domingo, 26 de janeiro de 2025
A última mensagem de Hiroshima - Takashi Morita.
Como sobreviver com a mente cheia de memórias da Segunda Guerra Mundial? Como lidar com o trauma de ter presenciado a destruição arrebatadora de uma bomba atômica praticamente ao seu lado? E como pensar em salvar civis quando sua própria vida está em jogo?
Conheça neste livro a história do Sr. Takashi Morita, sobrevivente da bomba atômica que dizimou milhares de seres humanos e que até hoje manifesta efeitos na saúde física e mental da população de Hiroshima e de Nagasaki.
Era 6 de agosto de 1945. Ninguém poderia prever, mas foi neste dia que a vida de inúmeros japoneses – e das gerações subsequentes – mudaria para sempre. As consequências da bomba atômica foram devastadoras, e não apenas no que diz respeito à saúde daqueles que se encontravam nas imediações do epicentro, como é o caso do Sr. Takashi, que exercia o ofício de soldado na época.
Para além das numerosas enfermidades oriundas da intensa radiação emitida em Hiroshima e Nagasaki, os atingidos pelas bombas sofreram muita discriminação, principalmente pelo fato de as consequências decorrentes da radiação para os sobreviventes e seus descendentes serem ainda uma incógnita.
Após sofrer situações tão devastadoras como as que o Sr. Takashi viveu, muitos de nós provavelmente sucumbiríamos ao rancor. A sabedoria, no entanto, com a qual ele enfrentou suas memórias mais sombrias é inspiradora.
Quando questionado a respeito de suas mágoas com relação aos norte-americanos, responsáveis pelo envio da bomba atômica a Hiroshima, o veterano responde: “Estavam apenas fazendo o seu trabalho.”
O perdão, a compreensão, a empatia e todos os laços e fortalezas construídos em detrimento de um passado que é impossível de esquecer são lições que o Sr. Takashi, agora um comerciante de 92 anos que vive no Brasil, visa nos ensinar neste emocionante relato.
domingo, 19 de janeiro de 2025
Em Nome do Povo: Como o Casamento Entre Estado e Moeda te Deixa Mais Pobre - Bruno Perini
Neste livro você verá que misturar aquilo que existe de mais importante em uma economia – a moeda – com o Estado não foi uma das melhores ideias (exceto se você for um governante).
Por Estado, entenda que se quer dizer o aparato administrativo quase fixo de um país. Os governos vêm e vão, e podem mudar a cada poucos anos. Já o Estado... Bem, este fica e muda muito menos, quase sempre crescendo de tamanho.
A partir de uma breve história sobre o casamento entre Estado, política e dinheiro, Bruno Perini vai nos mostrar como e por que a direção inescapável do valor das moedas estatais é uma só: para baixo.
O autor, especialista em finanças, percorre um longo caminho que vai desde o tempo em que o escambo era o modo como o mercado funcionava, passando pela Grécia antiga, Roma e culminando no estágio atual, em que usamos um dinheiro cada vez mais digital, com lastro apenas na confiança depositada numa classe política que, consistentemente, viola essa relação fiduciária.
domingo, 12 de janeiro de 2025
Jantar Secreto - Raphael Montes
Um grupo de jovens deixa uma pequena cidade no Paraná para viver no Rio de Janeiro. Eles alugam um apartamento em Copacabana e fazem o possível para pagar a faculdade e manter vivos seus sonhos de sucesso na capital fluminense. Mas o dinheiro está curto e o aluguel está vencido. Para sair do buraco e manter o apartamento, os amigos adotam uma estratégia heterodoxa: arrecadar fundos por meio de jantares secretos, divulgados pela internet para uma clientela exclusiva da elite carioca.
A partir daí, eles se envolvem em uma espiral de crimes, descobrem uma rede de contrabando de corpos, matadouros clandestinos e grã-finos excêntricos, e levam ao limite uma índole perversa que jamais imaginaram existir em cada um deles.
domingo, 5 de janeiro de 2025
Livro e Série "Cem anos de solidão" - Gabriel García Márquez.
A história começa com a fundação de Macondo por José Arcadio Buendía e sua esposa, Úrsula Iguarán. Com o passar do tempo, Macondo se transforma de uma aldeia isolada em um próspero e vibrante centro, apenas para declinar novamente em solidão e esquecimento. A narrativa abrange os altos e baixos dessa família, marcada por paixões, tragédias, incestos, guerras, amores intensos e, sobretudo, solidão.
Cada geração dos Buendía repete os mesmos erros, presos em ciclos de comportamentos e destinos que parecem inevitáveis. Elementos fantásticos permeiam o cotidiano dos personagens, como visitas de fantasmas, chuvas de flores amarelas e mulheres que ascendem aos céus.
O livro também aborda questões sociais, políticas e históricas, refletindo as transformações da América Latina ao longo dos séculos. No entanto, o foco principal é a condição humana, representada pelos desejos, fraquezas e esperanças da família Buendía.
Ao final, a cidade de Macondo e os Buendía desaparecem, encerrando o ciclo de cem anos de glória e decadência. A obra conclui que o destino da família estava escrito desde o princípio, e a solidão é o legado final.
A obra repleta de simbolismos, lirismo e uma profunda reflexão sobre a vida, a morte e o tempo.Publicado em 1967, o livro do ganhador do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Márquez segue as gerações da família Buendía ao longa da fundação da cidade de Macondo e diversos acontecimentos, usando o gênero de realismo fantástico para a obra que é um dos maiores lançamentos literários do século 20.
A Série
Com sete gerações e quase 30 pessoas na família Buendía, a Netflix fez uma escolha acertada ao tratar a história de maneira linear para que o público consiga acompanhar os personagens e o desenvolvimento de Macondo. No livro, Márquez usa de forma genial saltos temporais e a estrutura narrativa para detalhar as crônicas da família, mas a mudança para a adaptação consegue dar o tom para que a história seja entendida e acompanhada sem precisar consultar a árvore genealógica constantemente.
Dessa forma, o público consegue acompanhar cronologicamente os acontecimentos da família, desde a saída de Úrsula e José Arcádio de sua vila e a busca até Macondo. Um ponto abordado é até o fantasma de Prudencio Aguilar, que Arcádio matou durante uma rinha de galos. Além disso, o seriado utiliza o narrador para que os elementos literários sejam levados ao audiovisual. Como disse a consultora de roteiro María Camila Arias, “o narrador vai para onde as imagens não conseguem chegar, mas a literatura consegue”.
Ao abrir a série com a mesma frase que abre as páginas do livro:
“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo”.
Um livro que utiliza artifícios literários de forma bem construída é um desafio para virar filme, série ou até peça de teatro. Resumir as páginas – que na edição brasileira publicada pela Editora Record são 432 – que abordam tantos personagens e acontecimentos é um desafio que pode ser facilmente fadado ao erro. Por isso a resistência de Gabo e de sua família em deixar que a obra fosse adaptada.
Segundo material divulgado pela Netflix, Rodrigo García, filho de García Márquez, reforçou que o pai costumava dizer que “se fosse possível filmar ‘Cem Anos de Solidão’ em várias horas, em espanhol e na Colômbia, talvez ele considerasse a ideia”.
Houve um enorme processo de pesquisa por parte da equipe e dos diferentes departamentos para abordar de forma crível o período, os conflitos e etapas que o romance possui. Pessoalmente, isso significou abordar a obra também através da história colombiana. Acho que os colombianos tendem a ignorar grande parte da nossa história. Infelizmente, não somos como outras culturas latino-americanas que conhecem muito bem a sua história. Explicou Laura Mora - uma das diretoras.
A série têm 16 episódios no total, divida em duas partes. Conta com a direção de Alex Garcia López e Laura Mora.
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