domingo, 19 de maio de 2024

Bruxas da Noite: A história não contada do regimento aéreo feminino russo durante a Segunda Guerra Mundial - Ritanna Armeni


Em 1941, um grupo de moças soviéticas, conseguiu um papel de liderança na batalha contra o terceiro Reich, em biplanos frágeis e ultrapassados em termos de tecnológicos, porém ágeis, mostrando a ousadia e coragem de uma guerra que também pode ser a face de mulheres fiés à sua pátria. Os nazistas as chamavam de "bruxas da noite". Entre a meia-noite e a alvorada, na mais perfeita escuridão, com os motores desligados para não chamar a atenção, sussurros fantasmagóricos vindos do céu antecediam a chegada delas, que traziam algo para "aquecer" os soldados nazistas nas noites congelantes da Rússia: bombas, muitas bombas! Eram as bravas aviadoras 588º Regimento de Bombardeio Aério Noturno Soviético, infernizando a vida dos alemãs durante a Segunda Guerra Mundial.

Neste livro, a jornalista italiana e escritora premiada, Ritanna Armeni, reconstrói a história de um grupo de mulheres soviéticas fiéis à sua pátria: as aviadoras do 588º Regimento de Bombardeio Aéreo Noturno Soviético. Com um importante papel de liderança durante as batalhas contra o Terceiro Reich, elas prejudicavam e muito a vida dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, aparecendo nos céus carregadas de bombas. Os nazistas as chamavam de “bruxas da noite”. A autora revela informações sobre a criação, a luta e as vitórias dessas mulheres que foram apagadas da história após o declínio de suas carreiras como aviadoras devido ao conservadorismo e preconceito do Estado Soviético.

domingo, 12 de maio de 2024

1942 : O Brasil e sua guerra quase desconhecida - João Barone.


Passados mais de setenta anos, a Segunda Guerra Mundial ainda é um assunto que fascina milhares de pessoas ao redor do mundo. O Brasil não é diferente. Por isso mesmo pode ser surpreendente que a participação do país no conflito seja ignorada pela maior parte da população. 

É para preencher essas lacunas na história brasileira que João Barone, consagrado baterista da banda Os Paralamas do Sucesso, apresenta 1942 – O Brasil e sua guerra quase desconhecida. Nesta nova edição ampliada, Barone, cujo próprio pai foi um pracinha, traz textos e fotos extras que iluminam ainda mais o passado da Força Expedicionária Brasileira e fazem do seu livro um documento indispensável para entender a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

"1942 é fundamental para quem quiser conhecer o assunto." - Jô Soares

"Barone oferta aos leitores esse livro repleto de aventura, ação e reflexão, num momento em que o país pegou em armas e lutou do lado certo." Eduardo Bueno, Peninha , jornalista e historiador 

"João Barone realiza um trabalho de relevo no resgate da memória dos pracinhas, sensível aos anônimos e mais vulneráveis que se tornaram heróis numa guerra assimétrica e cruel." - Marco Lucchesi , presidente da ABL

"O que se narra aqui não é apenas o relato da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Apesar de o livro servir também como narrativa histórica impecável – e os historiadores que se cuidem, pois um baterista da linha de frente do rock brasileiro decidiu se entrincheirar pelo território inconstante da História –, o que se revela é a odisseia particular de um filho em busca do pai." - Tony Bellotto , músico e escritor

"Faça como o João Barone, não esqueça a Segunda Guerra Mundial. Somos filhos dela, independente de nossas idades." - Alberto Dines , jornalista e escritor

"Este livro se ergue, como filho nos ombros do pai, contra um inimigo abominável – oponente mais letal que o chumbo, mais destrutivo que a pólvora, mais humilhante que a derrota, mais ultrajante que a mentira, mais injusto que a ingratidão, mais irremediável que a morte –, este livro se ergue, memória de um pai nos ombros do filho, e diz não ao mais vil dos demônios: esquecimento. Depois de vencer o nazifascismo, a guerra não acabou para os pracinhas brasileiros – seus descendentes travam a luta contra as trevas do oblívio." - Pedro Bial

"Explicar a importância e o sacrifício dos soldados brasileiros durante a Segunda Guerra não é tarefa simples. Com clareza e conhecimento transmitidos em narrativa envolvente, Barone consegue cumprir a missão." - Marina Amaral , colorista de fotos.

domingo, 5 de maio de 2024

Os afegãos: Três vidas de um país marcado pelo Talibã - Åsne Seierstad


Mergulhe na intricada do história do Afeganistão. A partir de três histórias individuais, conhecemos as fraturas políticas e sociais de um país marcado pelo extremismo e pela luta pela liberdade.

Conhecida por seu estrondoso best-seller O livreiro de Cabul, de 2002, Seierstad retorna ao território afegão duas décadas depois, esmiuçando a tumultuada relação entre o país e o Talibã, grupo fundamentalista islâmico que voltou ao poder em 2021. Com Os afegãos, a jornalista norueguesa elabora uma investigação histórica e, ao mesmo tempo, constrói o complexo retrato de uma nação a partir de três vidas, três gerações que representam pontos de vista únicos.

Através de entrevistas e testemunhos coletados pela autora, conhecemos as histórias que personificam os últimos cinquenta anos do Afeganistão: Jamila compreendeu desde a infância que precisaria arriscar tudo para garantir seu direito de estudar. A partir de uma interpretação própria do Alcorão, tornou-se uma proeminente ativista dos direitos das mulheres, sobretudo na área da educação. Bashir fugiu de casa aos 12 anos com o sonho de se tornar um combatente do jihad (a guerra santa). Já adulto e um comandante respeitado, ele era uma das principais lideranças talibãs quando o mundo testemunhou, em 2021, a Queda de Cabul. Ariana, uma jovem dos anos 2000 que cresceu em plena abertura democrática, era uma estudante de Direito prestes a se graduar quando o Talibã retomou o poder e começou a mitigar, de maneira ostensiva, a educação das meninas e mulheres.

Jamila e Ariana testemunham, em primeira mão, a fragilidade dos direitos das mulheres em regimes autocráticos. Não é por acaso que a opressão das mulheres, a religião e o feminismo são temas centrais em Os afegãos, e que estes sejam os primeiros pontos combatidos pelo novo regime.

Através desse retrato cindido, complexo e multifacetado, Os afegãos apresenta a história recente do Afeganistão, encarnada nas vivências, crenças e lutas individuais de seu povo, até os dias atuais.

Resenha

A obra mergulha nas profundezas da história recente do Afeganistão, oferecendo uma visão íntima e complexa através das vidas de três indivíduos distintos. A autora explora a intrincada relação entre o país e o Talibã, destacando a tumultuada trajetória marcada por conflitos e mudanças políticas.

O livro se desenrola por meio das experiências de Jamila, Bashir e Ariana, três personagens que representam diferentes gerações e perspectivas dentro do contexto afegão. Jamila, uma ativista dos direitos das mulheres desde a infância, personifica a luta pela educação e pela igualdade em meio à opressão do regime talibã. Bashir, que fugiu de casa aos 12 anos para se tornar um combatente do jihad, ascendeu a uma posição de liderança dentro do próprio Talibã, testemunhando de perto os eventos que levaram à queda de Cabul em 2021. Enquanto isso, Ariana, uma jovem estudante de Direito, enfrenta os desafios impostos pelo retorno do Talibã ao poder, confrontando diretamente a crescente repressão contra as mulheres e a educação feminina.

Seierstad habilmente entrelaça essas narrativas pessoais com a história política e social do Afeganistão, oferecendo ao leitor uma compreensão mais profunda das complexidades do país e das lutas enfrentadas por seu povo ao longo das últimas décadas. O tema da opressão das mulheres, a religião e o feminismo emergem como pontos cruciais, refletindo não apenas as experiências individuais dos personagens, mas também as questões mais amplas que permeiam a sociedade afegã.

"Os Afegãos" é mais do que uma simples investigação histórica; é um retrato vívido e multifacetado de uma nação em constante transformação, visto através das vidas e das lutas de seus habitantes. Seierstad oferece uma reflexão perspicaz sobre os desafios enfrentados pelo Afeganistão até os dias atuais, convidando os leitores a imersão nas histórias de Jamila, Bashir e Ariana para compreenderem verdadeiramente a complexidade e a resiliência do povo afegão.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

A Terceira Guerra Mundial Já Começou - Cristina Martín Jiménez


Uma obra que mergulha nas complexidades do panorama geopolítico contemporâneo, levantando questões urgentes e provocativas sobre os conflitos e tensões globais. Publicado em um momento de crescente incerteza e turbulência política, o livro oferece uma análise perspicaz dos eventos que moldam o mundo atual.

Jiménez apresenta uma tese ousada, argumentando que a Terceira Guerra Mundial já está em curso, embora não assuma a forma tradicional de conflito armado entre nações. Em vez disso, ela explora como essa guerra é travada em múltiplas frentes, incluindo ciberataques, guerras comerciais, manipulação de informações e confrontos ideológicos. Ao desafiar a concepção convencional de guerra, a autora nos leva a repensar nossas noções de segurança e conflito no século XXI.

O livro não apenas examina os eventos recentes que contribuíram para essa narrativa de guerra em curso, mas também investiga as raízes históricas e estruturais que alimentam os conflitos atuais. Jiménez destaca o papel das potências globais, organizações internacionais e atores não estatais na formação do cenário geopolítico atual, oferecendo uma visão abrangente das forças em jogo.

Além disso, a obra lança luz sobre as consequências devastadoras da Terceira Guerra Mundial em andamento, tanto em termos de vidas humanas quanto de estabilidade global. Ao destacar os desafios enfrentados pela comunidade internacional, o livro serve como um alerta sobre a urgência de buscar soluções para conter e resolver os conflitos que ameaçam a paz e a segurança mundiais.

No entanto, embora apresente uma visão sombria da situação global, "A Terceira Guerra Mundial Já Começou" também inspira esperança ao sugerir caminhos para mitigar os conflitos e construir um futuro mais pacífico e colaborativo. Ao final, o livro não apenas informa, mas também instiga os leitores a refletirem sobre seu papel na promoção da paz e na prevenção de conflitos em um mundo cada vez mais interligado.

Dinamismo exacerbado desnecessário, polemico, fabrica de noticias sensacionalista para pegar o publico pelo impacto e medo.

Mas nem tudo é fake news, acredito sim que podemos ter entrado em uma fase de conflitos iniciais que com o tempo culminará na terceira guerra mundial. Assim como foi de 1939 á 1945, porque infelizmente a história tende a se repetir.

Vejas as imagens abaixo sobre a campanha de desinformação:



domingo, 21 de abril de 2024

Israel x Palestina: 100 anos de guerra - James L. Gelvin


O autor faz uma imersão nas complexidades e na história intricada do conflito entre Israel e Palestina. Oferecendo uma análise abrangente e perspicaz sobre um dos conflitos mais persistentes e inflamados do mundo contemporâneo.

A obra apresenta uma narrativa detalhada que remonta ao início do século XX, explorando as origens históricas do conflito e os eventos que levaram à criação do Estado de Israel em 1948 e à subsequente guerra árabe-israelense. Gelvin examina minuciosamente os diferentes aspectos do conflito, desde suas raízes históricas até as tensões políticas e territoriais que persistem até os dias atuais.

Uma das grandes forças deste livro é a sua abordagem imparcial e equilibrada. Gelvin se esforça para apresentar os pontos de vista de todas as partes envolvidas, oferecendo uma análise objetiva que não favorece nenhum lado. Ele contextualiza o conflito em termos de interesses políticos, econômicos, sociais e culturais, fornecendo ao leitor uma compreensão mais profunda das motivações e aspirações das comunidades israelense e palestina.

Além disso, o autor examina as várias tentativas de solução do conflito ao longo dos anos, desde os acordos de paz de Oslo até os esforços mais recentes de mediação internacional. Ele destaca os desafios e obstáculos enfrentados por esses esforços de paz e explora as razões por trás de seu fracasso ou sucesso limitado.

O livro não apenas oferece uma análise abrangente e informativa do conflito, mas também lança luz sobre suas implicações mais amplas para a região do Oriente Médio e para a política internacional como um todo. É uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em compreender as origens e a natureza complexa deste conflito de longa data.


Sobre o autor

James L. Gelvin é professor de História Moderna do Oriente Médio na Universidade da Califórnia (Los Angeles). Especialista em Sociedade moderna e História cultural do Leste árabe. É autor de Divided Loyalties: Nationalism and Mass Middle East: A History [Lealdades divididas: o nacionalismo e a massa no Oriente Médio] (2004) e The Arab Uprisings: What Everyone Needs to Know [Os Levantes árabes: o que todos precisam saber] (2012). E também coeditor de Global Muslims in the Age of Print and Steam, 1850-1930 [Muçulmanos globais na era da impressão e do vapor] (2013).



domingo, 14 de abril de 2024

Comentando sobre: Uma Família Feliz - Raphael Montes - Livro e filme


Neste livro o mestre do suspense Raphael Montes desbrava as tensões das relações familiares e do mundo de aparências de um condomínio perfeito, em uma trama complexa sobre infância e maternidade.

Eva tem a vida perfeita. Seu marido é um jovem advogado em ascensão. Suas filhas gêmeas são lindas, inteligentes e saudáveis. Seu trabalho, a arte reborn, é um sucesso na internet. À sua volta, tudo está à mão: o Blue Paradise, condomínio fechado de classe média-alta na Barra da Tijuca, oferece todo tipo de serviço para que ela não precise sair do conforto de seu lar. Eva tem a vida perfeita ― até descobrir que está grávida e seu mundo virar de cabeça para baixo.

Conhecido por seus suspenses de tirar o fôlego, com mais de 500 mil exemplares vendidos, Raphael Montes inova ao começar este thriller psicológico pelo último capítulo. Assim, como uma bomba-relógio prestes a detonar, acompanhamos os caminhos surpreendentes e as tensões que levam essa família feliz a um final avassalador.

Filme

O filme chega aos cinemas e leva para a telona o suspense característico do escritor Raphael Montes. Com da premissa que “de perto, ninguém é normal”, o longa-metragem desenvolve uma narrativa assombrosa e perturbadora – até certo ponto.

Eva está grávida e, para quem vê de fora, tem uma vida perfeita ao lado de Vicente e de duas filhas. Os problemas começam a aparecer gradativamente e se acentuam quando, em meio à aparente depressão pós-parto da protagonista, o recém-nascido surge com sinais de agressão pelo corpo.

A tensão está presente desde as primeiras cenas, firmada principalmente na ótima atuação de Grazi Massafera. É pelas expressões da atriz, aflita e assustada mesmo em meio à comemoração do aniversário das filhas, que notamos algo de inquietante no dia a dia supostamente pacato de Eva.

Da direção de arte à trilha sonora, passando pela fotografia e os cenários, tudo ali opera para criar um contexto horripilante em torno da protagonista. Uma boa sacada foi cercá-la de bonecos, pavorosos, confeccionados pela própria personagem, que trabalha criando bebês reborn.

Na trama aparecem questões referentes à maternidade, ao puerpério e ao machismo. O filme também evoca outras temáticas, como o abuso sexual, mas todas elas eclodem na parte final da história, quando o suspense se esvazia e a verdade se revela.

O longa mantém um bom suspense por quase duas horas, mas derrapa no desfecho.

O gênero thriller ainda é raro no cinema brasileiro. Contudo, são cada vez mais explorado ainda com poucos títulos por aqui.

O grande mérito da produção é a capacidade de manter os olhos vidrados da audiência por quase duas horas, sem perder sua atenção em qualquer cena. O dissabor fica mesmo para o desfecho, desenvolvido em cerca de 5 minutos, muito aquém da expectativa gerada e do nível apresentado até ali.

A premissa que o autor pareceu querer desenvolver desde o início – a história original do filme rendeu um livro com o mesmo título, também escrito por ele – precisava de um cuidado maior na adaptação.

Uma Família Feliz leva o suspense ao ápice e dá ao público um leque de possibilidades sobre o mistério que envolve aqueles personagens. O plot twist pode não surpreender o espectador mais atento, e a resolução poderia ser mais criativa.

Elenco:

Grazi Massafera
Reynaldo Gianecchini
Luiza Antunes
Juliana Bim

Assista o trailer:

terça-feira, 9 de abril de 2024

Resenha: A Paciente Silenciosa - Alex Michaelides


Um suspense psicológico que mergulha nas profundezas da mente humana, explorando segredos sombrios e traumas enterrados. 

A história gira em torno de Alicia Berenson, uma famosa pintora que é encontrada em sua casa, coberta de sangue, ao lado do corpo de seu marido, Gabriel. O que choca ainda mais é que Alicia permanece completamente em silêncio desde o assassinato, recusando-se a falar uma única palavra sobre o que aconteceu naquela noite fatídica.

Theo Faber, um psicoterapeuta determinado e ambicioso, fica fascinado pelo caso de Alicia e vê nele uma oportunidade de provar sua habilidade e desvendar o mistério por trás do silêncio da paciente. Enquanto Theo mergulha cada vez mais fundo na vida de Alicia, ele descobre segredos perturbadores sobre seu passado e seu relacionamento com Gabriel.

Michaelides habilmente tece uma narrativa repleta de tensão e suspense, alternando entre o presente de Theo e os eventos passados que levaram ao assassinato. Ele cria uma atmosfera de paranoia e desconfiança, levando o leitor a questionar constantemente as motivações e a verdade por trás das ações dos personagens.

O autor também explora temas como trauma, memória reprimida e a natureza da arte, acrescentando camadas de complexidade à trama. À medida que Theo se aproxima da verdade, ele se vê confrontado com suas próprias obsessões e fragilidades, tornando-o um protagonista intrigante e multifacetado.

Com reviravoltas inteligentes e arrebatadoras, este livro prova ser um thriller psicológico digno de destaque no cenário literário contemporâneo.

Opinião

Nesta obra, o autor nos guia por um raciocínio quase que linear, fazendo-nos pensar em acontecimentos progressivos e suas consequências ao longo da trama.

Somos levados a pensar diversas hipóteses para a protagonista, ignorando, muitas vezes, os fatos diante de nós.

Nos capítulos finais, somos surpreendidos por um plot tão grande, que nos faz ler em pé em ritmo frenético. O enredo, nesta parte, é muito semelhante ao livro "Suicidas", de Raphael Montes.

E haja café para acompanhar.

Quando pensamos que vem a resolução da história, o livro acaba.

Igual nos filmes, quando esperamos pela cena final, aparece os créditos.

Vídeo com resumo e explicação do final.



Veja também a sinopse do livro 'a paciente silenciosa'. 

domingo, 31 de março de 2024

Livro O Mistério Amarelo da Noite - Fabio Lisboa


 A melhor maneira de enfrentar o medo é brincar com ele e desmistificá-lo. Este livro faz exatamente isso. Ele conta a história de um menino que está voltando sozinho para casa e, de repente, fica no escuro total. Seus pés chutam uma garrafa, um cachorro se assusta e começa a correria, uma perseguição maluca que o leva o até o Beco Escuro. Escuridão, ruídos estranhos, sombras, uma casa vazia e... lá está o mistério amarelo da noite. Inspirado em sua prática de contador de histórias, Fabio Lisboa coloca em livro esses elementos fascinantes que instigam o leitor a lidar com seus sonhos e usar a imaginação. E, no final, o leitor é convidado a se juntar ao autor e desvendar à sua maneira o mistério amarelo daquela noite.

A narrativa nos transporta para o mundo dos medos e da coragem, da noite e das estrelas, da cidade e da natureza que a ela sobrevive. Texto fluido e divertido. Ilustrações primorosas.

Sobre o autor

Fabio Lisboa, autor premiado, palestrante e contador de histórias profissional há mais de 20 anos. Desde criança ouvia as leituras de sua mãe e os causos de seu avô. Conta e forma pais, professores e outros profissionais em escolas, bibliotecas e empresas mas já contou em festivais nacionais, nas cinco regiões do país, e internacionais, no meio do gelo, no Canadá, e no meio do deserto, nos Emirados Árabes! Graduado em Comunicação Social-ESPM e Letras-USP, Ludoeducador (e formador) pela IPA-Brasil (International Play Association - Associação Brasileira pelo Direito de Brincar e à Cultura), pós-graduado em A Arte de Contar Histórias: abordagens poéticas, literária e performática. Desenvolve projetos em centro culturais, editoras, escolas, bibliotecas, empresas, universidades, SESCs, livrarias, ONGs, TV Cultura. Fundador do blog Contar Histórias www.contarhistorias.com.br

domingo, 24 de março de 2024

As crianças esquecidas de Hitler: A verdadeira história do programa Lebensborn - Ingrid von Oelhafen.


Em meados de 1942, os país da Iugoslávia ocupada pelos nazistas foram obrigados a submeter os filhos a exames para avaliar sua “pureza racial”. Uma dessas crianças, Erika Matko, tinha apenas nove meses quando os médicos a declararam apta a se tornar uma “Criança de Hitler”. Levada para a Alemanha, Erika recebeu o nome de Ingrid von Oelhafen. Muitos anos depois, Ingrid começa a descobrir sua verdadeira identidade.

As garras do nazismo foram tão profundas, amplas e duradouras que ainda hoje nos surpreendemos com detalhes dos seus horrores. O programa Lebensborn, criado por Heinrich Himmler, foi responsável pelo rapto de nada menos que meio milhão de crianças por toda a Europa. Esperava-se que, depois de passar por um processo de “germanização”, elas se tornassem a geração seguinte da “raça superior” ariana.Foi assim que Erika Matko tornou-se Ingrid von Oelhafen. Com um texto que remete aos bons livros de suspense, acompanhamos Ingrid desvendando seu passado – e toda a dimensão monstruosa do programa Lebensborn e sua consequência na vida de tantos inocentes. Embora os nazistas tenham destruído muitos registros, Ingrid descobriu documentos raros sobre o programa, incluindo depoimentos do julgamento de Nuremberg.

“Este livro é um relato pessoal, mas também uma análise da História. Foi escrito numa época em que o mundo está se fragmentando numa hostilidade ainda maior entre países, regiões ou religiões. Uma parte dessa hostilidade acaba se transformando em pequenas guerras odiosas – um grupo étnico que destroça o outro ou uma vertente de uma crença que explode quem considera menor aos olhos algo maior.”


Sobre o autor


Leitura complementar: Max - Sarah Cohen-Scali.

domingo, 17 de março de 2024

O engenheiro da morte: A participação da elite alemã no Holocausto - Marcio Pitliuk


A ambição e a corrupção no interior do regime nazista em um romance que revela as várias faces da natureza humana.

Em 1942, Hitler avança na conquista da Europa. Crescem os campos de trabalho forçado e extermínio, que passam a escravizar e matar, de forma sistemática, quem não tem utilidade para o Terceiro Reich – aqueles considerados inferiores, que não se enquadram nos critérios definidos pela ideologia nazista. Mas a indústria da morte custa caro, e a Alemanha ainda não se recuperou dos prejuízos da Primeira Guerra. É preciso encontrar, e rápido, uma solução econômica de grande escala para um problema crescente.

Carl Farben costumava ser um simples engenheiro químico em uma grande empresa alemã. Ambicioso e com sede de poder, ele não hesita em aceitar a oportunidade de desenvolver um produto que permitirá liquidar milhões de pessoas a um baixo custo para o Reich, mas com lucros imensos para os empresários.

Martina Kaufmann era uma jovem judia alemã estudiosa, que sonhava em seguir uma carreira promissora, como o pai. Mas, com a implementação das leis antissemitas e a perseguição crescente aos judeus, ela passa a viver escondida, conseguindo, a duras penas, sobreviver à guerra. Agora, Martina é uma mulher que anseia por justiça, e o passado baterá à porta daqueles que colaboraram com o genocídio de milhões de vítimas.

Eletrizante e perturbador, O engenheiro da morte é uma denúncia histórica, ambientada em fatos documentados, da participação de grandes indústrias na disseminação da ideologia nazista e um lembrete pungente de que as memórias da guerra não devem ser esquecidas.

Sobre o autor

Marcio Pitliuk é um dos maiores especialistas brasileiros no Holocausto e, desde 2008, se dedica a divulgar o que é considerado o maior crime da Humanidade. É diretor no Brasil do Yad Vashem, o mais importante centro de pesquisas e ensino do Holocausto, sediado em Jerusalém, além de curador do Museu da Imigração Judaica e Memorial do Holocausto de São Paulo. Sobre esse tema, faz palestras, realizou três longas-metragens e escreveu quatro livros. Este é o segundo publicado pela Editora Vestígio, o primeiro foi O homem que venceu Hitler.