sábado, 23 de abril de 2022

Crítica do filme "Cidade Perdida"


Talvez o mundo tenha sido precipitado ao alardear o fim da comédia romântica. Claro, não temos mais aquela quantidade de títulos bobos, descartáveis e viciantes inundando os cinemas a cada semana. Mas em Hollywood ainda pulsa um coração apaixonado.

A trama é mais ou menos assim. Loretta Sage (Sandra Bullock) é uma autora de romances baratos e está de saco cheio do próprio sucesso. Desde a morte do marido, ela acha que sua obra não passa de exploração barata do trabalho de pesquisa real que os dois há muito fizeram juntos.

Eis que Sandra Bullock dá um tempo em sua dieta de filmes sérios no streaming e retorna aos cinemas.
Por outro lado, Alan (Channing Tatum) não tem do que reclamar. Há anos ele surfa na fama dos livros de Loretta por ser o modelo de todas as suas capas. As fãs, sempre entusiasmadas, invariavelmente o chamam pelo nome do herói das aventuras, Dash.

Quis o destino que, ao fugir no meio da turnê de divulgação de seu trabalho mais recente, "A Cidade Perdida de D", Loretta é sequestrada pelo biliardário Abigail Fairfax (Daniel Radcliffe, curtindo cada segundo), que acredita nas habilidades da escritora para decifrar um pergaminho e encontrar de fato a cidade perdida que ela sugere em seus livros. Levada para uma ilha no meio do Atlântico, ela vê suas opções diminuírem até que Dash... ou melhor, Alan, vem a seu resgate.

Faz algum sentido? Não, nenhum. Mas a tradição da 'comédia maluca', é justamente partir de uma premissa absurda e não deixar a peteca cair em nenhum momento. A realidade é enfadonha, "Cidade Perdida" mostra que o mundo construído no filme é muito mais bacana.

A partir daí, sabemos exatamente o que vai acontecer. Alan tem uma queda óbvia por Loretta, que por sua vez nunca enxergou nele nada além de um modelo boboca e sem absolutamente nenhum tutano.

Perdidos na selva, os dois descobrem um lado atraente um no outro e tentam, porque o roteiro determina, encontrar o tesouro, com Fairfax usando sua fortuna para caçar a dupla e concluir seus objetivos egoístas.


"Cidade Perdida" tem a consistência de algodão doce, e o mesmo sabor. O texto extremamente derivativo é conduzido por energia pelos irmãos diretores Adam e Aaron Nee. Sem falar na ponta espetacular que Brad Pitt faz, empreenche totalmente a cena.

O "padrinho" de "Cidade Perdida", porém, não trazia suas credenciais apaixonadas assim tão explícitas. Em 1984, Robert Zemeckis dirigiu Kathleen Turner como uma escritora de romances baratos que se vê em uma busca ao tesouro real, auxiliada por fim pelo aventureiro interpretado por Michael Douglas.



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Fonte: Uol.

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