domingo, 15 de dezembro de 2024
Armas, germes e aço - Jared Diamond
O livro demonstra por meio de uma intrigante revisão da evolução dos povos, que o destino dos europeus, nativos americanos, africanos, asiáticos e australianos foi moldado por fatores geográficos e ambientais, e não por questões étnicas ou particularidades referentes à inteligência e aptidões de cada um dos grupos.
Através de uma viagem ao longo de treze mil anos de história dos continentes, Jared Diamond conclui que a dominação de uma população sobre outra tem fundamentos militares (armas), tecnológicos (aço) ou nas doenças (germes), que dizimaram sociedades de caçadores e coletores, assegurando conquistas, proporcionando a expansão dos domínios de determinados povos e, consequentemente, conferindo-lhes grande poder político e econômico.
“Um dos projetos mais significativos embarcados por qualquer intelectual de nossa geração” - Gregg Easterbrook, New York Times.
"Fascinante... Cria uma base para a compreensão da história humana." - Bill Gates
Opinião
Obra explica muito bem a evolução da humanidade e como os países e povos evoluíram com o uso da tecnologia e recursos disponíveis. Abordagem interessante de como fatores ambientais, clima, relevo e geografia explicam a expansão das nações e seu desenvolvimento.
domingo, 8 de dezembro de 2024
Retrospectiva 2024.
Ao final de mais um ano, é hora de relembrar as histórias que nos marcaram e nos fizeram pensar. Livros e filmes incríveis nos transportaram para incontáveis mundos, trazendo aventuras e momentos inesquecíveis. Foi um ano de novas descobertas literárias e de adaptações cinematográficas que nos surpreenderam. Veja abaixo! (clique no link do post).
Erros e acertos do dinheiro - Histórias monetárias e seus impactos na civilização moderna - Milton Friedman.
Cine Pipoca #030.
Também poderá gostar de: Retrospectiva 2023.
domingo, 1 de dezembro de 2024
A bibliotecária dos livros queimados - Brianna Labuskes
Com o sucesso de seu romance de estreia, a romancista Althea James é convidada pelo próprio Joseph Goebbels para um intercâmbio cultural em Berlim. Desfrutando de uma estada agradável, ela é surpreendida quando conhece um grupo que lhe apresenta a verdadeira cidade por trás das aparências e que a faz se juntar à Resistência.
Em 1936, com o avanço da ofensiva nazista, Hannah Brecht deixa a Alemanha quando o irmão é preso e levado para um campo de concentração. Na França, ela se dedica à Biblioteca Alemã da Liberdade, onde vê a oportunidade de lutar contra a censura dos livros uma vez queimados pelos nazistas. Oito anos mais tarde, não imaginava que essa batalha ainda estaria longe de se encerrar.
Em 1944, nos Estados Unidos, a publicitária Vivian Childs tem como objetivo impedir que um senador censure e encerre o programa que envia livros a soldados.
E, entre as pilhas de livros e narrativas preservadas, as vidas dessas três mulheres se cruzam ― e são mudadas para sempre.
“Este romance é um lembrete pertinente de que queimar ou banir livros é o primeiro passo de uma escalada que resulta em uma guerra contra a liberdade de pensamento e de expressão, que pode ter consequências devastadoras.” ― KIM VAN ALKEMADE, AUTORA BEST-SELLER DE ÓRFÃ #8
domingo, 24 de novembro de 2024
Ainda estou aqui - Marcelo Rubens Paiva.
Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento obscuro da história recente brasileira para contar ― e tentar entender ― o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai.
Verão de 1971. Eunice Paiva, recentemente liberada de um período de prisão e interrogatório de doze dias no DOI-Codi, no Rio de Janeiro, passa uma curta temporada com amigos em Búzios. Segundo Antonio Callado, ela respirava aliviada; o próprio ministro da Justiça havia lhe garantido que seu marido, Rubens Beyrodt Paiva, “já tinha sido interrogado, passava bem e dentro de uns dois dias estaria de volta a sua casa”. Rubens Paiva, no entanto, capturado por homens da Aeronáutica em 20 janeiro de 1971, foi t0rturado, morto e seu corpo nunca mais foi encontrado. “A cara de Eunice”, escreve Callado, “continuou molhada e salgada durante muito tempo, tal como naquela manhã de Búzios. A água é que não era mais do mar.”
Neste livro, Marcelo Rubens Paiva faz um retrato emocionante de Eunice, sua mãe, e pela primeira vez traça uma história dramática do que ocorreu — e do que pode ter ocorrido — com Rubens Paiva. “Meu pai, um dos homens mais simpáticos e risonhos que Callado conheceu, morria por decreto, graças à Lei dos Desaparecidos, vinte e cinco anos depois de ter morrido por t0rtura”, narra ele, neste livro magistral. Eunice “ergueu o atestado de óbito para a imprensa, como um troféu. Foi naquele momento que descobri: ali estava a verdadeira heroína da família; sobre ela que nós, escritores, deveríamos escrever”.
domingo, 17 de novembro de 2024
O Ano das Bruxas - Alexis Henderson.
Ambientado na cidade de Betel, onde a palavra do Profeta é lei e qualquer fruto de um relacionamento interracial é uma blasfêmia. Na trama, Immanuelle, tida por muitos como uma jovem amaldiçoada por causa dos pecados da mãe. Ela faz de tudo para seguir o Protocolo Sagrado e levar uma vida de obediência, devoção e conformidade, como todas as outras mulheres da cidade. Ainda assim, Immanuelle lê em segredo, esquece de fazer as preces antes de dormir, tem devaneios durante os deveres diários e por vezes não demonstra a gratidão esperada.
Quando um acidente a leva até a Mata Sombria, onde o primeiro Profeta perseguiu e matou quatro bruxas poderosas, Immanuelle se encontra com os espíritos dessas bruxas, que a presenteiam com o antigo diário de sua mãe. Quanto mais ela lê, mais compreende a injustiça da sociedade em que vive: as hipocrisias da Igreja e do Profeta, as desigualdades sociais e de gênero, as leis antiéticas e corruptas. E entende que, se Betel precisa mudar, a mudança deve começar com ela.
Criada à base de livros de fantasmas e histórias populares sulistas, a autora estreante Alexis Henderson apresenta uma história sangrenta e visceral, permeada por divindades ― algumas figuras conhecidas da bruxaria, outras criadas por ela própria ―, sacrifícios de sangue e pragas.
Evocando histórias como o romance O Conto da Aia, de Margaret Atwood, e o filme A Bruxa, do diretor Robert Eggers, O Ano das Bruxas é uma aventura poderosa protagonizada por uma heroína gentil, corajosa e idealista. Uma história sobre a luta de uma jovem para revolucionar um sistema que, por anos a fio, usou a religião como desculpa para cometer abusos, vitimizar e traumatizar mulheres. Betel é um mundo fictício, mas as injustiças e desafios vividos pelas mulheres são reais.
Quando um acidente a leva até a Mata Sombria, onde o primeiro Profeta perseguiu e matou quatro bruxas poderosas, Immanuelle se encontra com os espíritos dessas bruxas, que a presenteiam com o antigo diário de sua mãe. Quanto mais ela lê, mais compreende a injustiça da sociedade em que vive: as hipocrisias da Igreja e do Profeta, as desigualdades sociais e de gênero, as leis antiéticas e corruptas. E entende que, se Betel precisa mudar, a mudança deve começar com ela.
Criada à base de livros de fantasmas e histórias populares sulistas, a autora estreante Alexis Henderson apresenta uma história sangrenta e visceral, permeada por divindades ― algumas figuras conhecidas da bruxaria, outras criadas por ela própria ―, sacrifícios de sangue e pragas.
Evocando histórias como o romance O Conto da Aia, de Margaret Atwood, e o filme A Bruxa, do diretor Robert Eggers, O Ano das Bruxas é uma aventura poderosa protagonizada por uma heroína gentil, corajosa e idealista. Uma história sobre a luta de uma jovem para revolucionar um sistema que, por anos a fio, usou a religião como desculpa para cometer abusos, vitimizar e traumatizar mulheres. Betel é um mundo fictício, mas as injustiças e desafios vividos pelas mulheres são reais.
domingo, 3 de novembro de 2024
Cine Pipoca #030
Mais um ano se passa com grandes produções no universo cinematográfico. Veja abaixo uma amostra do que teremos para este fim de ano.
Um conflito entre César, um artista genial que busca saltar para um futuro utópico e idealista, e seu opositor, o prefeito Franklyn Cicero, que permanece comprometido com um status quo regressivo, perpetuando a ganância.
No início da década de 1970, o Brasil enfrenta o endurecimento da ditadura militar. No Rio de Janeiro, a família Paiva - Rubens, Eunice e seus cinco filhos - vive à beira da praia em uma casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice - cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas - é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.
A épica aventura acompanha a jornada de uma robô – a unidade ROZZUM 7134, “Roz” – que naufraga em uma ilha desabitada e precisa aprender a se adaptar ao ambiente hostil, construindo pouco a pouco relacionamentos com os animais nativos, e até adotando um filhotinho de ganso órfão.
Moana viaja para os mares distantes depois de receber uma ligação inesperada de seus ancestrais.
Vocé também poderá gostar de: Cine Pipoca #029.
Um conflito entre César, um artista genial que busca saltar para um futuro utópico e idealista, e seu opositor, o prefeito Franklyn Cicero, que permanece comprometido com um status quo regressivo, perpetuando a ganância.
No início da década de 1970, o Brasil enfrenta o endurecimento da ditadura militar. No Rio de Janeiro, a família Paiva - Rubens, Eunice e seus cinco filhos - vive à beira da praia em uma casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice - cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas - é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.
A épica aventura acompanha a jornada de uma robô – a unidade ROZZUM 7134, “Roz” – que naufraga em uma ilha desabitada e precisa aprender a se adaptar ao ambiente hostil, construindo pouco a pouco relacionamentos com os animais nativos, e até adotando um filhotinho de ganso órfão.
Moana viaja para os mares distantes depois de receber uma ligação inesperada de seus ancestrais.
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domingo, 27 de outubro de 2024
Poder e desigualdade: O retrato do Brasil no começo do século XXI - Cesar Calejon e André Roncaglia
Nesta obra, vemos de perto como as complexas interações entre os poderes midiático, político e econômico moldam nossa sociedade, em um sistema intrincado que perpetua a sobreposição do interesse das elites aos da população.
Os autores explicam como as características específicas do desenvolvimento econômico do país deram origem ao “fazendão com cassino”, uma analogia reveladora de como o modelo extrativista colonial – atualizado pelo agronegócio e pela mineração – se aliou à financeirização da economia. Assim, observamos como a desregulação de um Estado fraco permite, por séculos, condições de exploração vexatórias. O resultado disso é que, nos dias de hoje, uma pequena classe de executivos tem ganhos exorbitantes sem sofrer contraposição da opinião pública, enquanto uma enorme massa de trabalhadores se precariza, perdendo direitos trabalhistas e tendo sua vida produtiva cercada pelo desemprego, pela informalidade e pelas plataformas digitais.
Esses efeitos práticos entre a expectativa de melhora de vida e o estrangulamento do nível de consumo geram impactos políticos contraditórios, uma vez que as demandas por mudanças se voltam contra a proteção da maioria esmagadora da população vulnerável. Por um lado, a onda de frustração é combustível para o crescimento da extrema direita, aumentando a pressão política que expõe o descrédito na democracia; por outro, as soluções colocadas à mesa são fortemente influenciadas pelos lobbies dos grupos elitistas, que culpam o Estado (e o cobram) pelas supostas perdas de seu domínio econômico – deixando intocados os ciclos de ganância, crise e fraude que marcam a história do capitalismo brasileiro.
Em Poder e desigualdade estão delineados os principais pontos de nosso infortúnio. Percebemos aqui como o “elitismo histórico-cultural” influencia as decisões em diferentes áreas de nossa vida pública, seja no afunilamento das opiniões, com a adesão sem peias do jornalismo profissional aos discursos financeiros, seja na enclausura do poder público, quando os Três Poderes da República – Judiciário, Legislativo e Executivo – se encontram entrevados pelo acosso elitista, que, por sua vez, se empenha em sufocar todas as frestas de representação popular que ainda se encontram disponíveis.
domingo, 20 de outubro de 2024
A revolução ignorada: Liberação da mulher, democracia direta e pluralismo radical no Oriente Médio - David Graeber Dilar Dirik
Uma análise profunda do movimento revolucionário curdo, em especial o que ocorre na região de Rojava, no norte da Síria. O livro explora a luta dos curdos por autonomia, democracia direta e igualdade de gênero, enfatizando o papel central das mulheres nesse processo.
Os autores discutem como o movimento, inspirado pelas ideias de Abdullah Öcalan e influenciado por teorias anarquistas e feministas, implementa uma forma de governança radicalmente democrática e pluralista. Em Rojava, foram criadas estruturas autônomas baseadas na autogestão comunitária, com conselhos e assembleias que envolvem diretamente a população na tomada de decisões.
Um dos temas centrais do livro é o papel crucial das mulheres no movimento curdo, destacando como elas não apenas participam da luta armada, mas também lideram a criação de um sistema político e social que combate o patriarcado e promove a igualdade de gênero. O conceito de "jineologia" (ciência da mulher) é central nessa perspectiva, propondo um novo paradigma feminista.
A obra é uma celebração da revolução em Rojava como um modelo alternativo de sociedade, oferecendo uma alternativa às formas tradicionais de Estado-nação e capitalismo, mas que, ao mesmo tempo, tem sido amplamente ignorada pela mídia e pela política ocidental.
Depois da ascensão do Estado Islâmico, o mundo se deu conta que havia mulheres lutando no Curdistão. Muitas pessoas que desconheciam o que se passava nessa região se surpreenderam com o fato das mulheres curdas, numa sociedade vista como conservadora e dominada pelo machismo, estarem derrotando a impiedosa milícia fundamentalista. Os meios de comunicação de massa, e inclusive as revistas de moda, se esforçaram para se apropriar e instrumentalizar a luta legítima dessas mulheres como se fosse um tipo de fantasia sexy ao estilo ocidental. Centraram seus interesses em elementos frívolos e superficiais, como “os milicianos do Califado têm medo das mulheres curdas porque se uma mulher o matar não irão ao Paraíso”. Mas ignoram que há algo além da luta armada neste conflito. O que há é um projeto político de emancipação radical.
― Dilar Dirik, curda ativista e PhD na Universidade de Cambridge.
"Os revolucionários espanhóis pretendiam criar a visão de uma sociedade livre que o mundo inteiro pudesse seguir. Em vez disso, as potências mundiais declararam uma política de “não-intervenção” e mantiveram um rigoroso bloqueio sobre a república, mesmo depois de Hitler e Mussolini, signatários ostensivos do bloqueio, terem começado a fornecer tropas e armas para reforçar o lado fascista. Essa atitude teve como resultado anos de guerra civil, que acabaram na derrota da revolução e em alguns dos massacres mais brutais de um século sangrento. Eu nunca pensei que veria, durante a minha vida, a mesma situação acontecer novamente. Obviamente, nenhum acontecimento histórico se repete, de fato, duas vezes.
Há mil diferenças entre o que se passou na Espanha em 1936 e o que está se passando hoje em Rojava, as três províncias de maioria curda do norte da Síria. Mas algumas das semelhanças são tão impactantes, e tão aflitivas, que sinto que fui incumbido (já que cresci em uma família com uma visão política definida pela Revolução Espanhola) de dizer: não podemos deixar que termine da mesma maneira outra vez. Como algo semelhante pode acontecer e ser praticamente ignorado pela comunidade internacional e, inclusive, de forma ampla, pela esquerda internacional? Parece ser, sobretudo, porque o grupo revolucionário de Rojava, o Partido da União Democrática (PYD, na sigla em curdo), age em aliança com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) turco, um movimento de guerrilha marxista que desde os anos 1970 esteve envolvido em uma longa guerra contra a Turquia.
A OTAN, os EUA e a União Europeia o classificam oficialmente como uma organização “terrorista”. Enquanto isso, são frequentemente tachados de stalinistas pela esquerda. Mas, de fato, o próprio PKK não tem mais quase nada que se pareça com o antigo partido leninista verticalizado que um dia havia sido. O PKK declarou que já não quer criar um Estado curdo. Por conta disso, inspirado em parte pela visão do ecologista social e anarquista de Murray Bookchin, adotou a perspectiva do “municipalismo libertário”, pregando entre os curdos a criação de comunidades livres e autônomas, baseadas nos princípios da democracia direta, que iriam juntas além das fronteiras nacionais – as quais, com o tempo, se espera que percam seu significado. Neste sentido, como propuseram, a luta curda poderia se tornar um modelo para um movimento mundial rumo a uma democracia genuína, uma economia cooperativa e a dissolução gradual do Estado-nação burocrático."
― David Graeber, antropólogo anarquista e professor no Colégio Goldsmith da Universidade de Londres.
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domingo, 13 de outubro de 2024
Dejesos Mortais - Chloe Gong
Todo ano, milhares de pessoas do reino de Talin se deslocam em massa para a capital, as cidades gêmeas de San-Er, onde o palácio organiza um jogo. Feito para aqueles que têm confiança o suficiente em suas habilidades de saltar entre corpos, os competidores em San-Er lutam até a morte para ganhar riquezas inimagináveis.
Uma estreia na fantasia adulta inspirada na peça “Antônio e Cleópatra” de Shakespeare, com disputas por poder, sangue derramado e romance, em meio a jogos mortais.
A princesa Calla Tuoleimi aguarda, escondida. Cinco anos atrás, um massacre matou seus pais e deixou o palácio de Er vazio… E a assassina foi ela mesma. Antes que as forças do Rei Kasa em San possam capturá-la, ela planeja terminar o que começou e derrubar a monarquia. Seu tio recluso sempre recebe o vencedor dos jogos para um aperto de mãos; então, se ela vencer, terá enfim a oportunidade de matá-lo.
Anton Makusa é um aristocrata exilado. Seu amor de infância está em coma desde que ambos foram expulsos do palácio, e ele está mergulhado em dívidas na tentativa de mantê-la viva. Felizmente, ele é um dos melhores saltadores do reino, flutuando à vontade de corpo em corpo. Sua última chance de salvá-la é entrar nos jogos e vencer.
Calla então se encontra em uma aliança inesperada com Anton, e recebe ajuda do filho adotivo do Rei Kasa, August, que quer corrigir as aflições de Talin. Mas os três têm objetivos muito diferentes, mesmo quando a parceria de Calla e Anton se transforma em algo que consome tudo. Antes que os jogos terminem, Calla precisa decidir pelo que está lutando: seu amante ou seu reino.
“É um épico surpreendente e subversivo, tão afiado e honesto quanto imprevisível. O estilo assertivo de Chloe Gong é cheio de uma prosa cortante como uma lâmina, e seus personagens complexos vão ferir você, mas da forma mais empolgante possível. Que época mais maravilhosa para os amantes de livros.”
Wesley Chu, autor da “The War Arts Saga”, best-seller do “New York Times”
domingo, 6 de outubro de 2024
O pobre de direita: A vingança dos bastardos - Jessé Souza
Jessé Souza ganha cada vez mais destaque na opinião pública, não apenas tece teorias sociais inovadoras como também investe em explicações para questões urgentes que são espelho da situação sociopolítica do Brasil.
É isso o que vemos neste O pobre de direita , um livro que põe no alvo um dos debates atuais mais acalorados. Afinal, o aumento do apoio popular à extrema direita é um fenômeno recente que, a partir de 2018, mudou completamente o panorama das corridas eleitorais no Brasil. No entanto, como explicar essa adesão repentina? Por que boa parcela das classes empobrecidas aderiu às pautas da extrema direita justamente no momento histórico em que houve uma melhora significativa das condições de vida? O que justifica o apoio dos mais pobres a políticos que retiram direitos e benefícios?
Para responder a essas questões, Jessé Souza se concentra em dois grupos – o branco pobre e o negro evangélico – como modelos desse engajamento. Ao ouvir diretamente as reclamações das pessoas de tais grupos, o sociólogo nos faz perceber, por exemplo, como as demandas racistas da maioria populacional branca da região Sul e do estado de São Paulo passam também a ser defendidas pela população racializada, que, muitas vezes, sofre forte influência dos segmentos evangélicos que apostam na dominação política. Por esse caminho, Jessé Souza propõe uma interpretação inédita e mais profunda do Brasil, na qual o novo arranjo conservador, que alimenta a extrema direita, se revela além das demandas econômicas ou da pauta dos costumes.
É por dentro dessa colcha de identificações, estratificações sociais, fervor religioso, diferenças regionais e imaginação política que o autor reflete sobre as principais causas da “vingança dos bastardos”. Assim, torna-se possível examinar, de fato, como pensam esses grupos sociais ressentidos que passaram a se organizar nas sombras da principal promessa da Constituição Cidadã – a construção de um Brasil democrático, justo e igualitário, sem discriminações e com garantias universais.
Sinopse:
"O problema sobre o qual este livro se debruça se resume nesta pergunta: por que uma parcela significativa dos pobres — conhecidos hoje como os 'pobres de direita' —, os quais teriam muito a perder com Bolsonaro, representante das piores elites nacionais, votaram nele duas vezes de forma maciça? [...] Isso implica que as pessoas pobres votaram em Bolsonaro por causas morais, e não econômicas.
E essas causas morais não são as que imaginamos que sejam, como o conservadorismo moral e a pauta de costumes. Ao contrário: o apego à pauta de costumes e ao moralismo convencional são decorrentes de outras feridas morais mais importantes, como a experiência da humilhação cotidiana — a qual não é compreendida em seus efeitos reais. Quais são essas causas morais? Por que elas ganharam os corações e mentes de tantos oprimidos? Essas são as questões mais importantes para entendermos o Brasil atual."
Você pode gostar de: A guerra contra o Brasil brasil - Jessé Souza.
domingo, 29 de setembro de 2024
Sovietistão - Erika Fatland
Com o colapso da União Soviética em 1991, as cinco repúblicas da Ásia Central até então controladas por Moscou obtiveram a própria independência.
Ao longo de setenta anos de domínio soviético, Turcomenistão, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, os países que, das cadeias de montanhas mais altas do mundo ao deserto, antes marcavam a rota da Rota da Seda, de alguma forma passaram diretamente da Idade Média ao século XX. E após vinte e cinco anos de autonomia, todas as cinco nações ainda parecem estar em busca da pró pria identidade, estreitas entre o leste e o oeste e entre o velho e o novo, no centro da Ásia, cercadas por grandes potências como a Rússia e a China, ou por vizinhos inquietos como o Irã e o Afeganistão.
Os contrastes as unem: décadas de domínio soviético coexistem com administrações locais, a exorbitante riqueza do gás e do petróleo com a mais extrema pobreza, o culto à personalidade com costumes arcaicos ainda vitais.
Sovietistão é uma jornada inesquecível pela Ásia Central, uma das regiões mais misteriosas e carregadas de história do mundo, onde as paisagens mais impressionantes da antiga Rota da Seda se sobrepõem às ruínas da utopia comunista.
Complementando
A obra mistura elementos de reportagem, história e diário de viagem, proporcionando uma visão abrangente sobre como esses países enfrentaram os desafios do pós-soviético e mantêm suas identidades em meio a influências externas.
Fatland explora as heranças culturais e políticas da era soviética, as autocracias modernas que governam a região e as tradições únicas de cada país. Ela também aborda questões como direitos humanos, corrupção, a complexa relação com o islã e as peculiaridades geográficas dessas nações.
O livro é uma combinação de observações pessoais e análises históricas, que trazem à tona tanto os contrastes como as semelhanças entre esses cinco países que compartilham um passado comum, mas seguiram caminhos distintos.
O enredo oferece uma rica e detalhada narrativa sobre uma região frequentemente negligenciada, mas de grande importância geopolítica. Ao longo de sua jornada pelos cinco países da Ásia Central, a autora explora as diversas dinâmicas culturais, sociais e políticas, enquanto investiga o impacto duradouro do regime soviético nessas nações, agora independentes.
Cada país apresenta uma história única de luta e adaptação no período pós-soviético. No Cazaquistão, Fatland testemunha o rápido desenvolvimento econômico alimentado por seus vastos recursos naturais, ao mesmo tempo que observa o controle rígido do governo autoritário. No Turcomenistão, ela descreve a opressiva ditadura de culto à personalidade e a isolação internacional do país. Já no Uzbequistão, Fatland observa a herança histórica da Rota da Seda e como o autoritarismo e a repressão política ainda moldam a vida cotidiana.
Quirguistão e Tadjiquistão, os dois países mais pobres da região, enfrentam grandes desafios econômicos e políticos. No Quirguistão, Fatland explora as revoluções recentes e a tentativa de estabelecer uma democracia, enquanto no Tadjiquistão, ela se aprofunda nas cicatrizes deixadas por uma devastadora guerra civil que ainda afeta a população.
Além da política, a autora retrata a vida das pessoas comuns, contando histórias de indivíduos que lidam com as contradições de viver em sociedades que, embora marcadas pelo autoritarismo, também preservam antigas tradições e práticas culturais. Fatland consegue humanizar a região, mostrando como o legado soviético ainda pesa sobre as novas gerações, mas também destacando as profundas raízes culturais e a resiliência de seus habitantes.
Um relato fascinante e profundamente informativo que, além de narrar a trajetória histórica e política da Ásia Central, também discute os dilemas contemporâneos dessas sociedades, oferecendo uma visão rara de uma parte do mundo que continua a desempenhar um papel estratégico na política global.
domingo, 22 de setembro de 2024
Um conto para ser tempo - Ruth Ozeki.
Dentro, há vários objetos desconexos, como um velho relógio de pulso, algumas cartas amareladas e o que aparenta ser um diário escrito por uma garota japonesa...
A cada página lida, Ruth se aprofunda cada vez mais nas histórias e é levada a um passado à beira do colapso. Em meio aos relatos escritos por mãos sôfregas e ansiosas, ela tem o presente e o futuro transformados conforme se aprofunda no abismo da jovem. Ainda há tempo para reconciliar o futuro de um passado condenado?
Em Um conto para ser tempo, Ruth Ozeki explora as relações entre leitor e escritor, passado e presente, fato e ficção, história e mito, e a essência do próprio tempo, apresentando um enredo deslumbrante sobre humanidade, afeto e pertencimento.
domingo, 1 de setembro de 2024
A lanterna das memórias perdidas - Sanaka Hiiragi
A lanterna das memórias perdidas é um romance japonês profundo e comovente a respeito do que é realmente importante na vida e do encanto de reviver uma última vez seus melhores momentos.
Num estúdio fotográfico onde um antigo relógio de parede não funciona mais, Hirasaka gentilmente recepciona seus visitantes, um por um, em um confortável sofá de couro, lhes oferece a bebida de sua preferência e revela o que os aguarda.
Pegos de surpresa, os visitantes descobrem que estão em um ponto de transição entre a vida e a morte e recebem uma grande quantidade de fotos — correspondentes às suas lembranças, onde cada fotografia representa um dia de suas vidas — e a incumbência de selecionar uma para cada ano. Com essa missão, ganham a oportunidade ímpar de revisitar sua memória mais preciosa e tirar novamente a foto do momento em questão — incapazes de fazer qualquer coisa para alterá-lo e invisíveis para o mundo. Forma-se então uma espécie de lanterna giratória de memórias com as fotos dos momentos mais significativos que viveram, proporcionando a eles a chance única de assistir à própria vida passar diante de seus olhos.
Dentre tantas, conhecemos três pessoas que por ali passam, suas vidas entrelaçadas por amor, empatia e resiliência: uma professora de noventa e dois anos, um membro da Yakuza de quarenta e sete anos, e uma criança.
Diante das diversas opções de memórias a serem revisitadas, qual cada um escolherá? E por que Hirasaka, o único que não tem lembranças da própria vida e que possui apenas uma foto, é o responsável por cuidar desse estúdio?
Em meio a esses e outros mistérios, tudo que se sabe é que as fotografias guardam uma poderosa força invisível.
domingo, 25 de agosto de 2024
O dia em que Napoleão quis invadir o Brasil - Marco Morel
Descubra os planos audaciosos que por pouco não alteraram o curso da nossa história. Onde estratégia e aventura se encontram nas páginas esquecidas do tempo.
A obra nos transporta para uma intrigante faceta pouco explorada da história napoleônica: os planos de invasão do Brasil. Ancorado em pesquisas pioneiras e documentos recém-descobertos nos arquivos franceses, Morel desvenda 17 tentativas audaciosas de Napoleão Bonaparte de estender seu domínio imperial até as terras brasileiras, entre 1796 e 1808.
Neste trabalho meticuloso, o autor tece uma narrativa cativante que explora não apenas as estratégias militaristas e os interesses geopolíticos da França, mas também a complexa rede de intrigas e os personagens quase esquecidos que desempenharam papéis cruciais nesses complôs. Da tentativa de estabelecer um "Brasil Francês" às repercussões desses planos na corte portuguesa, que acabou por migrar para o Rio de Janeiro, Morel explora o que poderia ter sido um ponto de inflexão histórico.
O livro revela como essas conspirações, permeadas de ambições, ideais e até pura ganância, variavam desde complexas manobras diplomáticas até esquemas de reconquista e recolonização. Morel não apenas relata as tentativas, mas também contextualiza as ambições de Napoleão contra o pano de fundo das lutas anticoloniais, a influência do poder naval inglês, e os desafios logísticos de uma operação militar transatlântica.
Além disso, O dia em que Napoleão quis invadir o Brasil provoca reflexões sobre como o Brasil poderia ter sido moldado sob o jugo francês, ponderando sobre as possíveis alterações culturais, sociais e políticas. Morel engaja o leitor com questões sobre identidade nacional e o curso alternativo que a história brasileira poderia ter tomado, tornando esta obra uma leitura fascinante e indispensável para os entusiastas da História.
"O leitor há de se inclinar diante do sopro de ineditismo e inteligência contido neste livro, em que o autor desvela segredos militares até então silenciosos, expondo-os, revirando-os e roendo-os até os ossos. Além de observar as regras da melhor historiografia, apoiado numa multidão de documentos e da bibliografia especializada, ao trazer uma grande contribuição à História, [este livro] é uma leitura fascinante e imperdível!"
Do Prefácio da obra, por Mary Del Priore.
segunda-feira, 12 de agosto de 2024
Imerso em pensamentos - Zena Hitz
Reflexão sobre a importância da vida intelectual e a busca pelo conhecimento, especialmente em um mundo que valoriza o sucesso material e o prestígio social.
Hitz defende a ideia de que a vida dedicada ao pensamento, à leitura e ao aprendizado é essencial para o desenvolvimento humano e para a formação de uma sociedade mais justa e sábia.
O livro explora a importância de atividades intelectuais como a leitura, a contemplação e a busca por verdade, sugerindo que estas práticas, embora frequentemente desvalorizadas, são fontes profundas de realização pessoal.
A autora também discute como a educação e a vida acadêmica podem, às vezes, se desviar de seus verdadeiros propósitos, focando mais em resultados e em produtividade do que em crescimento pessoal.
No decorrer do livro, Hitz usa exemplos da literatura, da filosofia e da vida de figuras históricas para ilustrar como o engajamento profundo com ideias pode transformar vidas. Ela argumenta que a verdadeira educação não é apenas uma preparação para o trabalho, mas um meio para enriquecer a alma e desenvolver a capacidade crítica.
Em resumo, "Imerso em Pensamentos" é uma obra que defende a importância do cultivo da vida intelectual e convida os leitores a reconsiderarem os valores da sociedade moderna, voltando-se para uma busca mais profunda e significativa por conhecimento e sabedoria.
domingo, 4 de agosto de 2024
Dachau: Testemunho de um sobrevivente - Nerim E. Gun
É um relato sobre um sobrevivente do campo de concentração de Dachau. O autor narra suas experiências pessoais no campo, destacando as atrocidades cometidas pelos nazistas contra os prisioneiros. Gun descreve a vida cotidiana no campo, os horrores das execuções em massa, a brutalidade dos guardas, e as condições desumanas enfrentadas pelos prisioneiros.
O livro também aborda a resistência dos prisioneiros, os atos de coragem e solidariedade entre eles, e os esforços para manter a dignidade humana em meio ao terror. Gun oferece uma perspectiva íntima e poderosa sobre a realidade de Dachau, evidenciando o impacto duradouro do Holocausto e a importância de recordar esses eventos para evitar que se repitam. A obra é uma contribuição significativa para a literatura sobre os campos de concentração nazistas e a história do Holocausto.
Sobre o autor
Nerim E. Gun, foi um jornalista turco-americano com uma vida e carreira muito marcadas por experiências únicas e desafiadoras de guerra. Nascido na Itália em 1920, Gun foi um dos poucos correspondentes estrangeiros em Berlim durante a Segunda Guerra Mundial.Sua coragem como jornalista o levou a ser preso e detido em um campo de concentração, uma experiência que marcou profundamente sua vida e sua visão do mundo.
dedicou grande parte de sua carreira à pesquisa e coleta de documentos históricos. Ele publicou diversas obras, incluindo coleções sobre a política francesa durante a ocupação alemã na Segunda Guerra Mundial.
domingo, 28 de julho de 2024
A guerra na era da informação - Alessandro Visacro.
A Era da Informação que mudou radicalmente nosso dia a dia, provocou também alterações enormes nas guerras, tanto nas declaradas quanto naquelas que se desenrolam nas cidades violentas. A comunicação se tornou rápida e eficiente, e se isso vale para as forças da lei vale também para os que vivem à margem da lei, criando, às vezes, um estado paralelo dentro do Estado.Claro que os militares precisam acompanhar a expansão tecnológica e o fluxo rápido de informações, para não ficarem atrás das organizações criminosas.O coronel Alessandro Visacro, especialista na área, mostra como essa nova natureza dos conflitos armados impõe uma redefiniçãodas agendas nacionais de segurança e defesa, incluindo o enfrentamento do terrorismo, do crime organizado e dos ataques cibernéticos.Em resumo, este livro trata do papel que podem ter o exército e a segurança pública no mundo contemporâneo.
Sobre o autor
Foi declarado aspirante a oficial da arma de infantaria pela Academia Militar das Agulhas Negras no ano de 1991. Possui o curso de Altos Estudos Militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Dentre suas principais comissões, destacam-se: comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais, comandante do 1º Batalhão de Forças Especiais, oficial de operações do 2º Batalhão de Força de Paz no Haiti e chefe do Estado-Maior do Comando de Operações Especiais. É autor de "Guerra irregular", "Lawrence da Arábia" e "A Guerra na era da informação", ambos publicados pela Contexto.
domingo, 21 de julho de 2024
Erros e acertos do dinheiro - Histórias monetárias e seus impactos na civilização moderna - Milton Friedman
Milton Friedman deixa claro que ninguém, desde o vendedor da esquina até o banqueiro de Wall Street e o presidente do país, está imune à economia monetária. Em Erros e Acertos do Dinheiro , Friedman analisa a criação de valor: das pedras às penas e ao ouro. Ele delineia o papel central da teoria monetária e mostra como ela pode agir para começar ou aprofundar a inflação. Por meio de episódios históricos, ele demonstra o mal que pode resultar de uma compreensão equivocada da economia monetária ― por exemplo, como o trabalho de dois químicos desconhecidos destruiu as chances presidenciais de William Jennings Bryan e como a decisão tomada por Franklin D. Roosevelt para acalmar alguns senadores do Oeste dos Estados Unidos ajudou o comunismo a triunfar na China.
Além disso, ele também explica, em uma linguagem acessível, como o sistema monetário atual influencia seu salário, suas economias e a economia global.
Sobre o autor:
" A respeito de tudo o que dizemos sobre 'mérito' em comparação com 'sorte', estamos geralmente muito mais dispostos a aceitar as desigualdades que resultam da sorte do que as que resultam claramente do mérito."
Carreira: foi um pesquisador de destaque na Instituição Hoover da Universidade Stanford e Professor Emérito Paul Snowden de Economia na Universidade de Chicago. Ele já ganhou o Prêmio Nobel de Economia e foi consultor presidencial. Escreveu diversos livros, incluindo alguns com sua esposa, Rose D. Friedman, como o best-seller Livre para Escolher e Two Lucky People: Memoirs, sendo este último publicado pela University of Chicago Press.
domingo, 14 de julho de 2024
Em agosto nos vemos - Gabriel García Márquez
Um romance extraordinário que só Gabriel García Márquez poderia escrever, Em agosto nos vemos , livro inédito e póstumo do autor, é um hino à vida, apesar da passagem do tempo.
Todo mês de agosto, Ana Magdalena Bach pega uma barca para uma ilha caribenha a fim de colocar um ramo de flores no túmulo de sua mãe. Todos os anos, ela se hospeda em um hotel e, antes de dormir, desce para comer algo no bar. Para não ter erro, ela pede sempre o mesmo sanduíche de presunto e queijo e depois sobe para seus aposentos. Até que, certa vez, um homem a convida para uma bebida. E, depois do primeiro gole de seu gim com gelo e soda, sentindo-se atrevida, alegre, capaz de tudo ― inclusive esquecer momentaneamente marido e filhos ―, ela cede.
Essa noite específica faz com que Ana Magdalena ― e sua vida ― mude para sempre. E, depois dessa experiência, ela passa a ansiar por cada mês de agosto, quando não apenas visita o túmulo de sua mãe como também tem a chance de escolher um amante diferente todos os anos.
Escrito no estilo fascinante e inconfundível de um dos maiores ícones da literatura latino-americana, Em agosto nos vemos pinta o retrato de uma mulher que descobre seus desejos e se aprofunda em seus medos. Uma preciosidade que vai encantar fãs do saudoso Gabo, assim como novos leitores desse grande escritor.
Um presente póstumo do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura para o mundo.
“Nenhum escritor desde Dickens foi tão lido e tão amado quanto Gabriel García Márquez.” - Salman Rushdie
“Pode-se dizer que poucos autores escreveram livros que mudaram todo o curso da literatura. Gabriel García Márquez fez exatamente isso. - Guardian
“Um dos autores mais visionários ― e um dos meus favoritos de quando eu era jovem.” - Barack Obama
Sobre o autor:
Nasceu em 1927 na aldeia de Aracataca, nas imediações de Barranquilla, Colômbia. Autor de alguns dos maiores romances do século XX e mestre do realismo mágico latino-americano, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1982. Entre suas principais obras estão Cem anos de solidão , O amor nos tempos do cólera , Crônica de uma morte anunciada , Doze contos peregrinos , Ninguém escreve ao coronel e Viver para contar.
domingo, 7 de julho de 2024
Filme para assistir nas férias 11.
Olá pessoal, selecionei o melhores filmes em cartaz nos cinemas. Veja abaixo:
Com um salto temporal, Riley se encontra mais velha, passando pela tão temida adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle também está passando por uma adaptação para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções.
O longa série retrata a luta de uma mulher pela sobrevivência durante uma invasão alienígena na cidade de Nova York, revelando a origem do apocalipse silencioso que assombra a humanidade nos dois primeiros filmes.
Edgar-Jones e Kate Cooper, uma ex-caçadora de tempestades assombrada por um encontro devastador com um tornado durante seus anos de faculdade, que agora estuda padrões de tempestades nas telas em segurança na cidade de Nova York. Ela é atraída de volta às planícies por seu amigo, Javi, para testar um novo sistema revolucionário de rastreamento. Lá, ela cruza seu caminho com Tyler Owens, o carismático e imprudente ícone das redes sociais que se diverte postando suas aventuras de caça a tempestades com sua equipe barulhenta, quanto mais perigoso melhor.
À medida que a temporada de tempestades se intensifica, fenômenos aterrorizantes nunca antes vistos são desencadeados e Kate, Tyler e suas equipes concorrentes se encontram diretamente no caminho de múltiplos sistemas de tempestades convergindo sobre o centro de Oklahoma na luta de suas vidas.
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domingo, 30 de junho de 2024
O eco dos livros antigos - Barbara Davis
Um par de livros misteriosos. Um romance condenado. Os ecos de um amor que nunca morreu. A afinidade da revendedora de livros raros Ashlyn Greer com os livros vai além do cheiro inebriante de papel velho, de tinta e de couro. Ela pode sentir os ecos dos antigos proprietários dos livros — uma impressão digital emocional que só ela consegue ler. Quando Ashlyn descobre dois volumes belamente encadernados que parecem nunca ter sido publicados, seu dom logo se torna uma obsessão. Não apenas cada um está marcado com uma acusação surpreendente, mas os autores, Hemi e Belle, contam lados conflitantes de um romance trágico. Sem nenhum vestígio de como esses livros misteriosos vieram ao mundo, Ashlyn é envolvida em um mistério literário de décadas, atraída por dois corações em ruínas, quem quer que tenham sido, onde quer que estejam. Determinada a descobrir a verdade por trás da história dos amantes condenados, ela continua lendo, seguindo uma trilha de promessas quebradas e traições aparentemente imperdoáveis. Quanto mais Ashlyn aprende sobre Hemi e Belle, mais perto ela chega de encerrar a história de amor deles — e dos capítulos inacabados de sua própria vida.
Sobre a autora:
Barbara Davis é autora best-seller finalista do Goodreads Choice Awards 2023, e escreveu oito romances, incluindo A guardiã dos finais felizes e The Last of the Moon Girls. Ela trabalhou por mais de uma década como executiva no ramo de joalheria antes de deixar o mundo corporativo para se dedicar à sua paixão pela escrita. Originalmente uma garota de Jersey, Barbara morou na Flórida, nas Carolinas do Norte e do Sul e em Nova Hampshire. Voltou recentemente para a Flórida com seu marido recém-aposentado, Tom, onde está atualmente trabalhando em seu próximo livro.
domingo, 16 de junho de 2024
O Terceiro Gêmeo - Ken Follett
Um suspense provocador sobre a manipulação genética de embriões humanos. Entrelaçando uma fraude biotecnológica, um candidato neonazista a presidente, ganância corporativa e um romance tórrido.
Jeannie Ferrami é uma geneticista que pesquisa as semelhanças de comportamento entre gêmeos idênticos criados separadamente.
Usando uma base de dados confidencial do FBI, ela faz uma descoberta impensável: dois jovens que parecem ser gêmeos idênticos, mas nasceram em dias diferentes, de mães diferentes, com perfis psicológicos totalmente distintos.
Dennis Pinker é um psicopata e assassino condenado. Steve Logan é um estudante de Direito honesto, sensível e sociável. Por isso, quando a assistente de Jeannie sofre uma agressão sexual e a polícia identifica Steve como o culpado, todas as convicções da pesquisadora são abaladas.
Ainda que os dois tenham o mesmo DNA, ela não consegue acreditar que o gêmeo bom seja um criminoso e decide provar isso, mesmo que precise questionar suas crenças e pôr em risco sua carreira.
Conforme sua investigação avança, Jeannie se vê no meio de uma conspiração, envolvendo experiências genéticas perturbadoras e alguns dos homens mais poderosos dos Estados Unidos – pessoas que farão de tudo para proteger seus segredos.
Também pode gostar de: A armada de luz - Ken Follett.
domingo, 9 de junho de 2024
A filha dos rios - Ilko Minev
Com o intuito de homenagear os habitantes da região amazônica e de preservar a história local, A filha dos rios descreve com detalhes a paisagem do mundo onde moram portugueses, italianos, espanhóis, árabes e judeus que desbravaram aquele território imenso desde o primeiro ciclo da borracha.
A obra se passa na segunda metade do século XX, e acompanhamos Maria, uma jovem de 16 anos e olhos verdes que se vê levada de Igarapó Mirim por Adriano, a pedido de sua mãe, Eulalia. Descendo pelo Rio Purus, eles chegam a Surara, onde se instalam. É lá que Maria aprende a cozinhar e que o amor entre ela e Adriano aflora. Maria e Adriano seguem viagem até Manaus, onde conhecem Benjamim Melul e sua esposa Nina e, juntos, partem para Quatro Ases, um seringal na fronteira do Brasil com a Bolívia.
Após 5 anos, quando decidem se mudar, o grupo é pego por um surto de febre amarela e apenas Maria e três crianças sobrevivem. Determinada a educar seus dois filhos e Alice, a filha do casal de amigos, Maria trabalha como cozinheira, em uma boate e na draga de prospecção de ouro de Oleg Hazan, um jovem judeu búlgaro.
segunda-feira, 3 de junho de 2024
O Senhor da Guerra - Bernard Cornwell - Crônicas Saxônicas - Volume 13.
O desfecho épico das Crônicas Saxônicas, saga de Bernard Cornwell que deu origem à série The Last Kingdom ( O último reino ).
Após anos lutando para recuperar a fortaleza que era sua por direito, Uhtred retornou à Nortúmbria e a tomou de seu tio traiçoeiro. Agora, com seus guerreiros leais e uma nova companheira, a fortaleza de Bebbanburg parece em segurança. Uhtred, entretanto, está longe de gozar da mesma tranquilidade. Para além das muralhas inexpugnáveis de Bebbanburg, tem início uma disputa por poder.
Ao sul, o rei Æthelstan unificou os reinos de Wessex, da Mércia e da Ânglia Oriental, e agora tem os olhos voltados para a realização irrevogável do sonho de seu avô Alfredo: a criação de um único reino unificado na Britânia. Enquanto isso, ao norte, o rei Constantino e outros líderes escoceses e irlandeses desejam ampliar suas fronteiras, cientes da ameaça que Æthelstan representa. O jovem monarchus totius Britanniae , o monarca de toda a Britânia, ainda não conquistou a Nortúmbria, o último reino ao norte, as terras que fazem fronteira com a Escócia de Constantino.
No olho da tempestade está Uhtred. Preso por um juramento a Æthelstan, mas em busca de paz em sua querida Nortúmbria, ele se vê ameaçado e subornado pelos dois lados do conflito, enquanto precisa encarar uma escolha impossível: manter-se longe da disputa, arriscando sua liberdade e a perda da formidável Bebbanburg, ou se lançar na guerra rumo à mais terrível batalha que os reinos já enfrentaram. Só o destino dirá o resultado.
Depois de anos acompanhando a saga de Uhtred para recuperar a fortaleza de Bebbanburg e a luta de Alfredo e seus descendentes em busca da unificação dos reinos da Britânia, temos, enfim, seu desfecho épico: a batalha mais sangrenta travada até então, um dia histórico que pode ser considerado o evento fundador da Inglaterra.
domingo, 26 de maio de 2024
O fabricante de lágrimas - Erin Doom - O mais novo queridinho da Netflix e Whatpad.
Nem todos os contos de fadas se tornam realidade.
Nica cresceu em um orfanato e os contos de fada eram seu único conforto em meio aos terrores reais que assombravam os corredores da instituição. Agora que é adolescente, escolheu deixar as fantasias infantis para trás e focar no seu sonho de ser adotada.
Mas, quando o sr. e a sra. Milligan adotam Nica, para a surpresa dela, também decidem acolher Rigel, um misterioso e inteligente garoto que nunca se deixou ser adotado… até agora. E, apesar de ambos compartilharem o mesmo passado, a convivência não será nada fácil ― ainda mais porque Rigel aproveita qualquer oportunidade para relembrá-la do quanto a despreza.
O fenômeno internacional que inspirou o filme da Netflix – um romance proibido entre dois adolescentes que, ao serem adotados pela mesma família, são obrigados a lidar com um amor que pode arruiná-los.
O queridinho do momento no tik tok.
Intenso e apaixonante, O fabricante de lágrimas é um sucesso com mais de um milhão de leituras no Wattpad e um fenômeno na Itália.
domingo, 19 de maio de 2024
Bruxas da Noite: A história não contada do regimento aéreo feminino russo durante a Segunda Guerra Mundial - Ritanna Armeni
Em 1941, um grupo de moças soviéticas, conseguiu um papel de liderança na batalha contra o terceiro Reich, em biplanos frágeis e ultrapassados em termos de tecnológicos, porém ágeis, mostrando a ousadia e coragem de uma guerra que também pode ser a face de mulheres fiés à sua pátria. Os nazistas as chamavam de "bruxas da noite". Entre a meia-noite e a alvorada, na mais perfeita escuridão, com os motores desligados para não chamar a atenção, sussurros fantasmagóricos vindos do céu antecediam a chegada delas, que traziam algo para "aquecer" os soldados nazistas nas noites congelantes da Rússia: bombas, muitas bombas! Eram as bravas aviadoras 588º Regimento de Bombardeio Aério Noturno Soviético, infernizando a vida dos alemãs durante a Segunda Guerra Mundial.
Neste livro, a jornalista italiana e escritora premiada, Ritanna Armeni, reconstrói a história de um grupo de mulheres soviéticas fiéis à sua pátria: as aviadoras do 588º Regimento de Bombardeio Aéreo Noturno Soviético. Com um importante papel de liderança durante as batalhas contra o Terceiro Reich, elas prejudicavam e muito a vida dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, aparecendo nos céus carregadas de bombas. Os nazistas as chamavam de “bruxas da noite”. A autora revela informações sobre a criação, a luta e as vitórias dessas mulheres que foram apagadas da história após o declínio de suas carreiras como aviadoras devido ao conservadorismo e preconceito do Estado Soviético.
domingo, 12 de maio de 2024
1942 : O Brasil e sua guerra quase desconhecida - João Barone.
É para preencher essas lacunas na história brasileira que João Barone, consagrado baterista da banda Os Paralamas do Sucesso, apresenta 1942 – O Brasil e sua guerra quase desconhecida. Nesta nova edição ampliada, Barone, cujo próprio pai foi um pracinha, traz textos e fotos extras que iluminam ainda mais o passado da Força Expedicionária Brasileira e fazem do seu livro um documento indispensável para entender a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
"1942 é fundamental para quem quiser conhecer o assunto." - Jô Soares
"Barone oferta aos leitores esse livro repleto de aventura, ação e reflexão, num momento em que o país pegou em armas e lutou do lado certo." Eduardo Bueno, Peninha , jornalista e historiador
"João Barone realiza um trabalho de relevo no resgate da memória dos pracinhas, sensível aos anônimos e mais vulneráveis que se tornaram heróis numa guerra assimétrica e cruel." - Marco Lucchesi , presidente da ABL
"O que se narra aqui não é apenas o relato da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Apesar de o livro servir também como narrativa histórica impecável – e os historiadores que se cuidem, pois um baterista da linha de frente do rock brasileiro decidiu se entrincheirar pelo território inconstante da História –, o que se revela é a odisseia particular de um filho em busca do pai." - Tony Bellotto , músico e escritor
"O que se narra aqui não é apenas o relato da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Apesar de o livro servir também como narrativa histórica impecável – e os historiadores que se cuidem, pois um baterista da linha de frente do rock brasileiro decidiu se entrincheirar pelo território inconstante da História –, o que se revela é a odisseia particular de um filho em busca do pai." - Tony Bellotto , músico e escritor
"Faça como o João Barone, não esqueça a Segunda Guerra Mundial. Somos filhos dela, independente de nossas idades." - Alberto Dines , jornalista e escritor
"Este livro se ergue, como filho nos ombros do pai, contra um inimigo abominável – oponente mais letal que o chumbo, mais destrutivo que a pólvora, mais humilhante que a derrota, mais ultrajante que a mentira, mais injusto que a ingratidão, mais irremediável que a morte –, este livro se ergue, memória de um pai nos ombros do filho, e diz não ao mais vil dos demônios: esquecimento. Depois de vencer o nazifascismo, a guerra não acabou para os pracinhas brasileiros – seus descendentes travam a luta contra as trevas do oblívio." - Pedro Bial
"Explicar a importância e o sacrifício dos soldados brasileiros durante a Segunda Guerra não é tarefa simples. Com clareza e conhecimento transmitidos em narrativa envolvente, Barone consegue cumprir a missão." - Marina Amaral , colorista de fotos.
domingo, 5 de maio de 2024
Os afegãos: Três vidas de um país marcado pelo Talibã - Åsne Seierstad
Mergulhe na intricada do história do Afeganistão. A partir de três histórias individuais, conhecemos as fraturas políticas e sociais de um país marcado pelo extremismo e pela luta pela liberdade.
Conhecida por seu estrondoso best-seller O livreiro de Cabul, de 2002, Seierstad retorna ao território afegão duas décadas depois, esmiuçando a tumultuada relação entre o país e o Talibã, grupo fundamentalista islâmico que voltou ao poder em 2021. Com Os afegãos, a jornalista norueguesa elabora uma investigação histórica e, ao mesmo tempo, constrói o complexo retrato de uma nação a partir de três vidas, três gerações que representam pontos de vista únicos.
Através de entrevistas e testemunhos coletados pela autora, conhecemos as histórias que personificam os últimos cinquenta anos do Afeganistão: Jamila compreendeu desde a infância que precisaria arriscar tudo para garantir seu direito de estudar. A partir de uma interpretação própria do Alcorão, tornou-se uma proeminente ativista dos direitos das mulheres, sobretudo na área da educação. Bashir fugiu de casa aos 12 anos com o sonho de se tornar um combatente do jihad (a guerra santa). Já adulto e um comandante respeitado, ele era uma das principais lideranças talibãs quando o mundo testemunhou, em 2021, a Queda de Cabul. Ariana, uma jovem dos anos 2000 que cresceu em plena abertura democrática, era uma estudante de Direito prestes a se graduar quando o Talibã retomou o poder e começou a mitigar, de maneira ostensiva, a educação das meninas e mulheres.
Jamila e Ariana testemunham, em primeira mão, a fragilidade dos direitos das mulheres em regimes autocráticos. Não é por acaso que a opressão das mulheres, a religião e o feminismo são temas centrais em Os afegãos, e que estes sejam os primeiros pontos combatidos pelo novo regime.
Através desse retrato cindido, complexo e multifacetado, Os afegãos apresenta a história recente do Afeganistão, encarnada nas vivências, crenças e lutas individuais de seu povo, até os dias atuais.
Resenha
A obra mergulha nas profundezas da história recente do Afeganistão, oferecendo uma visão íntima e complexa através das vidas de três indivíduos distintos. A autora explora a intrincada relação entre o país e o Talibã, destacando a tumultuada trajetória marcada por conflitos e mudanças políticas.O livro se desenrola por meio das experiências de Jamila, Bashir e Ariana, três personagens que representam diferentes gerações e perspectivas dentro do contexto afegão. Jamila, uma ativista dos direitos das mulheres desde a infância, personifica a luta pela educação e pela igualdade em meio à opressão do regime talibã. Bashir, que fugiu de casa aos 12 anos para se tornar um combatente do jihad, ascendeu a uma posição de liderança dentro do próprio Talibã, testemunhando de perto os eventos que levaram à queda de Cabul em 2021. Enquanto isso, Ariana, uma jovem estudante de Direito, enfrenta os desafios impostos pelo retorno do Talibã ao poder, confrontando diretamente a crescente repressão contra as mulheres e a educação feminina.
Seierstad habilmente entrelaça essas narrativas pessoais com a história política e social do Afeganistão, oferecendo ao leitor uma compreensão mais profunda das complexidades do país e das lutas enfrentadas por seu povo ao longo das últimas décadas. O tema da opressão das mulheres, a religião e o feminismo emergem como pontos cruciais, refletindo não apenas as experiências individuais dos personagens, mas também as questões mais amplas que permeiam a sociedade afegã.
"Os Afegãos" é mais do que uma simples investigação histórica; é um retrato vívido e multifacetado de uma nação em constante transformação, visto através das vidas e das lutas de seus habitantes. Seierstad oferece uma reflexão perspicaz sobre os desafios enfrentados pelo Afeganistão até os dias atuais, convidando os leitores a imersão nas histórias de Jamila, Bashir e Ariana para compreenderem verdadeiramente a complexidade e a resiliência do povo afegão.
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