domingo, 2 de novembro de 2025

Cine Pipoca #032


Olá pensadores e cinéfilo de plantão, selecionei alguns dos melhores longas que estão em cartaz nos cinemas. Vamos ver!


Quinze anos após os eventos de Tron: Legacy, as corporações ENCOM e Dillinger Systems disputam uma descoberta chamada “código da permanência”, que permitiria que programas digitais existissem de forma duradoura no mundo real. Ares, um programa-soldado altamente avançado criado pela Dillinger Systems, é enviado ao mundo humano para capturar esse código. Mas, ao entrar no mundo real, Ares começa a questionar sua programação e a desenvolver consciência própria.


Uma professora universitária se vê em uma encruzilhada ética e profissional quando uma das alunas acusa um colega professor de agressão sexual. Ao mesmo tempo, um segredo seu do passado ameaça vir à tona, colocando à prova seus valores, lealdades e convicções.



Num futuro distante, num planeta remoto, um jovem Predador é banido por seu clã. Ele encontra uma aliada inesperada, Thia, e juntos embarcam numa jornada perigosa para se proteger, melhorar suas habilidades, e confrontar um adversário à altura — em meio a uma terra onde todos estão prontos para matá-los.


Criado entre galinhas, Pena Dourada é uma águia que acredita não saber voar. Mas, junto de sua irmã Catraca, ele embarca em uma aventura até Bird City, onde irá explorar o mistério de seu nascimento. Lá, descobre familiares e verdades ocultas sobre sua origem, enquanto se vê diante de uma batalha histórica entre águias e galinhas. Para Pena Dourada, o futuro reserva escolhas que mudarão seu destino para sempre.


Totto-chan, uma menina de 7 anos, é expulsa de sua escola tradicional por ser considerada “problemática”. Ela então ingressa na Tomoe Gakuen, uma escola de métodos pouco convencionais, onde crianças têm mais autonomia e liberdade. No Japão, pouco antes da Segunda Guerra Mundial, Totto-chan vive essa nova experiência e aprende sobre empatia, responsabilidade e amizade — especialmente através do vínculo com um colega com poliomielite.

Você pode gostar de: Cine Pipoca 031.

domingo, 26 de outubro de 2025

O peso do pássaro morto - Aline Bei.


Romance de estreia de Aline Bei, O peso do pássaro morto narra a história de uma mulher dos 8 aos 52 anos — uma vida marcada por renúncias, perdas, traumas e sofrimentos. Esta nova edição inclui posfácio inédito de Marcelino Freire.

A protagonista deste livro não tem nome. Aos oito anos, ela tem um corpo que brinca, sonha e ama. Tem pais que se preocupam com ela. Tem uma melhor amiga com quem se diverte durante os intervalos da escola. Tem como vizinhos uma senhora querida que cozinha o melhor pudim do mundo e um enigmático benzedeiro de óculos escuros que cura tudo em um passe de mágica. Tem, sobretudo, um futuro repleto de possibilidades pela frente.
Porém, uma série de acontecimentos lhe ensina muito cedo sua falta de controle diante da imprevisibilidade da morte. Brutais e implacáveis, essas perdas logo passam a fazer parte de quem ela é. Anos mais tarde, com as cicatrizes dos traumas de infância inscritas no corpo, a protagonista é vítima de uma violência que mais uma vez a mudará para sempre. Em meio a muitas dores, mas também a pequenos momentos de delicadeza, essa mulher amadurece tentando entender seu lugar em um mundo — que parece relembrá-la, em igual medida, de sua fragilidade e de sua força.

Publicado pela primeira vez em 2017, O peso do pássaro morto se tornou um dos maiores fenômenos da literatura contemporânea, e se destaca por seu estilo híbrido entre a prosa e a poesia. Nessa estreia arrebatadora, Aline Bei faz uma investigação universal da existência humana, de nossa busca por afeto e de como os nossos sofrimentos — nem sempre nomeáveis — nos tornam quem somos.

"Nesta obra, todos aqueles que, em suas solidões, temem a morte, encontrarão o que há de mais indelével na existência: perceber-se humano ao sentir o peso que o outro suporta. Uma escrita que nos permite experienciar diversas maneiras de se findar — como um ensaio, como a pele que testa a quentura da água — pela escolha de continuar lendo, e sentindo, a beleza de chorar as dores de uma personagem. Aline Bei, aqui, nos entrega seu legado." — Jarid Arraes

"O peso do pássaro morto é um marco da ficção contemporânea brasileira. Aline Bei constrói a leveza e o peso de viver por meio de uma linguagem exuberante. Uma narrativa magistral sobre a perda, a solidão e a passagem do tempo." — Jeferson Tenório.

domingo, 19 de outubro de 2025

Círculo dos dias - Ken Follett


 

O livro Círculo dos Dias, de Ken Follett, é uma das obras mais recentes do autor e marca uma nova incursão na ficção histórica, explorando a origem da civilização humana e a força das ideias que moldam o mundo. Ambientado num passado distante, inspirado pelos mistérios que cercam monumentos como Stonehenge, o romance acompanha personagens que vivem num tempo em que fé, natureza e sobrevivência se misturam de forma inseparável. Follett constrói uma narrativa envolvente, que combina drama humano, conflito social e a eterna busca pelo sentido da existência.


A história gira em torno de Joia, uma sacerdotisa que tem visões sobre a construção de um círculo de pedras capaz de unir seu povo e simbolizar a ligação entre os homens e o divino. Essa visão, porém, exige mais do que inspiração: demanda trabalho coletivo, superação de medos e resistência diante da adversidade. Ao seu redor, outros personagens ganham destaque, como Seft, um mineiro determinado que viaja pela Grande Planície em busca de Neen, sua amada e irmã de Joia. A trajetória de Seft o coloca diante de um dilema entre o amor e o dever, entre o mundo prático e o espiritual.


Follett constrói esses personagens como representações das forças que movem a humanidade: o sonho e o esforço, a fé e o conflito, a emoção e a razão. Joia é o símbolo da inspiração e da crença na transcendência, enquanto Seft representa o homem comum, aquele que transforma a visão em realidade através do trabalho e da coragem. Essa oposição cria um equilíbrio narrativo que reflete a própria natureza humana — dividida entre a vontade de criar algo eterno e a necessidade de sobreviver ao presente.


O contexto da obra é marcado por escassez, seca e tensões entre comunidades com modos de vida diferentes: pastores, agricultores e habitantes das florestas. Essas diferenças culturais e econômicas tornam a convivência difícil e levantam questões sobre o poder, a liderança e a cooperação. O sonho de Joia de construir o círculo de pedras torna-se um espelho para os desafios humanos de viver em sociedade — a dificuldade de unir o coletivo em torno de um ideal comum, o medo da mudança e o conflito entre tradição e inovação.


A seca, elemento constante no enredo, funciona quase como um personagem: é a força da natureza que põe à prova a fé das pessoas, expõe suas limitações e obriga-as a escolher entre a esperança e o desespero. Follett usa o clima como metáfora para os tempos de crise — sejam eles antigos ou contemporâneos — mostrando que os grandes feitos da humanidade nascem justamente da adversidade. É quando tudo parece ruir que surge a necessidade de criar, acreditar e construir.


Ao longo do livro, o leitor é levado a refletir sobre a essência da civilização. O monumento sonhado por Joia não é apenas uma construção física, mas uma tentativa de eternizar o espírito humano, de deixar uma marca que ultrapasse o tempo e a morte. Follett sugere que o impulso de erguer monumentos e de contar histórias é o que define o ser humano — a busca por significado e por permanência. O círculo de pedras, nesse sentido, é tanto símbolo de fé quanto de identidade: representa o início da consciência de que, juntos, os homens podem construir algo que dure para sempre.


Ken Follett demonstra mais uma vez sua maestria em unir narrativa envolvente e profundidade histórica. Assim como em obras como Os Pilares da Terra, ele mostra que o progresso humano nasce do entrelaçamento entre sonho e esforço, entre inspiração e suor. Círculo dos Dias é uma celebração da imaginação, mas também um lembrete do preço que se paga por transformar ideias em realidade. O autor parece nos dizer que cada avanço da humanidade — seja uma catedral, um monumento ou uma simples pedra erguida em homenagem ao sol — é resultado de fé, sacrifício e da capacidade de sonhar coletivamente.


Mais do que uma história sobre o passado, o romance reflete o presente. As divisões entre povos, as mudanças climáticas e os desafios da convivência continuam a nos acompanhar. Assim, o livro de Follett se transforma em um espelho da condição humana: o círculo de pedras de Joia é, simbolicamente, o círculo dos dias que se repetem, das esperanças que renascem e dos sonhos que nos mantêm de pé. Em última instância, Círculo dos Dias é uma homenagem à força que nos faz construir, acreditar e continuar, mesmo quando tudo ao redor parece desabar.

domingo, 12 de outubro de 2025

As gêmeas de Auschwitz - Eva Mozes Kor


Em 1942, as gêmeas Eva e Miriam, duas judias romenas, foram levadas aos campos de concentração. Com apenas dez anos de idade as duas foram separadas dos pais e irmãos, que foram assassinados nas câmaras de gás, e entregues ao médico nazista Josef Mengele, conhecido como o “Anjo da Morte”, responsável por realizar experimentos cruéis em gêmeos. Também conhecido como 'o terror de Auschwitz'. 

Em seu relato, Eva descreve com detalhes o sofrimento físico e psicológico que enfrentou dentro do campo. As gêmeas foram submetidas a injeções misteriosas, exames dolorosos e condições desumanas, vivendo sob constante medo de morrer. Apesar de tudo, Eva demonstra uma força impressionante e um profundo instinto de sobrevivência, lutando não apenas pela própria vida, mas também pela de sua irmã. A esperança e a determinação se tornam suas maiores armas diante da crueldade e da perda.

Após a libertação de Auschwitz, em 1945, Eva e Miriam iniciam uma longa jornada para reconstruir suas vidas. O trauma causado pelas experiências no campo de concentração as acompanhou por toda a vida, mas Eva escolheu seguir um caminho inesperado: o do perdão. Décadas depois, ela decidiu perdoar publicamente os nazistas que a haviam torturado, não como um ato de esquecimento ou aceitação, mas como uma forma de libertar-se do ódio e da dor. Esse gesto causou controvérsia, mas também revelou uma mensagem poderosa sobre cura, humanidade e superação.

As Gêmeas de Auschwitz é mais do que um testemunho histórico, é uma lição de vida. O livro mostra o quanto o ser humano é capaz de resistir, mesmo diante da barbárie, e como a resiliência pode transformar a dor em aprendizado. Ao compartilhar sua história, Eva Mozes Kor não apenas preserva a memória do Holocausto, mas também inspira o leitor a refletir sobre a importância do perdão, da empatia e da paz. Sua mensagem final é clara e profunda: mesmo diante do mal extremo, a esperança e a coragem podem prevalecer.

domingo, 28 de setembro de 2025

Alchemised - SenLinYu


Livro de SenLinYu narra a história sombria de uma mulher sem memórias tentando sobreviver em um mundo dominado por necromancia e seres malignos.

Helena Marino é uma prisioneira de guerra ― e também da própria mente. Outrora considerada uma alquimista de futuro promissor, ela viu o mundo ruir e seus poderes se esvaírem quando seus aliados foram brutalmente assassinados. Após um longo e violento conflito, Paladia tem uma nova classe dominante, formada por guildas corruptas e necromantes depravados. Suas criaturas vis e mortas-vivas foram essenciais para a vitória na guerra, e o uso da necromancia se tornou o modus operandi. Os novos governantes mantêm Helena em cativeiro. De acordo com os registros, ela era uma figura de pouca importância na hierarquia. Mas, quando seus carcereiros descobrem que a memória da prisioneira foi alterada, surge a dúvida se o papel dela na Resistência era tão irrelevante quanto se imaginava. Talvez o esquecimento esconda algo poderoso, o gatilho para uma ofensiva derradeira. Para revelar o que as profundezas sombrias de sua memória ocultam, a mulher é enviada ao comando de um dos mais implacáveis necromantes do novo mundo. Aprisionada em meio a ruínas, Helena luta para proteger seu passado perdido e preservar os últimos resquícios de quem foi um dia. Mas o martírio está apenas começando, pois sua prisão e seu captor têm os próprios segredos… E ela terá que desvendá-los. Custe o que custar.

"... A guerra acabou.

O que acha que está protegendo

dentro desse seu cérebro?

Holdfast está morto.

A Chama Eterna foi extinta.

Não há mais ninguém para você salvar.”

domingo, 21 de setembro de 2025

O idiota - Fiódor Dostoiévski - Edição especial


Escrito originalmente em formato de folhetim, O idiota narra as desventuras do jovem epilético príncipe Míchkin. Dotado de uma pureza ímpar e expressando-se com sinceridade, este personagem choca-se com uma Rússia secular e desencantada, distante dos ideais cristãos de generosidade e movida por uma busca incessante por dinheiro e status.

Ao retornar a São Petersburgo após um tratamento médico, Míchkin envolve-se em triângulos amorosos da alta sociedade, centrados na disputa pela atenção de Nastássia Filíppovna, uma beldade multifacetada, muitas vezes interpretada como louca pelos homens que a cortejam. Apesar das boas intenções, a presença do príncipe provoca uma série de conflitos que dinamitam aquele círculo social dependente de aparências.

Em parte romance de ideias, em parte romance de costumes, que trata do nacionalismo russo e de um contexto sócio-histórico específico, a prosa de Dostoiévski reluz, em especial, ao contrapor o idealismo de Míchkin com o niilismo individualista de Ippolit, um rapaz tuberculoso despreocupado com a ética de suas ações.

Este livro oferece a análise severa e complexa que o mestre russo faz de uma sociedade moderna que perdeu seu norte moral ― crítica que se mostra relevante até hoje, no capitalismo tardio. Afinal, que espaço há para as boas ações, a compaixão e a caridade em um mundo onde o dinheiro é a força motriz? As agruras do protagonista representam com agudeza a visão desoladora que Dostoiévski tinha de seu entorno, o que levou o escritor a defender as ideias contidas no romance até o fim de sua vida.

“Nada fica fora do terreno de Dostoiévski (…) Tirando Shakespeare, não existe leitura mais interessante.” ― Virginia Woolf.

domingo, 14 de setembro de 2025

Gulag: Uma história dos campos de prisioneiros soviéticos - Anne Applebaum


A obra, escrita pela jornalista e historiadora Anne Applebaum, é uma das mais abrangentes análises sobre o sistema de repressão e encarceramento que marcou a União Soviética ao longo do século XX. Publicado em 2003, o livro se apoia em extensa pesquisa documental, entrevistas com sobreviventes e uma cuidadosa reconstrução histórica, resultando em uma narrativa que ultrapassa a mera descrição factual e assume um papel de denúncia e reflexão sobre os limites da violência política.

O ponto central da obra está na investigação do Gulag, a rede de campos de trabalhos forçados criada e mantida pelo regime soviético desde Lênin e expandida brutalmente durante o governo de Josef Stálin. Applebaum demonstra que o Gulag não foi um episódio isolado da história soviética, mas um instrumento sistemático de controle social, econômico e político, capaz de moldar a vida de milhões de pessoas, tanto dentro como fora dos campos.

Do ponto de vista analítico, Applebaum constrói sua narrativa a partir de testemunhos humanos. Sobreviventes relatam o cotidiano marcado pela fome, doenças, frio extremo e abusos psicológicos e físicos. Esses relatos, entrelaçados com documentos oficiais, criam uma imagem vívida da vida nos campos e reforçam a dimensão trágica da experiência. Ao dar voz às vítimas, a obra se aproxima de outras grandes investigações históricas sobre sistemas de opressão, como as análises sobre o Holocausto, estabelecendo um diálogo sobre a memória do século XX.

No entanto, a importância do livro não reside apenas na documentação do passado. Applebaum ressalta o silêncio histórico que envolveu o Gulag durante décadas, tanto dentro da União Soviética quanto no Ocidente. O apagamento da memória coletiva, a negação das vítimas e a dificuldade de reconhecer a magnitude da tragédia tornam-se temas centrais da reflexão. Ao recuperar essa história, a autora desafia a complacência e expõe a necessidade de lembrar para não repetir.

Em termos de impacto, Gulag: Uma história dos campos de prisioneiros soviéticos é um marco na historiografia contemporânea por unir rigor acadêmico e narrativa acessível, tornando-se referência para compreender a violência política no século XX. A obra não se limita a um estudo do regime soviético, mas levanta questões universais sobre o poder, a arbitrariedade da lei e a fragilidade da liberdade humana diante de sistemas totalitários.

domingo, 7 de setembro de 2025

Assassinos da lua das flores - David Grann


Escrito pelo jornalista investigativo David Grann, é uma obra que transcende os limites de uma simples narrativa histórica. Publicado originalmente em 2017, ele se insere no campo da não ficção ao reconstruir uma série de crimes que abalaram a comunidade indígena Osage, em Oklahoma, nos anos 1920. Mais do que relatar assassinatos, o autor explora temas universais como ganância, racismo estrutural, colonização e a fragilidade da justiça em sociedades desiguais.

A história gira em torno da tribo Osage, que foram sistematicamente assassinados após a descoberta de petróleo em suas terras. Os indígenas, que até então viviam marginalizados, tornaram-se momentaneamente o povo mais rico per capita do mundo devido às royalties do petróleo. Esse súbito enriquecimento despertou a cobiça de empresários, especuladores e, sobretudo, de indivíduos dispostos a tudo para se apossar de suas riquezas. A narrativa de Grann expõe como uma onda de crimes foi orquestrada contra os Osage, frequentemente com a cumplicidade das autoridades locais.

Nesse contexto, surge o papel do recém-criado FBI. A investigação desses assassinatos marcou um dos primeiros grandes casos da agência, sob a liderança de J. Edgar Hoover. Grann evidencia como a solução parcial dos crimes contribuiu para consolidar a imagem do FBI como uma instituição federal capaz de enfrentar o crime organizado e a corrupção local. Entretanto, o livro não deixa de ressaltar as limitações dessa investigação, pois muitos crimes permaneceram impunes e diversos cúmplices nunca foram julgados.

Do ponto de vista literário, Assassinos da Lua das Flores combina o rigor da pesquisa jornalística com a fluidez de uma narrativa quase romanesca. Grann recorre a documentos oficiais, relatos orais e arquivos históricos para reconstruir a trama, mas escreve com ritmo e tensão dignos de um thriller policial. O resultado é uma obra envolvente e perturbadora, que provoca no leitor tanto indignação moral quanto reflexão crítica.

O grande mérito está em recuperar uma parte esquecida da história norte-americana e dar voz às vítimas indígenas, cuja memória muitas vezes foi silenciada. Ele expõe, de maneira contundente, como a ganância e o preconceito resultaram em uma série de injustiças que ecoam até hoje. Além disso, mostra como a fundação de instituições modernas, como o FBI, está profundamente marcada por conflitos de poder, interesses econômicos e desigualdades sociais.

Em suma, é uma obra que transcende o relato histórico e se torna um espelho da sociedade contemporânea. Ao revelar a violência sofrida pelos Osage, David Grann nos convida a refletir sobre o peso do racismo, da exploração e da impunidade na formação das estruturas de poder. Assim, a dissertação que emerge da leitura do livro é clara: a história não pode ser esquecida, e a justiça só pode ser plena quando se reconhece a dignidade de todos os povos.

domingo, 31 de agosto de 2025

O homem que comprou o tempo - Thiago Nigro


Em O Homem que Comprou o Tempo, Thiago Nigro nos conduz por uma jornada única que entrelaça os mistérios do tempo, o valor do legado e os caminhos para o verdadeiro enriquecimento. Lídia, uma jovem que questiona seu lugar em um mundo moldado pelas expectativas de seu pai, herda um presente enigmático: a Tábua do Tempo. Esse artefato a transporta através do tempo, onde ela descobre as verdades que transcendem eras – a riqueza material é fruto de sabedoria, paciência e da compreensão do tempo como um ativo valioso.

Através de diálogos profundos e cenários históricos, a obra revela lições essenciais sobre como plantar as sementes da prosperidade, equilibrando tradição e inovação. Enriquecimento, aqui, não se trata apenas de acumular bens, mas de dominar o tempo, investir em relacionamentos e construir um legado que perdura. Com requinte narrativo e reflexões poderosas, O Homem que Comprou o Tempo é mais do que uma história de pai e filha – é um convite para entender o valor incalculável do tempo e o caminho para a verdadeira abundância.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

A Aranha - Eles já estão presos em sua teia - Lars Kepler.


Três anos atrás, a detetive Saga Bauer recebeu um cartão-postal com uma mensagem perturbadora: “Eu tenho uma pistola Makarov vermelho-sangue. Há nove balas brancas no carregador. Uma delas está reservada para Joona Linna. A única pessoa que pode salvá-lo é você.” O tempo passou e a ameaça não se cumpriu, parecendo apenas uma provocação sem sentido. Até agora.Um corpo quase completamente dissolvido é encontrado em um saco, amarrado por cordas, nas cercanias do porto de Kapellskär, no mar Báltico. Uma bala branca também está na cena do crime. Logo a polícia percebe a conexão com a ameaça recebida por Saga, e se sucedem mais cartões-postais, apresentando enigmas que a polícia busca elucidar na tentativa de interromper a série de mortes.
Joona Linna e Saga Bauer tentam desesperadamente identificar o assassino, mas talvez já estejam tão enredados em sua teia que seja impossível impedir que ele faça cada vez mais vítimas.

Em mais um thriller arrebatador, Joona Linna e Saga Bauer trabalham lado a lado para resolver um intricado quebra-cabeças de pistas e salvar as vítimas de um serial killer antes que seja tarde demais.

“Impactante e inesperado, de um jeito que só Lars Kepler consegue.” ― Bookreporter

“Kepler tem um notável senso de crueldade, e sua capacidade de mergulhar na mente de um psicótico é realmente chocante.” ― Time