domingo, 25 de março de 2018

Filhos de Nazistas - Os Impressionantes Retratos de Família da Elite do Nazismo por Tania Crasnianski.


Até 1945, seus pais eram considerados heróis. Depois da derrota alemã, ficou claro que eram carrascos. Gudrun, Edda, Niklas e os outros retratados neste livro são os filhos de Himmler, Göring, Hess, Frank, Bormann, Höss, Speer e Mengele, alguns dos principais responsáveis pelo horror nazista. Crianças ou adolescentes durante a guerra, eles a viveram sob a proteção de seus pais afetuosos e poderosos. Para eles, a queda do Reich foi um verdadeiro choque de realidade. Inocentes, inconscientes dos crimes de seus pais, descobriram então toda a sua extensão. Alguns julgaram e condenaram. Outros continuaram reverenciando esses homens execrados por toda a humanidade. Filhos de nazistas retrata a ascensão e o cotidiano, ao mesmo tempo extraordinário e banal, desses altos funcionários que realizavam diariamente seu trabalho de morte – e depois conviviam com suas famílias, instaladas por vezes ao lado dos campos de concentração e extermínio – e descreve as existências singulares de seus filhos ao se tornarem adultos: a queda, a miséria, a vergonha ou o isolamento.
Que laços eles mantiveram com seus pais? Como viver com um nome amaldiçoado pela História? Em que medida a responsabilidade pelos crimes é transmitida aos descendentes?
 

domingo, 18 de março de 2018

Livro Os bebês de Auschwitz - Wendy Holden.


Em 1944, Priska, Rachel e Hanka chegaram a Auschwitz determinadas a defender a vida dos bebês que levavam em seus ventres. Examinadas pelo Dr. Josef Mengele, conhecido como “o anjo da morte”, as três mentiram sobre seu estado e fizeram tudo ao seu alcance para sobreviver. Em Os bebês de Auschwitz, Wendy Holden narra às histórias dessas jovens judias que resistiram bravamente ao horror dos campos de concentração e aos trabalhos forçados na esperança de conhecerem seus filhos. Além de investigar o passado, Holden acompanhou o reencontro de Eva, Mark e Hana, os três sobreviventes nascidos dentro das instalações nazistas. Holden equilibra a pesquisa rigorosa e a escrita sensível para reconstituir as vidas de Priska, Rachel e Hanka antes de 1938, quando Hitler começou a impor restrições aos judeus. Entre o medo do avanço Reich e a esperança pelo fim da guerra, essas mulheres viveram seus primeiros amores, se casaram e sonharam com o futuro de suas famílias apesar do horizonte sombrio que se desenhava. Priska e Tibor, Rachel e Monik, e Hanka e Bernd fizeram tudo que estava ao seu alcance para permanecerem juntos, mas com a deportação para Auschwitz os casais foram separados. Cada uma das mulheres se viu responsável por lutar por sua vida e pela de seu bebê. Elas receberam caridades inesperadas, foram vistas com desconfiança e testemunharam o melhor e pior do que o ser humano é capaz. Wendy Holden recorreu a entrevistas, cartas e diários, criando um relato comovente, que detalha a eficiência com a qual os nazistas exterminaram milhares de judeus e mostra como pequenos gestos de solidariedade permitiram que várias vidas fossem salvas. Mais que um relato sobre o horror da guerra, Os bebês de Auschwitz é narrativa impressionante sobre o amor materno, a persistência, a coragem e a gratidão.

domingo, 11 de março de 2018

Viajando pelas Séries #011 - Stranger Things.


Stranger Things é uma série americana de ficção científica e terror, fruto da parceria e criatividade dos irmãos Matt e Ross Duffer, tendo como produção co-executiva Shawn Levy e Dan Cohen, sendo distribuída pela Netflix.

A série se passa na década de 1980, e é altamente tematizada pelos elementos culturais da época, com uma trilha sonora toda remetente aos marcantes sintetizadores da época e inúmeras referências às obras de Steven Spielberg, John Carpenter e Stephen King, considerados as grandes inspirações dos Irmãos Duffer para a realização do projeto. Na trama um garoto desaparece misteriosamente na pequena cidade de Hawkins, Indiana, e faz seus amigos partirem por sua busca, que, no caminho, encontram uma estranha garota com poderes telecinéticos.

A primeira temporada foi disponibilizada em 15 de julho de 2016 e contém oito episódios, sob roteiro e direção dos irmãos Matt e Ross Duffer e produção de Shawn Levy. A primeira temporada recebeu críticas bastante positivas pela sua caracterização, ritmo, atmosfera, atuações, trilha sonora, direção, roteiro e homenagens a filmes do gênero da década de 1980.
Stranger Things originalmente chamaria-se Montauk, e se passaria na cidade de mesmo nome, em Nova York, Estados Unidos. No entanto, acabou sendo filmada em Jackson, Geórgia, nos Estados Unidos.
A série em pouquíssimo tempo ganhou milhares de seguidores ávidos por cada episodio que é lançado.

Sinopse
A série se passa na cidade rural fictícia de Hawkins, em Indiana, nos Estados Unidos, durante a década de 1980. O Laboratório Nacional de Hawkins, nas proximidades, ostensivamente realiza pesquisas científicas para o Departamento de Energia dos Estados Unidos, mas, secretamente, realiza experimentos paranormais e sobrenaturais, incluindo experimentos que envolvem pessoas em testes humanos, que começam a afetar os moradores inconscientes de Hawkins de maneiras calamitosas.

1ª temporada (2016)
Em novembro de 1983, na pequena cidade de Hawkins, Indiana, um garoto de 12 anos, Will Byers desaparece misteriosamente. A mãe de Will, Joyce, torna-se frenética e tenta encontrar Will, enquanto o chefe de polícia Jim Hopper começa a investigar, assim como os amigos de Will: Mike, Dustin e Lucas. Uma menina psicocinética que sabe o paradeiro de Will é encontrada pelos garotos. À medida que eles descobrem a verdade, uma sinistra agência do governo tenta encobri-los, enquanto uma força mais insidiosa espreita logo abaixo da superfície.

2ª Temporada (2017)
Um ano após os eventos do desaparecimento de Will, o garoto voltou para casa e para a companhia de seus amigos, mas ainda está conectado ao Mundo Invertido. Mesmo depois de tanto tempo, a pequena cidade de Hawkins, Indiana, não está completamente a salvo e não demora muito até que fragmentos do Mundo Invertido façam seu caminho até eles novamente.

3ª Temporada (2019) 


É verão em Hawkins. De férias da escola, Eleven (Millie Bobby Brown), Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo), Lucas (Caleb McLaughlin), Will (Noah Schnapp) e Max (Sadie Sink) aproveitam as novidades do recém inaugurado shopping da cidade, enquanto experienciam situações típicas da adolescência que colocam a prova a amizade do grupo. Mas quando a cidade volta a ser ameaçada por inimigos novos e antigos, eles precisam lembrar que a união é mais forte que o medo.

4ª Temporada (2022)
Depois de seis meses do conflito de Starcourt, a cidade foi tomada por um rastro de terror e destruição. Os efeitos da batalha são sentidos pelo grupo de amigos, que se separam pela primeira vez, enquanto passam por um período turbulento típico da adolescência na escola. Em um momento em que todos estão mais vulneráveis, uma nova ameaça sobrenatural surge. No entanto, o novo mistério pode conter a resposta para acabar com os terrores do Mundo Invertido.

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sábado, 10 de março de 2018

A Eterna Magia do Efeito Harry Potter 20 Anos Depois.

Olá pessoal, não é segredo que sou potterhead. Vi a homenagem que o google carinhosamente fez a essa saga e resolvi compartilhar de um jeitinho especial. Vejam!!

Rebecca McNally, diretora de edição de livros infantis da Bloomsbury, fala sobre o poder que a série ainda tem.

Parte do trabalho dela é garantir que os livros da série Harry Potter criados pela editora alcancem novas gerações de leitores. Isso se manifesta em projetos como as recentes edições da série Harry Potter da Bloomsbury ilustradas por Jim Kay. "Uma coisa boa sobre o mundo dos livros infantis é que sempre há novos leitores de oito a nove anos que não descobriram a alegria de Harry Potter ainda", diz Rebecca.

"É muito poderoso ser uma escritora de livros infantis porque seus livros estão em mãos dessas crianças, muitas vezes, criando uma fuga para quando elas estiverem em um momento ruim", ela continua. "Viver emoções, perigo, alegrias, escuridão e amor no conforto da sua poltrona é a magia da leitura. E é tão poderosa em Harry Potter em todos os sete livros".

Como conhece as maneiras pelas quais Harry Potter conseguiu capturar a imaginação de crianças (e adultos) em todo o mundo, aqui, Rebecca explica o impacto do chamado "efeito Harry Potter" e o significado desse efeito para o cenário da publicação infantil. Juntamente com as respostas de Rebecca, você vai encontrar alguns dos rascunhos anotados de JK Rowling, esboços iniciais de personagens e planos detalhados para uma visão ainda maior da criação de uma das séries de livros mais bem sucedidas de todos os tempos.

O que significa o “efeito Harry Potter”?

O mais correto, provavelmente, é falar dos efeitos no plural. É difícil definir exatamente, mas existem alguns efeitos realmente concretos. Um deles se refere aos números do UK Bookscan [a operação que rastreia as vendas nos caixas de livrarias no Reino Unido]. Em 1998, havia cerca de 34 milhões de livros infantis vendidos, em 2016, eram 64 milhões, então, esse é um efeito muito palpável de Harry Potter. Obviamente, não é o único fator responsável por isso, mas acho que Harry Potter criou uma mudança de paradigma que tornou isso possível.

O outro efeito importante e maravilhoso é a magia de ler os livros e o efeito que eles têm sobre seus leitores. Para a primeira geração de leitores que cresceram com essa magia, a experiência era algo completamente novo. Ninguém sabia o que aconteceria naqueles livros, e eles ficavam esperando o próximo. De repente, a publicação de um livro era transformada em um acontecimento.

Agora, a literatura infantil como campo de atuação está cheia de talentos, e há uma nova geração de escritores chegando, que foram os fãs originais de Potter e cujo amor pelos livros e pela leitura foi moldado por essa experiência extraordinária.

De que forma, isso encorajou as crianças a continuar lendo?

Nos primeiros anos, o fenômeno de Harry Potter transformou os livros e a leitura em uma atividade compartilhada, e havia uma amplitude do poder de atração, o que trazia pessoas que não eram leitores habituais.

Curiosamente, ao mesmo tempo, no final dos anos 1990, no início dos anos 2000, houve muitas iniciativas realmente positivas em torno da leitura e alfabetização, o que realmente ajudou a promover o efeito. Em 1998, foi criado o ano nacional de leitura que teve apoio do governo e, depois, começaram a apoiar o Bookstart, que disponibiliza livros para crianças em idade pré-escolar gratuitamente.

A série Harry Potter, em si, é um farol para a magia da leitura que atraiu pessoas de todos os tipos de comunidades e ainda funciona!


Em que ponto Harry Potter deixou de ser apenas uma série de livros e se tornou um fenômeno cultural? Houve um ponto de transformação?
Se fosse para responder isso em termos de vendas brutas, foi a publicação do Prisioneiro de Azkaban. Depois disso, tudo começou a acelerar. Mais tarde, os filmes trouxeram novos públicos, então, os livros e filmes praticamente geravam público uns para os outros.

Acho que só agora podemos realmente dizer que Harry Potter é um fenômeno cultural persistente e importante. Faz 20 anos da publicação do primeiro livro, e há fenômenos que vão e voltam, mas Harry está claramente aqui para ficar.

O que diferencia Harry Potter de séries anteriores de sucesso como Os Cinco ou As Crônicas de Nárnia por exemplo?
Harry Potter quebrou muitas regras no mundo dos livros infantis. Nós costumávamos pensar que um livro para crianças nunca deveria ter mais de 60 mil palavras e que seus personagens deveriam permanecer com a mesma idade em toda a série.
A ficção de séries comerciais às vezes era bastante padronizada, embora bastante viciante. Você esperava que houvesse certos elementos e havia. Com Harry Potter, a trama levava você a lugares completamente novos.

Há elementos, em Harry Potter, que existem, naturalmente, em outros livros, mas combinar coisas que são muito comuns com uma explosão de imaginação realmente extraordinária, junto com a confiança de explorar temas extremamente sombrios e manter o tom de um livro de crianças. Foi simplesmente e incrivelmente novo e diferente. E ainda é até hoje.


Não era esperado que os livros fossem fazer sucesso, na época. Qual o motivo disso na sua opinião? Como era o cenário editorial na época?

Em 1997, quando o primeiro livro foi publicado, a maioria das grandes editoras costumava ter uma divisão infantil, mas ninguém tinha expectativas comerciais significativas. Há muitas lendas sobre as origens de Harry Potter, como a que diz que o livro foi recusado por doze editores e depois chegou à Bloomsbury. Mas não se pode dizer que a Bloomsbury não tinha ambições para ele.

Eu não estava lá na época, mas sei que houve uma expectativa palpável sobre o livro. Mas antes de ser adquirido, o livro teve que ser aprovado por uma reunião que foi presidida por nosso fundador e diretor executivo, Nigel Newton. Nigel pegou os três capítulos que recebeu em casa e os entregou à filha dele de oito anos que escreveu um bilhete para ele dizendo que queria ler o resto imediatamente. A história criava um amor e uma expectativa genuína e, embora seja verdade que a Bloomsbury não pagou muito por ele, ninguém pagava muito por livros infantis naquela época! E acho que o que as pessoas pensavam ser um primeiro livro infantil de sucesso, na época, não era nada perto do que realmente aconteceu.

Qual é o papel da série na inspiração de outras ficções para crianças e jovens?
Acho que há uma geração inteira de escritores agora que são escritores porque se apaixonaram pela leitura de Harry Potter. Mas isso não significa que há um vínculo direto entre o conteúdo de Harry Potter e trabalho dessa nova geração.

Claro que, depois de Harry Potter, houve uma série de franquias verdadeiramente bem-sucedidas, como Crepúsculo, Jogos Vorazes, que são fenômenos por mérito próprio. Os fenômenos para jovens são interessantes porque tendem a ser mais cíclicos. Por exemplo, Crepúsculo dominou as estatísticas de livros por três ou quatro anos e, depois, foi sucedido por Jogos Vorazes. Harry Potter é diferente desses exemplos pela posição duradoura. Mesmo no ano passado, que foi o 20º aniversário do livro, nossa edição regular de Harry Potter e a Pedra Filosofal foi o 10º livro infantil mais vendido.


Quais são os desafios quando uma série de livros tem tanto sucesso? Outros livros podem competir?
O fato é que, quando se trata de livros, não há realmente uma competição. No entanto, como editor ou como escritor, você gosta quando os livros ganham prêmios ou vendem bem. No longo prazo, o valor dos livros é realmente a experiência de lê-los.

Contudo, nada pode realmente competir com Harry Potter porque, para ser realmente honesta sobre isso, trata-se de um fenômeno que acontece uma vez por geração. Foi recentemente anunciado que a série já vendeu mais de 500 milhões de livros em todo o mundo, o que é uma quantidade extraordinária de livros.

Quando Harry Potter começou a ganhar ímpeto, houve pressão para encontrar a próxima grande série?
Naquele momento, definitivamente havia uma sensação de oportunidade. Acho que é isso que Potter criou na publicação infantil. Então, você pode ver isso como pressão ou também pode ver como algo que fez com que as pessoas vissem o potencial dos livros infantis de forma diferente.

As editoras ficaram entusiasmadas com o potencial de um livro alcançar um público tão amplo, e o impacto disso é visível até hoje. O mercado de livros infantis tem crescido consistentemente nos últimos cinco anos.

O que você diria sobre Harry Potter para convencer alguém que ainda não leu os livros a lê-los?
Para alguém que não leu os livros, eu diria que você tem que se permitir o tempo e espaço para ter a experiência real de ler a série toda. Permita-se perder-se nos livros.

Particularmente para os leitores adultos, às vezes, a amplitude e a ambição do texto de Jo realmente ficam claras no Prisioneiro de Azkaban. Acho que há um pico de fato. Você pode ver a construção dele em A Pedra Filosofa e A Câmara Secreta, mas, no terceiro livro, é o auge. Para mim, Azkaban é o favorito, mas não conte a ninguém!

FonteArts and Culture Google

domingo, 4 de março de 2018

Livro: O Conto da AIA por Margaret Atwood.


A história de 'O conto da aia' passa-se num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes - tudo fora queimado. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América. As mulheres de Gilead não têm direitos. Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado - há as esposas, as marthas, as salvadoras etc. À pobre Offred coube a categoria de aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar. Offred tem 33 anos. Antes, quando seu país ainda se chamava Estados Unidos, ela era casada e tinha uma filha. Mas o novo regime declarou adúlteros todos os segundos casamentos, assim como as uniões realizadas fora da religião oficial do Estado. Era o caso de Offred. Por isso, sua filha lhe foi tomada e doada para adoção, e ela foi tornada aia, sem nunca mais ter notícias de sua família. É uma realidade terrível, mas o ser humano é capaz de se adaptar a tudo. Com esta história, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente.


"Mesmo lançado a décadas atrás, é difícil não associá-lo ao contexto político e preocupações sociais atuais, faz pensar e refletir sobre o que está ao nosso redor."

"Narrativa intrigante que nos leva a pensar e refletir sobre tudo e sobre todos. Sensacional!"