A melhor maneira de enfrentar o medo é brincar com ele e desmistificá-lo. Este livro faz exatamente isso. Ele conta a história de um menino que está voltando sozinho para casa e, de repente, fica no escuro total. Seus pés chutam uma garrafa, um cachorro se assusta e começa a correria, uma perseguição maluca que o leva o até o Beco Escuro. Escuridão, ruídos estranhos, sombras, uma casa vazia e... lá está o mistério amarelo da noite. Inspirado em sua prática de contador de histórias, Fabio Lisboa coloca em livro esses elementos fascinantes que instigam o leitor a lidar com seus sonhos e usar a imaginação. E, no final, o leitor é convidado a se juntar ao autor e desvendar à sua maneira o mistério amarelo daquela noite.
A narrativa nos transporta para o mundo dos medos e da coragem, da noite e das estrelas, da cidade e da natureza que a ela sobrevive. Texto fluido e divertido. Ilustrações primorosas.
Sobre o autor
Fabio Lisboa, autor premiado, palestrante e contador de histórias profissional há mais de 20 anos. Desde criança ouvia as leituras de sua mãe e os causos de seu avô. Conta e forma pais, professores e outros profissionais em escolas, bibliotecas e empresas mas já contou em festivais nacionais, nas cinco regiões do país, e internacionais, no meio do gelo, no Canadá, e no meio do deserto, nos Emirados Árabes! Graduado em Comunicação Social-ESPM e Letras-USP, Ludoeducador (e formador) pela IPA-Brasil (International Play Association - Associação Brasileira pelo Direito de Brincar e à Cultura), pós-graduado em A Arte de Contar Histórias: abordagens poéticas, literária e performática. Desenvolve projetos em centro culturais, editoras, escolas, bibliotecas, empresas, universidades, SESCs, livrarias, ONGs, TV Cultura. Fundador do blog Contar Histórias www.contarhistorias.com.br
Em meados de 1942, os país da Iugoslávia ocupada pelos nazistas foram obrigados a submeter os filhos a exames para avaliar sua “pureza racial”. Uma dessas crianças, Erika Matko, tinha apenas nove meses quando os médicos a declararam apta a se tornar uma “Criança de Hitler”. Levada para a Alemanha, Erika recebeu o nome de Ingrid von Oelhafen. Muitos anos depois, Ingrid começa a descobrir sua verdadeira identidade.
As garras do nazismo foram tão profundas, amplas e duradouras que ainda hoje nos surpreendemos com detalhes dos seus horrores. O programa Lebensborn, criado por Heinrich Himmler, foi responsável pelo rapto de nada menos que meio milhão de crianças por toda a Europa. Esperava-se que, depois de passar por um processo de “germanização”, elas se tornassem a geração seguinte da “raça superior” ariana.Foi assim que Erika Matko tornou-se Ingrid von Oelhafen. Com um texto que remete aos bons livros de suspense, acompanhamos Ingrid desvendando seu passado – e toda a dimensão monstruosa do programa Lebensborn e sua consequência na vida de tantos inocentes. Embora os nazistas tenham destruído muitos registros, Ingrid descobriu documentos raros sobre o programa, incluindo depoimentos do julgamento de Nuremberg.
“Este livro é um relato pessoal, mas também uma análise da História. Foi escrito numa época em que o mundo está se fragmentando numa hostilidade ainda maior entre países, regiões ou religiões. Uma parte dessa hostilidade acaba se transformando em pequenas guerras odiosas – um grupo étnico que destroça o outro ou uma vertente de uma crença que explode quem considera menor aos olhos algo maior.”
Sobre o autor
A ambição e a corrupção no interior do regime nazista em um romance que revela as várias faces da natureza humana.
Em 1942, Hitler avança na conquista da Europa. Crescem os campos de trabalho forçado e extermínio, que passam a escravizar e matar, de forma sistemática, quem não tem utilidade para o Terceiro Reich – aqueles considerados inferiores, que não se enquadram nos critérios definidos pela ideologia nazista. Mas a indústria da morte custa caro, e a Alemanha ainda não se recuperou dos prejuízos da Primeira Guerra. É preciso encontrar, e rápido, uma solução econômica de grande escala para um problema crescente.
Carl Farben costumava ser um simples engenheiro químico em uma grande empresa alemã. Ambicioso e com sede de poder, ele não hesita em aceitar a oportunidade de desenvolver um produto que permitirá liquidar milhões de pessoas a um baixo custo para o Reich, mas com lucros imensos para os empresários.
Martina Kaufmann era uma jovem judia alemã estudiosa, que sonhava em seguir uma carreira promissora, como o pai. Mas, com a implementação das leis antissemitas e a perseguição crescente aos judeus, ela passa a viver escondida, conseguindo, a duras penas, sobreviver à guerra. Agora, Martina é uma mulher que anseia por justiça, e o passado baterá à porta daqueles que colaboraram com o genocídio de milhões de vítimas.
Eletrizante e perturbador, O engenheiro da morte é uma denúncia histórica, ambientada em fatos documentados, da participação de grandes indústrias na disseminação da ideologia nazista e um lembrete pungente de que as memórias da guerra não devem ser esquecidas.Sobre o autor
Marcio Pitliuk é um dos maiores especialistas brasileiros no Holocausto e, desde 2008, se dedica a divulgar o que é considerado o maior crime da Humanidade. É diretor no Brasil do Yad Vashem, o mais importante centro de pesquisas e ensino do Holocausto, sediado em Jerusalém, além de curador do Museu da Imigração Judaica e Memorial do Holocausto de São Paulo. Sobre esse tema, faz palestras, realizou três longas-metragens e escreveu quatro livros. Este é o segundo publicado pela Editora Vestígio, o primeiro foi O homem que venceu Hitler.
Inspirado no clássico do século XIX de Charles Mackay, A História das Ilusões e Loucuras das Massas, Bernstein se envolve com a ilusão em massa com a mesma curiosidade e paixão, mas armado com as pesquisas científicas mais recentes que explicam as raízes biológicas, evolucionárias e psicossociais da irracionalidade humana. Bernstein conta as histórias de histerias dramáticas, religiosas e financeiras, na sociedade ocidental nos últimos 500 anos — da Loucura Anabatista que afligiu os Países Baixos na década de 1530 às perigosas crenças do fim dos tempos que incitam o Estado Islâmico e permeiam a polarização dos Estados Unidos de hoje; e da bolha da Mares do Sul ao escândalo da Enron e às bolhas pontocom dos últimos anos. Por meio da prosa maleável de Bernstein, os participantes são tão exuberantes quanto sua motivação, invariavelmente “o desejo de melhorar o bem-estar de alguém nesta vida".
“Uma intrigante atualização contemporânea do clássico de Charles Mackay de 1841, A História das Ilusões e Loucuras das Massas. Os leitores vão estremecer com a histeria frequentemente sangrenta que acompanhou a Reforma, revirar os olhos em nossa incapacidade de resistir aos esquemas de enriquecimento rápido e rir do movimento norte-americano que aguardava o fim do mundo em 1843 ― tudo isso torna esta leitura fascinante e perturbadora. Uma contribuição bem pesquisada, abrangente e desencorajadora no gênero por-que-as-pessoas-fazem-coisas-estúpidas.” ― Kirkus Reviews
Fragmento do livro.
Uma fascinante nova história sobre histerias religiosas e financeiras dos últimos cinco séculos.
“Nós somos os primatas que contam histórias”, escreve William Bernstein. “E não importa quão enganosa seja a narrativa, se for convincente o suficiente quase sempre superará os fatos.” Como Bernstein mostra em seu novo, eloquente e persuasivo livro, Os Delírios das Multidões, ao longo da trajetória humana, histórias convincentes catalisaram a disseminação de narrativas contagiosas por meio de grupos suscetíveis ― com severas e muitas vezes desastrosas consequências.
As crônicas de Bernstein, tão reveladoras da natureza humana quanto historicamente significativas, revelam o alto custo e as implicações alarmantes das histerias em massa como, por exemplo, a forma pela qual a crença na época do fim dos tempos afetou profundamente a política dos Estados Unidos em relação ao Oriente Médio. Bernstein observa que, se pudermos absorver a história e a biologia da ilusão de massa, podemos reconhecê-la mais prontamente em nosso próprio tempo e evitar seu impacto frequentemente terrível.
Sobre o autor
William J. Bernstein é neurologista, teórico financeiro e historiador cujos livros incluem Uma Troca Esplêndida, Masters of the Word, Uma Breve História da Riqueza e The Four Pillars of Investing. É cofundador da empresa de gestão de investimentos Efficient Frontier Advisors e escreveu para publicações como o Wall Street Journal e a revista Money. Foi o vencedor do Prêmio James R. Vertin 2017 do CFA Institute. Atualmente Bernstein mora no Oregon, Estados Unidos.
Neste romance, em prosa ao mesmo tempo estranho e sensível, o leitor é conduzido ao mundo das memórias perdidas. Uma ilha é vigiada pela “polícia secreta”, que busca e elimina vestígios de lembranças. Objetos, espécies e até famílias inteiras somem sem deixar rastros, sem que as pessoas sequer se atentem, ou percebam os desaparecimentos, pois as recordações furtivamente também já se foram. Na trama, uma escritora tenta manter intactos resquícios de histórias, de algo que possa permanecer. Não é fácil, já que tudo ao redor desaparece, e ela não pode contar sequer com a própria memória. O leitor é convidado, instintivamente, a acessar o seu próprio arcabouço de lembranças e percorre uma jornada de recordações que também gostaria de preservar. Algo que tem se tornado familiar na atualidade, e a todos que têm criado um novo mundo, já que o anterior, pré-pandemia, não existe mais, e nunca será como antes. Acessar as memórias é acessar, também, o que criamos e o que se mistura ao real. E ler A polícia da memória é embarcar no mais profundo do ser. Há uma pergunta que circunda toda a narrativa: se pudesse, o que você preservaria intacto, e não perderia da memória?Ogawa traz com maestria uma obra rompe barreiras e obrigatória, ainda mais em tempos sombrios e incertos. Nos deixa a sensação de que somos roubados diariamente e não nos damos conta disto. São pequenos furtos, aqui é acolá, que vão destruindo nossas histórias, patrimônios e essência como ser humano. Vivemos um processo de desintegração. Excelente narrativa e leitura obrigatória.
Sobre o Autor
Sua vocação foi despertada precocemente por clássicos infantis, graças a um sistema de assinatura de livros de que a família dispunha. Gosta de citar O diário de Anne Frank como uma referência decisiva para perceber a escrita como via possível e necessária de autoexpressão. Estudou escrita criativa e publicou diversos livros, entre ficção e não ficção. A autora vive atualmente em Ashiya, província de Hyogo ― nas proximidades de Kyoto. Arrebatou todos os prêmios referenciais do meio literário japonês.