domingo, 27 de julho de 2025

Corrupção da linguagem, corrupção do caráter - Como o ativismo Woke está destruindo o Ocidente - Nine Borges e Patrícia Silva.


Você já ouviu falar no termo "woke"? Ele surgiu na década de 1930, nos Estados Unidos, dentro da comunidade afro-americana, como uma expressão que significava “estar acordado” ou vigilante contra injustiças sociais e raciais. A palavra ganhou força nas décadas seguintes, principalmente durante o movimento pelos direitos civis nos anos 1960, e passou por uma transformação profunda no século XXI.

Hoje, "woke" é usado para descrever uma consciência ativa sobre desigualdades sociais, envolvendo temas como racismo, gênero, sexualidade, meio ambiente e direitos das minorias. Porém, o termo passou também a ser usado de forma crítica ou pejorativa, apontando posturas vistas como radicais, moralistas ou censuradoras — especialmente quando há tentativas de impor certas ideias por meio da cultura, da mídia e da linguagem.

É exatamente essa crítica que guia o livro "Corrupção da linguagem, corrupção do caráter – Como o ativismo woke está destruindo o Ocidente", escrito por Nine Borges e Patrícia Silva. A obra apresenta uma análise contundente de como o ativismo woke — inicialmente voltado para justiça social — vem, segundo as autoras, se transformando em um movimento ideológico autoritário, que deturpa o significado das palavras e corrói os valores da civilização ocidental.

As autoras mostram como conceitos fundamentais vêm sendo resinificados para atender a vários posicionamentos. Palavras como “tolerância”, “inclusão” ou “diversidade” ganham usos estratégicos que, na visão das autoras, servem mais para intimidar e silenciar do que para promover diálogo verdadeiro. O livro alerta sobre o impacto dessa nova linguagem nas instituições, na educação, na cultura e na formação do caráter humano.

A obra traz exemplos práticos e análises filosóficas, conectando o discurso politicamente correto com uma tentativa de reengenharia moral e cultural, em que a linguagem deixa de ser um meio de comunicação para se tornar uma arma de controle ideológico

Gostando ou não das ideias expostas, o livro de Nine Borges e Patrícia Silva propõe um debate necessário sobre os rumos do discurso público e os efeitos da militância ideológica no convívio social. Ele nos convida a refletir: quando o combate à injustiça ultrapassa o limite da liberdade? Ao defender que linguagem e moralidade estão profundamente ligadas. A obra pode até não ter uma resposta clara, mas lança luz sobre um dos debates mais relevantes da atualidade e sem rodeios.

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