A história é sobre Quentin, um garoto em seu último ano de escola,
que é apaixonado por sua vizinha e, em sua opinião, o seu milagre: Margo
Roth Spielgelman, a garota mais amada da escola. Eles se conhecem desde
os dois anos de idade, e sempre foram amigos. Um dia, aos dez anos, os
dois encontram um cara morto em um parque, quando estavam andando de
bicicleta. Margo concluiu que os fios dele tinham se arrebentado, e isso
fica na cabeça de Q. Com o tempo, cada um segue um caminho diferente,
mas os dois lembram daquele homem
Anos depois, em um noite, Margo aparece na janela de Q o convidando para
uma aventura, e ele aceita. Os dois invadem o Sea World, deixam três
bacalhaus de presente para alguns amigos de Margo, visitam o SunTrust e
depilam a sobrancelha de Chuck. No SunTrust, os dois conseguem enxergar
quase toda a cidade de papel que é Orlando. Quando chega em casa, Q
percebe que aquela foi a melhor noite de sua vida.
Porém, tudo muda quando Margo some no dia seguinte. Não é a primeira
vez, e ela sempre deixa dicas de onde foi para alguém, seja na sopa de
letrinhas ou em um comentário anônimo na internet. Depois de uns dias, o
sumiço já está muito longo e todos ficam preocupados, e Q resolve
investigar o paradeiro de Margo.
No meio de investigações, cidades de papel e locais abandonados, o livro
tem um ritmo tranquilo e conquistador, típico do Green. A história
conquista quem a lê o nós, leitores, começamos a investigar o sumiço de
Margo junto à Q. As dicas levam à vários lugares, porém apenas um é o
certo. Q tem certeza de onde Margo está quando vê um comentário online
do jeito que apenas ela escrevia, e mesmo que esse lugar talvez nem
existisse, ele vai atrás dela com Lacey, Ben e Radar.
A escrita de John é leve e fácil, e em nenhum momento o leitor fica
entediado. Sem largar o livro nos últimos dois dias, achei o final meio
previsível, porém a estrada até ele é interessante e a melhor parte.
A pesquisa do John para escrever esse livro deve ter sido cansativa e
longa, e mais uma vez ele mostrou ser um autor talentoso e dedicado, que
se importa com todos os detalhes. Cidades de papel tem romance,
aventura, festas e papais noéis negros e tudo isso se encaixa
perfeitamente, formando uma ótima história.
O livro mostrou como as pessoas são apenas… pessoas. E devemos olha-las
como uma janela, não um espelho. É um livro bastante reflexivo, que nos
faz pensar sobre a vida e sobre o que as pessoas significam para nós, e
também sobre como botamos algumas delas num pedestal e esquecemos que
elas são seres humanos como qualquer um. E o que eu mais amo na escrita
do John Green, é o fato dele conseguir criar um livro com tudo isso de
uma forma que é divertida e atraente, sem ficar tedioso e de uma maneira
que consegue nos segurar até o final da história.
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