domingo, 4 de novembro de 2018

Livro O Mundo que Não Pensa por Flanklin Foer.


Quando foi a última vez que você decidiu, por si próprio, o que comprar, que amigo adicionar à sua vida, como passar o seu tempo livre e, principalmente, o que pensar sobre o mundo que vivemos? Escrito pelo jornalista Franklin Foer, O mundo que não pensa, um dos livros mais aclamados e polêmicos dos últimos anos, mostra o lado sombrio e preocupante da tecnologia do nosso cotidiano. Para o autor, estamos terceirizando nossas capacidades intelectuais para empresas como Apple, Google e Facebook, dando origem a um mundo onde a vida social e política passa a ser cada vez mais automatizada e menos diversa.

Foer afirma que nós, os homo sapiens, chegamos a um momento da evolução em que começamos a deixar para trás a característica que mais nos diferenciou das outras espécies: o fato de sermos capazes de pensar, imaginar, refletir e conhecer. No esteio da nossa própria inteligência, com as descobertas e invenções espetaculares das últimas décadas, houve uma verdadeira revolução no controle do conhecimento e da informação, mas essa mudança brusca e vertiginosa coloca em perigo a maneira como pensamos e, em última instância, o que somos.

Compramos on-line, pulamos de uma tela para a outra nos nossos smartphones, confiamos nas informações do Google e socializamos no Facebook e no Instagram. Essas empresas e sua tecnologia se apresentaram a todos nós como guardiãs do nosso individualismo e fomentadoras do pluralismo, mas, na verdade, seus algoritmos nos pressionaram à conformidade e devastaram a nossa privacidade. Hoje, somos um mundo que não pensa.

Com um texto inteligente, perspicaz, claro e elegante, herdeiro da melhor tradição do jornalismo, Franklin Foer, que vem sendo comparado a George Orwell, traça a história da ciência da computação desde René Descartes e o Iluminismo, passando pelo matemático Alan Turing, que formalizou o conceito de algoritmo, e chegando aos hippies do Vale do Silício. Ele revela os tentáculos sorrateiros de nossos mais idealísticos sonhos tecnológicos, que estão levando a uma homogeneização social, política e intelectual da vida. Até agora poucos entenderam a gravidade dessa ameaça, do perigo real e eminente da extinção da nossa espécie – o que faz de O mundo que não pensa uma leitura urgente e fundamental.


Em livro revelador, jornalista explica como a tecnologia vem afetando a capacidade intelectual da humanidade e coloca nossa existência em perigo.

4 comentários:

  1. Achei ótimo o artigo, bem coeso e que dá uma boa prévia do que é a obra. É nítido o valor da obra quando presenciamos em 2019/2020 uma pandemia onde o termo "extinção" não parece tão exagerado.

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    1. Olá Ed, diante desta observação só posso que 'tempos dificeis estão vindo'.

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  2. Concordo. A tecnologia nos conformou, como posso colocar, fez com que nosso cérebro economizasse ainda mais energia, o que deixa ele preguiçoso, podemos assim dizer. Mas nos trouxe inúmeros benefícios, certo, por exemplo este site onde encontramos ótimas informações. Como alguém ,por exemplo que mora em outo estado/país, poderia compartilhar suas experiências e conhecimentos adquiridos ao longo de uma vida se não fosse dessa forma. Ajudou. Sim, tudo tem perdas, tudo que o ser humano fizer haverá consequências boas e ruins.
    Na medicina outro exemplo, forte. Pergunte a um médico como a evolução dos apetrechos médicos e equipamentos ajudam milhares de pessoas. E por aí vai ,sim temos as consequências ruins da tecnologia. Mas temos as ótimas consequências.

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    1. Obrigada por comentar! A propósito, mesmo não sabemdo quem é, estou alinhada com sua linha de raciocínio.

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