sábado, 14 de agosto de 2021

Devoradores de Estrelas - Andy Weir


Ryland Grace é o único sobrevivente de uma desesperada missão de emergência ― se ele falhar, toda a humanidade e o planeta Terra serão destruídos.

Mas no momento ele não sabe disso. Ryland não se lembra nem do próprio nome, muito menos de sua missão ou de como cumpri-la. Tudo o que ele sabe é que dormiu por muito, muito tempo. E que despertou a milhões de quilômetros de casa, com apenas dois cadáveres como companhia.
Com os colegas de tripulação mortos e as memórias confusas retornando aos poucos, Ryland vai perceber a tarefa impossível que tem nas mãos. Viajando pelo espaço em sua pequena nave, cabe a ele descobrir a resposta para um enorme mistério científico ― e derrotar a ameaça de extinção da nossa espécie.
O tempo está acabando, e o humano mais próximo está a anos-luz de distância, então Ryland terá que fazer tudo isso sozinho.
Ou será que não?

Sobre o livro Devoradores de Estrelas

“Só agora me dou conta: não sei quem eu sou. Não sei o que faço. Não me lembro de absolutamente nada.”

O protagonista vai aos poucos tendo alguns flashbacks que ajudam a entender onde está e o que está fazendo. Devoradores de Estrelas é todo escrito em primeira pessoa, tipo de escrita que geralmente eu não gosto, mas que aqui foi feita de maneira incrível. Não tinha lido nada do autor antes e só vi a adaptação de seu livro mais famoso, Perdido em Marte, então estava esperando uma ficção científica um pouco divertida, mas é muuuuuuuuuuito além das expectativas.

A narrativa flui seguindo os pensamentos do personagem. Cada comentário, piada, ou interrupção de pensamento são escritas com muita naturalidade e dão um ótimo humor, que ajuda muito uma situação que vemos ser cada vez mais sinistra e tensa. A cada capítulo de Devoradores de Estrelas, vamos descobrindo junto ao protagonista o que está acontecendo e por que está ali, e o coração só vai apertando cada ver mais.

O tempo é crucial aqui. E, infelizmente, enquanto eu dormia, passaram-se pelo menos treze anos na Terra.”

Desde o início, Weir apresenta uma ficção científica com uma característica muito típica dos clássicos, mas que vem sumindo um pouco hoje em dia (exceto em filmes do Christopher Nolan, para total desprezo de nosso colega redator, Tiago Soares): as explicações científicas. Devoradores de Estrelas é cheio delas, mas o autor trabalha todas de forma que fica sendo mais uma explicação prática e divertida do que uma aula chata e entediante. Elas são super importantes também para entender tudo o que está acontecendo ao redor do protagonista e no estranho cenário onde ele se encontra.

[…] estamos testemunhando fenômenos bizarros em todo o mundo. A temporada de ciclones está dois meses adiantada. Semana passada nevou no Vietnã.”

Sendo um livro bastante científico, os momentos de tensão são gerados em torno da situação em que nosso herói se encontra e dos experimentos que tem que fazer. Mas não se engane, são tensos mesmos, de prender a respiração até ver o resultado. Existem algumas poucas cenas de ação, que adicionam mais tensão ainda, porém realmente tem um foco mais voltado para esse lado laboratorial da ciência, além de todo o drama e tensão causado pelos Devoradores de Estrelas em si.

O livro apresenta poucos personagens. Na narrativa presente, temos nosso protagonista sozinho por boa parte do tempo. Em seus flashbacks conhecemos as pessoas que se envolveram em todo o plot e como elas colaboraram para que ele se encontre onde está. Devoradores de Estrelas mostra uma grande diversidade de pessoas, inclusive por ter partes que passam em vários países diferentes.


Fonte: aodisseia.

Um comentário:

  1. Enquanto garimpava por books por temática de fim de mundo, encontrei devoradores de estrelas. Me prendeu desde a primeira frase!!!

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