domingo, 11 de agosto de 2019

Governo turco destrói mais de 300 mil livros.



Governo turco reprime qualquer coisa ligada a Fethullah Gülen, o clérigo muçulmano acusado pela tentativa de golpe de 2016. Até a existência da palavra 'Pensilvânia', onde Gülen mora nos EUA, é motivo para se destruir um livro.

A Turquia continua sofrendo com a censura e repressão estatal. Em 2016, em resposta a uma suposta tentativa de golpe, Recep Tayyip Erdoğan, o presidente do país, determinou a prisão de 50 mil pessoas, dentre eles, 180 eram jornalistas e escritores. Naquele mesmo ano, Heinrich Riethmüller, presidente da Associação Alemã de Editores e Livreiros, leu, durante a cerimônia de abertura oficial da feira de Frankfurt, uma carta escrita pela romancista turca Asli Erdoğan, presa pelo regime do presidente Tayyip Erdoğan. Nesta semana, o The Guardian noticiou que mais de 300 mil livros foram removidos de escolas e bibliotecas turcas e destruídos desde a tentativa de golpe de 2016. O ministro da Educação da Turquia, Ziya Selçuk, disse que o governo está reprimindo qualquer coisa ligada a Fethullah Gülen, o clérigo muçulmano norte-americano acusado pelo país de instigar o golpe militar fracassado há três anos. Para se ter uma ideia da censura realizada, um livro de matemática foi banido por apresentar as iniciais de Gülen em uma pergunta e o jornal turco BirGün informou que 1,8 milhão de livros didáticos foram destruídos e reimpressos por conterem a palavra "Pensilvânia", censurada porque é onde Gülen vive em um complexo protegido. Em apenas três anos, 29 editoras e 200 meios de comunicação e organizações de publicação foram fechados, 80 escritores foram submetidos a investigações e 5.822 acadêmicos foram demitidos de 118 universidades públicas.

A história tende a se repetir nas piores e mais sombrias partes. Quem não lembra deste mesmo acontecimento há algumas décadas atrás.
 

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