A história da guerra que redesenhou o mapa da Europa no século XIX. Do autor de Uma história cultural da Rússia.
A Guerra da Crimeia, anterior à Primeira Guerra Mundial, foi o maior conflito do século XIX. No entanto, há poucas obras que se dediquem a detalhar essa história, eclipsada pelas duas guerras mundiais que ocorreram em seguida. Em Crimeia, o renomado historiador Orlando Figes se baseia em fontes russas, francesas, otomanas e britânicas para fornecer um relato completo e preencher essa lacuna.
O autor narra os detalhes de uma guerra trágica, motivada pela crença fervorosa e populista, por parte do tsar Nicolau I e de seus ministros, de que era dever da Rússia governar todos os cristãos ortodoxos e controlar a Terra Santa. Após uma contenda com líderes religiosos otomanos em 1853, tropas russas invadiram uma área disputada na atual Romênia, fazendo com que a desavença da Grã-Bretanha e da Turquia com a Rússia atingisse o ponto de ebulição. A opinião francesa era menos apaixonada, mas os anseios de Napoleão III pela glória militar eram fortes o bastante para incentivar sua participação no confronto.
O extraordinário conflito inflamou a rivalidade entre a Rússia e o Império Otomano em relação aos Bálcãs, desestabilizou as relações entre as potências europeias e acendeu uma fagulha para a Primeira Guerra Mundial. Tendo praticamente redesenhado o mapa da Europa e causado a morte de incontáveis militares e civis, a Guerra da Crimeia foi travada com tecnologia industrial e marcada por soldados entrincheirados na neve, cirurgiões atuando no campo de batalha, cobertura da imprensa por intermédio de repórteres correspondentes e a fanática e assombrada figura do tsar Nicolau I.
Por meio de um relato lúcido, vívido e sensível, em Crimeia, Orlando Figes lança luz sobre os fatores geopolíticos, culturais e religiosos que moldaram o envolvimento de cada potência nessa contenda.
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