"Este livro não é um manifesto. Não há tempo para isso. Este livro é um alerta.” Julian Assange, na introdução de "Cypherpunks".
"Cypherpunks
– liberdade e o futuro da internet" é o primeiro livro de Julian
Assange, editor chefe e visionário por trás do Wikileaks, a ser
publicado no Brasil com o selo da Boitempo. O livro é resultado de
reflexões de Assange com um grupo de pensadores rebeldes e ativistas que
atuam nas linhas de frente da batalha em defesa do ciberespaço (Jacob
Appelbaum, Andy Müller-Maguhn e Jérémie Zimmermann). Apesar de a
internet ter possibilitado verdadeiras revoluções no mundo todo, Assange
prevê uma grande onda de repressão, a ponto de considerar a internet
como uma possível ameaça à civilização humana devido à transferência do
poder de populações inteiras a um complexo de agências de espionagem e
seus aliados corporativos transnacionais, que não precisarão prestar
contas pelos seus atos. O livro reflete sobre a vigilância em massa,
censura e liberdade, mas o principal tema é o movimento cypherpunk, que
defendem a utilização da criptografia e métodos similares como meios
para provocar mudanças sociais e políticas. Fundado no início dos anos
1990, o movimento atingiu o auge de suas atividades durante as
“criptoguerras” e após a censura da Internet em 2011 na Primavera Árabe.
Desde junho deste ano, quando conseguiu asilo político na Embaixada do
Equador em Londres temendo um revés diplomático que o entregasse às
autoridades norte-americanas, Assange tem se dedicado a promover debates
sobre a sociedade contemporânea com grandes intelectuais de todo o
mundo e foi dentro deste contexto que escreveu Cypherpunks.
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