domingo, 10 de março de 2019

Livro Tolos e Mortais - Bernard Cornwell.

No coração da Inglaterra elisabetana, o jovem e atraente Richard Shakespeare sonha em fazer carreira na cena teatral de Londres, um universo dominado por seu irmão mais velho, o ilustre dramaturgo William Shakespeare. Mas Richard não tem um tostão nem apoio de seu irmão, que, em vez de o acolher, entrega-o aos cuidados de Sir. Godfrey, um clérigo cruel e pervertido que treina meninos para furtar e encenar. Com um rostinho bonito, carisma e talento, Richard ingressa na companhia de teatro de Shakespeare, representando, muito a contragosto, papéis femininos. A relação dos irmãos, no entanto, é marcada por constante tensão, e, cada vez mais distantes, à medida que William alcança a fama, Richard se vê tentado a romper em definitivo a lealdade fraternal. Então, quando um precioso manuscrito desaparece misteriosamente, as suspeitas recaem, evidentemente, sobre o caçula. Preso em um perigoso esquema de traição e desonestidade, Richard, sem saída, com sua carreira e até mesmo a vida de seus colegas em jogo, embarca em uma aventura épica na excitante — porém traiçoeira — Londres elisabetana para resgatar os valiosos escritos e reconquistar a confiança da trupe.

Opinião


Em Tolos e Mortais, ao invés de termos grandes batalhas, guerras, paredes de escudos e muita violência, temos teatro!

O livro aborda fatos históricos com fictícios, e faz muito bem, pois me deixou imerso na época apresentada, e muito disso é graças a narrativa e a naturalidade dos diálogos. A narrativa é em primeira pessoa, na visão de Richard, que te deixa ciente muito bem do que está acontecendo, tanto dizendo coisas que ficou sabendo depois ou que percebeu quanto casualmente comentando fatos históricos de sua época. Isso é um truque que Cornwell usa para deixar o leitor ciente sobre comportamentos e o jeito que as pessoas viviam em um certo período.

Os personagens secundários não são muito construídos, apesar de haver uma distinção de personalidade bem visível entre eles. Eu diria que muito disso vem do próprio Richard, que acaba dando mais ênfase a quem afeta ele diretamente, o resto só restam comentários e diálogos e só receberam uma descrição muito genérica de como eles se parecem.

Cornwell retrata muito bem e sempre traz a questão de religião em seus livros, e neste novo capítulo histórico da Inglaterra, ele deu lugar ao protestantismo, e junto com ele foi retratado a perseguição dos protestantes contra os católicos. Contudo, em Tolos e Mortais, a questão religiosa foi bem mais fraca do que normalmente é em seus livros e só foi ganhar um pouco de importância no final.

Uma coisa que eu gostei foi que as ações que os personagens fizeram só teve importância entre eles, pois em Tolos e Mortais não temos um povo invasor vindo saquear e conquistar um reino ou um rei precisando de ajuda para ganhar um batalha. Ao invés disso, há um grupo tentando salvar seu teatro, e isso é uma luta que se mostrou tão digna quanto qualquer outra.


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