sábado, 5 de maio de 2012

O Som do Silencio


Festas silenciosas têm feito à cabeça dos brasileiros e ganhado espaço em território nacional.
    Funciona assim: todo mundo de fone ouvido sem fio, cada fone pode ser sintonizado em três canais, cada canal tem discotecagem de um DJ, cada DJ toca um estilo diferente, simultaneamente, numa mesma pista de dança. Essa é a formula das chamadas “festas silenciosas”. Febre na Europa, esse estilo de balada tornou-se tendência mundial principalmente pelo projeto Silent Disco, criado no inicio dos anos 2000 pelo holandês Nico Okkerse.
    A Silent Disco ganhou fama em 2005 no festival inglês Glastonbury e dali se alastrou pelo mundo inteiro. Chegou as terras tupiniquins, em 2008, na virada cultural, com festas em frente ao mosteiro São Bento, onde foram distribuídos fones de ouvidos wireless para o público dançar ao som da discotecagem do próprio Okkersen.
    Adriana Lima (artista plástica e dona da boate Dama de Ferro, no Rio de Janeiro) conheceu estilo de festa em setembro de 2009, no festival Elletric Picnic, na Irlanda. Achou a ideia inovadora, adquiriu o equipamento por lá mesmo e importou o conceito da festa para o Brasil. Em 2010, criou o projeto Shh!! Silent Club que além dela conta como sócios os empresários irlandeses Conor Brady e Alex Brennan, e fornece o equipamento necessário para as casas que desejam realizar esse estilo de festa.
    “Começamos com esse projeto no meu clube, Dama de Ferro, no Rio. Depois fomos buscando parceiros para realizar a festa em outros lugares”, explica Adriana.
    Além do Rio de Janeiro, o projeto acontece em Porto Alegre, no clube Cabaret; em Recife, no RAWR; em Curitiba, no Wonka Bar; em fortaleza, no Meet Club; em Florianópolis, na 1007 Boite Chik... E a ideia é, gradativamente, levar o projeto para outras cidades brasileiras. Já foi realizado até no ar livre, na praia vermelha Rio de janeiro.
    Em São Paulo e Campinas, a casa a realizar esse  tipo de festa é a Sonique, a primeira parceira a abraçar o projeto, em 2010. De lá pra cá, foram mais de 20 edições, uma média de uma festa por mês. A próxima será realizada em 29 maio.
  

     A casa disponibiliza cerca de 350 fones de ouvido Bluetooth para quem quiser curtir o som comandado pelo DJ residente Click e convidados que se revezam nos três canais, transmitidos ao mesmo tempo. “Não crio setlist com antecedência. O esquema é ter muita música no computador e ir sentindo a vibe da festa, para tocar o que o público está a fim de ouvir”, comentar Click.
    A princípio, a festa pode causar certo estranhamento, mas é só colocar os fones que tudo faz sentido. “É hilária a cena. Fica cada grupo cantando um gênero diferente, uma canta The Killers, outro Lady Gaga, e um terceiro Mamonas Assassinas. Por ter três estilos bem diferentes, acaba atraindo um público variado”, conta Click.
    Quem está de fora pode achar que o uso de fones propicia um comportamento introspectivo, mas, na prática, acontece o contrário. O uso de fones de ouvido gera uma interatividade muitas vezes maior do que em baladas com som ambientes, pois as pessoas têm curiosidade de saber o que o outro está escutando.
    “A festa silenciosa é uma das mais animadas que realizamos. O legal dela é a interatividade e o viés participativo que a possibilidade de escolha dos três canais de música possibilita”, explica Beto Lago, sócio Sonique.



OBS: Para mim a ideia não é exatamente inovadora, o povo que talvez esteja se concientizando que: fazer barulho até altas horas é o cumulo da falta de educação.


espero sua opnião.

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