Vivendo na Natureza Selvagem
Tudo Sobre o Documentário Kurt Cobain: Montage of Heck
Comentando Sobre os Filmes "O Jogo da Imitação" e "A Teoria de Tudo"
A História e Evolução do Heavy Metal no Mundo
Resumo do Livro: Quem É Voce Alasca - John Green
Livro: O Primeiro Telefonema do Céu
Hobbies que te Deixarão Mais Inteligente
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
domingo, 13 de dezembro de 2015
Suspense Garantido com a Série The Returned.
Apresento-lhes mais uma série de suspense viciante. Confira!!
Uma pequena cidade tem sua rotina completamente alterada
quando vários residentes locais, que se imaginava terem falecido há tempos,
reaparecem sem ter envelhecido um dia sequer. Sem saberem da própria
fatalidade, eles tentam retomar as próprias vidas, mas estranhos fenômenos e
assassinatos grotescos começam a ocorrer sem explicação.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Conheça o Li-Fi, a Tecnologia que Usa Luz para Transmissão de Dados.
Se você acha que sua internet é lenta, prepare-se, o grau de comparação só vai piorar. Cientistas da Estônia estão testando o Li-Fi, um novo tipo de transmissão de dados da internet. Testes feitos pela primeira vez fora de laboratórios registraram uma velocidade de 1 Gb por segundo, ou seja, cerca de 100 vezes mais rápido que a velocidade média do Wi-Fi.
A base do Li-Fi é que a passagem dos dados se dê por meio da luz. A técnica conhecida como VLC, sigla em inglês para Comunicação por Luz Visível, é considerada uma evolução do código morse. Luzes piscam em uma frequência imperceptível ao olho humano, mas que computadores conseguem identificar. As máquinas acabam decodificando os intervalos e transformam a piscadela em informação e comandos para serem executados pelos processadores.
A ideia já vem sendo estudada há alguns anos. Em 2011, o professor da Universidade de Edimburgo, na Escócia, Harald Haas, inventou a técnica. Segundo ele, a transmissão de dados por luz poderia ser usada nas mais diversas ocasiões, como em carros inteligentes (para que uma troca de dados entre os veículos evitasse acidentes), e na iluminação pública (transformando as lâmpadas na ruas em pontos gratuitos de internet). No mesmo ano, ele fez uma apresentação no TED, que você pode conferir abaixo:
A base do Li-Fi é que a passagem dos dados se dê por meio da luz. A técnica conhecida como VLC, sigla em inglês para Comunicação por Luz Visível, é considerada uma evolução do código morse. Luzes piscam em uma frequência imperceptível ao olho humano, mas que computadores conseguem identificar. As máquinas acabam decodificando os intervalos e transformam a piscadela em informação e comandos para serem executados pelos processadores.
A ideia já vem sendo estudada há alguns anos. Em 2011, o professor da Universidade de Edimburgo, na Escócia, Harald Haas, inventou a técnica. Segundo ele, a transmissão de dados por luz poderia ser usada nas mais diversas ocasiões, como em carros inteligentes (para que uma troca de dados entre os veículos evitasse acidentes), e na iluminação pública (transformando as lâmpadas na ruas em pontos gratuitos de internet). No mesmo ano, ele fez uma apresentação no TED, que você pode conferir abaixo:
Na verdade, se implementada com sucesso, isso pode significar só o começo. Em estudos feitos em laboratório, a velocidade do Li-Fi chegou a 224 Gigabites por segundo. Em termos práticos, isso significa que você conseguiria baixar games de última geração comoMetal Gear Solid V: Phanton Pain antes de completar a frase "preciso instalar um sistema de Li-Fi em casa".
Ainda não há datas específicas para que o sistema se espalhe mundialmente, porém, a comercialização já está engatinhando. Haas se juntou à Universidade de Edinburgo e criou a companhia PureLifi, que visa o avanço da tecnologia. Desde 2013 a empresa vem desenvolvendo produtos como o Li-1st, visam deixar as técnicas de Li-Fi disponíveis para o grande público, objetivo esse que pode ter se encurtado com a descoberta dos cientistas da Estônia.
Opinião:Até
funcionar de fato por aqui já estaremos século 22, ainda funcionando no
jeitinho brasileiro. É meio difícil acreditar que algo realmente possa
funcionar como em outros países! A descoberta é de fato genial e tão simples ao
mesmo tempo, luz a led! Ficarei feliz em me ver livre de roteadores que
espalham sinal para quem deve e não deve.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Livro: 9º Julgamento - James Patterson
Um maníaco impiedoso. Uma jovem mãe e seu bebê são cruelmente mortos dentro do estacionamento de um shopping. Sem testemunhas ou indícios da identidade do assassino, só resta à sargento Lindsay Boxer e ao seu parceiro, Rich Conklin, uma única pista: três letras escritas com batom vermelho no para-brisa do carro das vítimas. Um assalto sangrento. Em outro canto da cidade, a esposa de um astro de cinema é acordada por um ladrão que está fugindo com milhões de dólares em joias e pedras preciosas. Antes de conseguir chamar a polícia, ela é friamente assassinada e São Francisco fica em estado de histeria. A morte está próxima. Lindsay é convocada para o novo caso e tenta conciliar as duas investigações e o noivado com Joe Molinari, sempre afetado por seu relacionamento íntimo com Conklin. Em meio a toda a adrenalina, a sargento é obrigada a colocar a própria vida em risco para salvar a cidade antes que a lista de vítimas aumente.
Obs: Estou lendo este livro e realmente recomendo! As páginas viram sozinhas!
Obs: Estou lendo este livro e realmente recomendo! As páginas viram sozinhas!
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
domingo, 1 de novembro de 2015
Cine Pipoca 7.
Essas são melhoras apostas cinematográficas para o fim de ano.
Você também poderá gostar de: Cine pipoca 8.
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Trilogia Amada Imortal da Autora Cate Tiernan.
Primeiro livro de bem-sucedida trilogia, mistura fantasia sobre imortais a uma história moderna de jovem em busca de si mesma e de redenção. Questões de identidade e moralidade aparecem na trama, protagonizada pela imortal Nastasya. Nascida em 1551, acostumada a beber e sair para baladas cada vez mais loucas, ela perdeu o rumo. Suas conexões com outros imortais, interessados apenas em suas habilidades mágicas, a fazem partir em busca de um propósito. E o encontra em uma espécie de clínica de reabilitação para os de sua espécie, onde conhece um pouco mais sobre o próprio passado e cria importantes laços para o futuro.
Segundo livro de bem-sucedida trilogia, mistura fantasia sobre imortais a uma história moderna de jovem em busca de si mesma e de redenção. Questões de identidade e moralidade aparecem na trama, protagonizada pela imortal Nastasya. No último outono ela buscou refúgio em River’s Edge, uma espécie de retiro espiritual onde ela e outros imortais tentam estabelecer a paz com seu passado tortuoso. Porém, em vez disso, tudo o que Nastasya descobriu — além de que detesta acordar cedo numa cama dura para catar ovos de galinhas furiosas — é que ela não está segura em lugar nenhum. Nem mesmo ao lado do cara/viking/deus grego mais gato do mundo, Ryen, que ela ainda não descobriu se é sua ruína ou sua última chance de ter um amor.
Natasya está de volta a River’s Edge, ainda se recuperando dos eventos traumáticos de Cair das Trevas. E, quem sabe, de um entendimento com Reyn, o gato escandinavo que fez parte da horda que destruiu o castelo de seu clã e matou toda a sua família. Só que quando representantes das oito casas imortais aparecem mortos e drenados de seus poderes, e os irmãos de River chegam ao retiro, ela descobre que há coisas muito mais graves em curso.
domingo, 4 de outubro de 2015
Livro: Depois de Auschwitz - O Emocionante Relato de Uma Jovem Que Sobreviveu ao Holocausto.
Em seu aniversário de quinze anos, Eva é enviada para Auschwitz. Sua sobrevivência depende da sorte, da sua própria determinação e do amor de sua mãe, Fritzi. Quando Auschwitz é extinto, mãe e filha iniciam a longa jornada de volta para casa. Elas procuram desesperadamente pelo pai e pelo irmão de Eva, de quem haviam se separado. A notícia veio alguns meses depois: tragicamente, os dois foram mortos.
Este é um depoimento honesto e doloroso de uma pessoa que sobreviveu ao Holocausto. As lembranças e descrições de Eva são sensíveis e vívidas, e seu relato traz o horror para tão perto quanto poderia estar. Mas também traz a luta de Eva para viver carregando o peso de seu terrível passado, ao mesmo tempo em que inspira e motiva pessoas com sua mensagem de perseverança e de respeito ao próximo – e ainda dá continuidade ao trabalho de seu padrasto Otto, pai de Anne Frank, garantindo que o legado de Anne nunca seja esquecido.
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
A História e Evolução do Heavy Metal no Mundo.
Introdução
Heavy metal (ou
simplesmente metal) é um gênero do rock que se desenvolveu no
final da década de 1960 e no início da década de 1970, em grande
parte no Reino Unido e nos Estados Unidos. Tendo como raízes
o blues-rock e o rock psicodélico (psicadélico,
em português europeu), as bandas que criaram o heavy
metal desenvolveram um som massivo e encorpado, caracterizado por um
timbre saturado e distorcido dos amplificadores, pelas cordas graves da
guitarra para a criação de riffs e pela exploração de sonoridades em
tons menores, dando um ar sombrio às composições. O Allmusic afirma
que "de todos os formatos do rock 'n' roll, o heavy metal é a
forma mais extrema em termos de volume e teatralidade".
As primeiras bandas de heavy
metal como Led Zeppelin, Deep Purple e Black
Sabbath atraíram um grande público, apesar de muitas vezes serem
desdenhadas pelos críticos, um fato comum em toda a história do gênero. Em
meados dos anos 1970, o Judas Priest ajudou a impulsionar a evolução do
gênero suprimindo muito da influência
do blues existente; o Motörhead introduziu a
sensibilidade do punk rock e uma ênfase crescente na velocidade.
Bandas do New Wave of British Heavy
Metal como Iron Maiden e Saxon seguiram o mesmo
caminho. Antes do fim da década, os fãs de heavy metal vieram a ser
conhecidos mundialmente
como"metalheads", "headbangers", ou
"metaleiros" (no Brasil).
Durante os anos
1980, o glam metal tornou-se uma força comercial com grupos
como Mötley Crüe e Poison. O underground produziu
cenas mais extremas e estilos agressivos: o thrash metal invadiu
o mainstream trazendo à luz bandas como Anthrax, Megadeth, Metallica e Slayer,
enquanto outros estilos ainda mais pesados como o death metal e
o black metal permaneceram como fenômenos da subcultura
do metal. Desde meados da década de 1990, estilos populares como
o groove metal (ex.: Pantera) que combina metal extremo com hardcore
punk, e o nu metal (ex.: Slipknot), que incorpora elementos
de grunge e hip hop, ajudaram a ampliar a definição do gênero.
Características
O heavy metal se caracteriza
tradicionalmente por guitarras altas e distorcidas, ritmos enfáticos, um som de
baixo-e-bateria denso e vocais vigorosos. Os subgêneros
do metal tradicionalmente enfatizam, alteram ou omitem um ou mais
destes atributos. Segundo o crítico do New York Times Jon Pareles,
"na taxonomia da música popular, o heavy metal é a
principal subespécie do hard rock — o tipo com menos síncope,
menos blues, com mais ênfase no espetáculo e mais força
bruta." A típica formação da banda inclui um baterista,
um baixista, um guitarrista base, um guitarrista solo e
um cantor, que pode ou não também tocar algum dos
instrumentos. Teclados são por vezes usados para enriquecer o corpo
do som; as primeiras bandas de heavy metal costumavam usar
um órgão Hammond, enquanto sintetizadores se tornaram mais
comuns posteriormente.
A guitarra elétrica e o poder
sônico que ela projeta através dos amplificadores foi,
historicamente, o elemento chave do heavy metal. As guitarras
frequentemente são tocadas com pedais de distorção, por meio
de amplificadores de tubo com bastante overdrive, criando um som
espesso, poderoso e "pesado". Um elemento central do heavy
metal é o solo de guitarra, uma forma de cadenza. À medida que o
gênero se desenvolveu, solos e riffs mais sofisticados e complexos
tornaram-se parte integral do estilo. Guitarristas usam técnicas
como sweep-picking e tapping para tocar com mais
velocidade, e diversos estilos do metal enfatizam demonstrações
de virtuosismo. Algumas bandas influentes do gênero, como Judas
Priest e Iron Maiden, têm dois ou até mesmo três guitarristas que
partilham tanto a guitarra base quanto a solo. Uma característica importante é
o uso de escalas pentatônicas, exemplificado em bandas como Led
Zeppelin, Deep Purple ou Black Sabbath.
O papel principal da guitarra
no heavy metal frequentemente colide com o papel tradicional de líder
da banda (bandleader) do vocalista, o que cria uma tensão musical à medida que
os dois "disputam pela dominância" num espírito de "rivalidade
afetuosa". O heavy metal"exige a subordinação da voz"
ao som geral da banda. Refletindo as raízes
do metal na contracultura da década de 1960, uma
"demonstração explícita de emoção" é exigida dos vocais, como sinal
de autenticidade. O crítico Simon Frith alega que o "tom de voz"
do cantor do metal é mais importante do que as letras. Os vocais
do metal variam enormemente de acordo com o estilo, do enfoque
teatral, abrangendo múltiplas oitavas, de Rob Halford, do Judas
Priest, e Bruce Dickinson, do Iron Maiden, até o estilo rouco
de Lemmy, do Motörhead, e James Hetfield, do Metallica,
chegando até ao urro gutural de diversos vocalistas de death
metal.
O papel de relevo
do baixo também é crucial para o som do metal, e o intercâmbio
entre o baixo e a guitarra formam um elemento central do estilo. O baixo
fornece o som grave necessário para tornar a música
"pesada". As linhas de baixo do metal variam
enormemente em termos de complexidade, desde a manutenção de um
simples ponto pedal grave até servir como "alicerce" para
os guitarristas, dobrando riffs e licks complexos
juntamente com as guitarras base e/ou ritmo. Algumas bandas contam com o baixo
como um instrumento solo, um enfoque popularizado pelo baixista Cliff
Burton, do Metallica, no início da década de 1980.
A essência da bateria
do metal consiste em criar uma batida alta e constante para a banda,
usando a "trifeta da velocidade, força e precisão". A bateria
do metal "requer uma quantidade excepcional de resistência",
e os bateristas do estilo têm de desenvolver "destreza, coordenação e
velocidade consideráveis para tocar os padrões complexos" utilizados
no metal. Uma técnica característica da bateria do metal é
o abafamento do prato, que consiste na percussão de um prato seguida pelo seu
silenciamento imediato, através do uso da outra mão (ou, em alguns casos, da
própria mão que o percutiu), produzindo uma curta emissão sonora.
O setup da bateria do metal geralmente é muito maior do que o que é
utilizado em outras formas de rock.
Nas performances ao vivo
o volume — "um ataque sonoro", na descrição do sociólogo
Deena Weinstein — é considerado vital. Em seu livro Metalheads, o
psicólogo Jeffrey Arnett se refere aos shows de heavy metal como
"o equivalente sensorial da guerra." Logo após os primeiros
passos dados por Jimi Hendrix, Cream e The Who, as
primeiras bandas de heavy metal, como Blue Cheer, estabeleceram novos
marcos em termos de volume. Segundo o próprio vocalista do Blue Cheer, Dickie
Peterson, "tudo o que sabíamos é que queríamos mais força." Uma
crítica de um show do Motörhead de 1977 registrou como "o volume
excessivo figura com destaque particular no impacto da
banda." Segundo Weinstein, da mesma maneira que a melodia é
o principal elemento da música pop e o ritmo é o
principal foco da house music, som, timbre e volume poderosos são os
elementos-chave dometal; o volume excessivo teria como intenção "varrer o
ouvinte para dentro do som", fornecendo-lhe uma "dose de vitalidade
jovial". A fixação do heavy metal com o volume foi satirizada
no documentário de comédia This Is Spinal Tap, no qual um guitarrista
de metal alega ter modificado seus amplificadores para "irem até
o onze".
Relação com a
música clássica
Para o musicólogo Robert
Walser, ao lado do blues e do R&B, a "junção dos
estilos musicais díspares conhecidos... como 'música clássica'" foi uma
das principais influências do heavy metal desde os primeiros dias do
gênero. Segundo Walser, "os músicos mais influentes [do estilo] foram guitarristas
ou violonistas que estudaram a música clássica. Sua apropriação e adaptação dos
modelos clássicos foi a fagulha para o desenvolvimento de um novo tipo de
virtuosismo na guitarra e de mudanças na linguagem harmônica e melódica
do heavy metal". O Grove Music Online afirma que "a década
de 1980 trouxe uma adaptação geral da progressão de acordes e práticas de
virtuosismo dos modelos europeus do século XVIII, especialmente
de Bach, Richard Wagner e Vivaldi, por guitarristas
influentes como Ritchie Blackmore, Marty Friedman, Jason
Becker, Uli Jon Roth, Eddie Van Halen, Randy
Rhoads e Yngwie Malmsteen." Kurt Bachman
do Believer diz que "se feito corretamente, o metal e
música clássica ficam muito bem juntos. Música clássica e metal são
provavelmente os gêneros que tem mais em comum quando se trata de sentimento,
textura, criatividade.
Embora diversos
músicos de metal citem compositores clássicos como sua fonte de
inspiração, o metal e a música clássica têm suas raízes em tradições
culturais e práticas diferentes — a música clássica na tradição da música
artística, e o metal na tradição da música popular. Como notaram
os musicólogos Nicolas Cook e Nicola Dibben, "análises da música popular
por vezes também revelam a influência das 'tradições artísticas'. Um exemplo é
a associação feita por Walser da música heavy metal com as ideologias
e até mesmo com as práticas performáticas
do Romantismo do século XIX. No entanto, seria claramente errado
alegar que tradições como o blues,rock, heavy metal, rap ou dance
music derivam primordialmente da 'música artística'."
Visual
Tal como acontece em muitos gêneros populares, a
imagem visual possui uma grande importância no heavy metal. Além das
canções, a "imagem" de uma banda de heavy metal é
expressada na artes da capa dos álbuns, logótipos, cenários nas apresentações,
roupas e video-clipes. Várias bandas de heavy
metal como Alice
Cooper, Kiss, Lordi, Slipknot e Gwar, tornam-se
conhecidas, além de por sua música, por suas personae e papéis no
palco.
O uso de cabelos longos, de acordo com Weinstein, é
a "característica de distinção mais importante da
moda metal." Originalmente adotado pela subcultura hippie,
os cabelos usados nas décadas de 1980 e 1990 "simbolizavam o ódio,
angústia e desencanto de uma geração que nunca se sentiu em casa." de
acordo com o jornalista Nader Rahman. O cabelo comprido dava aos membros da
comunidade do metal "o poder de que precisavam para se rebelar
contra nada em geral."
O uniforme clássico dos fãs de heavy metal consiste
de "jeans azul, camisas pretas, botas de couro preto ou
jaquetas jeans... camisetas são geralmente estampadas com logotipos ou
outras representações visuais de suas bandas de metal favoritas"
Na década de 1980, a moda metal foi influenciada por
uma série de fontes, do punk, gótico e filmes de
terror. Várias apresentações de heavy metal nas décadas de 1970
e 1980 usavam instrumentos com formas diferentes e cores brilhantes para
melhorar a sua aparência no palco. A moda e estilo foi especialmente importante
para as bandas deglam metal da época, que usava cabelos longos e tingidos,
maquiagem, roupas espalhafatosas, incluindo pele de leopardo, jeans e
calças de couro apertadas; e acessórios como tiaras e joias. Pioneiros
no heavy metal japonês, o X Japan utiliza um visual
conhecido como visual kei, que inclui trajes, cabelo e maquiagem
elaborados.
Subcultura
Deena Weinstein afirma que o heavy
metal sobrevive muito mais que outros gêneros de rock em grande
parte devido ao surgimento de uma intensa, excludente e forte subcultura
masculina. Embora os fãs de heavy metal sejam em grande parte
jovens, brancos, do sexo masculino e da classe trabalhadora, costumam ser
"tolerantes com aqueles que estão fora de sua base
demográfica". A identificação como subcultura não é somente pela
experiência compartilhada em concertos e elementos comuns de vestimenta, mas
também com publicações direcionadas exclusivamente ao gênero e mais
recentemente, websites.
A cena do metal tem sido
caracterizada como uma "subcultura da alienação", com seu próprio
código de autenticidade. Este código coloca várias exigências sobre os
artistas: eles devem parecer completamente dedicados à música e leais à
subcultura que a suporta; devem parecer desinteressados em apelo popular
e hits de rádio e nunca devem "se vender". Isso
promove uma "oposição à autoridade estabelecida e separação do resto da
sociedade." Estudiosos de heavy metal notaram a tendência
dos fãs em classificar e rejeitar alguns artistas (e outros fãs) como
"posers" "que fingem ser parte da subcultura mas são
considerados sem autenticidade e sinceridade."
A
evolução do metal
Antecedentes: fim dos anos 1950 e meados da década de 1960
Antecedentes: fim dos anos 1950 e meados da década de 1960
Enquanto o estilo de guitarra típico do heavy
metal, construído em torno de riffs e acordes pesados e distorcidos,
pode ter suas origens encontradas nos instrumentais do americano Link
Wray, no fim da década de 1950, a linhagem direta do gênero se inicia
no meio da década seguinte. O blues americano se tornou uma
grande influência para os primeiros músicos do gênero na Grã-Bretanha, e
bandas como Rolling Stones e The Yardbirds desenvolveram
o blues-rock, gravando covers de muitas canções clássicas
doblues, frequentemente acelerando seus andamentos. À medida que
experimentavam com a música, estas bandas britânicas influenciadas
pelo blues — e as bandas americanas que elas influenciavam, por
consequência — desenvolveram o que se tornaria posteriormente a marca
registrada do heavy metal, em especial o som alto e distorcido da
guitarra. O Kinks desempenhou um papel crucial ao popularizar
este som em seu hit de 1964, "You Really Got Me".
Uma contribuição significante para este
som emergente nas guitarras era a microfonia, fenômeno facilitado por uma
nova geração de amplificadores que surgia. Além de Dave Davies,
do Kinks, outros guitarristas, como Pete Townshend (The Who)
e Jeff Beck (Tridents), experimentavam com a microfonia. Enquanto
o estilo de bateria do blues-rockconsistia, na maior parte das
bandas, de batidas simples, shuffle, em kits pequenos, os
bateristas passaram a usar gradualmente técnicas mais vigorosas, complexas e amplificadas,
para se equiparar e poder ser ouvido diante do som cada vez mais alto da
guitarra. Os vocalistas passaram também a modificar, da mesma maneira, sua
técnica, aumentando sua dependência na amplificação, e muitas vezes tornando
sua performance mais estilizada e dramática. Em termos de volume, especialmente
nas apresentações ao vivo, a postura da banda britânica The Who e sua
"parede de Marshalls" foi seminal. Avanços simultâneos na
amplificação e na tecnologia de gravação tornaram possível capturar com sucesso
em disco o peso deste novo enfoque que surgia.
A combinação do blues-rock com
o rock psicodélico formou boa parte da base original
do heavy metal. Uma das bandas mais influentes nesta fusão de gêneros
foi o power trio Cream, que formou um som característico, pesado e
maciço, através de riffs em uníssono tocados pelo
guitarrista Eric Clapton e o baixista Jack Bruce, bem como o uso
extensivo dos bumbos de Ginger Baker. Seus dois
primeiros LP, Fresh Cream (1966) e Disraeli
Gears (1967), são tidos como protótipos essenciais do futuro estilo. O
álbum de estreia do Jimi Hendrix Experience, Are You
Experienced (1967), também foi extremamente influente. A
técnica virtuosística de Hendrix seria emulada por muitos
guitarristas do metal, e o single de maior sucesso do álbum,
"Purple Haze", é identificado por muitos como o
primeiro hit do gênero. As bandas de acid rock, uma
vertente do rock psicodélico, ajudaram a definir o heavy metal; e as
bandas do gênero que não deixaram de existir acabaram por se tornar bandas
de heavy metal, como o Blue Cheer e o Steppenwolf.
Origens: fim da década de 1960 e início da década
de 1970
Em 1968 o som que se tornaria conhecido
como heavy metal começou a coalescer. Em janeiro daquele
ano Blue Cheer, uma banda de São Francisco, Califórnia, lançou
umcover do clássico de Eddie Cochran, "Summertime Blues",
retirado de seu álbum de estreia, Vincebus Eruptum — canção que
muitos consideram a primeira gravação legítima de heavy
metal. Naquele mesmo mês outra banda americana, Steppenwolf, lançou
seu álbum de estreia, que continha o clássico "Born to Be Wild", cuja
letra se refere ao termo "heavy metal". Em julho daquele ano,
duas outras gravações que marcaram época foram lançadas: "Think About
It", dos Yardbirds — lado B do último single da banda
— com uma performance do guitarrista Jimmy Page que antecipou o
estilo de metal que lhe tornaria
famoso; e In-A-Gadda-Da-Vida, do Iron Butterfly, com
sua faixa-título de 17 minutos, um dos principais concorrentes pelo
título de primeiro álbum de heavy metal. Em agosto, a versão single de
"Revolution", dos Beatles, com sua bateria e guitarra
reverberantes, levou estes novos padrões de distorção a um contexto de alta
vendagem.
O Jeff Beck
Group, cujo líder havia sido o antecessor de Page nos Yardbirds,
lançou seu álbum de estreia naquele mesmo mês; Truth continha alguns
dos "ruídos mais derretidos, farpados e absolutamente divertidos de todos
os tempos", abrindo caminho para gerações de guitarristas do
gênero. Em outubro a nova banda de Page, Led Zeppelin, tocou pela
primeira vez ao vivo. Em novembro o Love Sculpture, do guitarrista Dave
Edmunds, lançou Blues Helping, onde interpretavam uma versão agressiva e
pulsante da "Dança do Sabre", do compositor de música
clássica armênio Aram Khachaturian. O chamado Álbum
Branco dos Beatles saiu no mesmo mês, e continha "Helter
Skelter", uma das canções mais pesadas já lançadas por uma banda até
então. A ópera rock S.F. Sorrow, da
banda inglesa The Pretty Things, foi lançada em dezembro, e
apresentava canções de "proto-heavy metal", como "Old Man
Going."
Em janeiro de 1969 o Led Zeppelin lançou
o seu álbum homônimo de estreia, que atingiu o 10.º lugar
na parada de sucessos da revista americana Billboard. Em
julho, o Led Zeppelin e um power trio inspirado no Cream, porém com um som mais
cru, o Grand Funk Railroad, tocou no Atlanta Pop Festival. Naquele mesmo
mês outro trio com raízes no Cream, liderado por Leslie West,
lançouMountain — um álbum repleto de guitarras pesadas de blues-rock,
e vocais rugidos. Em agosto, o grupo — que a esta altura se chama Mountain —
tocou um set de uma hora no Festival de Woodstock. O álbum
de estreia do Grand Funk, On Time, também saiu no mesmo mês. No
outono o álbum Led Zeppelin II atingiu a primeira posição, e o
seu single "Whole Lotta Love" chegou à quarta posição na parada pop da Billboard.
O Led Zeppelin
definiu aspectos centrais do gênero que emergia, com o estilo altamente
distorcido de guitarra de Page, e os vocais dramáticos e lamuriosos de Robert
Plant. Segundo o Allmusic, o Led Zeppelin foi a banda definitiva do
gênero, não apenas pela sua interpretação agressiva e pesada do blues, mas
também por terem incorporado a mitologia, o misticismo e uma variedade de
outros gêneros ao seu som. Ao fazer isso, eles teriam estabelecido o formato
dominante do gênero. Outras bandas, com um som de metal mais
"puro", mais consistentemente pesado, também se revelariam igualmente
importantes na codificação do gênero. Os lançamentos em 1970 do Black
Sabbath (Black Sabbath e Paranoid) e Deep Purple(In Rock)
foram cruciais neste ponto. O Black Sabbath havia desenvolvido um som particularmente
pesado, em parte devido a um acidente industrial que o guitarrista Tony
Iommi havia sofrido antes de cofundar a banda, e feriu sua mão; incapaz de
tocar normalmente seu instrumento, Iommi tinha que utilizar afinações mais
graves em sua guitarra, para que seus dedos pudessem alcançar as notas
desejadas, e usava power chords, que exigiam dedilhados mais
simples. O Deep Purple, que havia flutuado entre diversos estilos no seu
início, foi levado rumo ao heavy metal, com a entrada, em 1969, do vocalista Ian
Gillan e do guitarrista Richie Blackmore. Em 1970 o Black
Sabbath e o Deep Purple conseguirem grande sucesso nas paradas britânicas com
"Paranoid" e "Black Night", respectivamente. Naquele
mesmo ano, três outras bandas britânicas lançaram álbuns de estreia no
estilo: Uriah Heep, com Very 'eavy… Very 'umble, UFO,
com UFO 1, e Black Widow, com Sacrifice. O Wishbone
Ash, embora não fosse comumente identificado como metal, introduziu um
estilo duplo de guitarra-solo/guitarra-base que muitas bandas de metal das
gerações posteriores adotariam, enquanto a banda Budgie trouxe o
novo som dometal para um contexto do power trio. As letras e o
imaginário de ocultismo empregados por bandas como Black Sabbath,
Uriah Heep e Black Widow se provariam particularmente influentes; o Led
Zeppelin também começou a experimentar com estes elementos em seu quarto
álbum, lançado em 1971.
No outro lado
do Atlântico quem ditava as tendências era o Grand Funk Railroad,
"a banda de heavy metal mais bem-sucedida dos Estados Unidos
desde 1970 até o seu fim, em 1976, [eles] estabeleceram a fórmula de sucesso
dos anos 1970: turnês contínuas." Outras bandas identificadas com
o metal surgiram nos Estados Unidos, como Dust (primeiro LP em
1971), Blue Öyster Cult (1972), e Kiss (1974).
Na Alemanha, o Scorpions estreou com Lonesome Crow, em
1972. Richie Blackmore, que havia despontado como um solista virtuoso em Machine
Head (1972), do Deep Purple, abandonou o grupo em 1975 para formar
o Rainbow. Estas bandas construíram seu público através
de turnês constantes, e shows cada vez mais
elaborados. Como mencionado anteriormente, no entanto, ainda existe muito
debate acerca de quais bandas merecem realmente o rótulo de "heavy
metal", e quais se encaixam apenas na categoria do "hard rock".
Aqueles que estão mais próximos das raízes do estilo, no blues, ou que dão
maior ênfase à melodia, costumam receber a segunda categorização. O AC/DC,
que estreou com High Voltage, em 1976, é um exemplo; seu verbete
na enciclopédia de 1983 da Rolling Stone se inicia com
"a banda de heavy metal australiana AC/DC…" O
historiador do rock Clinton Walker escreveu que "chamar o AC/DC
de uma banda deheavy metal nos anos 1970 era tão pouco preciso como é hoje
em dia.... [Eles] eram uma banda de rock 'n' roll que apenas calhava
ser pesada o bastante para o metal. A questão envolve não apenas
definições em constante alteração, porém também uma distinção permanente entre
estilo musical e identificação do público; Ian Christe descreve como a banda
"se tornou a escada que levou grandes números de fãs do hard
rock para a perdição do heavy metal."
Em certos casos, já existe maior
concordância. Depois do Black Sabbath, o principal exemplo é a banda
britânica Judas Priest, que debutou com Rocka Rolla, em 1974, e viria
se tornar uma das bandas mais influentes do gênero. Na descrição de
Christie,
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"A plateia do Black Sabbath ficou… a ver navios, atrás de sons com um
impacto similar. No meio da década de 1970, a estética do heavy metal podia
ser identificada, como uma criatura mítica, no baixo temperamental e nas
guitarras duplas complexas do Thin Lizzy, na teatralidade de Alice Cooper, nas guitarras estridentes e nos vocais exibidos
do Queen, e nas questões medievais tonitruantes do Rainbow.... o Judas Priest
chegou para unificar e amplificar todas estas características diferentes da
paleta de sons do hard rock. Pela primeira vez o heavy
metal se tornava um gênero de verdade, por si só."
|
|
Embora o Judas Priest não tenha
conseguido colocar um álbum no Top 40 dos Estados Unidos até 1980, para muitos
ela foi a banda definitiva de heavy metal pós-Sabbath; seu ataque
duplo na guitarra, com andamentos rápidos e um som metálico, mais limpo e sem
influências do blues, passou a ser uma grande influência nos artistas que
se seguiram à banda. Enquanto o heavy metal crescia em
popularidade, a maior parte dos críticos não parecia ter se apaixonado pela
música; levantaram objeções quanto à adoção que o estilo havia feito dos
espetáculos visuais e de outros artifícios comerciais, porém a principal
ofensa parecia ser o seu suposto vazio musical, e em suas letras: ao criticar
um álbum do Black Sabbath no início da década de 1970, o importante crítico Robert
Christgau o descreveu como uma "exploração amoral, tola… enfadonha e
decadente".
Mainstream: final dos anos 1970 e década de 1980
As vendas dos discos de heavy
metal diminuíram drasticamente no final da década de 1970, perdendo espaço
para o punk rock, disco e outros tipos de rock. Com as
grandes gravadoras fixadas no punk, muitas bandas britânicas novas
de heavy metal foram influenciadas pelos movimentos agressivos, sons
de alta energia e tendência de baixa fidelidade e "faça você
mesmo". Bandas de metal underground começaram a surgir com
gravações feitas de forma independente e barata para pequenas
audiências. O Motörhead, fundado em 1975, foi a primeira banda
importante a ficar em uma posição intermediária entre o punk e
o metal. Com a explosão do punkem 1977, outras bandas seguiram a
mesma linha. Não demorou até os jornais musicais britânicos como
o NME e Sounds tomarem conhecimento do que foi batizado por
Geoff Barton como movimento New Wave
of British Heavy Metal ("Nova Onda do Heavy
MetalBritânico"). O NWOBHM, que incluía bandas
como Iron Maiden, Saxon e Def Leppard, deu uma nova carga
de energia ao gênero. Seguindo o exemplo de Judas Priest e Motörhead,
as bandas de heavy metal endureceram os seus sons, reduzindo os elementos
doblues e colocando andamentos cada vez mais rápidos. Em
1980, o NWOBHM invadiu
o mainstream, com álbuns do Iron Maiden e Saxon, bem como Motörhead,
atingindo o top 10 das paradas britânicas. Embora menos bem-sucedidas
comercialmente, outras bandas do NWOBHM tais
como Venom e Diamond Head, também tiveram uma influência
significativa no desenvolvimento do metal. Em 1981, o Motörhead
tornou-se a primeira banda desta nova geração a atingir o topo das paradas do
Reino Unido com No Sleep 'til Hammersmith.
Enquanto isso, as primeiras bandas
de heavy metal foram perdendo o centro das atenções. O Deep Purple
havia acabado com a saída de Ritchie Blackmore em 1975, e o Led
Zeppelin se dissolveu após a morte do baterista John Bonham em 1980.
O Black Sabbath era constantemente ofuscado pela banda que abria os
seus shows, o Van Halen. Eddie Van Halen estabeleceu-se
como um dos melhores guitarristas de sua época — seu solo em "Eruption",
no álbum Van Halen, é considerado um marco. Randy Rhoads e Yngwie
Malmsteen também eram guitarristas destacados pela sua habilidade,
associados com o que seria conhecido como metalneoclássico. A
inserção de elemento da música clássica tinha começado com Blackmore e pelo
guitarrista dos Scorpions, Uli Jon Roth; essa nova geração
ocasionalmente fazia uso da guitarra clássica (violão), como Rhoads
fez em "Dee" de Blizzard of Ozz(1980), o primeiro álbum solo do
antigo vocalista do Sabbath, Ozzy Osbourne.
Inspirados pelo sucesso do Van Halen,
uma outra vertente do metal começou a se desenvolver no sul da
Califórnia ao final da década de 1970. Vindas dos clubes da Sunset Strip em Los
Angeles, bandas como Quiet Riot, Ratt, Mötley
Crüe e W.A.S.P. foram influenciadas peloheavy
metal tradicional do início da década de 1970, incorporando as
performances teatrais (às vezes com maquiagem) do glam rock de bandas
como Alice Cooper e Kiss. As letras dessas bandas de glam
rock normalmente enfatizavam o hedonismo e o comportamento
selvagem. Musicalmente, o estilo era distinguido pelos rápidos solos de
guitarra shred, coros e uma abordagem melódica
relativamente pop. O movimento do glam metal — juntamente
com os estilos semelhantes, como o da banda nova-iorquina Twisted
Sister — tornou-se uma grande força no espectro do rock.
Nos moldes do movimento New Wave of
British Heavy Metal, o Judas Priest lançou British Steel (1980)
enquanto o heavy metalse tornava cada vez mais popular no início da década
1980. Muitos artistas do gênero se beneficiaram pela exposição da MTV desde
1981 — as vendas muitas vezes disparavam quando os videoclipes das bandas eram
exibidos no canal. Vídeos do Def Leopard para o
álbum Pyromania (1983) ajudaram a banda a
conseguir status de superstars nos Estados Unidos e
o Quiet Riot tornou-se a primeira banda nacional de heavy
metal a chegar ao topo da parada da Billboard com Metal
Health (1983). A popularidade do metal já permitia a
participação em eventos de grande porte, como no US Festival de 1983 na
Califórnia que contou com Ozzy Osbourne, Van Halen, Scorpions, Mötley Crüe e
Judas Priest, no chamado "dia do metal". No Brasil, o Rock
in Rio em 1985, contou com vários nomes importantes do metal da
época. Entre 1983 e 1984, o heavy metal passou de 8% para uma quota
de 20% de todas as gravações vendidas nos Estados Unidos. Várias revistas
profissionais dedicadas ao gênero foram lançadas, como a Kerrang! (em
1981) e a Metal Hammer (em 1984), bem como uma série de publicações
de fãs. Em 1985, a Billboard declarou:
"O Metal ampliou sua base de audiência. A música
de metal não é mais de domínio exclusivo de adolescentes do sexo
masculino. O público do metal tornou-se mais velho (em idade
universitária), jovem (pré-adolescente) e mais feminino.
Em meados da década de 1980, o glam
metal era presença dominante nas paradas dos EUA, nos canais musicais e na
programação das casas de shows. Novas bandas, tais como os californianos
do Warrant e também bandas da costa leste,
como Poison e Cinderella, conseguiram grande sucesso, enquanto
Mötley Crüe e Ratt continuavam populares. Preenchendo a lacuna entre
o hard rock e o glam metal, o Bon Jovi de Nova Jérsei
conseguiu um enorme sucesso com o seu terceiro álbum,Slippery When
Wet (1986). O estilo semelhante da banda sueca Europe fez com
que chegassem ao topo das paradas internacionais, com o álbum The Final
Countdown (1986). A sua faixa-título tornou-se um hit número 1
em 25 países. Em 1987, estreou na MTV o programa Headbangers Ball,
dedicado exclusivamente a videoclipes de heavy metal. No entanto, o
público do metal começou a se dividir e muitos começaram a favorecer
estilos mais underground e pesados, desacreditando os estilos mais
populares como o "light metal" ou "hair metal".
Uma banda que atingiu diversos públicos
foi o Guns N' Roses. Em contraste com os seus conterrâneos do glam
metal de Los Angeles, eles eram vistos como uma banda mais crua e pesada.
Com o lançamento do álbum de estreia, Appetite for Destruction (1987)
conseguiram reinventar quase sozinho o estilo da Sunset Strip por vários
anos. No ano seguinte, o Jane's Addiction surgiu da mesma cena
dos clubes de hard rock de Los Angeles, com seu famoso
álbum Nothing's Shocking. Na crítica do álbum, a Rolling
Stone declarou: "Jane's Addiction são os verdadeiros herdeiros do Led
Zeppelin." O grupo foi o primeiro a ser identificado como
"metal alternativo", tendência que viria à tona na próxima
década. Enquanto isso, novas bandas como o Winger de Nova Iorque
e Skid Row de Nova Jérsei sustentavam a popularidade do glam
metal.
Outros gêneros do metal: décadas de
1980, 1990 e 2000
A maioria dos subgêneros do heavy
metal se desenvolveram na década de 1980, fora
do mainstream comercial. O crítico Garry Sharpe-Young, autor de
uma enciclopédia multivolume sobre o metal, separa o gênero underground em
cinco grandes categorias: thrash metal, death metal, black
metal, power metal e os subgêneros relacionados ao doom e gothic
metal.
Thrash metal
O thrash metal surgiu no
começo da década de 1980, influenciado pelo hardcore punk e New
Wave of British Heavy Metal, particularmente nas canções mais aceleradas,
conhecidas como speed metal. O movimento começou nos Estados Unidos com o trash
metal da Bay Area. O som desenvolvido pelos grupos de thrash era
mais rápido e agressivo do que o das bandas
do metaloriginal, os riffs graves são tipicamente
acompanhados por conduções shred. As letras muitas vezes expressam pontos
de vista niilistas ou lidam com questões sociais, usando uma
linguagem visceral e agressiva. O thrash por vezes é descrito como
"a música da decadência urbana.
O subgênero foi popularizado pelo "Big
Four of Thrash": Metallica, Anthrax, Megadeth e Slayer. Três
bandas alemãs, Kreator, Sodom e Destruction, tiveram papel
crucial na vinda do gênero para a Europa. Outros, como os californianos da
região de São Francisco do Testament e Exodus,
o Overkill de Nova Jérsei e o Sepultura de Minas Gerais,
também tiveram impacto significativo. Mesmo que o thrash tenha
começado como uma cena underground — e permanecido assim em grande
parte por quase uma década — as principais bandas do movimento já começavam a
atingir um público mais vasto. O Metallica chegou ao top 40 das paradas
da Billboard com Master of Puppets (1986); dois anos
depois, o álbum ...And Justice for All chegou à sexta posição, enquanto
Megadeth e Anthrax conseguiram chegar ao top 40.
Embora com menos sucesso comercial do
que o resto do Big Four, o Slayer foi responsável pelo disco considerado
definitivo do gênero: Reign in Blood (1986). A
revista Kerrang! descreveu-o como "o álbum mais pesado de todos
os tempos". Duas décadas depois, a Metal Hammer nomeou-o
como o "melhor álbum dos últimos vinte anos". Duas
características pouco louváveis da banda são o grande número de fãs skinheads
neonazistas e as constantes acusações de promover a violência e cultuar
temas nazistas em suas canções.
No início dos anos 1990,
o thrash chegou ao seu ponto máximo de sucesso, desafiando e
redefinindo o mainstream do metal. Em 1991, o Metallica com
seu álbum autointitulado (conhecido por muitos como Black
Album), chegou ao topo das paradas da Billboard, devido à seu afastamento
do thrash e se aproximando de um heavy metalmais
clássico. O Megadeth com Countdown to Extinction (1992) chegou à
segunda posição, e o Anthrax e Slayer conseguiram o top 10. Bandas
mais regionais, como o Testament e Sepultura conseguiram chegar ao top 100.
Death metal
O thrash evoluiu e dividiu-se
em outros gêneros de metal extremo. Segundo a MTV News, "a
música do Slayer foi diretamente responsável pela ascensão do death
metal." A banda Venom do NWOBHM também
foi uma progenitora importante. O movimento do death metal na América
do Norte e na Europa adotou elementos da blasfêmia e diabolismo.
A banda Death da Flórida e Possessed da Bay Area são
reconhecidas como as bandas seminais do estilo, ambos são creditados como
inspiração para a criação do nome deste subgênero, o Death pelo seu nome em si
e o Possessed pela canção chamada "Death Metal" do álbum Seven
Churches (1986).
O death metal utiliza a
velocidade e agressividade do thrash e hardcore, fundidas com
letras inspiradas em filmes slasher, violência e satanismo. Os vocais
são geralmente sombrios, envolvendo vocais guturais, gritos estridentes e
outras técnicas incomuns. Complementando o vocal agressivo, são usadas
guitarras altamente distorcidas e percussões extremamente rápidas,
muitas vezes no padrão metranca. Mudanças frequentes de tempo e fórmula de
compasso também são muito utilizadas.
Os fãs e grupos de death metal,
assim como os de thrash metal, geralmente rejeitam a teatralidade dos estilos
de metal anteriores. Mas essa regra possui exceções,
como Glen Benton do Deicideque costumava usar uma cruz invertida
na testa e armadura durante suas apresentações.
O Deicide, Morbid Angel, Death e
Obituary foram os maiores precursores da cena do death metalque surgiu na
Flórida em meados da década de 1980. No Reino Unido, o estilo relacionado
conhecido como grindcore era liderado por bandas como o Napalm
Death e Extreme Noise Terror, emergindo do anarcopunk.
Black metal
A primeira onda de black metal começou
na Europa em meados da década de 1980, liderada pelos britânicos
do Venom, Mercyful Fate da
Dinamarca, Hellhammer e Celtic Frost da Suíça
e Bathory da Suécia. No fim da década, bandas norueguesas como
o Mayhem e Burzum lideraram a segunda onda. O black
metal varia consideravelmente em estilo e qualidade de produção, mas a
maioria das bandas utilizam-se de vocais agudos e guturais, guitarras altamente
distorcidas tocadas com um rápido tremolo picking, atmosfera "dark"
nas canções e gravações em baixa fidelidade intencional, com
ruído de fundo. Temas satânicos são comumente associados ao black
metal (apesar de muitos grupos negarem relação), muitas bandas também se
inspiram no paganismo antigo, promovendo um retorno aos valores
pré-cristãos. Muitas bandas de black metal "experimentam
todas as formas possíveis de metal, folk, música clássica, eletrônica
e avant-garde." O baterista Fenriz do Darkthrone,
explica: "Tinha algo a ver com a produção, as letras, a forma com que se
vestiam e o compromisso de fazer material feio, cru e sombrio. Não era um som
genérico."
Na década de 1990, os integrantes do
Mayhem regularmente usavam corpse paint ("pintura de
cadáver") nas apresentações; várias outras bandas de black
metal também adotaram esse visual. O Bathory foi a banda líder dos
movimentos viking metal e folk metal, e o Immortal foi
quem trouxe asblast beats à tona. Algumas bandas e fãs do black
metal escandinavo do início da década de 1990 foram associados a grandes
atos de violência, como os incêndios criminosos de igrejas naquela região. O
sucesso comercial do death metal também incomodava; de acordo
com Gaahl, ex-vocalista do Gorgoroth, o "black metal nunca
foi destinado a atingir um público... [Nós] tínhamos um inimigo comum, que era
o cristianismo, o socialismo e tudo que a democracia representa."
Em 1992, a cena do black
metal começou a emergir em áreas fora da Escandinávia, como Alemanha,
França e Polônia. Em 1993, o assassinato de Euronymous, do Mayhem
por Varg Vikernes do Burzum foi amplamente comentando pela
mídia. Por volta de 1996, quando muitos consideravam que o movimento
estava estagnado, várias bandas do estilo, como o Burzum, começaram
explorar a música ambiente, enquanto bandas como os suecos do Tiamat e
os suíços do Samael tocavam o chamado black
metal melódico. No final de década de 1990 e começo da de 2000, os
noruegueses do Dimmu Borgir trouxeram oblack metal mais próximo
do mainstream, assim como o Cradle of Filth, que segundo
a Metal Hammer é a banda inglesa de maior sucesso desde o Iron Maiden.
Power metal
A cena do power metal surgiu
durante em meados da década de 1980, em grande parte como uma reação à aspereza
do death e black metal. Apesar de ser relativamente pouco
conhecido na América do Norte, é bastante popular na Europa, Japão e América do
Sul. O power metal se concentra em temas otimistas e épicos, que
"apelam ao ouvinte os sentidos do valor e da beleza." O
protótipo do estilo começou em meados da década de 1980 com os alemães
do Helloween, que juntaram riffs enérgicos, abordagem melódica e
estridente, e vocais "limpos" como das bandas Judas Priest e Iron
Maiden, combinado com a energia e velocidade do thrash metal,
"cristalizando os ingredientes sonoros do que hoje é conhecido
como power metal."
Bandas tradicionais de power metal,
como os suecos do HammerFall, os ingleses do DragonForce e os
americanos do Iced Earth, possuem um som claramente inspirado no
estilo NWOBHM. Várias
bandas de power metal, como o Kamelot dos Estados
Unidos, Nightwish da Finlândia e Rhapsody of Fire da
Itália, são caracterizadas pelo chamado power metal sinfônico, que utiliza
o som do teclado como base e por vezes até elementos de orquestra.
O power metal construiu uma
forte base de fãs no Japão e na América do Sul, onde bandas brasileiras, como os
paulistanos do Angra e argentinas, como o Rata Blanca de Buenos
Aires são bastante populares.
O metal progressivo é um
estilo relacionado ao power metal que adota a abordagem complexa nas
composições de bandas como Rush e King Crimson. Esse estilo emergiu
nos Estados Unidos em meados da década de 1980, com bandas como Queensrÿche, Fates
Warning e Dream Theater. A mistura entre power metal e
progressivo é caracterizada pela banda de Nova Jérsei, Symphony X, cujo
guitarrista Michael Romeo é um dos mais
reconhecidos shredders dos últimos anos.
Doom e gothic metal
O movimento do doom
metal surgiu em meados da década de 1980, com bandas como os californianos
do Saint Vitus, The Obsessed de Maryland, Trouble de
Chicago e Candlemass da Suécia, rejeitando a ênfase na velocidade
(habitual em outros gêneros do metal) e optando por canções bem mais
lentas. O doom metal traça suas raízes nos temas líricos e abordagem
musical do começo do Black Sabbath. A banda The Melvins também
exerceu influência significativa sobre o doom metal e inúmeros dos
seus subgêneros. Odoom caracteriza-se por tempos e melodia em ritmo
melancólico, com um clima sepulcral em comparação aos outros gêneros de metal.
Em 1991, a
banda Cathedral ajudou a desencadear uma nova onda do doom
metal, com seu álbum de estreia Forest of Equilibrium. Durante o mesmo
período, o gênero de fusão death/doom metal das bandas
britânicas Paradise Lost, My Dying Bride e Anathema, deu
origem ao gothic metal europeu, que é caracterizado por utilizar
vocais duplos. Bandas influentes do estilo incluem o Theatre of
Tragedy e Tristania da Noruega, e Type O Negative de
Nova Iorque. Essa última foi responsável por introduzi-lo nos Estados Unidos.
Nos final da década de 1980, surgiu nos
Estados Unidos o sludge metal, que misturava
o doom e hardcore —
o Eyehategod e Crowbar foram as bandas mais influentes da
grande cena sludge que ocorreu na Louisiana. No começo da década
seguinte, o Kyuss e Sleep da Califórnia, lideraram a
ascensão do stoner metal, inspirados pelas bandas de doom
metal anteriores. Enquanto isso, em Seattle, o Earth ajudou
a desenvolver o subgênero drone metal. No final da década de 1990,
surgiram bandas novas com o som stoner/doom clássico, como o
Goatsnake, de Los Angeles e Sunn O))), que também
misturam doom, drone e dark ambient — som que
o New York Times comparou à "raga indiana no meio de um
terremoto."
Novas fusões: década de 1990 e início da década de
2000
A era
do mainstream do metal na América do Norte chegou ao fim
com o começo da década de 1990, dando espaço para o surgimento de
bandas grunge, como o Nirvana, sinalizando o avanço de popularidade
do rock alternativo. O grunge era influenciado pelo
som do heavy metal, mas rejeitava os excessos sonoros das bandas
de metal mais populares.
O glam metal perdeu
completamente a popularidade não só devido ao sucesso do grunge, mas
também por causa da crescente popularidade de sons mais agressivos, como o do
Metallica, e groove metal pós-thrash, com o
do Pantera e White Zombie. Contrariando a tendência,
algumas bandas de metal alcançaram sucesso comercial durante a
primeira metade da década — o álbum Far Beyond Driven (1994) do
Pantera chegou ao topo das paradas da Billboard naquele ano — porém,
"aos olhos chatos do mainstream o metal estava
morto". Algumas bandas tentaram adaptar-se ao novo cenário musical. O
Metallica, por exemplo, renovou a sua imagem: os membros da banda mudaram o
visual e cortaram os cabelos, e em 1996 encabeçaram o Lollapalooza,
festival de rock alternativo criado por Perry Farrell, vocalista
do Jane's Addiction. Apesar disso provocar uma reação negativa dos fãs de longa
data, o Metallica continuou sendo uma das bandas mais bem-sucedidas do
mundo durante o novo século.
Como o Jane's
Addiction, muitos dos grupos mais populares da década de 1990 com raízes
no heavy metal eram enquadrados no termo
"metalalternativo". Bandas da cena grunge de Seattle,
como o Soundgarden, são creditadas por criarem "um lugar para
o heavy metal no rockalternativo", com o Alice in
Chains no centro desse movimento. Essa designação foi aplicada a uma série
de outros atos que fundiam metalcom outros estilos: O Faith No
More combinava seu rock alternativo
com punk, funk, metal e hip hop;
O Primus unia elementos do funk, punk, thrash
metal e música experimental; Tool juntava metal com rock progressivo;
bandas como Fear Factory, Ministry e Nine Inch Nails,
começaram a incorporar o metal ao seu som industrial, e
vice-versa; Marilyn Manson seguiu um caminho similar, ao mesmo tempo
empregando características que já haviam sido popularizadas pelo Alice Cooper.
Artistas de metal alternativo, apesar de não representarem uma cena
musical concreta, tinham em comum a vontade de experimentar com o gênero
do metal e a sua rejeição a estética do glam metal (com
encenações como de Marilyn Manson e White Zombie — também identificados como metal alternativo
— sendo significativas, ainda que possuindo parciais exceções). A junção
de estilos e sons do metal alternativo representaram "os
pitorescos resultados do metal abrindo-se para enfrentar o mundo
exterior."
De meados até o final dos anos 1990
surgiu uma nova onda de bandas de metal nos Estados Unidos, que
pegavam como inspiração o metal alternativo e sua mistura de
gêneros. O nu metal de bandas como Slipknot, Linkin
Park, Limp Bizkit, Papa
Roach, P.O.D., Korn e Disturbed, incorporou elementos que
iam desde o death metal até ao hip hop, muitas vezes
incluindo DJ e vocais ao estilo rap. O nu metal ganhou
o mainstream através de uma grande rotação na MTV e introdução
do Ozzfest de Ozzy Osbourne em 1996, que levou a mídia a comentar
sobre um possível ressurgimento do heavy metal. Em 1999,
a Billboard registrou que existiam mais de 500 programas de rádio
voltados ao metal nos EUA, quase três vezes mais do que dez anos
antes. Mas mesmo com o nu metalpopular, os fãs do metal tradicional
não abraçaram totalmente o estilo. No início de 2003, a popularidade do
movimento já estava em declínio apesar de várias bandas, como o System of
a Down, continuarem a acumular números significantes de seguidores.
Tendências
recentes: meio–fim da década de 2000
O metal voltou a popularizar-se
nos anos 2000, principalmente na Europa continental. No novo milênio, a
Escandinávia emergiu como uma área produtora de bandas inovadoras e de sucesso,
enquanto Bélgica, País Baixos e especialmente Alemanha, foram os mercados mais
importantes. Se estabeleceram bandas continentais que colocaram vários
álbuns no top 20 das paradas alemãs entre 2003 e 2008, como a banda
finlandesa Children of Bodom, os noruegueses do Dimmu
Borgir, alemães do Blind Guardian e suecos do HammerFall.
O metalcore, um híbrido de metal extremo
e hardcore punk, emergiu com uma grande força comercial em meados da
década de 2000. Esse estilo está enraizado em um estilo cruzado do thrash,
desenvolvido duas décadas antes por bandas como Suicidal Tendencies, Dirty
Rotten Imbeciles e Stormtroopers of Death. Na década de 1990,
ometalcore foi em sua maioria um fenômeno underground; as primeiras
bandas do estilo incluem Earth
Crisis, Converge, Hatebreed e Shai Hulud. Em 2004,
o metalcore melódico — influenciado pelo death
metal melódico — tornou-se popular o suficiente para que álbuns
como The End of Heartache do Killswitch Engage e The
War Within do Shadows Fall, chegassem à vigésima-primeira e vigésima
posições, respectivamente, nas paradas da Billboard.
Fever, o quarto álbum de estúdio da
banda galesa Bullet for My Valentine, estreou na terceira posição
na Billboard 200 e em primeiro nas paradas de rock e
alternativo da revista Billboard, tornando-se um recorde da banda até à
data. Nos últimos anos, as bandas demetalcore receberam faixas de
destaque no Ozzfest e no Download Festival. Em 2006, a banda
de groove metal Lamb of God, chegou no top 10 da Billboard, com
o álbum Sacrament. O sucesso dessas e outras bandas, como
o Trivium que leva características do thrash e Mastodon que
possui um estilo progressivo/sludge, inspiraram
um revival do metal nos Estados Unidos que foi chamado por
vários críticos de "New Wave of
American Metal".
O termo
"retro-metal" é aplicado a bandas como os australianos do Wolfmother e Airbourne. O álbum
autointitulado de estreia lançado em 2005 da banda Wolfmother possuí elementos
claramente inspirados em bandas como Deep Purple e Led Zeppelin. A canção
"Woman", faixa do álbum, ganhou o prêmio Best Hard Rock
Performance do 49º Grammy Awards em 2007. No mesmo ano, o Slayer venceu
o prêmio de Best Metal Performance com "Eyes of the Insane"
e no ano seguinte venceu novamente com "Final Six". O Metallica
ganhou o prêmio em 2009, com "My Apocalypse". Outros desenvolvimentos
recentes do mundo do metal são o ressurgimento da cena thrash
metal e o surgimento de uma nova cena emergente, denominada 'djent'
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