domingo, 29 de outubro de 2023
A Armadura de Luz - Ken Follett
Em Kingsbridge, o progresso entra em choque com a tradição, as lutas de classe eclodem em todas as camadas e a guerra com a França impõe restrições quando Napoleão tenta se tornar imperador do mundo.
A revolução está no ar.
Em 1770, a invenção da máquina de fiar inaugura uma nova era na indústria da tecelagem. Na Inglaterra, um governo despótico está determinado a fazer do país um poderoso império comercial.
No entanto, ao mesmo tempo que a capacidade de produção se multiplica, os perigosos equipamentos recém-inventados tornam alguns empregos obsoletos e destroem famílias.
Em Kingsbridge, as mudanças históricas se entrelaçam às sagas pessoais: um camponês é morto em um acidente de trabalho por negligência do patrão. Uma jovem luta para financiar uma escola para crianças pobres. Um rapaz ingênuo e apaixonado herda um negócio falido. Um tirano chega às últimas consequências para proteger sua riqueza.
Na França, Napoleão Bonaparte começa sua ascensão ao poder e os países vizinhos se põem em alerta máximo. À medida que o conflito se aproxima, instituições são desafiadas – e derrubadas – e a luta de um pequeno grupo de pessoas definirá a busca de toda uma geração por um futuro livre de opressão.
Por meio de personagens cativantes, Ken Follett apresenta uma nova perspectiva sobre as mudanças fundamentais que ocorreram na Europa no fim do século XVIII e início do XIX, e que revolucionaram o mundo.
Opinião
Nesse livro, o autor ambienta a história durante a revolução industrial, a revolução francesa, a batalha de Waterloo, período super empolgante do mundo. O mundo pode ser dividido entre tudo que aconteceu até esse período, e o resto dos tempos até hoje. Até essa época, pra quem gosta e defende a igualdade, o mundo era igual, mas igualmente pobre.
Após a revolução industrial, o mundo conheceu a riqueza e hoje uma pessoa pobre ou de classe média baixa, vive melhor que os reis daquela época. Ken Follett em seu quinto livro, da série Kingsbridge, relata o que se fazia pra poder simplesmente comer alguma coisa.
Seria interessante se ele escrevesse mais um livro desse período até 1820 mais ou menos, para alcançar a outra trilogia - O Século.
domingo, 22 de outubro de 2023
As Origens do Totalitarismo - Hannah Arendt
As origens do totalitarismo tornou-se um clássico logo depois de sua publicação, e até hoje a obra é considerada a história definitiva dos movimentos políticos totalitários. Hannah Arendt primeiro elucida o crescimento do antissemitismo na Europa Central e Ocidental nos anos 1800 e prossegue com a análise do imperialismo colonial europeu desde 1884 até a deflagração da Primeira Guerra Mundial.
A última seção discute as instituições e operações desses movimentos, centrando-se nos dois principais regimes totalitários da nossa era: a Alemanha nazista e a Rússia stalinista. Arendt considera a transformação de classes em massas, o papel da propaganda para lidar com o mundo não totalitário e o uso do terror como fatores essenciais para o funcionamento desse tipo de regime.
E no brilhante capítulo de conclusão, ela avalia a natureza de isolamento e solidão como precondições da dominação total. “Um formidável instrumento de análise, aqui e agora, para desvendar os elementos de autoritarismo, de opressão, que sobrevivem no liberalismo dos regimes democráticos ou no socialismo que se liberaliza.” - Paulo Sérgio Pinheiro “A incisiva e inesgotável sugestividade do abrangente pensamento de Hannah Arendt torna este livro [...] ponto de referência indispensável para a reflexão político-filosófica no mundo
Como tudo que Hannah Arendt escreveu este livro é uma obra prima. Ela nos coloca a pensar e a repensar sobre as origens do totalitarismo. Não apenas como ele surge, mas também como ele floresce.domingo, 15 de outubro de 2023
Terra Negra - Timothy Snyder
Em Terra Negra, Timothy Snyder apresenta uma nova explicação para a grande atrocidade do século XX, revelando os riscos que corremos no século XXI. Tendo como base novas fontes de informação vindas a Europa do Leste e testemunhos esquecidos de sobreviventes judeus, Terra Negra reconta o genocídio dos judeus como um acontecimento que ainda nos é próximo, mais compreensível do que gostaríamos de admitir e, desse modo, ainda mais assustador. Ao tornarmos as lições do Holocausto numa nota de rodapé, falhamos em compreender a modernidade, colocando o futuro em risco.
O início do século XXI começa a assemelhar-se com o início do século passado, à medida que a preocupação com comida e água acompanha os novos desafios ideológicos que se colocam globalmente. O nosso mundo está mais próximo do de Hitler do que gostaríamos de admitir e, para salvá-lo, é necessário encarar honestamente o Holocausto e nós mesmo, como somos. Original e profundamente fascinante, Terra Negra demonstra que o Holocausto não é apenas História - é, também, um aviso.
O início do século XXI começa a assemelhar-se com o início do século passado, à medida que a preocupação com comida e água acompanha os novos desafios ideológicos que se colocam globalmente. O nosso mundo está mais próximo do de Hitler do que gostaríamos de admitir e, para salvá-lo, é necessário encarar honestamente o Holocausto e nós mesmo, como somos. Original e profundamente fascinante, Terra Negra demonstra que o Holocausto não é apenas História - é, também, um aviso.
O historiador nos mostra que estamos criando as mesmas condições objetivas para que novos autoritarismos e horrores possam acontecer. É preciso estar vigilante para que as liberdades e o respeito à diversidade estejam em nosso cotidiano.
domingo, 8 de outubro de 2023
Cine Pipoca #028
A indústria do cinematográfica está a todo vapor mesmo a com greve dos roteiristas. Se o público foi ao delírio com Oppenheimer, agora com Som da liberdade atingiram o nirvana com essa obra prima. Veja os filmes mais cotados do cinema!
O filme se desenrola em um cenário distópico, onde o mundo está imerso em uma batalha feroz entre os seres humanos e a inteligência artificial.
A trama gira em torno do ex-agente Joshua, interpretado por John David Washington, que é recrutado para uma missão aparentemente impossível: encontrar e eliminar o “Criador”, um misterioso arquiteto por trás de uma arma devastadora capaz de extinguir a humanidade e encerrar o conflito.
A equipe de Joshua parte para um território sombrio controlado pelas máquinas, mas o que eles descobrem é totalmente surpreendente.
A arma que deveriam destruir não é uma arma convencional, mas sim uma inteligência artificial em forma de criança, uma revelação que coloca em cheque a moralidade da missão e questiona a linha tênue entre a tecnologia e a humanidade.
É baseado na história real de um ex-agente do governo americano responsável por uma missão de resgate de centenas de crianças vítimas do tráfico sexual na Colômbia. Na trama, depois de resgatar um garotinho, descobre que a irmã do menino também está sendo mantida como refém. Então começa saga de Tim pela selva colombiana.
Opnião
Som da liberdade, é um choque de realidade, um soco no estômago, mas necessário para abrir os olhos.
O submundo dos cartéis e do crime organizado, não pode sair impune. Não podemos nos deixar levar, normalizar tudo.
Obra incrível, que lança uma luz sobre o tema tão sensível que é abuso infantil e tráfico humano.
Desde quando a escravidão não era crime, não se transportavam tantos indivíduos ilegalmente como hoje.
Trilha sonora impecável e com timing preciso em cada cena. Precisamos de mais filmes como esse.
As origens do comandante militar Napoleão á sua rápida ascensão. Uma visão através do prisma de seu relacionamento e muitas vezes volátil com sua esposa e por ser amor verdadeiro, Josephine.
A polícia investiga um atirador de elite que mata sem deixar nenhum vestígio. Eleanor, uma agente antissocial e problemática é uma das grandes esperanças da operação para resolver o caso. Graças a sua psique conturbada, ela pode ser a única capaz de entender mente do assassino.
Anos antes de se tornar o presidente tirânico de Panem, Coriolanus Snow, de 18 anos, vê uma chance de mudar sua sorte quando se torna o mentor de Lucy Gray Baird, o tributo feminino do Distrito 12.
Veja também: Cine pipoca #027.
domingo, 1 de outubro de 2023
Livro: Correntes - Olga Tokarczuk
Lançado antes no Brasil com o título "Os vagantes".
Trata-se de uma narrativa fragmentária, pois a realidade do pós guerra perdeu a linearidade. Mas a literatura também conseguiu acompanhar essa alteração do formato de estar no mundo. Já não somos os mesmos leitores, temos de ler conforme o mundo e a narrativa a se apresentam. Obra prima incontestável.
Trata-se de uma narrativa fragmentária, pois a realidade do pós guerra perdeu a linearidade. Mas a literatura também conseguiu acompanhar essa alteração do formato de estar no mundo. Já não somos os mesmos leitores, temos de ler conforme o mundo e a narrativa a se apresentam. Obra prima incontestável.
Sinopse:
"Minha energia vem do movimento ― do chacoalhar dos ônibus, do barulho dos aviões, do balançar das balsas e dos trens", escreve a narradora deste livro único, que investiga as possibilidades do gênero romanesco para falar sobre o corpo, o mundo e as estratégias sempre insuficientes com as quais tentamos mapeá-los. Inquieto como ela, Correntes não para nem por um segundo: de ônibus, avião, trem e barco, o texto a acompanha em saltos de país em país, de tempos a tempos, de história a história, compondo um panorama do nomadismo moderno. E são os vestígios da nossa batalha com o tempo que a autora observa nos quatro cantos do mundo: das figuras de cera dos museus de anatomia aos meandros da internet, passando por mapas e planos de fuga. Correntes mobiliza e encena nossas grandes inquietudes, como a história de Kunicki, que, durante as férias, é obrigado a enfrentar o desaparecimento da esposa e do filho, assim como seu reaparecimento enigmático e enlouquecedor. Ou o da bióloga que retorna ao seu país para se reconectar com seu primeiro amor, agora nas últimas. Esta obra atesta, mais uma vez, a maestria da autora polonesa em criar personagens e situações que encantam, assustam e fazem pensar. O resultado é um livro irresistível e iluminador a cada página.
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