos Anéis e O Hobbit: a cinematografia. Com paisagens de tirar o fôlego, a trama fica mais interessante, fantástica e com o “selo da Terra-Média”.

Roteiro

No início de março de 2019, a Amazon revelou que a série se passaria na Segunda Era da Terra-média, milhares de anos antes da história de ‘O Senhor dos Anéis’. Shippey explicou que a série não tinha permissão para contradizer qualquer coisa que Tolkien havia escrito sobre a Segunda Era e teria que seguir os traços gerais de sua narrativa, com o Tolkien Estate preparado para vetar tais mudanças, mas a Amazon estava livre para adicionar personagens ou detalhes para preencher as lacunas entre as obras de Tolkien. A série também tem permissão para adaptar e referenciar conteúdo dos livros do ’Senhor dos Anéis’ e seus extensos apêndices, em vez de qualquer um dos outros livros de Tolkien que exploram a Segunda Era, como O Silmarillion. O Tolkien Estate reteve os direitos dos eventos da Primeira Era, enquanto a Middle-earth Enterprises detinham os direitos dos eventos da Terceira Era (como visto nos filmes ‘O Hobbit’, ‘O Senhor dos Anéis’), então a série também não foi permitida para explorar aqueles. Shippey sentiu que isso deixou a série com "muito espaço para interpretação e invenção livre". Uma sinopse lançada em janeiro de 2021 revelou que os locais da série incluíam as Montanhas Sombrias, a capital dos elfos Lindon e o reino insular de Númenor. Em julho, a Amazon ganhou acesso a certos elementos e passagens de ‘O Silmarillion’ e ‘Contos Inacabados’ devido ao Tolkien Estate estar feliz com o desenvolvimento da série até agora.


Filmagens

As filmagens em locações aconteceram nos arredores de Auckland em fevereiro. As filmagens dos dois primeiros episódios deveriam continuar até maio, com um intervalo de produção de quatro ou cinco meses planejado, durante o qual as filmagens dos dois episódios seriam revisadas e a escrita da segunda temporada começaria. A produção foi programada para retomar em meados de outubro e continuar até o final de junho de 2021. No entanto, as filmagens foram suspensas indefinidamente em meados de março de 2020 devido à pandemia de COVID-19, com cerca de 800 pessoas tanto do elenco e membros da equipe informados para ficar em casa. No início de maio, a maior parte das filmagens dos dois primeiros episódios foi confirmada como concluída antes do fechamento por causa do COVID-19. As filmagens da série foram retomadas sob novas diretrizes de segurança do governo da Nova Zelândia, mas, em vez de completar as filmagens para os dois primeiros episódios naquela época, a paralisação das filmagens seguiu para a parada de produção pretendida, com as filmagens para os dois primeiros episódios programados para serem concluídos assim que as filmagens de outros episódios estivessem prontos para começar.

A pré-produção de outros episódios começou em julho de 2020, e as filmagens da série foram retomadas em 28 de setembro. Bayona concluiu as filmagens de seus episódios em 23 de dezembro, com a produção de outros episódios programada para começar em janeiro de 2021, após uma pausa de duas semanas para o Natal. As filmagens rolaram até maio de 2021.

Audiência

A Amazon anunciou que The Rings of Power foi assistido por 25 milhões de espectadores em todo o mundo nas primeiras 24 horas em que os dois primeiros episódios estavam disponíveis no Prime Video. A empresa afirmou que esta foi a maior estreia de todos os tempos para o serviço. Foi a primeira vez que a Amazon declarou publicamente os dados de audiência do Prime Video. No site Rotten Tomatoes, a série possui um índice de aprovação de 85%.



2ª Temporada.

Sauron voltou. Banido por Galadriel, o Senhor Sombrio deve agora confiar na própria astúcia para restituir a força e forjar os lendários Anéis de Poder, ameaçando atar todos os povos da Terra-média à sua vontade sinistra. A 2ª temporada mergulha seus personagens mais amados e vulneráveis em uma onda crescente de escuridão, desafiando cada um a encontrar seu lugar em um mundo à beira da calamidade. Está temporada tem 8 episódios.


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domingo, 13 de novembro de 2022

Povos Originários: Guerreiros do tempo - Ricardo Stuckert


Na primeira viagem que fez à Amazônia, em 1997, a imagem de uma mulher Yanomami ficou gravada na memória do fotojornalista Ricardo Stuckert. Quase 20 anos depois, quando voltou à aldeia para fotografá-la outra vez, decidiu assumir a missão de registrar de forma mais ampla a vida dos indígenas brasileiros – uma maneira de prestar-lhes um tributo e ao mesmo tempo torná-los mais conhecidos ao redor do país. O resultado desse tributo é o livro Povos originários. Com o olhar amoroso e a habilidade técnica de sempre, Stuckert capturou a beleza e a alma dos povos originários do Brasil em imagens grandiosas, de forte impacto: a mãe que amamenta o filho; as crianças que brincam no rio; o ritual da ayahuasca; o arco e a flecha do caçador; o pajé majestoso; a canoa entalhada no tronco; o Kuarup, homenagem anual aos mortos; o jovem casal grávido; o velho cacique Raoni. Dividido em capítulos que retratam 10 etnias – Yanomami, Ashaninka, Yawanawá, Kalapalo, Kayapó, Pataxó, Kaxinawá, Xukuru-Kariri, Korubo e povos isolados – Stuckert destaca a importância daqueles que estão na linha de frente da luta pela preservação dos nossos recursos naturais. Entre tudo e todos, onipresente, a floresta. “A fotografia é minha forma de vida, é a maneira como eu vejo o mundo”, ele diz. E Povos originários é a sua visão dos homens e das mulheres que estão na linha de frente da preservação de recursos naturais de importância capital para a vida em todo o planeta.




domingo, 6 de novembro de 2022

A Contrução do Mal: Como Ocorreu a Destruição da Segurança Pública Brasileira - Roberto Motta.

Este livro é um manifesto de indignação sobre a segurança pública, tão conta minado por ideologia, preconceito e interesses escusos.

Os altos índices de criminalidade do Brasil podem ser explicados de formas complicadas ou simples, mas as explicações geralmente não apontam soluções viáveis. Isto porque muitos “especialistas” em segurança defendem ideias tão absurdas que focam em reduzir o poder da polícia, promovendo a insegurança jurídica de quem combate o crime. No fundo, todo brasileiro vive com perguntas que nunca são respondidas: os responsáveis pelas leis e pela justiça realmente querem o bem-estar geral ou eles próprios ganham com o caos? Por que o combate ao crime não é prioridade dos políticos? O criminoso é mesmo um pobre coitado? Estas são apenas algumas das questões. 

Nesta obra, Roberto Motta explora as origens sociais, econômicas e jurídicas da crise com a autoridade de quem cuidou da transição da segurança pública do Rio de Janeiro em 2018 e estuda profundamente o assunto há anos. O que você tem agora em mãos é uma obra que identifica os problemas, investiga as causas e aponta os caminhos a serem percorridos para vivermos em um país com menos crimes. Mas isso não vai acontecer se continuarmos depositando nossas esperanças em “especialistas” de gabinete e em seus diagnósticos equivocados. Roberto Motta prova isso com fatos, números e histórias. A realidade que vivemos é terrível, mas pode mudar, e rápido. Tudo começa com análises corretas.

Num país de 60 mil homicídios e latrocínios por ano, dos quais apenas cerca de 8% são apurados, o autor desmascara o discurso mentiroso do "país que prende demais", ou do criminoso "vítima da sociedade"; e apresenta números que destroem a narrativa preconceituosa de que "a pobreza é a causa do crime".

Autor

ROBERTO MOTTA é engenheiro, mestre em gestão e ex-consultor do Banco Mundial. Roberto participou da transição do governo do Rio de Janeiro em 2018, supervisionando a transferência da segurança do Gabinete de Intervenção Federal para as Secretarias de Polícia Civil e Militar, e exerceu o cargo de Secretário Executivo do Conselho de Segurança (antigo cargo de Secretário de Segurança).

domingo, 30 de outubro de 2022

Evangelho de Sangue: Bem vindo ao inferno - Clive Barker (Especial Halloween).



D’Amour, que se dedica a investigar casos sobrenaturais, mágicos e malignos, vem encarando seus demônios pessoais há anos. Quando ele se depara com uma Caixa das Lamentações – neste livro, Barker expande a mitologia da Caixa de Lemarchand, e conta que ela é só uma das muitas Caixa das Lamentações que existem por aí –, seus demônios internos são substituídos por demônios de verdade, conforme ele se vê enredado em um terrível jogo de gato e rato, absolutamente complexo, sangrento e perturbador.

A história reconduz os leitores ao tempo marcado por dois de seus mais icônicos personagens, que conduzem a história em uma batalha entre o bem e o mal tão antiga quanto o tempo, onde o autor conecta a mitologia de Hellraiser ao Inferno bíblico. Segundo o escritor inglês Michael Marshall Smith, “o embate entre D’Amour e Pinhead é meticulosamente construído, infinitamente criativo e tem muito bom humor. A personificação do mal está nos detalhes, é claro, e a imaginação singular de Barker permanece extraordinariamente fértil.

O aclamado escritor Clive Barker, seu criador, apresenta agora o capítulo final desta saga, que teve início com Hellraiser – Renascido do Inferno. Publicado pela primeira vez no Brasil pela DarkSide®, o clássico de Barker se tornou um verdadeiro sucesso e liderou a lista dos mais vendidos.

A editora DarkSide, completa 10 anos em 31 de outobro deste ano.

Autor


Clive Barker é um homem renascentista de nossos tempos. Escreveu mais de vinte best-sellers de terror, incluindo Imajica, Livros de Sangue e a série de livros infantis Abarat. Produtor, roteirista e diretor de cinema, é o criador por trás das franquias Hellraiser e Candyman. O filme O Último Trem é baseado em um de seus contos. Dirigiu o videoclipe “Hellraiser”, do Motörhead. Desenvolveu os games Undying e Clive Barker’s Jericho.

domingo, 23 de outubro de 2022

Cine Pipoca #025 - O Melhor do cinema está aqui!


Olá seja bem vindo ao cine pica, que stá repleto de ação, comédia e aventura. Desta vez o destaque vai 'Wakanda para Sempre', que conseguiram associar o sentimento de luto pelo T'Challa com a perda do Chadwick. Veja!











Também poderá gostar de: Cine pipoca #024.

domingo, 16 de outubro de 2022

Indicações de Leituras Especial China.



A China é um país de muitas faces, cultura intrigante, grandioso na indústria e na população. A através do tempo conseguiu muda a história do socialismo, que atualmente é chamado de socialismo capitalista.

A história da China - Michael Wood.

Uma viagem para o passado de uma superpotência global

A China é a civilização mais antiga da Terra, mas sua história é pouco conhecida pelo resto do mundo. A narrativa brilhante de Michael Wood – que oferece um vasto panorama, combinando histórias locais e de suas próprias viagens – é um relato fascinante de uma tradição de quatro mil anos que traz à tona mistérios que vão desde a Grande Muralha da China à Cidade Proibida.

A partir de um retrato envolvente de uma civilização e seu povo, este livro está cheio de detalhes íntimos e vozes ressonantes que nos levam das desérticas estepes da Mongólia até o mundo ultramoderno de Pequim, Xangai e Hong Kong.História da China conta uma narrativa cheia de drama, criatividade e profunda humanidade de um dos países mais importantes do século XXI.

Autor


Michael Wood é um historiador, cineasta e radialista aclamado internacionalmente, autor de vários livros best-sellers. Realizou mais de uma centena de documentários aclamados pelo Independent como alguns dos “programas de história mais inovadores da televisão de todos os tempos”. O escritor também é membro da Royal Society for the Arts, da Royal Historical Society.

A rota da seda didital: O plano da China de conectar o mundo e dominar o futuro  - Jonathan E. Hillman

Especialista na expansão global das infraestruturas da China, Jonathan E. Hillman fornece uma abordagem urgente da batalha para conectar e controlar as redes do futuro. Do fundo do oceano à órbita da Terra, a Rota da Seda Digital tem como objetivo ligar o mundo e reescrever a ordem global. Levando os leitores a uma viagem ao Estado de vigilância da China, passando pelas áreas rurais dos Estados Unidos e pelas megacidades da África, o autor revela como é o projeto digital em expansão da China no globo e explora as consequências econômicas e estratégicas de um futuro em que todos os roteadores levem a Pequim.

Se a China se tornar o principal operador de internet no mundo, será capaz de colher um ganho comercial e estratégico incalculável, com poder para reformular os fluxos globais de dados, finanças e comunicações. Poderá reter uma compreensão incomparável dos movimentos de mercado, das deliberações dos concorrentes estrangeiros e das vidas de inúmeros indivíduos enredados nas redes chinesas.

Na situação atual, o resto do mundo ainda tem uma escolha. Essa batalha exige que os países ocidentais assumam riscos audaciosos em um terreno político incerto. As redes criam grandes vencedores, e este é um embate que as democracias não se podem dar ao luxo de perder.

"Hillman adverte contra o risco de subestimar as ambições tecnológicas da China. Sua escrita é lúcida e sugestiva, e seu alerta é oportuno e convincente." - Booklist

Autor


Jonathan E. Hillman dirige o projeto Reconnecting Asia, que é mantido pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, renomado think tank estadunidense com sede em Washington D.C. Licenciado pela Harvard Kennedy Schoool e pela Brown University, ganhou, em 2019, o Prêmio Financial Times and McKinsey & Company Bracken Bower, o qual visa encorajar novos escritores a abordar importantes desafios econômicos mundiais. Em 2020, lançou seu primeiro livro acerca do expansionismo chinês: The Emperor's New Road: China and the Project of the Century (Yale University Press).

domingo, 9 de outubro de 2022

Em Busca de Mim - Viola Davis


Em busca de mim conta a minha história, de um apartamento caindo aos pedaços na cidade de Central Falls, em Rhode Island, para os palcos de Nova York e além. Este é o caminho que percorri em busca de propósito e força, mas também para me fazer ser ouvida em um mundo que não me percebia.

Enquanto escrevia Em busca de mim, pensei no quanto nossas histórias nem sempre recebem a devida atenção. São reinventadas para serem encaixadas em um mundo louco, competitivo e crítico. Escrevi este livro para aqueles que se sentem excluídos, que estão em busca de uma forma de entender e superar um passado complicado e encontrar autoaceitação no lugar da vergonha.

Escrevi para quem precisa se lembrar de que a vida só vale a pena ser vivida se a encararmos com honestidade radical e coragem de abandonar as máscaras e apenas ser... você.

Em busca de mim é uma reflexão profunda, uma promessa e uma declaração de amor a mim mesma. Espero que minha história o inspire a revolucionar sua vida de forma criativa e a redescobrir quem você era antes que o mundo tentasse defini-lo.

“Desde a primeira página fica evidente que Viola Davis trará um relato muito mais íntimo e visceral do que a maioria das biografias de celebridades; Em busca de mim passa a sensação de que estamos frente a frente com Viola, conversando sobre sua vida, dificuldades e tudo mais.” - USA Today

“Uma narrativa de tribulações e sucesso... A belíssima escrita de Viola vai inspirar a todos que desejam se livrar de antigos rótulos.” - Los Angeles Times

 

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

A Terra dos Mil Povos: História Indígena do Brasil Contada por um Índio - Kaká Werá Jecupé


O Brasil é a terra dos mil povos, o seio que abrigou os filhos de muitas terras estrangeiras e que alimentou, com amor de mãe genuína, os milhares de povos indígenas que aqui habitavam há cerca de 15 mil anos. Quem eram e o que pensavam os primeiros habitantes desta terra? Antropólogos se debruçaram sobre essa questão e deixaram contribuições definitivas para a compreensão desse capítulo da nossa história. A maioria das nações indígenas, no entanto, permaneceu calada, sofrendo passivamente as influências da civilização do homem branco, que chegou tão perto e, no entanto, optou por manter-se distante, atirando no esquecimento toda a riqueza da tradição, do pensamento e da espiritualidade indígenas. Um novo olhar foi inaugurado às vésperas do aniversário de quinhentos anos do descobrimento do Brasil, e este livro, que nos revela o caráter absolutamente universal dessas tradições, foi um de seus precursores.

Autor


Kaká Werá Jecupé é índio de origem tapuia, escritor, ambientalista, conferencista; fundador do Instituto Arapoty, organização voltada para a difusão dos valores sagrados e éticos da cultura indígena. É empreendedor social da rede Ashoka de Empreendedores Sociais e conselheiro da Bovespa Social&Ambiental. Desde 1998, leciona na Fundação Peirópolis e na UNIPAZ (Universidade da Paz). Tem como missão ajudar na construção e no desenvolvimento de uma cultura de paz pela promoção do respeito, diversidade cultural e ecológica. Já viajou e palestrou em diversos países, entre eles: Inglaterra, Estados Unidos, Israel, Índia, Escócia, México e França, sempre procurando levar mensagens da sabedoria dos povos ancestrais do Brasil. Pela Editora Peirópolis já publicou Tupã Tenondé, A terra dos mil povos e As fabulosas fábulas de Iauaretê.

Desde criança, Taisa Borges gosta de contar histórias. A menina faladeira foi percebendo que as palavras não eram suficientes para expressar-se. Quando pintou seu primeiro quadro, se deu conta de que uma imagem “esconde” inúmeras palavras. Desde então, Taisa fala pouco e conta muitas histórias. Depois de graduar-se em Artes Plásticas, estudou artes e desenho de moda em Paris. De volta a São Paulo, desenvolveu estampas e trabalhou com design gráfico. Hoje, a artista plástica dedica-se à ilustração infantil. É autora dos quatro livros que integram a coleção “Livro de imagem”, da Editora Peirópolis.

domingo, 25 de setembro de 2022

Os Supridores - José Falero


Com este seu primeiro romance, José Falero já se apresenta como um dos nomes mais relevantes da nova literatura brasileira. Ao criar um narrador culto e perspicaz ― que contrasta com o dialeto a um só tempo urbano e filosófico da periferia ―, o autor mostra seu talento incomum, fazendo uma verdadeira arqueologia da pobreza. Falero nos leva direto ao supermercado Fênix, na região central de Porto Alegre. É ali que trabalham Pedro e Marques, dupla que aos poucos veste a carapuça de um Dom Quixote e de um Sancho Pança amotinados. Moradores de "vila" (a favela no Sul), eles invertem o jogo mesmo que as consequências sejam graves. "Preciso dar um jeito de experimentar as coisa que faz a existência valer a pena, e não vai ser trabalhando que eu vou conseguir isso." Os dois conhecem pessoas que traficam na periferia onde moram, por isso insistem em se manter na legalidade. Mas, diante de uma "seca" de maconha devido ao desinteresse dos traficantes em comercializá-la, e já cansados da exploração do trabalho, os dois amigos decidem entrar para o tráfico. É a única opção para melhorar de vida. E também uma recusa à desumanização do trabalho assalariado. Uma recusa a todo o processo de exploração.

Os supridores é, assim como O avesso da pele, de Jeferson Tenório, Marrom e amarelo, de Paulo Scott, e Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, resultado de uma geração contemporânea de escritores que, apesar das diferenças narrativas e das influências literárias, têm em comum o foco na discussão do racismo e da desigualdade social no Brasil. “Cada um deles tem sua própria carga de inconformismo, mas o Falero possui um tom irônico que lhe é próprio. Ele leva a discussão a sério, mas sabe que é possível rir disso também”, explica Leandro Sarmatz, editor responsável por encontrá-lo e levá-lo à Todavia.

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Verity - Colleen Hoover


 O amor é capaz de superar a pior das verdades?

Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história... E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série.

Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity – e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente – incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal.

Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?

“Distintamente sinistro, com um verdadeiro toque de [Colleen] Hoover. Estive esperando um thriller como esse por anos.” – Tarryn Fisher, coautora da série Nunca Jamais

domingo, 28 de agosto de 2022

Especial Stefan Zweig.


Stefan Zweig, foi um escritor com mil e uma funções e com alguns filmes contando sua vida e outras baseadas em suas obras.

Zweig nasceu em Viena, em 1881. Era o segundo filho do industrial Moritz Zweig, originário da Boêmia, e de Ida Brettauer, oriunda de uma família de banqueiros. Seu avô materno, Joseph Brettauer viveu em Ancona, Itália, onde sua segunda filha Ida nasceu e cresceu. Seu irmão mais velho, Alfred, foi educado desde sempre para ser o sucessor do pai em seus negócios, e ambos tiveram uma infância e uma educação privilegiada, graças à boa situação financeira de seus familiares.

Stefan Zweig estudou Filosofia na Universidade de Viena, e em 1904 obteve seu doutorado com uma tese sobre “A Filosofia de Hippolyte Taine”, (foi um crítico e historiador francês, membro da Academia francesa. Foi um dos expoentes do Positivismo do século XIX, na França. O Método de Taine consistia em fazer história e compreender o homem à luz de três fatores determinantes: meio ambiente, raça e momento histórico). A religião jamais desempenhou papel central na sua formação: “Minha mãe e meu pai eram judeus apenas por acidente de nascimento”, declarou Zweig em uma entrevista. No entanto, ele nunca renegou o judaísmo e escreveu várias vezes sobre temas e personalidades judaicas, como em "Buchmendel".

Sua primeira coletânea de poemas, Silberne Saiten ("Cordas de Prata"), foi publicada em 1902. Apaixonado pelas literaturas inglesas e francesa, o escritor traduziu para o alemão obras de Verhaeren, Keats, Morris, Yeats, Verlaine e Baudelaire. Seu círculo de amizades incluía Rimbaud, Romain Rolland, Rainer Maria Rilke, Thomas Mann, Émile Verhaeren e Sigmund Freud, com o qual se correspondeu entre 1908 e 1939.

Seu sucesso como autor dramático foi confirmado em 1912, quando suas peças "A Metamorfose da Comédia" e "A Mansão à Beira-mar" foram apresentadas em Viena. Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1915, casou com a escritora Friderike von Winsternit e comprou uma casa em Salzburgo, onde viveu por quinze anos. Foi uma das fases mais ricas de sua produção literária. Escreveu as biografias de Dostoievski, Dickens, Balzac, Nietzsche, Tolstoi e Stendhal. Anos mais tarde, lançou as biografias de Maria Antonieta, Fouché, Rilke e Romain Rolland.

Conseguiu o reconhecimento como narrador, poeta e ensaísta durante os anos de 1920 e 1930. Desse período, destacam-se os romances "Amok" (1922), "Angústia" (1925) e "Confusão de Sentimentos" (1927), baseados na psicanálise.

No início da Primeira Guerra Mundial, o sentimento patriótico se disseminou com força entre os cidadãos da Alemanha e da Áustria, assim como entre suas populações judaicas. Zweig, bem como outros intelectuais judeus como Martin Buber e Hermann Cohen, aderiram à causa germânica. No entanto, jamais se alistou nas forças combatentes, e trabalhou no arquivo do Ministério da Guerra. Com o desenrolar do conflito e o banho de sangue subsequente, Zweig se tornou pacifista, assim como seu amigo Romain Rolland. Até o final da guerra e pelos anos seguintes, Zweig se manteve fiel ao pensamento pacifista, defendendo a unificação da Europa como solução para os problemas do continente.

Separou-se de sua primeira esposa, Friderike von Winsternitz, e uniu-se com sua secretária, Charlotte Elizabeth Altmann (mais conhecida como "Lotte"). Em 1933, Adolf Hitler chegou ao poder na Alemanha e instalou a ditadura nazista. Com suas políticas antissemitas se disseminando até além das fronteiras, não demoraria para Zweig se sentir afetado na Áustria. Em 1934 deixou o país e passou a viver na Inglaterra, entre Londres e Bath, onde se naturalizou cidadão britânico.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial e o avanço das tropas de Hitler pela França e em toda a Europa Ocidental, o casal atravessou o Oceano Atlântico em 1940 e se estabeleceu inicialmente nos Estados Unidos, em Nova Iorque. Em 22 de agosto do mesmo ano, fez sua primeira viagem para o Brasil.

Conseguiu o reconhecimento como narrador, poeta e ensaísta durante os anos de 1920 e 1930. Desse período, destacam-se os romances "Amok" (1922), "Angústia" (1925) e "Confusão de Sentimentos" (1927), baseados na psicanálise.

No início da Primeira Guerra Mundial, o sentimento patriótico se disseminou com força entre os cidadãos da Alemanha e da Áustria, assim como entre suas populações judaicas. Zweig, bem como outros intelectuais judeus como Martin Buber e Hermann Cohen, aderiram à causa germânica. No entanto, jamais se alistou nas forças combatentes, e trabalhou no arquivo do Ministério da Guerra. Com o desenrolar do conflito e o banho de sangue subsequente, Zweig se tornou pacifista, assim como seu amigo Romain Rolland. Até o final da guerra e pelos anos seguintes, Zweig se manteve fiel ao pensamento pacifista, defendendo a unificação da Europa como solução para os problemas do continente.

Separou-se de sua primeira esposa, Friderike von Winsternitz, e uniu-se com sua secretária, Charlotte Elizabeth Altmann (mais conhecida como "Lotte"). Em 1933, Adolf Hitler chegou ao poder na Alemanha e instalou a ditadura nazista. Com suas políticas antissemitas se disseminando até além das fronteiras, não demoraria para Zweig se sentir afetado na Áustria. Em 1934 deixou o país e passou a viver na Inglaterra, entre Londres e Bath, onde se naturalizou cidadão britânico.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial e o avanço das tropas de Hitler pela França e em toda a Europa Ocidental, o casal atravessou o Oceano Atlântico em 1940 e se estabeleceu inicialmente nos Estados Unidos, em Nova Iorque. Em 22 de agosto do mesmo ano, fez sua primeira viagem para o Brasil.

O exílio no Brasil e o suicídio

Zweig e Lotte empreenderam três viagens ao Brasil. Na primeira, entre 1940 e 1941, para uma série de palestras pelo país, escreveu da Bahia para Manfred e Hannah Altmann, seus cunhados:

Você não pode imaginar o que significa ver este país que ainda não foi estragado por turistas e tão interessante – hoje estive nas cabanas dos pobres que vivem aqui com praticamente nada (as bananas e mandiocas estão crescendo em volta) e as crianças se desenvolvem como se estivessem no Paraíso –, a casa inteira, desde o chão, lhes custou seis dólares e, por isso, são proprietários para sempre. É uma boa lição ver como se pode viver simplesmente e, comparativamente, feliz – uma lição para todos nós que perdemos tudo e não somos felizes o bastante agora, ao pensar como viver então.”

Foi nesta primeira viagem que Zweig, com a ajuda de Lotte, reuniu suas anotações pessoais e finalizou o ensaio “Brasil, país do futuro”. A alcunha de “País do Futuro”, criada por Zweig, se tornaria um apelido para o Brasil. De fato, apesar da depressão que já sentia por conta do desenrolar da guerra na Europa, o escritor tentava encontrar no Brasil as condições não apenas de recriar sua vida particular, mas também da antiga atmosfera de seu continente natal. Segundo Alberto Dines, autor de uma biografia do escritor, Zweig seria um dos últimos remanescentes da cultura e do modo de vida europeus do século XIX. Seu desânimo com o avanço do nazismo, na verdade, viria de muito tempo antes, desde a Primeira Guerra Mundial, quando os primeiros sinais de rompimento com a velha ordem imperial europeia se mostraram.

Zweig foi recebido com entusiasmo tanto pela comunidade intelectual local quanto pelas autoridades políticas. Para os intelectuais brasileiros, a presença de tão renomado escritor em terras nacionais trazia prestígio e oportunidades de um intercâmbio com outros escritores estrangeiros. Mas para as autoridades políticas, a chegada de Zweig, com sua bagagem liberal e antinazista, era contraditória. O governo de Getúlio Vargas se mantinha no poder graças às políticas autoritárias e muitos de seus ministros e assessores militares eram simpatizantes do nazifascismo. Isso não impediu que os elementos menos autoritários do estado brasileiro usassem Stefan Zweig para atingirem seus objetivos.

Considerando que o nosso velho mundo é, mais do que nunca, governado pela tentativa insana de criar pessoas racialmente puras, como cavalos e cães de corrida, ao longo dos séculos a nação brasileira tem sido construída sobre o princípio de uma miscigenação livre e não filtrada, a equalização completa do preto e branco, marrom e amarelo”.

A partir da terceira viagem ao Brasil, Lotte e Zweig se estabeleceram em Petrópolis, cidade na serra do Rio de Janeiro, onde finalizou sua autobiografia, "O Mundo que Eu Vi"; escreveu a novela "Schachnovelle: Conto de Xadrez" e deu início à obra "O Mundo de Ontem", um trabalho autobiográfico com uma descrição da Europa de antes de 1914.

A Morte

Em 22 de fevereiro de 1942, deprimido com o crescimento da intolerância e do autoritarismo na Europa e sem esperanças no futuro da humanidade, Zweig escreveu uma carta de despedida e suicidou-se com a esposa, Lotte, com uma dose fatal de barbitúricos, na cidade de Petrópolis, no Brasil. A notícia chocou tanto os brasileiros quanto seus admiradores de todo mundo. O casal foi sepultado no Cemitério Municipal de Petrópolis, de acordo com as tradições fúnebres judaicas.

A casa onde o casal cometeu suicídio é, hoje, um centro cultural dedicado à vida e à obra de Stefan Zweig.

Em uma nota de despedida, Zweig escreveu:

“Cada dia eu aprendi a amar mais este país e não gostaria de ter que reconstruir minha vida em outro lugar depois que o mundo da minha própria língua se afundou e se perdeu para mim, e minha pátria espiritual, a Europa, destruiu a si própria.

Mas para começar tudo de novo, um homem de 60 anos precisa de poderes especiais e meu próprio poder desgastou-se após anos vagando sem um assento. Por isso, prefiro terminar a minha vida no momento certo, como um homem cuja obra cultural foi sempre a mais pura de suas alegrias e também a sua liberdade pessoal – a mais preciosa fruição neste mundo.

Deixo saudações a todos os meus amigos: talvez vivam para ver o nascer do sol depois desta longa noite. Eu, mais impaciente, vou embora antes deles. - Stefan Zweig, 1942.”

Obras Literárias.

  • A filosofia de Hippolyte Taine (Tese de Doutorado) 1904

  • O Amor de Erika Ewald (Contos) 1904

  • As Primeiras Grinaldas (Poemas) 1906

  • Tersites (drama teatral em três atos) 1907

  • Emile Verhaeren 1910

  • Segredo Queimado 1911

  • Primeira experiência. Quatro histórias de mundo infantil 1911

  • A casa junto ao mar. Um drama em duas partes (Em três atos) 1912

  • O comediante se virou. Um jogo do rococó alemão 1913

  • Jeremias - Poema dramático em nove cenas 1917

  • Memórias de Emile Verhaeren 1917

  • O Coração da Europa - Uma visita à Cruz Vermelha de Genebra 1918

  • Lenda de uma vida (Drama teatral em três atos) 1919

  • Viagens - Paisagens e cidades1919

  • Três mestres: Balzac - Dickens – Dostoiévski 1920

  • Marceline Desbordes-Valmore, A imagem de um poeta vivo 1920

  • Romain Rolland. O homem e a obra' 1921

  • Carta de uma desconhecida 1922

  • Amok. Histórias de paixão 1922

  • Os olhos do irmão eterno. Uma lenda 1922

  • Frans Masereel (com Arthur Holitscher) 1923

  • Os poemas reunidos 1924

  • A monotonia do mundo (Ensaio)1925

  • Ansiedade 1925

  • A batalha com o demônio, Hölderlin - Kleist – Nietzsche 1925

  • Ben Johnson ‘Volpone’. Uma comédia sem amor em três atos (Livremente editado por Stefan Zweig. Com seis pinturas de Aubrey Beardsley) 1926

  • O fugitivo. Episódio do Lago Genebra 1927

  • Adeus a Rilke. Um discurso 1927

  • A confusão de emoções. Três novelas (Vinte e Quatro Horas na Vida de Uma Mulher, O Naufrágio de um Coração e A Confusão de Sentimentos) 1927

  • Grandes momentos da humanidade. Cinco miniaturas históricas 1927

  • Três poetas de sua vida. Casanova - Stendhal – Tolstoi 1928

  • Rachel pede a Deus 1928

  • Joseph Fouché. Retrato de uma pessoa política 1929

  • O cordeiro do pobre. Tragicomédia em três atos 1929

  • A cura através do Espírito. Mesmer - Mary Baker Eddy e Freud 1931

  • Maria Antonieta. Retrato de um personagem central 1932

  • Triunfo e Tragédia de Erasmo de Rotterdam 1934

  • A Mulher Silenciosa. Ópera cômica em três atos 1935

  • Mary Stuart 1935

  • 24 horas na vida de uma mulher 1935

  • Pequenas Histórias Selecionadas – ‘A cadeia’ e ‘Caleidoscópio’ 1936

  • Castellio ou Contra Calvino. Uma consciência contra a violência 1936

  • O candelabro enterrado 1937

  • Encontros com pessoas, livros e cidades 1937

  • Fernão de Magalhães. O homem e sua ação (Biografia) 1938

  • Cuidado da Piedade 1939

  • Brasil, País do Futuro (Ensaio) 1941

  • Schachnovelle: Conto de Xadrez 1942[15]

  • Tempo e lugar. Ensaios e Palestras selecionados – 1904-1940 (1943)

  • O Mundo que Eu Vi - Memórias de um Europeu 1942

  • Amerigo. A história de um erro histórico 1944

  • Lendas de Estocolmo 1945

  • Balzac. Romance de sua vida 1946

  • Fragmentos de um romance 1961

  • Ruído da transformação 1982

  • Cordas de prata (Poemas) 1901

Zweig escreveu também uma espécie de autobiografia, intitulada O Mundo Que Eu Vi (Die Welt von Gestern), na qual relata episódios de sua vida tendo como base os contextos históricos do período em que viveu (como, por exemplo, a Monarquia Austro-Húngara e a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais).

No cinema

  • Seu conto foi adaptado para o cinema no filme A Coleção Invisível lançado em 2012 nos festivais e 2013 nos cinemas.

  • O filme O Grande Hotel Budapeste (2014) foi inspirado em seus trabalhos.

  • O filme Stefan Zweig - Adeus, Europa estreou em junho de 2016 na Alemanha e retrata a fuga de Stefan Zweig da Europa em guerra. Embora traduzido como "Adeus, Europa" em português e o equivalente "Farewell to Europe" em inglês, o título original "Vor der Morgenröte" (em alemão) significa "Antes do Amanhecer". O filme foi dirigido por Maria Schrader e é estrelado por Josef Hader no papel de Stefan Zweig.

  • O filme Schachnovelle de Philipp Stölzl, lançado em 2021

  • Há um filme e um documentário sobre Zweig, ambos dirigidos por Sylvio Back, intitulado Lost Zweig. Quem interpreta Zweig é o ator Rüdiger Vogler, e sua esposa Lotte é representada por Ruth Rieser.

Também poderá gostar de: Especial Svetlana Aleksiévitch.
                                            

domingo, 21 de agosto de 2022

Em Busca de Nós Mesmos - Clóvis de Barros Filho e Pedro Calabrez.


Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Perguntas manjadas, é verdade. Mas quem nunca pensou nisso pelo menos uma vez na vida? O questionamento sobre nossa existência, origem e destino tem sido tema de profunda reflexão dos maiores pensadores da humanidade ao longo de três mil anos e, mais recentemente, dos cientistas. As perguntas são as mesmas desde que o homem começou a pensar. As respostas não. Muito pelo contrário. Filósofos e cientistas de todas as épocas e escolas têm se dedicado também a inquietações bem mais pessoais. O que devo fazer para viver melhor? O que acontece dentro de mim quando me apaixono? As respostas variam. E muito. Em busca de nós mesmos é uma pequena e agradável viagem pela história da evolução do pensamento e do conhecimento humano. O diálogo informal de Clóvis de Barros Filho e Pedro Calabrez apresenta respostas da filosofia (com as ideias de Aristóteles, Platão e Spinoza, entre outros) e das ciências da mente (psicologia e neurociências) — e instiga o leitor a chegar a suas próprias conclusões. Clóvis e Calabrez aproximam a filosofia da ciência, revelando a complementaridade dessas visões. E aproximam ambas do leitor com um texto descontraído e acessível.

domingo, 14 de agosto de 2022

Pacto com o Diabo - Roger Moorhouse


A história definitiva do pacto que uniu Hitler e Stálin de 1939 a 1941.

Por quase dois anos, os dois ditadores mais implacáveis da história – e tidos como inimigos mortais – foram colaboradores ativos. Hitler e Stálin assinaram um pacto de não agressão que chocou o mundo, mas que durou quase um terço da Segunda Guerra Mundial. Entendê-lo é a chave para compreender o desenrolar da guerra e seu desfecho.

O renomado historiador Roger Moorhouse explica como dois poderes ideologicamente opostos mantiveram uma parceria brutal e eficiente, na qual trocaram matéria-prima e maquinário e orquestraram a divisão da Polônia e dos Países Bálticos. Ao compartilhar equipamentos e expertise tecnológica, os nazistas e soviéticos tornaram possível uma guerra muito mais sangrenta e prolongada. Como consequência, milhões foram mortos ou deportados.

Com base em extensa pesquisa e uma narrativa arrebatadora, O pacto do diabo é a história detalhada do pacto nazi-soviético e um retrato minucioso das pessoas cujas vidas foram irremediavelmente afetadas por ele.

"Um relato assustador de diplomacia cínica, poder sem limites e falsidade, cujos ecos podem ser ouvidos ainda hoje." – Daily Telegraph

"Um ótimo relato sobre o que o pacto significou para Hitler e Stálin – e, pior, para suas vítimas." – New York Review of Books

Autor
Roger Moorhouse estudou história na Universidade de Londres e é professor visitante no Colégio da Europa em Varsóvia. É historiador e autor especialista em Alemanha moderna e Europa Central, com particular interesse pela Alemanha nazista, pelo Holocausto e pela Segunda Guerra Mundial na Europa. Mora em Hertfordshire, na Inglaterra.

Obs: recomendo a leitura auxiliar de Stálin volume 1: paradoxos do poder - Stephen Kotkin.

domingo, 7 de agosto de 2022

Escravidão volume 3 - Da independência do Brasil á Lei Áurea - Laurentino Gomes.



O tão esperado terceiro e último volume da trilogia Escravidão, de Laurentino Gomes

Na tarde em que o príncipe dom Pedro chegou às margens do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, o Brasil estava empanturrado de escravidão. Comprar e vender gente era o maior negócio do novo país independente. Homens e mulheres escravizados perfaziam mais de um terço do total de habitantes, estimado em 4,7 milhões de pessoas. Outro terço era composto por negros forros e mestiços de origem africana – uma população pobre, analfabeta e carente de tudo, dominada pela minoria branca. Os indígenas, já dizimados por guerras, doenças e invasão de seus territórios, sequer apareciam nas estatísticas.

O último livro da trilogia Escravidão é dedicado ao século XIX; à Independência; ao Primeiro e ao Segundo Reinados; ao movimento abolicionista, que resultou na Lei Áurea de 13 de maio de 1888; e ao legado da escravidão, que ainda hoje emperra a caminhada dos brasileiros em direção ao futuro. A escravidão era, na definição de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, "uma doença que contaminava e roía as entranhas da sociedade brasileira". Disseminado por todo o território, o escravismo perpassava todas as atividades e todas as classes sociais. Maior território escravista da América em 1822, o Brasil assim se manteria até o final do século XIX, com sua rotina pautada pelo chicote e pela violência contra homens e mulheres escravizados.

Nenhum outro assunto é tão importante e tão definidor da nossa identidade nacional quanto a escravidão. Conhecê-lo ajuda a explicar o que fomos no passado, o que somos hoje e também o que seremos daqui para a frente. Em um texto impactante e ricamente ilustrado com imagens e gráficos, Laurentino Gomes lança o terceiro volume de sua obra, resultado de 6 anos de pesquisas, que incluíram viagens por 12 países e 3 continentes.

Opinião

Laurentino definitivamente registra com excepcional talento seu nome na historiografia brasileira, uma vez ser ininteligível estudar um dos temas mais importantes da história do Brasil, sem a leitura desta sua atual e final trilogia.

A primorosa edição oferece quase 600 páginas uma leitura completa e apurada do período da escravidão, com rico material fotográfico, completa bibliografia e 29 capítulos a revelar que "comprar e vender gente era o maior negócio do Brasil", num texto que somente com profunda pesquisa e rigor acadêmico o autor oferta ao leitor o melhor de seu trabalho.

Neste ano do Bicentenário da Independência do Brasil, a leitura de Escravidão é essencial para entendermos como chegamos até aqui e o que é ainda necessário fazer para um dia sermos verdadeiramente uma sociedade democrática e plural.

Também poderá gostar de: Escravidão Vol. II