domingo, 26 de novembro de 2023

A História de Shuggie Bain - Douglas Stuart


Glasgow, 1981. A cidade está morrendo. A pobreza, aumentando. A esperança, desaparecendo. Agnes Bain sempre esperou por mais. Ela sonhava com coisas grandiosas: uma casa com entrada particular, uma vida confortável. Quando seu segundo marido, um taxista mulherengo, sai de casa, ela e os três filhos se veem presos em uma cidade mineradora dizimada pela política da então primeira-ministra Margaret Thatcher. Enquanto Agnes se entrega cada vez mais ao álcool em busca de conforto, seus filhos tentam salvá-la. Porém, um a um, vão desistindo porque precisam salvar a si mesmos.

Mesmo com os próprios problemas, o único que não cede é Shuggie. Apesar de suas tentativas de ser um “menino normal”, todos acham que há “algo de errado” com ele. Agnes quer apoiar e proteger o filho, mas a força de seu vício é tamanha que eclipsa todos ao seu redor, inclusive seu amado Shuggie, que acaba sendo vítima de abuso sexual sem ter a menor ideia de que está sofrendo uma violência.

A crueldade da pobreza, os limites do amor, o vazio do orgulho, a violência dos vícios, a dor da perda e da autodescoberta. Tudo isso está em A história de Shuggie Bain, um livro de estreia comovente sobre o amor irrestrito e inexplicável que somente as crianças sentem por seus pais.

Sobre o autor

Douglas Stuart nasceu e cresceu em Glasgow. Depois de se formar no Royal College of Art, em Londres, começou uma carreira em design de moda. Seu trabalho já foi publicado na New Yorker e na LitHub. A história de Shuggie Bain é seu primeiro livro.

domingo, 19 de novembro de 2023

Homens Comuns - O Batalhão de Polícia da Reversa 101 e a Solução Final na Polônia - Christopher Browning.


Ele descreve a transformação de um batalhão da polícia alemã, composto por homens da classe média burguesa. Eram, essencialmente, policiais comuns, educados antes da Juventude Hitlerista, e que, portanto, não haviam sido doutrinados quando jovens. Foram enviados à Polônia para “estabelecer a paz” — para arrumar a bagunça depois que os alemães a haviam invadido. 

Começaram prendendo todos os homens judeus entre 18 e 65 anos, reunindo-os em estádios e depois embarcando-os em trens. Mas este não foi o fim da história. Eles chegaram a um lugar muito, muito sombrio. Ora, no final do treinamento, esses homens iam mato adentro com mulheres grávidas nuas para dar-lhes um tiro na nuca. O mais horrível neste livro é que o autor detalha as etapas pelas quais isso ocorreu. O comandante da unidade dissera aos homens que eles teriam de fazer coisas terríveis, mas que poderiam voltar para casa se quisessem — portanto este não é um daqueles casos de pessoas apenas seguindo ordens. 

Há muitas razões para eles não terem ido embora, mas uma delas é que não seria “camarada”, por assim dizer, deixar os colegas fazerem todo o trabalho sujo enquanto eles davam o fora; seria covardia. E assim, as exigências para suas ações horríveis continuavam aumentando. A cada vez que aceitavam a exigência de fazer algo horrível, a probabilidade de aceitarem a próxima exigência aumentava. Um passo de cada vez. Esses homens estavam sofrendo terrivelmente; estavam fisicamente doentes, vomitando, e se despedaçando psicologicamente — mas não voltaram atrás. A questão é que acaba-se chegando a lugares muito ruins andando um passo de cada vez. Por isso, atenção a cada passo. Se você quer entender como se pode seguir um caminho terrível, é este o livro que você deve ler. São pessoas comuns que participam dessas coisas, e este é um pensamento muito, muito assustador.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Filho do Hamas: Um relato impressionante sobre terrorismo, traição, intrigas políticas e escolhas impensáveis - Mosab Hassan Yousef

A história real de um filho do Hamas que se tornou espião israelense, se converteu ao cristianismo e ajudou a combater uma das maiores organizações terroristas do mundo.

Desde a infância, Mosab Hassan Yousef viveu nos bastidores do grupo fundamentalista islâmico Hamas e testemunhou as manobras políticas e militares que contribuíram para acirrar a sangrenta disputa no Oriente Médio. Por ser o filho mais velho do xeique Hassan Yousef, um dos fundadores da organização, todos acreditavam que ele seguiria os passos do pai.

Às vésperas de completar 18 anos, movido pela raiva e pelo desejo de vingança, Mosab decide assumir um papel mais ativo no combate a seus opressores e acaba sendo preso e levado para o mais terrível centro de interrogatórios israelense.

Depois de dias sob tortura, ele recebe uma proposta do Shin Bet, o serviço de segurança interna de Israel: sua liberdade em troca de colaboração para identificar os líderes do Hamas responsáveis por ataques terroristas. A princípio, Mosab considera a oferta absurda. Afinal, como poderia trair sua religião e seu povo e ajudar seus inimigos?

Filho do Hamas é o relato impressionante do caminho inesperado que Mosab resolve seguir ao questionar o sentido de um conflito que só traz sofrimento para os inocentes, sejam eles palestinos ou israelenses.

No livro, ele revela como se tornou espião do Shin Bet, narra passagens da vida dupla que levou durante 10 anos e fala das escolhas arriscadas que fez para conter a violência de uma das organizações terroristas mais perigosas do mundo.

Esta é também uma história de transformação pessoal, uma jornada de redescoberta espiritual que começa com a participação de Mosab num grupo de estudos bíblicos e culmina na sua conversão ao cristianismo e na crença de que “amar seus inimigos” é o único caminho para a paz no Oriente Médio.

Sobe o autor

Mosab Hassan Yousef nasceu em 1978 na Cisjordânia. É filho do xeique Hassan Yousef, um dos líderes fundadores do Hamas, organização fundamentalista islâmica responsável por inúmeros atentados a bomba e outros ataques mortais contra Israel. A atuação de Mosab como espião ajudou a desmantelar a ala militar do Hamas, ameaçou sua família e pôs em risco sua própria vida. Em 2007, já convertido ao cristianismo, ele procurou asilo político nos Estados Unidos.

Ron Brackin fez diversas viagens ao Oriente Médio como jornalista investigativo. Esteve em Belém, Ramallah, Gaza e Jerusalém durante a Intifada Al-Aqsa. Seus artigos já foram publicados no USA Today e no Washington Times, entre outros veículos de renome.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Viajando pelas Séries #025 - Fundação

Introdução

A série Fundação é uma obra de ficção científica escrita por Isaac Asimov que descreve em detalhes a história de um futuro distante e de como o destino de seus habitantes é influenciado por uma instituição chamada Fundação Enciclopédica. Ao escrever em forma de uma saga científica e enfatizar a procura da sabedoria, o objetivo de Asimov no primeiro livro da série era descrever em detalhes a queda de um Império Galático - o qual, segundo a maioria dos críticos de sua obra, não é nada além do mundo em que ele viveu, um mundo cheio de contradições – e o surgimento de um mundo científico, orientado pela verdade, sem subterfúgios ou "golpes baixos". Asimov tomou como inspiração a queda do Império Romano.

O personagem central da série chama-se Hari Seldon, que, embora só apareça pessoalmente em três dos livros, influencia toda as obras da série através da ciência que desenvolveu: a Psico-história, com a informática e o computador.

A Psico-história seria um misto de sociologia e matemática. Aplicando fórmulas matemáticas a acontecimentos de seu presente, Seldon conseguia calcular acontecimentos futuros e assim permitir ou tentar evitar que viessem a se confirmar.

As previsões feitas por Seldon eram todas baseadas em estatísticas e probabilidades. A Psico-história usava desses elementos matemáticos aplicados às massas. Funcionava apenas para sociedades inteiras. Para uma elaboração matemática precisa, era necessário que fosse feita a avaliação sociológica, cultural e econômica de sociedades com muitos milhões, ou bilhões de indivíduos. Era totalmente ineficaz a tentativa de aplicar a Psico-história a indivíduos, porque o indivíduo é imprevisível.

Os seguintes livros formam a série de Fundação, em ordem cronológica:

  • Prelúdio à Fundação

  • Origens da Fundação (título no Brasil. Originalmente lançado pela editora Hemus como "Crônicas da Fundação", no original chama-se Forward the Foundation)

  • Fundação

  • Fundação e Império

  • Segunda Fundação

  • Limites da Fundação (segundo título no Brasil, pela editora Hemus "Fundação II" e no original chama-se Foundation's Edge)

  • Fundação e Terra

Inspirações e Publicação

Fundação era originalmente uma série de oito pequenas histórias publicadas na Astounding Magazine entre Maio de 1942 e Janeiro de 1950. De acordo com Asimov, a premissa foi baseada em ideias colocadas pelo livro de Edward Gibbon, "História do Declínio e Queda do Império Romano", e foi inventada espontaneamente no caminho para um encontro com o editor John W. Campbell, com quem ele desenvolveu o conceito.

Trilogia original

As primeiras quatro histórias foram reunidas, junto a uma outra história tomando lugar antes das outras, em um volume único publicado pela Gnome Press nos Estados Unidos em 1951 como Fundação. O resto das histórias foi publicado em pares pela Gnome como Fundação e Império (1952) e Segunda Fundação (1953), resultando na "Trilogia da Fundação", como a série ficou conhecida por décadas.

Continuações

Em 1981, após a série ter sido considerada um dos trabalhos mais importantes da ficção científica moderna, Asimov foi convencido por seus leitores a escrever um quarto livro, que se tornou Limites da Fundação (1982).

Quatro anos depois, Asimov continuou com outra sequência, Fundação e Terra (1986), que mais tarde foi acompanhada por dois livros cronologicamente anteriores à trilogia, Prelúdio para Fundação (1988) e Origens da Fundação (1993). Durante o hiato entre escrever as sequências, Asimov interligou na sua série vários outros trabalhos, criando um universo ficcional unificado. Um elo básico é mencionado pela primeira vez em Limites da Fundação: uma história obscura a respeito de uma primeira onda de colonização com robôs e mais tarde uma segunda sem eles.

A história nos livros

Prelúdio à Fundação

Prelúdio para Fundação começa em Trantor, o planeta capital do Império Galáctico, no dia após o discurso do matemático Hari Seldon em uma conferência. Vários partidos se tornaram conscientes do conteúdo de seu discurso e artigo, a respeito do uso de técnicas matemáticas que tornariam possível uma predição do futuro da história humana, a ciência conhecida como psicohistória. Seldon é convocado pelo Imperador, onde admite que a técnica não passa de uma mera possibilidade teórica.

A despeito disso, o Império pretende lhe forçar a exílio, onde trabalharia em constante vigilância para estarem sempre cientes do desenvolvimento de sua ciência. Durante o enredo, Seldon e Dors Venabili, uma companhia feminina, são levados de um lado para o outro por um ajudante, Chetter Hummin, que tenta mantê-los longe das garras do Imperador para o desenvolvimento saudável da psicohistória.

Durante as aventuras por Trantor, Seldon continuamente nega a praticidade da psicohistória. Argumenta que mesmo que fosse possível, levaria décadas para ser desenvolvida. Hummin, no entanto, está convencido de que Seldon sabe de alguma coisa e, como resultado, continua a pressioná-lo para que trabalhe em um ponto inicial para o desenvolvimento da ciência.

Após viagens e introduções a diversas culturas em Trantor, Seldon percebe que usando a Galáxia inteira como um modelo de início é uma tarefa muito complicada, e decide portanto em utilizar Trantor como seu modelo, devido a sua complexidade e variedade cultural que serviria como modelo representativo de todo o Império. Começa portanto a trabalhar na ciência, com o objetivo de usá-la para impedir o declínio e queda da civilização humana.

Origens da Fundação

Oito anos após os eventos de Prelúdio, Seldon já conseguiu desenvolver alguns pontos da ciência psico histórica e está gradativamente aplicando-a em escala galáctica. Sua notabilidade e fama aumentam com os anos, culminando com sua promoção a Primeiro

Ministro do Imperador. Conforme o livro progride, Seldon, através de várias tramas políticas, problemas com o Império e seus governos e partidos dissidentes, perde aqueles mais próximos a ele, incluindo sua própria ele, Dors Venabili. Sua saúde deteriora-se com a idade avançada. Tendo trabalhado sua vida inteira para entender a psicohistórica, ele instrui sua neta, Wanda, que possui o toque mental, à criação da Segunda Fundação.

Fundação

Chamado para responder a julgamento em Trantor por acusações de traição -- por prever a queda do Império Galáctico - Seldon explica que a sua ciência de psicohistória pode ver várias alternativas, todas que terminam com a eventual queda do Império. Se a humanidade seguir naturalmente este caminho, o governo cairia e trinta mil anos de conflitos iriam afligir a espécie humana antes da criação de um Segundo Império.

Entretanto, um caminho alternativo diminuiria este período de hiato em apenas mil, se Seldon fosse permitido a reunir as pessoas mais inteligentes do planeta e criar um compêndio de todo o conhecimento humano, a Enciclopédia Galáctica. A banca permite a reunião de Seldon, com a condição de que eles fossem exilados para o longínquo planeta de Terminus. Seldon concorda e reúne sua coleção de Enciclopedistas, e cria as duas Fundações em "extremos opostos" da Galáxia.

Em Terminus, os seus habitantes enfrentam calamidades. Quatro planetas recém declarados independentes estão ao seu redor, e os Enciclopedistas não tem defesas além de sua própria inteligência. O Prefeito da Cidade de Terminus, Salvor Hardin, propõe jogar os planetas uns contra os outros. O seu plano é um sucesso, e a Fundação se mantém intocada. Hardin é promovido e declarado Prefeito de toda Terminus.

Enquanto isso, as mentes da Fundação continuam a desenvolver tecnologias novas e melhores do que as contrapartes imperiais. Usando sua vantagem científica, Terminus desenvolve rotas de comércio com os planetas próximos, eventualmente os conquistando quando sua tecnologia se transforma em uma comodidade essencial para a manutenção de suas vidas.

Comerciantes interplanetários, mercadores, eventualmente se tornam os novos diplomatas em outros planetas. Um dos mercadores, Hober Mallow, torna-se poderoso o suficiente para desafiar e ganhar o governo, tornando-se Prefeito da Fundação. Cortando suprimentos de outros planetas de uma região, consegue ganhar cada vez mais mundos para o alcance fundacional.

Fundação e Império

O Imperador atual percebe a Fundação como uma ameaça crescente e ordena que seja atacada, utilizando a ainda grande tropa imperial. Entretanto, convencido depois que seu poder seria mais vulnerável do que o de seu general caso ele obtivesse sucesso (uma possível analogia com o Império Romano), o imperador acaba por remover sua tropa do ataque. Apesar de sua inferioridade militar a Fundação emerge portanto como a vitoriosa, e o próprio Império é derrotado.

Enquanto isso um estrangeiro desconhecido conhecido apenas como "O Mulo" começa a conquistar planetas pertencentes à Fundação em ritmo veloz. Torna-se conhecido que o Mulo é, na verdade, um mutante que mantém uma habilidade de alterar psiquicamente as emoções daqueles com quem entra em contato. Usando este poder para sua vantagem, o Mulo conquista planetas apenas visitando-os com seu próprio exército, deixando os habitantes com medo, e mais tarde lealdade para com ele. Quando a Fundação percebe que o Mulo não foi previsto pelo plano psicohistórico de Hari Seldon, e que não há um modo planejado de derrotá-lo, Torã e Bayta Darell, acompanhados por Ebling Mis - o maior psicólogo atual da Galáxia - e um palhaço chamado Magnífico (que eles concordam em proteger, como a sua vida está sob a ameaça do próprio Mulo), saem para descobrir a localização da Segunda Fundação, que poderia trazer o fim ao reinado do Mulo.

Trabalhando na ainda funcional Biblioteca Galáctica de Trantor, Mis descobre a localização da Segunda Fundação. Entretanto, descobrindo que o Mulo também está tentando descobrir esta localização, Bayta mata Mis antes que ele possa revelar a localização da Segunda Fundação. Bayta então explica que ela se arrepende de suas ações, mas o segredo deveria ser mantido longe do Mulo a qualquer custo. Descobre-se então que o palhaço Magnífico na verdade é o Mulo, confirmando as suspeitas de Bayta, e que ele estava de fato buscando o controle da Segunda Fundação assim como já mantinha o da primeira. Ele então deixa Trantor para governar os seus planetas conquistados enquanto continua a sua própria busca.

Segunda Fundação

Conforme o Mulo chega perto de descobri-la, a Segunda Fundação sai brevemente de seu esconderijo para encarar a ameaça diretamente. É revelado que a Segunda Fundação é uma coleção dos seres humanos mais inteligentes da galáxia. Enquanto a primeira Fundação desenvolveu-se com base nas ciências físicas, a Segunda Fundação vinha desenvolvendo as ciências mentais. Usando o poder de suas fortes mentes, a Segunda Fundação eventualmente derrota o Mulo. Sua atitude destrutiva é ajustada para uma benevolente. Ele retorna para governar o seu reino pacificamente pelo resto de sua vida, com nenhum pensamento subsequente de derrotar a Segunda Fundação.

A Primeira Fundação, entendendo as implicações de uma Segunda que será a real herdeira do futuro Império prometido por Seldon, ressente-a fortemente e busca destruí-la, acreditando que podem sobreviver sem ela. Após algumas tentativas para decifrar a única pista que Seldon deu a respeito de sua localização ("no outro extremo da Galáxia"), a Fundação é levada a acreditar por saltos de lógica que a Segunda Fundação é localizada em Terminus.

Desenvolvendo uma tecnologia que causa grande dor a telepatas, a Fundação descobre um grupo de aproximadamente cinquenta segundo-fundacionistas e os executa, acreditando que tinham vencido. Apesar de tudo, a Segunda Fundação havia planejado esta eventualidade e mandado cinquenta de seus membros para suas mortes como mártires em ordem de reconquistar sua anônimidade.

Fundação II (Limites da Fundação)

Ao contrário dos anteriores, Limites da Fundação não se trata de uma série de histórias, mas uma única.

Aos quinhentos anos da Fundação, Golan Trevize, um conselheiro de Terminus, cai em desgraça e é exilado pela Prefeita. É exilado por um suposto discurso subversivo de acreditar ainda na existência e sobrevivência da Segunda Fundação. Dão-lhe uma nave e uma missão: procurar pela tal Segunda Fundação, só podendo voltar caso a encontrasse. Como disfarce, leva um historiador, Janov Pelorat, obcecado pela procura do planeta original da humanidade, a Terra, que desde o final do império não se sabe a localização. Oficialmente, Trevize e Pelorat saem à procura da Terra, e no seu caminho passam em muitos planetas, inclusive Trantor e Comporellon.

Ao mesmo tempo, é contada a história de Stor Gendibal, um membro proeminente da Segunda Fundação, que descobre uma nativa do planeta que sofreu uma pequena alteração mental. A alteração em sua mente é mais delicada do que qualquer toque possível pela Segunda Fundação, de forma que se cria a suspeita que algum tipo de mentálicos mais poderosos está agindo através da galáxia. Suspeitando das ações tomadas por Trevize até então, é enviado si mesmo em uma missão de observar suas ações, em busca de encontrar seja lá que força superior está interferindo com mentes na galáxia.

Trevize e Pelorat acabam encontrando Gaia, o planeta vivo, onde todos os seres vivos e até os inanimados compartilham uma consciência, com poderes suficientes para alterar a mente de qualquer ser humano. No clímax do livro, Trevize, encurralado pela Prefeita da Fundação e Gendibal, é chamado a escolher entre a Fundação, a Segunda Fundação e Gaia, como modelos para o futuro da humanidade.

Fundação e Terra

Ainda incerto sobre a decisão que tomou, Trevize continua por sua busca à Terra com Pelorat e uma habitante de Gaia, acreditando que encontrará no planeta de origem a resposta que buscava. Eventualmente eles acham uma lista de planetas que poderiam se tratar do planeta lendário, e descobrem Aurora, Solaria e Melpomenia, planetas fora dos mapas, mas não encontra a resposta para seus dilemas em nenhum deles.

Aurora e Melpomenia estavam desertos há muito tempo, mas Solaria contém uma pequena população extremamente avançada na área de mentálica. Quando sua vida é ameaçada, Bliss -- a mulher de Gaia -- usa suas habilidades para destruir um solariano prestes a matá-los. Descobrindo que ele havia deixado para trás uma criança pequena que seria exterminada caso deixada sozinha, Bliss convence os outros a levá-la consigo.

Eventualmente Trevize descobre a Terra mas, de novo, não há nenhuma satisfação para seu dilema. Apesar disso, Trevize percebe que a resposta pode não estar na Terra, mas em seu satélite: a Lua. Ao chegar no astro, eles são recebidos em seu núcleo por um robô conhecido como R. Daneel Olivaw. Olivaw explica que ele vem guiando a história humana por milhares de anos, e que esta é a razão que o plano de Seldon vem mantendo-se em curso, apesar das intervenções feitas pelo Mulo. Olivaw também afirma que ele está no fim de sua vida e que, apesar de ter reposto suas partes e seu cérebro cada vez mais complexo -- que contém vinte mil anos de memórias -- ele está para morrer brevemente.

Também explica que nenhum cérebro robótico desenvolvido é complexo o bastante para substituir o seu atual e que para continuar guiando os passos da humanidade -- que pode acabar sob ataque de outros seres de além da galáxia -- ele precisa fundir sua mente com a de um intelecto orgânico.

Mais uma vez, Trevize é colocado na escolha de deixar Olivaw fundir seu cérebro com o da mente superior da criança solariana, e se isso seria o melhor para o bem estar da Galáxia.

Edições no Brasil

Em Junho de 2009 até 2010, a Editora Aleph relançou a Trilogia, reeditada e com nova tradução em diversas edições. Foi lançado em formato box, com os três livros em separado.

Em 2012, a Aleph lança Limites da Fundação, que havia sido publicado nos anos 80 pela extinta Editora Hemus sob o título "Fundação II" e em 2013 lançou também "Fundação e Terra" (antes intitulado "Fundação e A Terra").

Ainda em 2013, a mesma editora lançou a obra complementar Prelúdio á Fundação, (antes chamada de Prelúdio Para Fundação) 6º livro da série, e finalmente em 2014, Origens da Fundação, (antes publicada como "Crônicas da Fundação"), 7º e último livro da série original, completando assim toda obra da Fundação de Asimov de volta as livrarias brasileiras.

A série ganha vida nas telas

Estreou em 24 de setembro em 2021, pela Apple TV+. Uma produção de aproximadamente $50 milhões de dólares.

Primeira temporada

Logo nos primeiros episódios, vemos que o cientista Hari Seldon convoca a matemática Gaal Dornick para lhe auxiliar nos estudos de psico-história sobre a futura queda do Império Galácticos. Vinda de um planeta rural, Gaal rapidamente se vê envolvida na trama política perigosa idealizada pelos Irmãos Dia, Alvorada e Crepúsculo.

Os dois chegam a ser presos, mas são perdoados pelo Irmão Dia, com a condição de migrarem para um novo planeta chamado Terminus. Lá, a dupla, junto com Raych, filho adotivo de Hari, devem fundar um novo repositório de conhecimento chamado Fundação. O intuito é fazer com que o colapso do Império Galáctico previsto por Hari e Gaal seja encurtado. No entanto, uma tragédia ocorre contra Hari e Gaal se vê sozinha para tentar salvar o futuro da galáxia.

Segunda temporada

Quando o revolucionário Dr. Hari Seldon prevê a queda iminente do Império, ele e um grupo de seguidores leais se aventuram nos confins da galáxia para estabelecer a Fundação em uma tentativa de reconstruir e preservar o futuro da civilização. Enfurecidos pelas alegações de Hari, os governantes Cleons — uma longa linhagem de clones imperadores — temem que seu domínio sobre a galáxia possa estar enfraquecendo, pois são forçados a contar com a realidade potencial de perder seu legado para sempre.

Terceira temporada

Em produção. David S. Goyer, o criador, esta animado pela continuação da série e sobre o futuro dos personagens. E vai toda sobre o Mulo, um mutante capaz de manipular as emoções dos outros. Ele também é um estrategista militar brilhante e representa uma grande ameaça para a Fundação.


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