sexta-feira, 22 de julho de 2011

AS ORIGENS DA CULTURA GÓTICA.

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O termo Gótico

Nossa viagem começa pela definição linguística desse termo, gótico é um adjetivo derivado da palavra latina "gotticus"(século XIV). Significa "aquilo que é relativo ou pertence aos Godos". Godos por sua vez vem de "Gothus", uma antiga tribo germânica que entre o século III e V invadiu os impérios ocidentais e orientais da Europa, fundando reinos na Itália, França e Espanha.
As origens históricas
Historicamente os Godos situavam-se entre os povos bárbaros da linha dos germanos que invadiram progressivamente o império Romano ocidental, quebrando no séc. V a antiga unidade da Europa.
Esta fixação de reinos bárbaros na Europa configurou-se como a queda do império Romano ocidental (476), a data também marca o inicio do período denominado como "Alta Idade Média". O desenvolvimento cultural do povo godo manifestou-se através da pintura, escultura, musica, literatura e, sobretudo na Arquitetura, gerando o denominado “estilo gótico” (apesar de ser considerada, por alguns críticos, como uma denominação não precisa.) (século XII a XVI) Sucedendo-se ao estilo românico, a arquitetura gótica caracteriza-se pelos arcos ogivais e as perspectivas verticais, sobre tudo nas igrejas e catedrais.
Destacam-se neste estilo gótico as Catedrais de “Chartes, Reims e Paris”.
Toda produção artística deste período ficaria marcada pela profunda influência religiosa nas concepções do homem medieval.

O GÓTICO E A RENASCENÇA
O denominado “estilo gótico” consolidou-se entre o século XII e XVI, períodos que seriam visitados constantemente pelas gerações futuras.
Durante a renascença (século XV e XVI) a paixão da fé medieval e a visão carregada e melancólica do mundo foram substituídas progressivamente pela inspiração no equilíbrio e na estética da antiguidade clássica.
O gótico não desaparece do cenário europeu, a temática funde-se a mitologia greco-romana e a valorização do homem levaria ao racionalismo.
A Renascença consagraria o espírito crítico e o desenvolvimento da racionalidade científica, opondo-se frontalmente aos dogmas absolutistas da fé católica.

O ROMANTISMO DO SÉCULO XIX E O RESGATE DO GÓTICO MEDIEVAL
No início do século XIX uma corrente de escritores e artistas procura se afastar das regras clássicas impostas pela visão racionalista.
Rechaçando os valores da antiguidade clássica e o racionalismo, o movimento valoriza a predominância da sensibilidade e da imaginação sobre a razão.
No núcleo do romantismo, seja qual for a vertente visualizada, encontraremos a vida sob um prisma caótico.
Explorando aspectos obscuros da alma humana os autores do romantismo questionam as convenções sociais, desafiam os poderes estabelecidos, convidam seus leitores a explorarem o lado menos agradável, mas não menos real da vida em sociedade.
As influências dessa forma peculiar de visão necessariamente visitam e revisitam o ambiente gótico medieval e irradia-se por obras de todos os gêneros: o romance; o fantástico; o conto de terror e até mesmo a ficção científica.
Os questionamentos do “eu” sobre a vida fazem-se presentes, os personagens são introspectivos e sempre conversam muito consigo mesmos.
A expressão é uma regra que fornece contornos distintos às coisas da vida, da morte e do além.
Entre nós, há uma forte inclinação pelos poetas do ultrarromantismo (também chamado “mal do século”, dentre os quais destacamos Álvares de Azevedo; Junqueira Freire; Lourenço Rabelo; Casimiro de Abreu e o Pré-Modernista Augusto dos Anjos).

2 comentários:

  1. Belo post milayd, agradeço sempre tuas belas visitas, neste momento estou a postar materias novas no Goticus passe lá quando puder, bjo doce a ti

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  2. Obrigada, ajudou num trabalho de história sobre godos.

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