Lucinda Price era uma menina diferente via
sombras em todos os lugares. Um grande incidente aconteceu. As sombras queriam
possuí-la, entrara em pânico e acabou derrubando uma vela no quarto de Trevor, seu
namorado na Dover, provocando um incêndio. Luce tinha medo que as sombras, com
cheiro desagradável, que se alastravam pelo quarto pudesse lhe atacar de alguma
forma. Quando as autoridades chegaram ao local se depararam com a cena, Luce
não tinha uma explicação plausível para dar aos policiais a não ser querem as
sombras queriam possuí-la. Passado um tempo os pais decidiram pôr Lucinda no
internato Sword e Cross, ela não sabia que sua vida naquele lugar iria mudar
para sempre.
Logo no primeiro dia em que chegou Luce já fora apresentada a realidade da Sword e Cross. Fora privada de seu celular e qualquer e qualquer eletrônico, isso significava não poder falar com Callie, sua melhor amiga na Dover, mas tinha direito a um telefonema por semana no salão principal. Um garoto com olhos verdes se ofereceu para explicar como eram as coisas por lá, mas, a atendente que ela concluiu que fosse mulher vetou com a desculpa que ninguém teria moleza e continuou a falar bem sucintamente. O dormitório era grande e quadrado parecia ainda mais feio que no site em que vira. Enquanto lhe diziam qual quarto ficaria Luce, tentava processar o porquê que não estava na casa dos pais em Thunderbolt.
Durante todo verão fora assombrada pelas lembranças do incidente, evidente que algo estranho havia se sucedido e todos queriam saber o quê. As regras na instituição não ajudavam a se sentir melhor. Ariane fora apresentada a Luce pela atendente logo depois apareceu um garoto de olhos verdes, Cam.
Ariane, revelara o nome da atendente, Randy, em tom zombeteiro disse que era uma diversão à parte ficar especulando o que os funcionários da daquele lugar eram.
Perguntaram a Luce o que fizera para parar ali. Ela queria enterrar o passado, precisava fazer isso em algum momento. Pensava que sempre vira formas sombrias na escuridão, quando tinha sete anos perguntou ao pai ‘porque não tinha medo deles’. A insistência no assunto a fez ir a vários médicos, tomar remédios fortíssimos. Aos quatorze anos decidiu abandonar por conta própria os remédios, foi então que a levaram a um psiquiatra, vendo que o caldo iria engrossar, revolveu agir normalmente assim só teria que voltar ao lugar temeroso umas duas vezes ao mês. Evitava os lugares onde as sombras haviam aparecido antes como florestas densas e águas. Ariane vendo iria ter resposta da pergunta que fizera, deliberou que ia cortar o cabelo igual ao de Luce. Tirou da bolsa um canivete suíço e pedira para Luce cortar. Vira as marcas no pescoço dela perguntara o que era, mas, Ariane também não respondera que aconteceu. Explicara a como era a vida na instituição e as aulas com seu jeito espontâneo de ser. Apresentara o ginásio que se parecia mais com uma igreja, andando pelo terreno do reformatório Luce vira um cemitério da Guerra Civil.
Ariane arrastara para uma espécie de festa, onde ela não conseguira tirar os olhos de um garoto de cachecol vermelho, Daniel Grigori, que estava com Roland. Segundo Ariane, Roland era o cara que conseguia qualquer tipo de coisa. Os olhares se encontram entre Luce e Daniel, teve a sensação que o conhecia de algum lugar, até ele levantar o dedo médio para ela.
O sinal tocara e fora puxada por uma Ariane tagarela, mas antes de entrar na sala vira que ele a observava. Dentro da sala de aula o ambiente não era nada convidativo, cada uma com seu grupinho, Ariane de pulando de grupo em grupo até chegar a Cam, que comentara sobre seu a cabelo e ela deu os creditos a Luce, recebera dele uma palheta verde com o número do quarto dele. Luce via uma rixa entre Ariane e Cam. Durante a aula ele não tirava os dela. Não demorou muito para perceber o que Ariane dissera sobre as aulas era verdade, iria ficar um bom tempo assistindo as aulas do Sr. Cole, era um inferno.
Na hora do almoço o clima não era lá essas coisas, além não entender o porquê toda vez que olhava para Daniel ficara encantada. Nesse meio tempo escorregou e derrubou a bandeja de uma Molly furiosa, assim houve uma serie de acontecimentos: Ariane de um soco nela logo a seguir começou a receber choques que vinha da pulseira que usava como punição. Rudy aparecera e segurou Molly, e passara detenção que era estar no cemitério ao amanhecer. No segundo seguinte depois de Randy, sair Molly jogara o prato de bolo de carne em cima da cabeça de Luce, que saíra correndo depois de ver Daniel acompanhar toda aquela cena. Pensara em pegar seu velho carro e sair Por ai com o som alto, mas, havia um pequeno detalhe, os alunos daquela instituição podiam ter carros. O único lugar em que podia ir era o banheiro, lá conheceu Penyweather Van Sycle-Lockwood, ou simplesmente Penn, ajudara a se limpar. Ela tinha suas desconfianças em relação a Penn, depois de tudo acontecera até aquele momento. Penn, contara que era filha do zelador que morreu uns dois anos e fora enterrado no cemitério de lá.
Ao escurecer Luce, finalmente fora para seu quarto de número sessenta e três, nunca teve tanta privacidade. Estava sentindo falta sua vida anterior, se sentindo derrotada.
Bateram em sua porta, mas quando foi ver só encontrara um aviãozinho de papel com um seta, enquanto andara na direção indica, parou para ver o pôster de um músico que conhecia a porta que continha tal pôster era de Roland Sparks. Percebeu que a porta do quarto de Ariane ficava em frente a Roland. Na porta dela encontrou um bilhete dizendo que estava na enfermaria e que deixasse para outro dia.
Finalmente lhe parece que encontrara um lugar aconchegante, a biblioteca, com uma bibliotecária legal, a Srta. Sophia (na opinião dela depois do dia estranho que estava tendo). Andava pelos corredores da biblioteca quando algo passa por cima de sua cabeça, as sombras iam e vinham, mas tinha algo diferente então seus olhos encontraram Daniel, que se encontrara de costa para ela debruçado na janela. Sabia que não devia espia-lo por trás.
Lembrou-se do sonho que teve antes... Parecia outra época um garoto desenhando que ela ficara espiando-o por trás com medo que a descobrisse.
As sombras voltaram Luce, continuava a ir em direção a Daniel sem se dar conta. Pensava ter visto sua imagem desenhada no bloco de papel, mas era uma paisagem mais especificamente a vista do cemitério pela janela.
Daniel se incomodara com a presença de Luce, guardou suas coisas e quando passou por ela sentiu um choque de calor se olharam, mas antes que ela pudesse falar ele se foi rapidamente. Luce ficara ali sentindo o calor deixar seu corpo.
No dia seguinte acabara perdendo a hora do castigo e correra até o cemitério com a única instrução de recebera vagamente de estar no cemitério ao raiar do sol. Penn apareceu e disse qual lugar do cemitério ir. A Srta. Tross... a Albatroz estava impaciente o com seu atraso e mandou se juntar aos outros, mas não sem antes um disputa entre Cam e Ariane, sobre quem ficaria com Luce. O castigo era aparentemente simples, limpar túmulos e mausoléus. Entre provocações sarcásticas de Ariane e olhares a “Daniel”, Molly veio por trás dizendo para ficar longe dele, que não seria uma boa ideia. Luce, atordoada queria sair correndo dali, mas vira Daniel se aproximando e perguntara se o que Molly disse, ela enrolara e fez o gesto de estalar os dedos. Daniel segurou suas mãos e soltou um ar de reprovação como se ele reconhecesse aquele gesto. O toque em suas mãos a fez a um leve rubor sua face. Ficara pensando se quis dizer qualquer um ou só ela, porque se fosse com relação a ela isso já haviam se encontrado em algum momento. Para Luce era logicamente impossível, pois ela nunca o vira antes. Conseguira finalmente a responder o que ele havia perguntado e achou um bom conselho o que Molly dissera. Luce vira a sombras em cima deles, ele vira sua cara de pânico, mas ela fingiu disfarçar. Então Daniel se aproximara ainda mais e perguntara de iria seguir o conselho de Molly, mais parecendo um flerte. Ela sussurrara “um acho que sim”, sem forças vendo outra em cima deles. Uma estátua despencou na direção deles, Daniel puxou-a para si e a protegeu, mas foi Cam quem a ajudou a se levantar e verificar se não havia se ferido. Todos ficaram espantados como acontecido menos a Srta. Tross.
Luce teve o seu primeiro telefonema desde que chegara a Sword e Cross, ligara para Callie, sua melhor amiga. Callie atendera ao telefonema já histérica que Luce não dera notícias esses dias. Para ela era reconfortante ouvir a tagarelice da amiga, pena que passou tão rápido e Cam já esperava do lado de fora da cabine. Conversando com Cam, eis quem surge fazendo sons horríveis, as sombras. Queria que não prestasse tanta atenção nela nessas horas, queria alguém aparecesse, queria Daniel Grigori. Quando ele apareceu às sombras se esgueiraram para a noite e desapareceu. Cam convidou-a para uma festa que iria ser no quarto dele, ela aceitara quando viu Daniel assentir.
Luce conhece o que a Sword e Cross chamavam de Social, um auditório velho e poeirento com sessões de filmes pra lá de batidos. Durante o filme retornara a ver as sombras indo e vindo do teto até o contorno do telão, sentiu o medo enrijecer seus músculos, se agarrou em Ariane com a desculpa de estar com frio.
Estava meio receosa sobre a festa, principalmente sendo no quarto de Cam. Só entrara com Penn ao seu lado. Toda a atenção de Cam estava em Luce que se sentia confortável com ele até que, vira Daniel, ficaram se encarando como se não existisse mais nada em volta. Só voltara a realidade quando ouviu uma Ariane mais doida que o normal fazendo um brinde com seu nome. Divertiam-se muito com Roland e seu karaokê ao ponto de não verem Daniel saindo, logo depois ela fora atrás e ouviu a voz dele com Gabe, no corredor, pensara que foi uma briga de casal.
Acordara com os alto-falantes do corredor aos berros, da simpática, Randy dizendo que teriam uma avaliação física no ginásio e fora mandada para onde mais temia a piscina. Observando a decoração gótica, vira cruzes, algo escrito em latim, vários vitrais, supôs que em algum tempo aquele local fora uma igreja, que agora era utilizado como ginásio. Não prestava atenção no que a treinadora falava, sua cabeça estava cheia de ideias sobre Daniel e as sombras. Olhando para ele acontecera algo a Luce que até agora era impossível, as sombras a tocaram. Deparara-se próximo a ele, que perguntou como tinha saído da piscina dando a entende que sabia a resposta, mas desta vez fora diferente. Luce insistia em dizer que tinha a sensação de tê-lo visto antes (como em outras vidas). Daniel tentara disfarçar, mas não lhe parecia muito convincente, então pedira para olhar em seus olhos e dizer que nunca a vira antes e assim o fez. Alguma coisa dentro de Luce não acreditava nele.
Caminhando para outra aula Cam apareceu bloqueando seu caminho, a cada minuto com ele afastava-a mais e mais da aula do Sr. Cole. Convidara-a para um piquenique longe dos olhares dos outros mais especificamente no cemitério e garantiu que outra estátua não iria despencar desta vez. Entre provocações e conversas Luce sentia-se muito confortável em sua presença, ousou a deslizar suas mãos sobre as cicatrizes que ele tinha. Quando estavam milímetros um do outro, aparece Gabbe dizendo que Srta. Sophia queria saber onde estava. Logo depois entrara na biblioteca e a Srta. Sophia não comentara nada a respeito. Ela continuava a pensar em Daniel, mesmo depois do episodio do ginásio. É passado um trabalho para cada um pesquisar sobre suas arvores genealógicas, mas acabara digitando sem se dar conta “Daniel Grigori”.
Penn fora ao quarto de Luce oferecer sua ajuda para pesquisar melhor sobre Daniel, afinal era de semana e estava totalmente desocupada. Guiara-a até um porão da época da guerra civil, onde ficavam os arquivos, encontrara só uma pasta fina com as informações básicas. Uma coisa chamara a atenção, a foto de três anos atrás, ele não mudara nada e ele fora parar no reformatório por ‘delitos’ como atravessar fora da faixa de pedestre e coisas do gênero. Algo não se encaixava neste quebra-cabeça chamado Daniel Grigori.
Luce ficara pensando em como Molly soubera da sua história com Trevor, reforçando o aviso para ficar longe de Daniel.
Distraída na arquibancada levara uma bolada vinda de Roland, ela sentira um toque peculiar a envolver abrira os olhos e vira Daniel, com seus olhos cinzentos, verificou se estava bem e ainda fez piada com o incidente. Em seguida foram dar uma voltinha até uma clareira no final da floresta era cheio de cores vivas não se parecia com nada da Sword e Cross, Daniel também ganhara outra aparência uma espécie de bronzeado encantador. Ela nunca tinha visto um lugar como aquele tinha um lago com uma rocha no meio. Estranhara quando ele disse “vou deixar você ganhar dessa vez”, num tom de quem já falara mil vezes antes, percebendo que ela notara se corrigiu rapidamente se referindo à corrida na piscina. Nadaram até a rocha. Olhando-o assim, num ambiente mais leve, tinha quase a completa certeza que o conhecia e ele a fazia parecer uma tola insinuando que criara uma história com a intenção de prendê-lo a algo. Achara o clima entre eles muito estranho uma hora ele parecia frio, distante, noutra queria protegê-la. Instintivamente não conseguia crer na história em que ele contara, voltara a ficar frio e simplesmente saíra nadando para a margem do lago. Luce observou um brilho anormal em torno de seus braços, forçou os olhos um pouco mais e parecia ter visto asas.
No outro dia em uma aula de religião que se estendera até o anoitecer, ainda ouvia trocadilhos como “Luce... Lúcifer... alguma relação” vindos de Molly. No fim da aula Daniel fora pedir desculpas pelo outro dia sendo mais formal do que ela se lembrara. Ficara confusa não sabia o que fazer como agir perto dele. Imóvel assistindo ele se distanciar apareceu Penn, e depois Cam, que a presenteou com um colar.
As duas continuaram a estudar o passado de Daniel, sem muito êxito até encontrar uma cópia do cartão de biblioteca, de seu antepassado, com um título “Os guardiões: Mitos da Europa Medieval”, e foram à biblioteca. Lá encontraram Gabbe e Todd, trocaram suas farpas diárias de costume. Penn vira no sistema que o livro estava disponível, mas quando procuraram na biblioteca já não estava mais. Luce estava nervosa com as sombras que vira dessa vez tinha uma tonalidade diferente, era cinza, pensara que outros tipos de sombras estavam perseguindo-a. Um pensamento latente a consumia, como teria sido o passado de Daniel? Para tentar afastar tal estimulo pegara o livro “Dicionário dos Anjos”, entediada quase dormindo escutara o alarme de incêndio pensou ser uma simulação, mas conforme caminhava viu que realmente se tratava de um incêndio.
A fumaça da biblioteca levou-a diretamente à noite com Trevor ficara em pânico, aterrorizada com os flashes de imagens que possuíam sua mente. Luce sentiu Todd agarrar seu pulso e tentar guia-la a saída mais próxima, andaram um bom tempo pela densa fumaça até acharem a porta de emergência. Entraram em um corredor onde ela nunca havia estado. Começara entrar fumaça pela freta da porta, foi quando Luce olhou para cima notou uma legião de sombras que variavam do cinza ao negror mais profundo e cobria todo o teto. Todd se desesperou completamente, ela não sabia se ele podia vê-las, e não estavam nem perto da saída que dava para a noite. Sentia que estavam sendo levados sem ver a direção, havia algo peculiar no ar. A sombra os envolveu em golpe fazendo ela batera cabeça e desmaiar de dor.
“Daniel perguntou se estava com medo, vasculhara em sua mente porque sentiria medo se estava com ele. Não reconhecera o lugar e sentia cheiro de chuva, mas tinha certeza que não era a Sword e Cross. Um lugar onde conseguia conversar sem ser piadinha de mau gosto e sem rompantes. Ele estava doce, gentil, parecia um casal de séculos enquanto se beijavam notara algo semelhante ao veludo nas costas dele eram asas. As asas batendo lentamente tomava quase todo o campo de visão dela até que olhara para baixo e vira o chão a vários metros abaixo deles”.
Foi mais um sonho de tantos outros com Daniel, percebera.
Olhara em volta e percebeu que estava no hospital com uma Gabbe que era toda atenção com ela. Confusa com o comportamento de Gabbe, sua explicação de como fora encontrada na biblioteca, Ariane apareceu subitamente de patins levando bebidas. Luce acreditava que só poderia estar em um delírio muito surreal diante de tal cena. Descobria que Todd morrera segundo os laudos por fratura na nuca, mas para ela foi quanto ele vira as sombras agora tinha certeza. Penn também se junta á reuniãozinha se sentindo a notícia de capa de jornal. Foi quando citaram o nome de Daniel, que voltara lembrar o que a levou a biblioteca naquela noite. Logo a seguir veio Randy bradando a plenos pulmões que não poderiam ficar ali Luce vira Daniel, que estava perto da porta com uma expressão que julgou ser de preocupação, antes de serem enxotados. Ela teve um breve tempo com os pais, pois teve que tentar explicar o acontecido aos policiais. No tempo em ficara sozinha no quarto ficara pensando onde Daniel colhera aquelas flores que não brotavam na região da Geórgia.
Logo no primeiro dia em que chegou Luce já fora apresentada a realidade da Sword e Cross. Fora privada de seu celular e qualquer e qualquer eletrônico, isso significava não poder falar com Callie, sua melhor amiga na Dover, mas tinha direito a um telefonema por semana no salão principal. Um garoto com olhos verdes se ofereceu para explicar como eram as coisas por lá, mas, a atendente que ela concluiu que fosse mulher vetou com a desculpa que ninguém teria moleza e continuou a falar bem sucintamente. O dormitório era grande e quadrado parecia ainda mais feio que no site em que vira. Enquanto lhe diziam qual quarto ficaria Luce, tentava processar o porquê que não estava na casa dos pais em Thunderbolt.
Durante todo verão fora assombrada pelas lembranças do incidente, evidente que algo estranho havia se sucedido e todos queriam saber o quê. As regras na instituição não ajudavam a se sentir melhor. Ariane fora apresentada a Luce pela atendente logo depois apareceu um garoto de olhos verdes, Cam.
Ariane, revelara o nome da atendente, Randy, em tom zombeteiro disse que era uma diversão à parte ficar especulando o que os funcionários da daquele lugar eram.
Perguntaram a Luce o que fizera para parar ali. Ela queria enterrar o passado, precisava fazer isso em algum momento. Pensava que sempre vira formas sombrias na escuridão, quando tinha sete anos perguntou ao pai ‘porque não tinha medo deles’. A insistência no assunto a fez ir a vários médicos, tomar remédios fortíssimos. Aos quatorze anos decidiu abandonar por conta própria os remédios, foi então que a levaram a um psiquiatra, vendo que o caldo iria engrossar, revolveu agir normalmente assim só teria que voltar ao lugar temeroso umas duas vezes ao mês. Evitava os lugares onde as sombras haviam aparecido antes como florestas densas e águas. Ariane vendo iria ter resposta da pergunta que fizera, deliberou que ia cortar o cabelo igual ao de Luce. Tirou da bolsa um canivete suíço e pedira para Luce cortar. Vira as marcas no pescoço dela perguntara o que era, mas, Ariane também não respondera que aconteceu. Explicara a como era a vida na instituição e as aulas com seu jeito espontâneo de ser. Apresentara o ginásio que se parecia mais com uma igreja, andando pelo terreno do reformatório Luce vira um cemitério da Guerra Civil.
Ariane arrastara para uma espécie de festa, onde ela não conseguira tirar os olhos de um garoto de cachecol vermelho, Daniel Grigori, que estava com Roland. Segundo Ariane, Roland era o cara que conseguia qualquer tipo de coisa. Os olhares se encontram entre Luce e Daniel, teve a sensação que o conhecia de algum lugar, até ele levantar o dedo médio para ela.
O sinal tocara e fora puxada por uma Ariane tagarela, mas antes de entrar na sala vira que ele a observava. Dentro da sala de aula o ambiente não era nada convidativo, cada uma com seu grupinho, Ariane de pulando de grupo em grupo até chegar a Cam, que comentara sobre seu a cabelo e ela deu os creditos a Luce, recebera dele uma palheta verde com o número do quarto dele. Luce via uma rixa entre Ariane e Cam. Durante a aula ele não tirava os dela. Não demorou muito para perceber o que Ariane dissera sobre as aulas era verdade, iria ficar um bom tempo assistindo as aulas do Sr. Cole, era um inferno.
Na hora do almoço o clima não era lá essas coisas, além não entender o porquê toda vez que olhava para Daniel ficara encantada. Nesse meio tempo escorregou e derrubou a bandeja de uma Molly furiosa, assim houve uma serie de acontecimentos: Ariane de um soco nela logo a seguir começou a receber choques que vinha da pulseira que usava como punição. Rudy aparecera e segurou Molly, e passara detenção que era estar no cemitério ao amanhecer. No segundo seguinte depois de Randy, sair Molly jogara o prato de bolo de carne em cima da cabeça de Luce, que saíra correndo depois de ver Daniel acompanhar toda aquela cena. Pensara em pegar seu velho carro e sair Por ai com o som alto, mas, havia um pequeno detalhe, os alunos daquela instituição podiam ter carros. O único lugar em que podia ir era o banheiro, lá conheceu Penyweather Van Sycle-Lockwood, ou simplesmente Penn, ajudara a se limpar. Ela tinha suas desconfianças em relação a Penn, depois de tudo acontecera até aquele momento. Penn, contara que era filha do zelador que morreu uns dois anos e fora enterrado no cemitério de lá.
Ao escurecer Luce, finalmente fora para seu quarto de número sessenta e três, nunca teve tanta privacidade. Estava sentindo falta sua vida anterior, se sentindo derrotada.
Bateram em sua porta, mas quando foi ver só encontrara um aviãozinho de papel com um seta, enquanto andara na direção indica, parou para ver o pôster de um músico que conhecia a porta que continha tal pôster era de Roland Sparks. Percebeu que a porta do quarto de Ariane ficava em frente a Roland. Na porta dela encontrou um bilhete dizendo que estava na enfermaria e que deixasse para outro dia.
Finalmente lhe parece que encontrara um lugar aconchegante, a biblioteca, com uma bibliotecária legal, a Srta. Sophia (na opinião dela depois do dia estranho que estava tendo). Andava pelos corredores da biblioteca quando algo passa por cima de sua cabeça, as sombras iam e vinham, mas tinha algo diferente então seus olhos encontraram Daniel, que se encontrara de costa para ela debruçado na janela. Sabia que não devia espia-lo por trás.
Lembrou-se do sonho que teve antes... Parecia outra época um garoto desenhando que ela ficara espiando-o por trás com medo que a descobrisse.
As sombras voltaram Luce, continuava a ir em direção a Daniel sem se dar conta. Pensava ter visto sua imagem desenhada no bloco de papel, mas era uma paisagem mais especificamente a vista do cemitério pela janela.
Daniel se incomodara com a presença de Luce, guardou suas coisas e quando passou por ela sentiu um choque de calor se olharam, mas antes que ela pudesse falar ele se foi rapidamente. Luce ficara ali sentindo o calor deixar seu corpo.
No dia seguinte acabara perdendo a hora do castigo e correra até o cemitério com a única instrução de recebera vagamente de estar no cemitério ao raiar do sol. Penn apareceu e disse qual lugar do cemitério ir. A Srta. Tross... a Albatroz estava impaciente o com seu atraso e mandou se juntar aos outros, mas não sem antes um disputa entre Cam e Ariane, sobre quem ficaria com Luce. O castigo era aparentemente simples, limpar túmulos e mausoléus. Entre provocações sarcásticas de Ariane e olhares a “Daniel”, Molly veio por trás dizendo para ficar longe dele, que não seria uma boa ideia. Luce, atordoada queria sair correndo dali, mas vira Daniel se aproximando e perguntara se o que Molly disse, ela enrolara e fez o gesto de estalar os dedos. Daniel segurou suas mãos e soltou um ar de reprovação como se ele reconhecesse aquele gesto. O toque em suas mãos a fez a um leve rubor sua face. Ficara pensando se quis dizer qualquer um ou só ela, porque se fosse com relação a ela isso já haviam se encontrado em algum momento. Para Luce era logicamente impossível, pois ela nunca o vira antes. Conseguira finalmente a responder o que ele havia perguntado e achou um bom conselho o que Molly dissera. Luce vira a sombras em cima deles, ele vira sua cara de pânico, mas ela fingiu disfarçar. Então Daniel se aproximara ainda mais e perguntara de iria seguir o conselho de Molly, mais parecendo um flerte. Ela sussurrara “um acho que sim”, sem forças vendo outra em cima deles. Uma estátua despencou na direção deles, Daniel puxou-a para si e a protegeu, mas foi Cam quem a ajudou a se levantar e verificar se não havia se ferido. Todos ficaram espantados como acontecido menos a Srta. Tross.
Luce teve o seu primeiro telefonema desde que chegara a Sword e Cross, ligara para Callie, sua melhor amiga. Callie atendera ao telefonema já histérica que Luce não dera notícias esses dias. Para ela era reconfortante ouvir a tagarelice da amiga, pena que passou tão rápido e Cam já esperava do lado de fora da cabine. Conversando com Cam, eis quem surge fazendo sons horríveis, as sombras. Queria que não prestasse tanta atenção nela nessas horas, queria alguém aparecesse, queria Daniel Grigori. Quando ele apareceu às sombras se esgueiraram para a noite e desapareceu. Cam convidou-a para uma festa que iria ser no quarto dele, ela aceitara quando viu Daniel assentir.
Luce conhece o que a Sword e Cross chamavam de Social, um auditório velho e poeirento com sessões de filmes pra lá de batidos. Durante o filme retornara a ver as sombras indo e vindo do teto até o contorno do telão, sentiu o medo enrijecer seus músculos, se agarrou em Ariane com a desculpa de estar com frio.
Estava meio receosa sobre a festa, principalmente sendo no quarto de Cam. Só entrara com Penn ao seu lado. Toda a atenção de Cam estava em Luce que se sentia confortável com ele até que, vira Daniel, ficaram se encarando como se não existisse mais nada em volta. Só voltara a realidade quando ouviu uma Ariane mais doida que o normal fazendo um brinde com seu nome. Divertiam-se muito com Roland e seu karaokê ao ponto de não verem Daniel saindo, logo depois ela fora atrás e ouviu a voz dele com Gabe, no corredor, pensara que foi uma briga de casal.
Acordara com os alto-falantes do corredor aos berros, da simpática, Randy dizendo que teriam uma avaliação física no ginásio e fora mandada para onde mais temia a piscina. Observando a decoração gótica, vira cruzes, algo escrito em latim, vários vitrais, supôs que em algum tempo aquele local fora uma igreja, que agora era utilizado como ginásio. Não prestava atenção no que a treinadora falava, sua cabeça estava cheia de ideias sobre Daniel e as sombras. Olhando para ele acontecera algo a Luce que até agora era impossível, as sombras a tocaram. Deparara-se próximo a ele, que perguntou como tinha saído da piscina dando a entende que sabia a resposta, mas desta vez fora diferente. Luce insistia em dizer que tinha a sensação de tê-lo visto antes (como em outras vidas). Daniel tentara disfarçar, mas não lhe parecia muito convincente, então pedira para olhar em seus olhos e dizer que nunca a vira antes e assim o fez. Alguma coisa dentro de Luce não acreditava nele.
Caminhando para outra aula Cam apareceu bloqueando seu caminho, a cada minuto com ele afastava-a mais e mais da aula do Sr. Cole. Convidara-a para um piquenique longe dos olhares dos outros mais especificamente no cemitério e garantiu que outra estátua não iria despencar desta vez. Entre provocações e conversas Luce sentia-se muito confortável em sua presença, ousou a deslizar suas mãos sobre as cicatrizes que ele tinha. Quando estavam milímetros um do outro, aparece Gabbe dizendo que Srta. Sophia queria saber onde estava. Logo depois entrara na biblioteca e a Srta. Sophia não comentara nada a respeito. Ela continuava a pensar em Daniel, mesmo depois do episodio do ginásio. É passado um trabalho para cada um pesquisar sobre suas arvores genealógicas, mas acabara digitando sem se dar conta “Daniel Grigori”.
Penn fora ao quarto de Luce oferecer sua ajuda para pesquisar melhor sobre Daniel, afinal era de semana e estava totalmente desocupada. Guiara-a até um porão da época da guerra civil, onde ficavam os arquivos, encontrara só uma pasta fina com as informações básicas. Uma coisa chamara a atenção, a foto de três anos atrás, ele não mudara nada e ele fora parar no reformatório por ‘delitos’ como atravessar fora da faixa de pedestre e coisas do gênero. Algo não se encaixava neste quebra-cabeça chamado Daniel Grigori.
Luce ficara pensando em como Molly soubera da sua história com Trevor, reforçando o aviso para ficar longe de Daniel.
Distraída na arquibancada levara uma bolada vinda de Roland, ela sentira um toque peculiar a envolver abrira os olhos e vira Daniel, com seus olhos cinzentos, verificou se estava bem e ainda fez piada com o incidente. Em seguida foram dar uma voltinha até uma clareira no final da floresta era cheio de cores vivas não se parecia com nada da Sword e Cross, Daniel também ganhara outra aparência uma espécie de bronzeado encantador. Ela nunca tinha visto um lugar como aquele tinha um lago com uma rocha no meio. Estranhara quando ele disse “vou deixar você ganhar dessa vez”, num tom de quem já falara mil vezes antes, percebendo que ela notara se corrigiu rapidamente se referindo à corrida na piscina. Nadaram até a rocha. Olhando-o assim, num ambiente mais leve, tinha quase a completa certeza que o conhecia e ele a fazia parecer uma tola insinuando que criara uma história com a intenção de prendê-lo a algo. Achara o clima entre eles muito estranho uma hora ele parecia frio, distante, noutra queria protegê-la. Instintivamente não conseguia crer na história em que ele contara, voltara a ficar frio e simplesmente saíra nadando para a margem do lago. Luce observou um brilho anormal em torno de seus braços, forçou os olhos um pouco mais e parecia ter visto asas.
No outro dia em uma aula de religião que se estendera até o anoitecer, ainda ouvia trocadilhos como “Luce... Lúcifer... alguma relação” vindos de Molly. No fim da aula Daniel fora pedir desculpas pelo outro dia sendo mais formal do que ela se lembrara. Ficara confusa não sabia o que fazer como agir perto dele. Imóvel assistindo ele se distanciar apareceu Penn, e depois Cam, que a presenteou com um colar.
As duas continuaram a estudar o passado de Daniel, sem muito êxito até encontrar uma cópia do cartão de biblioteca, de seu antepassado, com um título “Os guardiões: Mitos da Europa Medieval”, e foram à biblioteca. Lá encontraram Gabbe e Todd, trocaram suas farpas diárias de costume. Penn vira no sistema que o livro estava disponível, mas quando procuraram na biblioteca já não estava mais. Luce estava nervosa com as sombras que vira dessa vez tinha uma tonalidade diferente, era cinza, pensara que outros tipos de sombras estavam perseguindo-a. Um pensamento latente a consumia, como teria sido o passado de Daniel? Para tentar afastar tal estimulo pegara o livro “Dicionário dos Anjos”, entediada quase dormindo escutara o alarme de incêndio pensou ser uma simulação, mas conforme caminhava viu que realmente se tratava de um incêndio.
A fumaça da biblioteca levou-a diretamente à noite com Trevor ficara em pânico, aterrorizada com os flashes de imagens que possuíam sua mente. Luce sentiu Todd agarrar seu pulso e tentar guia-la a saída mais próxima, andaram um bom tempo pela densa fumaça até acharem a porta de emergência. Entraram em um corredor onde ela nunca havia estado. Começara entrar fumaça pela freta da porta, foi quando Luce olhou para cima notou uma legião de sombras que variavam do cinza ao negror mais profundo e cobria todo o teto. Todd se desesperou completamente, ela não sabia se ele podia vê-las, e não estavam nem perto da saída que dava para a noite. Sentia que estavam sendo levados sem ver a direção, havia algo peculiar no ar. A sombra os envolveu em golpe fazendo ela batera cabeça e desmaiar de dor.
“Daniel perguntou se estava com medo, vasculhara em sua mente porque sentiria medo se estava com ele. Não reconhecera o lugar e sentia cheiro de chuva, mas tinha certeza que não era a Sword e Cross. Um lugar onde conseguia conversar sem ser piadinha de mau gosto e sem rompantes. Ele estava doce, gentil, parecia um casal de séculos enquanto se beijavam notara algo semelhante ao veludo nas costas dele eram asas. As asas batendo lentamente tomava quase todo o campo de visão dela até que olhara para baixo e vira o chão a vários metros abaixo deles”.
Foi mais um sonho de tantos outros com Daniel, percebera.
Olhara em volta e percebeu que estava no hospital com uma Gabbe que era toda atenção com ela. Confusa com o comportamento de Gabbe, sua explicação de como fora encontrada na biblioteca, Ariane apareceu subitamente de patins levando bebidas. Luce acreditava que só poderia estar em um delírio muito surreal diante de tal cena. Descobria que Todd morrera segundo os laudos por fratura na nuca, mas para ela foi quanto ele vira as sombras agora tinha certeza. Penn também se junta á reuniãozinha se sentindo a notícia de capa de jornal. Foi quando citaram o nome de Daniel, que voltara lembrar o que a levou a biblioteca naquela noite. Logo a seguir veio Randy bradando a plenos pulmões que não poderiam ficar ali Luce vira Daniel, que estava perto da porta com uma expressão que julgou ser de preocupação, antes de serem enxotados. Ela teve um breve tempo com os pais, pois teve que tentar explicar o acontecido aos policiais. No tempo em ficara sozinha no quarto ficara pensando onde Daniel colhera aquelas flores que não brotavam na região da Geórgia.
No enterro de Todd ela sentia algo muito
estranho no ar. Cam puxou-a pela cintura com a proposta de conversar,
desabafar, talvez e indagou sobre o colar que a presenteara. Luce não sabia o
que sentir com Cam sendo tão prestativo, mas ele não era Daniel. Bastou se
afastar um pouco dele, que logo ouvira um “quer dar o fora daqui”, era Daniel,
aceitara de imediato. Chegando a entrada do cemitério Daniel começa a falar
sobre a proximidade dela Cam, Luce quis provoca-lo, mas viu a expressão seria
dele. Depois de discutir “quem seria bom o bastante para ela”, vira um
machucado ma testa que o fez afasta-la bruscamente. Caminharam para floresta,
mas ela não tinha medo estava com Daniel, foram ao lago onde tinha se encontrado
antes. Ele insinuara que a Sword e Cross não era para ela. Luce tirando
conclusões precipitadas do que ele achava falou sobre as sombras que via
tentando fazer graça, mas logo vira a expressão tensa no rosto dele. Foi então
que resolveu realmente explicar como as sombras surgiam e agiam elas não se
continham em apenas incomoda-la tinham tirado a vida de Todd. Luce demonstrava
em Daniel como as sombras a empurraram da última vez que a vira e ele acabara
caindo com susto e ela desequilibrou-se sobre ele. Ficaram se olhando como se
palavras não fossem o bastante. A essa altura Luce pensara que deveria mesmo
estar em hospital psiquiátrico. Daniel ficara extremamente pensativo, nas
outras vidas isso nunca havia acontecido e queria ouvir novamente o relato. Ela
esperava pelo tão sonhado beijo, mas ele já tinha ido embora. Era sábado Sword
e Cross e nunca ficara tão feliz em ver seus pais, fizeram piquenique, tentavam
pôr os assuntos em dia, com direito a carta de Callie, sua melhor amiga. Levara
seus pais para conhecer Penn, no trajeto observaram os olhares horrorizados
deles ao perceber a infraestrutura caindo aos pedaços do internato. Sentia-se
como farsante simulando aquele lindo dia como fosse assim todos os dias por lá.
Aproximando-se do cemitério com seus pais eis que surge Ariane, no seu jeito
louquinha de ser, que fora apresentado a eles e essa ela teria que explicar.
Num cansativo passeio pelos túmulos encontraram Cam, que deixara a mãe
encantada para desconforto dela e seu pai. No fim da tarde Luce quis falar com
seus pais para tirar ela dali, mas lembrou-se de Daniel e não tocou no assunto.
Despira-se de seus pais melosos. Em seguida acompanhou Penn até o túmulo de seu
pai, ela agradeceu a Luce pelo seu apoio.
Em um dia chuvoso e sem intervalos entre
as aulas, pensara que estava ficando louca de tanto matutar sobre o seu
conturbado relacionamento com Daniel, definitivamente não pensara em outra
coisa. Resolvera ir nadar para esfriar as ideias, no caminho encontrara Cam que
queria como sempre falar-lhe algo, mas ela conseguiu adiar e seguiu para o
ginásio. Lembrou-se do sonho que tivera como os dois, foi estranho, e acordara
ensopada de suor. Por breves momentos conseguira ter concentração no que
realizava, mas não durou muito tempo. Em meio a pensamentos Luce vira Penn na
borda da piscina que comentou como foi esquisito Cam ir falar com ela sobre a
amiga, tirando o fato que ele só era legal Luce. Mas o motivo real que levara
Penn a procura-la foi porque encontrara algo sobre o livro dos Grigori. A
biblioteca agora tinha mais odor fumaça e mofo. A Srta. Sophia estava muito
interessada em ajuda-las, pesquisando na internet encontraram várias
informações, historiadores rastrearam essa família até a Idade Média...
Diziam-se especializados em folclore sobre anjos caídos. Na pesquisa tinha
anjos de todos os tipos, os que iriam seguiriam Lúcifer; os que ficariam com
Deus; os que ficavam na Terra entre os humanos... Luce recordou do sonho que
teve com Daniel recentemente. Começara a copiar de um site que dizia: “O clã
Grigori”, e mais outras coisas. Daniel aparecera fitando em direção aos ombros
de Luce, onde estava Cam, que ela só percebera quando pulou de medo da
tempestade. Cam beijou-a descaradamente na frente de Daniel que resolveu
impedir e começaram uma briga no meio da biblioteca. Por fim foram terminar a
luta no pátio e as meninas ficaram observando da janela. Instantes depois o Sr.
Cole foi separar com direito a bronca e tudo. Penn abrira a caixinha que Cam
dera a Luce e dentro tinha só um bilhete dizendo: “Me encontre amanhã depois da
aula. Estarei esperando nos portões. C.”.
Esperava Cam no local marcado quando
encontrara ou bilhete dizendo que um carro estaria a sua espera á noite. Ela só
concordara em vê-lo para dizer que seriam só amigos, nas melhores das
hipóteses. Sentia-se uma imbecil por pensar que ele só queria conversar. Ao avistar
o tal carro aproximando-se ficara temerosa de entrar, até que o motorista
entregou-lhe outro bilhete que dizia que os “vermelhos” estavam com fita isolante
e cuidara de todos os detalhes. Ainda assim hesitara, porém entrara no sedã
preto, que levou-a barzinho que na porta estava escrito Styx, a mão. Cam estava
a sua espera. Lembrara a todo instante do motivo que a levara estar naquele
nojento. Ela tentou devolver o colar, mas ele não quis entender. Entrara na
espelunca, desculpava-se pelas suas indiscrições e pela luta com Daniel.
começara a ver uma enorme sombra em cima dele, cada vez mais alternando seu
tamanho, Luce perdera a cor, sentia um frio glacial. Cam puxara um cara para
briga. Enquanto isso as sombras cresciam no teto e caíam como tentáculos perto
de suas cabeças. Cam acabou o homem em um único golpe. Luce espantou-se e saíra
correndo e deu de cara direto com “Daniel”, que checara se estava e saíram
daquele estranho lugar. Não queria olhar para trás com medo fora o cheiro de
enxofre que sentia. Quando Daniel olhara para o céu as sombras se dissiparam,
algo que ela nunca tinha visto acontecer. Na acreditava no que vira, na
situação em que se metera, só sabia que estava com “Daniel”. Exigia uma
explicação de como ele sabia onde a encontrar. No carro longe das sombras e de
tudo reparou que ele estava vestido com a roupa da Guerra Civil, mas conteve o
riso. Não deixara explicar como ela meteu-se naquela situação e ainda dissera
que ela era dele. Saíra do carro ignorando-a estava pensativo. Ela não tinha
noção do que estava acontecendo nem do que iria suceder. Encostara Daniel no
corrimão da calçada com seu ataque histérico sobre ele nunca falar algo
relevante a ela. De repente interrompeu-a os se aproximaram e beijaram-se
longamente como se os corpos se conhecessem há milênios. Quando Daniel
afastara-se dela ficara extremamente surpreso, (geralmente quando eles chegavam
a se beijar ela morria), desesperou-se entrara numa espécie de pânico repetindo
como um mantra “Eles vão conseguir tirar você de mim. Não tenho como impedir.”
Para Luce isso soava familiar como um pedaço de um sonho que não conseguia
lembrar.
No caminho para o internato adormecera,
Daniel carregara-a nos braços até o quarto dela e ficou observando-a até ela
dormir. Luce perdera a hora completamente acordara só a tarde. Encontrara dois
bilhetes embaixo da porta, como previra um era de Cam outro de Daniel.
Deliberara ir até Cam primeiro explicar as coisas para depois ficar com
“Daniel”, pelo menos assim pensara. Cam não facilitara para ela tornando-se
possessivo e cínico quando Luce tentava explicar o que houve entre ela e
Daniel. Cam não acreditava que eles se tocaram, diziam que era impossível e a
beijou quase a força ela tentara fugir, mas ele a alcança agarrando-a e
erguendo ela do chão. Então parece Gabbe e Daniel, o que Luce pensara que fosse
um resgate se transforma numa luta entre Gabbe e Cam e ela aconchega-se em
Daniel. Estava boquiaberta assistindo Gabbe lutar, não imaginava como era
possível. Daniel a levou para um canto do cemitério que ela nunca vira, tinha
pessegueiros e lugar para sentar, lá ele decidira contar a história toda mesmo
se engasgando com as palavras e vendo de certo modo a descrença dela. Revelara
que era imortal, que ela só vivia até dezessete anos, que a cada dezessete anos
eles se encontravam de alguma maneira e apaixonavam, e geralmente quando eles
se tocavam ela morria... Luce ainda duvidara que reencarnasse a cada ciclo e
dele ser imortal, mas algo dentro dela sabia que conhecia-o muito antes de
vê-lo na Sword e Cross. Daniel listara os lugares onde a encontrara antes:
Corcovado no Rio, Rio Jordão perto de Jerusalém, Itália, São Petersburgo,
Escócia, Cidade do Cabo, Londres, Taiti, Melbourne, Tibete... Ela não estava se
sentindo bem com tantas informações. Segundo ele era sempre assim antes dela
partir, mas dessa vez era diferente ela continuava viva. Isso não apagava a
culpa que ele sentia. Se antes ela achava que estava ficando louca agora tudo
começava fazer sentido.
Luce
vira seu mundo virar 180°, só queria ficar em seu quarto tentando pôr as ideias
no lugar. Ao acordar a primeira que viu foi o livro que tanto procurara e um
bilhete de Daniel dizendo que ela precisara ler urgentemente. Então abrira-o e surpreendeu-se
enormemente com a data da foto de 1854. Na foto estava Daniel com alguma versão
dela, lembrara-se dos sonhos que havia tido era a mesma mulher na fotografia.
Era ela. Fora correndo para a biblioteca com o livro em busca de respostas e de
Penn, mas encontrara Ariane e Roland. Mais adiante encontrara a Srta. Sophia
que percebera que Luce estava meio agitada e ela começara a falar o que a perturbava,
mas não preciso a bibliotecária vira o livro que Luce estava nas mãos e
intrigou-se com o fato. Luce tagarelava sem parar sobre o tal encontro que
acabara tendo com Daniel até chegar à parte onde tocaram-se, Srta. Sophia a
interrompe bruscamente dizendo ser impossível e começara a pesquisar agilmente
entre as páginas do livro. “Vocês estão amaldiçoados”, dissera ela numa voz
cínica. Luce não ouvira mais estava em estado de torpor. Cada vez mais a
bibliotecária fazia mais perguntas a fim de saber o quanto Daniel revelara e
Luce divagava meio confusa o que ele havia contado-lhe.
Ela precisava encontra-lo sentia que havia
alguma parte da história ainda faltara. Ao sair para a noite sentiu um
formigamento desconfortável causado pelas sombras. Avistara Penn perto dos
portões do cemitério apavorada com a sensação de que algo horrível iria
suceder. O cheiro de enxofre empesteava o ar.
Luce correu até a parte mais funda do
cemitério deparando-se com uma tempestade de raios em terra firme e com
nuvens-sombras de gafanhotos. Descera ainda mais até encontrar Daniel. Queria
gritar que acreditava em tudo em ele dissera e pedir desculpas por tê-lo
abandonado inúmeras vezes. Ele a pegou nos braços era inegavelmente boa à sensação
de aconchegar-se nele. Ficara estarrecido quando ela falara que ele era um anjo
e contara todos os sonhos que teve com ele tudo num único fôlego. Perguntara
por que ela a escolheu mesmo reencarnando ainda continuava a ser uma simples
mortal. Daniel empalidecera com tal pergunta. Ficou realmente surpreso de
poderem se tocar e de ela poder ver as sombras que na verdade chamavam-se
anunciadores, explicara. Finalmente matara a charada de quem escrevera o livro
dos guardiões fora seu amado. Srta. Sophia veio apontando sua direção logo após
Penn. Eles beijaram-se como se nada mais existisse na Terra. Contara porque
demorou falar quem realmente era um anjo, por um simples motivo medo de
perdê-la novamente e ter que esperar mais uma vida para encontra-la. A Srta.
Sophia interrompe os pombinhos, mas Luce aflita acaba se declarando em voz alta
a “Daniel” e seus olhos brilharam. Cam surgira com aplausos entrecortados e
debochando da cena que acabara de assistir. Insetos surgiram como sombras com
som aterrorizante rodeando-os e se posicionando atrás de Cam que mantinha um ar
debochado para o casal. Afirmava que ela morreria para todo sempre e Daniel
ficaria se culpando previsivelmente como sempre fizera. Luce tornou-se uma mera
espectadora assistindo o diálogo entre Cam, Daniel e Srta. Sophia sem entender
que língua era. Por fim, aparecera Ariana e Gabbe dizendo que algo havia mudado
nesta versão de “Luce” e que o ciclo tinha se quebrado, que realmente poderia
ser o fim. Ela continuara sem compreender o quão grave poderia ser. Fora retira
dali meio febril por Srta. Sophia e Penn alegando que seria para sua própria
segurança. No caminho um raio negro abriu uma fenda gigantesca na terra. Logo
após escutara o grito de Penn que fora atingida por algo negro e sendo carregada
pela Srta. Sophia. Luce fica intrigada com o fato ir para longe de Daniel,
queria estar ao seu lado não importava as circunstâncias. Chamas douradas
enchiam de luz o cemitério com sombras em formas de tentáculos. O machucado de
Penn deixava um rastro de sangue por onde passavam. A Srta. Sophia demonstrava
um comportamento estranho e ela tentara impedir que a bibliotecária cortasse o
a garganta de Penn, ficara estarrecida com tal atitude. Logo compreendera
porque o lugar estava totalmente fechado.
Ambientes assim deixavam-na claustrofóbica e
para piorar tinha uma lamina em seu pescoço. Sua mente disparava não podia
acreditar que confiara num ser tão amargurado e cruel. Luce fora levada
brutalmente até um altar, estava sendo preparada para o sacrifício. Srta. Sophia ansiava esta oportunidade havia bastante tempo. Lembrara-se quando vira a foto
de Daniel e tinha certeza que poderiam ficar juntos. Srta. Sophia falara que
queria acabar com o equilíbrio matando o casalzinho predestinado. “Você é louca”
dissera Luce. Nada que ouvia fazia sentido para ela. A bibliotecária revelara o
motivo de Luce não poder reencarnar novamente, simples, porque seus pais não
batizam-na e sem uma iniciação religiosa quebrou-se seu ciclo. Luce a vira o
brilho na lâmina sendo apontada para seu coração e se questionou se o tal amor
verdadeiro valeria tamanho esforço. Anjos romperam a claraboia no exato momento
em que adaga começara a perfurar sua pele, pensara que havia morrido e anjos
vieram seu encontro. Não estava morta, mas sim salva por anjos percebera. A imagem
de Daniel que ela tinha visto em seus sonhos finalmente tornou-se realidade
suas asas eram iridescente e macias. Uma pergunta rondava sua mente: como sempre
encontrava? Daniel rira quando fora perguntado se ele era seu anjo da guarda. Olhara
em volta e vira dois seres resplandescentes eram Ariane e Gabbe. Ariane
explicara que todos ali eram anjos caídos e a Srta. Sophia fazia parte de uma
ceita chamada Zhsmaelim. Daniel contara que existe dois lados, um mais
inclinado para um ser celestial e outro a Lúcifer. Uma guerra onde ninguém
vencia. Luce não compreendia no eu a quebra de seu ciclo de reencarnação
poderia afetar. Ariane prometera explicar as coisas aos poucos em ocasiões
distintas, para não correr o risco de Luce.
Era seu último amanhecer em Sword e Cross,
estaria longe dali em pouquíssimo tempo. O cemitério estava coberto de uma
poeira espessa que segundo Daniel era assim que ficava quando anjos lutavam. Luce
odiava a ideia de ir embora e não poder fazer uma cerimônia para sua amiga,
Penn, que morrera tentando ajuda-la. Daniel e Luce voaram até um local que dava
acesso a uma clareira onde havia um avião escondido. Pensara no que aconteceria
a Sword e Cross e o que diria a seus pais. No caminho ao pequeno avião eles
desfrutavam do momento a sós. Foram ao lago onde nadaram pela primeira vez. Nadaram
até uma rocha ficara no meio e ele dera a ela um medalhão que era dela a há
tempos atrás. Recomendara-lhe seguisse o seu instinto enquanto ele estivesse
ausente. Daniel achara que ali a despedida seria menos dolorosa. O Sr. Cole
iria leva-la a um lugar seguro enquanto Daniel acertaria umas pendencias que
ficaram por resolver na batalha. Ele iria procurar Cam. O avião decolara com
uma Luce cheia de dúvidas de como decifrar as memórias antigas. Sentia que de
alguma forma era o início de algo grandioso.
Daniel observava Luce dormir sem que ela
percebesse. Logo após Cam aparecera do lado de fora da cabana e entrara Daniel
esperava-o. Cam falara que teria matado Sophia e não deixado escapar como
fizera Daniel. A trégua duraria dezoito dias. Enquanto Luce sonhava com as mais
deslumbrantes asas, dois anjos sobre as vigas da cabana selavam um acordo
visando o que estava por vir.
Obs: quanto cito "Daniel" com aspas quero dizer de uma maneira melosa. Ou quando coloco, seu amado, casal, pombinhos...